EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo de Ramos
Anúncio do Evangelho (Mt 27, 11-54)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo,
segundo Mateus: Naquele tempo, 11 Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos,
e este o interrogou: “Tu és o rei dos judeus?” Jesus declarou:
— “É como dizes”.
Narrador 1: 12 E nada respondeu, quando foi acusado pelos
sumos sacerdotes e anciãos. 13 Então Pilatos perguntou: “Não estás ouvindo
de quanta coisa eles te acusam?” 14 Mas Jesus não respondeu uma só palavra,
e o governador ficou muito impressionado. 15 Na festa da Páscoa, o
governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16 Naquela
ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17 Então Pilatos
perguntou à multidão reunida: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou
Jesus, a quem chamam de Cristo?”
Narrador 2: 18 Pilatos bem sabia que eles haviam entregado
Jesus por inveja. 19 Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua
mulher mandou dizer a ele: “Não te envolvas com esse justo, porque esta noite,
em sonho, sofri muito por causa dele”. 20 Porém, os sumos sacerdotes e os
anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem
Jesus morrer. 21 O governador tornou a perguntar: “Qual dos dois quereis
que eu solte?” Eles gritaram:
— “Barrabás”.
Narrador 2: 22 Pilatos perguntou: “Que farei com Jesus, que
chamam de Cristo?” Todos gritaram:
— “Seja crucificado!”
Narrador 2: 23 Pilatos falou: “Mas, que mal ele fez?” Eles,
porém, gritaram com mais força:
— “Seja crucificado!”
Narrador 1: 24 Pilatos viu que nada conseguia e que poderia
haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão,
e disse: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema
vosso!” 25 O povo todo respondeu:
— “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos
filhos”.
Narrador 1: 26 Então Pilatos soltou Barrabás, mandou
flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. 27 Em seguida, os
soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a
tropa em volta dele. 28 Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; 29 depois
teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua
mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:
— “Salve, rei dos judeus!”
Narrador 2: 30 Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na
sua cabeça. 31 Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de
novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. 32 Quando
saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a
carregar a cruz de Jesus. 33 E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que
quer dizer “lugar da caveira”. 34 Ali deram vinho misturado com fel para
Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. 35 Depois de o crucificarem,
fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. 36 E ficaram ali
sentados, montando guarda. 37 Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da
sua condenação:
— “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”.
Narrador 1: 38 Com ele também crucificaram dois ladrões, um
à direita e outro à esquerda de Jesus. 39 As pessoas que passavam por ali o
insultavam, balançando a cabeça e dizendo: 40 ”Tu, que ias destruir o
Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho
de Deus, desce da cruz!” 41 Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com
os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus: 42 ”A outros
salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! E
acreditaremos nele. 43 Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o
ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.
Narrador 2: 44 Do mesmo modo, também os dois ladrões que
foram crucificados com Jesus, o insultavam. 45 Desde o meio-dia até as três
horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. 46 Pelas três horas da
tarde, Jesus deu um forte grito:
— “Eli, Eli, lamá sabactâni?”
Narrador 2: Que quer dizer:
— “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
Narrador 2: 47 Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o,
disseram:
— “Ele está chamando Elias!”
Narrador 2: 48 E logo um deles, correndo, pegou uma esponja,
ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para
beber. 49 Outros, porém, disseram:
— “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”
Narrador 2: 50 Então Jesus deu outra vez um forte grito e
entregou o espírito. (Todos se ajoelham.). 51 E eis que a cortina do
santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras
se partiram. 52 Os túmulos se abriram e muito corpos dos santos falecidos
ressuscitaram! 53 Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus,
apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. 54 O oficial
e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e
tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:
— “Ele era mesmo Filho de Deus!”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
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