Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
4º Domingo do Advento
Anúncio do Evangelho (Mt 1,18-24)
Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Chamar-se-á Emanuel que significa: Deus conosco. (Mt 1,23)
- O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo.
20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo de seus pecados”.
22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.
24Quando acordou, José fez como o anjo do Senhor havia mandado e aceitou sua esposa.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado»
Hoje a liturgia da Palavra
convida-nos a considerar e a admirar a figura de são José, um homem
verdadeiramente bom. De Maria, a Mãe de Deus se diz que era bendita
entre todas as mulheres (cf. Lc 1,42). De José se escreveu que era justo
(cf. Mt 1,19).
Todos devemos a Deus Pai Criador a nossa identidade individual como
pessoas feitas à sua imagem e semelhança, com real liberdade e radical.
Como a resposta a esta liberdade podemos dar glória a Deus, como se
merece ou, também podemos fazer de nós mesmos, alguma coisa não
agradável aos olhos de Deus.
Não duvidemos de que José, com o seu trabalho, com o seu compromisso
familiar e social ganhou o “Coração” do Criador, consideremo-lo como
homem de confiança na colaboração da Redenção humana por meio do seu
Filho feito homem como nós.
Apreendemos, pois, de são José sua fidelidade —provada já desde o
principio— e o seu bom comportamento durante o resto da sua vida, unida
—intimamente—a Jesus e a Maria.
É padroeiro e intercessor para todos os pais, biológicos ou não, que
neste mundo ajudaram a seus filhos a dar uma resposta semelhante à de
ele. É o padroeiro da Igreja, como identidade ligada estreitamente ao
seu Filho e, continuamos a ouvir as palavras de Maria quando encontra o
Menino Jesus que se havia “perdido” no Templo: «O teu pai e eu...» (Lc
2,48).
Com Maria, nossa Mãe, encontramos a José como pai. Santa Teresa de Jesus
deixou escrito: «Tomei por advogado e senhor ao glorioso são José e
encomendei-me muito a ele (...). Não me lembro que lhe haja suplicado
alguma coisa que a haja deixado de fazer».
Especialmente é pai para aqueles que tendo escutado a chamada do Senhor a
ocupar, pelo ministério sacerdotal, o lugar que nos cede Jesus Cristo
para o bem da Igreja. —São José glorioso: protege as nossas famílias,
protege as nossas comunidades; protege a todos aqueles que ouviram a
chamada à vocação sacerdotal... E que haja muitos. + Rev. D.
Pere
GRAU i Andreu
(Les Planes, Barcelona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Ele, que tinha tido o poder de tudo criar a partir do nada, negou-se a refazer o que tinha sido profanado se Maria não participasse» (Santo Anselmo)
«São José é o modelo do homem “justo” que, em perfeita sintonia com a sua esposa, acolhe o Filho de Deus feito homem com uma atitude de total disponibilidade à Vontade Divina» (Benedito XVI)
«Deus enviou o seu Filho» (GI 4, 4). Mas, para Lhe «formar um corpo» quis a livre cooperação duma criatura. Para isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe do seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré, na Galileia, «virgem que era noiva de um homem da casa de David, chamado José. O nome da virgem era Maria» (Lc1, 26-27) O Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele predestinara para Mãe, precedesse a Encarnação, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida» (Catecismo da Igreja Católica, nº 488)
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