Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

Mostrando postagens com marcador Barcelona. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Barcelona. Mostrar todas as postagens

domingo, 5 de novembro de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

Solenidade de Todos os Santos - Domingo

Anúncio do Evangelho - Mt 5,1-12a 

 — Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Vinde a mim, todos vós que estais cansados e penais a carregar pesado fardo, e descanso eu vos darei, diz o Senhor. (Mt 11,28)

 — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus! 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.

-    Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO

«Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado»

Hoje o Senhor faz-nos um relato dos notáveis de Israel (fariseus, mestres da Lei...). Estes vivem numa situação superficial, não são mais que aparências: «Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros» (Mt 23,5). E, também caem na incoerência, «Pois eles falam e não praticam» (Mt 23,3), fazem-se escravos da sua própria mentira ao buscar só a aprovação ou a admiração dos homens. Disto depende a sua consistência. Por si mesmo não são mais que patética vaidade, orgulho absurdo, vacância... Necedade.

Desde os inícios da humanidade continua sendo a tentação mais frequente; a antiga serpente continua sussurrando ao ouvido: « no dia em que comerdes da árvore, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal» (Gn 3,5). E continuamos caindo nele, fazemo-nos chamar: “rabi”, “pai” e “guias”... E tantos outros opulentos qualificativos. Demasiadas vezes queremos ocupar o lugar que não nos corresponde. É a atitude farisaica.

Os discípulos de Jesus não hão de ser assim, pelo contrario: «o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve» (Mt 23,11). E como que temos um único Pai, todos eles são irmãos. Como sempre, o Evangelho deixa-nos claro que não podemos desligar a dimensão vertical (Pai) e a horizontal (nosso) ou como explicitava no domingo passado, «amarás o Senhor, teu Deus (...). Amarás teu próximo como a ti mesmo» (Mt 22,37.39).

Toda a liturgia da Palavra deste domingo está impregnada pela ternura y a exigência da filiação e da fraternidade. Facilmente ressonam em nosso coração aquelas palavras de São João: «Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é mentiroso» (1Jo 4,20). A nova evangelização —cada vez mais urgente— pede-nos fidelidade, confiança e sinceridade com a vocação recebida no batismo. Se o fazemos nos iluminará «O caminho da vida me indicarás, alegria plena à tua direita, para sempre» (Sl 16,11). (Rev. D. Miquel PLANAS i Buñuel (Montornès del Vallès, Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • « Somos governantes e somos também servos: presidimos, mas sim, servimos» (Santo Agostinho)

  • «É necessário estar disposto a "perder-se" pelo outro em vez de o explorar, e a "servi-lo" em vez de o oprimir em proveito próprio. O "outro" - pessoa, povo ou nação - não pode ser considerado como um instrumento qualquer, mas como nosso "semelhante", uma "ajuda"» (Francisco)

  • «(...) Ouvistes que foi dito aos antigos... Eu, porém, digo-vos» (Mt 5, 33-34). Com esta mesma autoridade divina, desaprova certas tradições humanas´ (Mc 7,8) dos fariseus, que anulam a Palavra de Deus´(Mc 7,13)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 581)

 

domingo, 22 de outubro de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

 29º Domingo do Tempo Comum 

 Anúncio do Evangelho (Mt 22,15-21)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Como astros no mundo, vós resplandeçais, mensagem de vida ao mundo anunciando, da vida a palavra, com fé, proclameis, quais astros luzentes no mundo brilheis. (cf. Fl 2,15d.16a)

 — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 15os fariseus fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. 16Então mandaram os seus discípulos, junto com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. 17Dize-nos, pois, o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a César?”

18Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? 19Mostrai-me a moeda do imposto!” Levaram-lhe então a moeda.

20E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” 21Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.

-    Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO 

«Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus»

Hoje, apresenta-se nos para nossa consideração uma “famosa” afirmação de Jesus Cristo: «A César o que é de César e a Deus, o que é de Deus» (Mt 22,21).

Não entenderíamos bem esta frase sem levar em conta o contexto no qual Jesus a pronuncia: «Os fariseus saíram e fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra» (Mt 22,15), e Jesus advertiu a sua maldade (cf. v. 18). Assim, pois a resposta de Jesus está calculada. Ao ouvi-la, os fariseus ficaram surpreendidos, não a esperavam. Se claramente, tivesse ido em contra do César, lhe teriam podido denunciar; se tivesse ido claramente a favor de pagar o tributo ao César, teriam marchado satisfeitos de sua astúcia. Mas Jesus Cristo, sem falar em contra do César, o tem relativizado: tem que dar a Deus o que é de Deus, e Deus é Senhor inclusive dos poderes deste mundo.

O César, como todo governante, não pode exercer um poder arbitrário, porque seu poder lhe é dado como “prenda” ou garantia; como os servos da parábola dos talentos, que têm que responder ante o Senhor pelo uso dos talentos. No Evangelho de São João, Jesus diz a Pilatos: «Tu não terias poder algum sobre mim, se não te fosse dado do alto» (Jo 19,11). Jesus não quer apresentar-se como um agitador político. Simplesmente, põe as coisas em seu lugar.

A interpretação que se tem feito às vezes de Mt 22,21 é que a Igreja não deveria “imiscuir-se em política”, senão somente ocupar-se do culto. Mas esta interpretação é totalmente falsa, porque ocupar-se de Deus não é só ocupar-se do culto, senão preocupar-se pela justiça, e pelos homens, que são os filhos de Deus. Pretender que a Igreja permaneça nas sacristias, que faça-se de surda, cega e muda ante os problemas morais e humanos de nosso tempo, é tirar de Deus o que é de Deus. «A tolerância que só admite Deus como opinião privada, mas que lhe nega o domínio público (...) não é tolerância, senão hipocrisia» (Bento XVI).P. Antoni POU OSB Monje de Montserrat (Montserrat, Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «A moeda do César é feita de ouro, onde está gravada sua imagem; A moeda de Deus é o homem, em quem está figurada a imagem de Deus; portanto, dai vossas riquezas ao César e guardai a consciência de vossa inocência para Deus» (Santo Hilário de Poitiers)

  • « A consagração prioritária a Deus e a esperança Nele não implicam uma fuga da realidade, mas ainda mais um retorno efetivo a Deus daquilo que Lhe pertence» (Francisco)

  • « O cidadão é obrigado, em consciência, a não seguir as prescrições das autoridades civis, quando tais prescrições forem contrárias às exigências de ordem moral, aos direitos fundamentais das pessoas ou aos ensinamentos do Evangelho (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.242)


domingo, 24 de setembro de 2023

Evangelho do Dia

 Evangelho  Cotidiano

 25º Domingo do Tempo Comum

 Anúncio do Evangelho (Mt 20,1-16a)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

  Vinde abrir o nosso coração, Senhor; ó Senhor, abri o nosso coração, e, então, do vosso filho a palavra, poderemos acolher com muito amor! (cf. At 16,14b)

 — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos:1“O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa.

6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.

8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’

9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata.

11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.

13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’16aAssim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.

-    Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO

«Ou estás com inveja porque estou sendo bom?»

Hoje o evangelista continua fazendo a descrição do Reino de Deus conforme ao que Jesus ensina, tal como tem sido proclamado durante estes domingos de verão nas nossas assembleias eucarísticas.

No fundo o relato de hoje, a vinha, imagem profética do povo de Israel no Antigo Testamento, e agora o novo povo de Deus que nasce do lado aberto do Senhor na cruz. A questão: a filiação a este povo, que vem dada por uma chamada pessoal feita a cada um: «Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi» (Jo 15,16), e pela vontade do Pai do céu, de fazer extensiva esta chamada a todos os homens, movido por sua vontade generosa de salvação.

Ressalta, nesta parábola a protesta dos trabalhadores da primeira hora. É a imagem paralela do irmão grande da parábola do filho pródigo. Os que vivem o seu trabalho pelo Reino de Deus (o trabalho na vinha) como uma carga pesada «suportamos o peso do dia e o calor ardente» (Mt 20,12) e não como um privilégio que Deus lhes dispensa; não trabalham desde a alegria filial, senão com o mal humor dos serventes.

Para eles a fé é coisa que ata e escraviza e, caladamente, têm inveja dos que “vivem a vida”, já que concebem a consciência cristã como um freio e não como umas asas que dão vôo divino à vida humana. Pensam que é melhor permanecer desocupados espiritualmente, antes que viver à luz da palavra de Deus. Sentem que a salvação lhe é devida e, são zelosos de ela. Contrasta notavelmente seu espírito mesquinho com a generosidade do Pai, que «o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1Tim 2,4), e por isso chama à sua vinha, «O Senhor é bom para com todos, e sua misericórdia se estende a todas as suas obras» (Sal 144,9). -  Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós (Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Corramos, prossigamos, estamos a caminho; que a feliz certeza das coisas passadas não nos torne menos diligentes por aquelas que ainda não alcançámosuma estratégia» (Santo Agostinho)

  • «O diálogo é o nosso método, não por astúcia, mas por fidelidade Àquele que não se cansa de passar sempre de novo pelas praças dos homens, até à undécima hora, para propor o seu convite amoroso» (Francisco)

  • « O amor dos pobres é incompatível com o amor imoderado das riquezas ou com o uso egoísta das mesmas» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.445)

 

sábado, 9 de setembro de 2023

Santo do Dia - 9 de setembro

São Pedro Claver


Os escravos negros que chegavam em enormes navios negreiros ao porto de Cartagena, na Colômbia, eram recepcionados e aliviados de suas dores e sofrimentos por um missionário que, além de alimento, vinho e tabaco, oferecia palavras de fé para aquecer seus corações e dar-lhes esperança. Para quem vivia com corrente nos pés e sob o açoite dos feitores, a esperança vinha de Nosso Senhor.

Esse missionário era Pedro de Claver, nascido no povoado de Verdú, em Barcelona, na Espanha, em 26 de junho de 1580. Filho de um casal de simples camponeses muito cristãos, desde cedo revelou sua vocação. Estudou no Colégio dos Jesuítas e, em 1602, entrou para a Companhia de Jesus, para tornar-se um deles.

Quando terminou os estudos teológicos, Pedro de Claver viajou com uma missão para Cartagena, na Colômbia. Iniciou seu apostolado antes mesmo de ser ordenado sacerdote, o que ocorreu logo em seguida, em 1616, naquela cidade. Foi, assim, enviado para Carque a fim de evangelizar os escravos que chegavam da África. Apesar de não entenderem sua língua, entendiam a linguagem do amor, da caridade e do sentimento cristão e paternal que emanavam daquele padre santo. Por esse motivo, os escravos negros o veneravam e respeitavam como um justo e bondoso pai.

Em sua missão, lutava ao lado dos negros e sofria com eles as mesmas agruras. O que podia fazer por eles era mitigar seus sofrimentos e oferecer-lhes a salvação eterna. Com essa proposta, Pedro de Claver batizou cerca de 400 mil negros durante os 40 anos de missão apostólica. Foram atribuídos a ele, ainda, muitos milagres de cura.

Durante a peste, em 1650, ele foi o primeiro a oferecer-se para tratar os doentes. As consequências foram fatais: em sua peregrinação entre os contaminados, foi atacado pela epidemia, que o deixou paralítico. Depois  de quatro anos de sofrimento, Pedro de Claver morreu aos 73 anos de idade, em 8 de setembro de 1654, no dia na festa da Natividade da Virgem Maria.

Foi canonizado pelo papa Leão XIII em 1888. São Pedro Claver foi proclamado padroeiro especial de todas as missões católicas entre os negros em 1896. Sua festa, em razão da solenidade mariana, foi marcada para 9 de setembro, dia seguinte ao da data em que se celebra a sua morte. 

Minha oração

“São Pedro, lhe pedimos que nos ajude a dissipar toda discriminação, toda desigualdade, todo preconceito. Que sejamos portadores da justiça divina e possamos implementar o Reino celeste aqui nessa terra. Por Cristo, Senhor nosso. Amém!”


São Pedro Claver, rogai por nós!


sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Natividade de Nossa Senhora - 8 de setembro - Nossa Senhora do Monte Serrate

 Blog | Festa da Natividade de Nossa Senhora

 Natividade de Nossa Senhora

Hoje é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.

 Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Segundo uma antiga tradição, os pais de Maria, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que, em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.

De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é feito com os outros santos.

Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo: a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade.

Minha oração

“No dia do teu aniversário, quero louvar a Deus e celebrar a grande graça que é ter te recebido como Mãe. Obrigado, por tanto carinho e proteção, obrigado por todas as graças que recebo de ti diariamente. Seja hoje  e sempre nossa Senhora!”

 Nossa Senhora, rogai por nós!

 

Nossa Senhora do Monte Serrate

“Nossa Senhora do Monte, que estais no monte a rezar, pedi por nós, vossos filhos, que não vos cessam de amar.” (Hino)

Foi tocado pela graça que Inácio de Loyola dirigiu-se a Barcelona e retirando-se na solidão de Manresa pendurou sua espada e prostou-se aos pés da Virgem de Montserrat. Foi também aos pés da Ssma. Virgem que Inácio traçou as linhas gerais de seu célebre livro “Exercícios Espirituais”.
 
Outros tantos santos estiveram em Barcelona e no majestoso Santuário de Nossa Senhora de Montserrat, encontraram as respostas de tantos anseios, entre eles destacamos: São João de Matha, São José de Calasanz, São Vicente Ferrer, São Pedro Claver etc.
 
Origem da Devoção
O culto a Virgem Senhora do Montserrat remonta aos primeiros tempos do cristianismo e faz referencia ao apóstolo São Pedro, que segundo a tradição, levou em sua viagem a península Ibérica uma imagem da Virgem Maria, esculpida em madeira e conhecida como a Senhora Jerusalemitana.
 
Pelo ano de 546, na Cataluña, ao sul da Espanha, um monge chamado Querino, fundou um rudimentar mosteiro consagrado a referida imagem, que alguns séculos antes, fora trazida por São Pedro.No tempo das invasões, pelos árabes a imagem foi escondida numa caverna e só encontrada dois séculos depois por pastores da região, que a levaram de volta ao mosteiro em solene procissão.
 
Conta-se que os referidos pastores de Obesa passavam pela montanha quando ouviram cânticos celestiais e foram atraídos por uma luz esplendorosa que saía do interior do rochedo. Encantados com o som e com as luzes subiram o monte e pasmados caíram de joelhos diante da imagem da Virgem Maria. Estava a imagem em uma cavidade natural na elevação da montanha.
 
Rapidamente desceram o monte e cheios de alegria foram ao encontro do bispo de Manresa e revelaram o ocorrido. Em companhia dos pastores, o Senhor Bispo sobre o monte e comprova o fato, e extasiado pela beleza da imagem e pelos detalhes, pode confirmar que a imagem era a mesma da igreja de Barcelona e que tinha sido escondida para não ser profana pelos infiéis.
 
Tão logo os habitantes da redondeza souberam da noticia, correram ao local e tentaram retirar a imagem e transportá-la para um local mais elevado da montanha. Apesar de todos os esforços não conseguiram move-la do lugar. Todos foram unânimes em concordar que havia algo de sobrenatural e assim sendo, a imagem permaneceu no Plateau da montanha, onde foi erguida uma capela sob a proteção dos monges de ministrol.
 
Subiram o Montserrat para prestar culto e veneração a Virgem Morena, príncipes prelados e altos servidores da corte. Até os reis católicos de Aragão, de Castella e de Navarra subiram o monte humildemente, e foi com os donativos da nobreza que foi erguido o majestoso edifício do Mosteiro de Montserrat, que foi entregue aos beneditinos.
Foi erigido em Abadia, quando do Papa Bento XV que também lhe conferiu grandes prerrogativas. Leão XIII declarou-a, canonicamente como padroeira da Catalunha.
 
La Morenata, como é chamada carinhosamente pelo povo da Catalunha e cuja entronização ocorreu em 1947. A Imagem assim como a cadeira onde ela está sentada são de madeira escura. O manto é de ouro, sua túnica interior e o véu dourados. O menino Jesus em seu regaço, também foi esculpido em madeira escura. O tradicional mosteiro se eleva entre as gigantescas rochas, que o rodeiam, e que seus picos em forma de serra circundam o trono da Virgem Morena, La Moreneta de Montserrat.
 
No Brasil o culto a Virgem de Montserrat chegou com os dominadores espanhóis. Foi em 1590 que D. Francisco de Souza fiel e fervoroso devoto da Virgem, divulgou o culto da Senhora de Montserrat por onde passou. Foi em Tacagipe na Bahia, em São Sebastião do Rio de Janeiro, e ergueu uma ermida na vila de São Paulo de Piratininga, bem no local onde se encontra hoje o Mosteiro de São Bento.
 
Aos passar em viagem pelas capitanias do sul, visitou a de Santos, onde também mandou erguer uma Capelinha em honra a Virgem de Montserrat, a devoção atravessou o tempo até ser declarada oficialmente a padroeira da cidade de Santos.
Foi dos lábios de minha Avó Chiquinha que ouvi relatos prodígios e dos milagres operados por intercessão da Virgem de Montserrat. Por muitos anos ela morou em Santos e incontáveis vezes prostou-se aos pés da Virgem, entre lágrimas...
Ainda conservo comigo uma pequena Imagem que sempre a acompanhou... Eu herdei o amor por Nossa Senhora, de minha Avó e Madrinha.
 
“Aos vossos pés suplicando, erguemos a humilde voz: Nossa Senhora do Monte, rogai a Jesus por nós.”
 
Amém! Paz e bem!

 

domingo, 27 de agosto de 2023

Evangelho do Dia

 Evangelho Cotidiano

 21º Domingo do Tempo Comum

 Anúncio do Evangelho (Mt 16,13-20)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja; e os poderes do reino das trevas jamais poderão contra ela! (Mt 16,18)

 — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e aí perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.

15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”

16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso, eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias.

- Palavra da Salvação 

— Glória a vós, Senhor.


«Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem? (…) E vós, quem dizeis que eu sou?»

Hoje, a profissão de fé de Pedro em Cesareia de Filipe abre a ultima etapa do ministério público de Jesus preparando-nos para o acontecimento supremo da sua morte e ressurreição. Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus decide retirar-se por algum tempo com os seus apóstolos para intensificar a sua formação. Neles começa a tornar-se visível a Igreja, semente do Reino de Deus no mundo.

Há dois Domingos atrás, ao contemplar como Pedro andava sobre as águas e se afundava nelas, escutávamos a repreensão de Jesus: «Que pouca fé! Porque duvidaste?» (Mt 14,31). Hoje, a repreensão é trocada por um elogio: «Feliz és tu, Simão, filho de Jonas» (Mt 16,17). Pedro é ditoso porque abriu o seu coração à revelação divina e reconheceu em Jesus Cristo o Filho de Deus Salvador. Ao longo da história colocam-se-nos as mesmas perguntas: «Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem? (…) e vós, quem dizeis que eu sou?» (Mt 16,13.15). Também nós, num momento ou outro, tivemos que responder quem é Jesus para mim e o que é que reconheço Nele; de uma fé recebida e transmitida por testemunhos (pais, catequistas, sacerdotes, professores, amigos…) passamos a uma fé personalizada em Jesus Cristo, da qual também nos convertemos em testemunhas, já que nisso consiste o núcleo essencial da fé cristã.

Somente desde a fé e a comunhão com Jesus Cristo venceremos o poder do mal. O Reino da morte manifesta-se entre nós, causa-nos sofrimento e apresenta-nos muitas interrogações; no entanto, também o Reino de Deus se faz presente no meio de nós e revela a esperança; e a Igreja, sacramento do Reino de Deus no mundo, cimentada na rocha da fé confessada por Pedro, nos faz nascer à esperança e à alegria da vida eterna. Enquanto houver humanidade no mundo, será preciso dar esperança e enquanto for preciso dar esperança, será necessária a missão da Igreja; por isso, o poder do inferno não a derrotará, já que Cristo, presente no seu povo, assim nos garante. Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Rubí, Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «O bem-aventurado Pedro é o primeiro dos apóstolos, ama impetuosamente a Cristo, de quem mereceu ouvir: 'E eu digo-te que tu és Pedro', e sobre esta pedra edificarei a fé que acabas de professar» (Santo Agustinho)

  • «Cada um de nós é uma pequena pedra mas, nas mãos de Jesus ela é orientada para a construção da Igreja: ela é uma comunidade de vida, feita de muitíssimas pedras, todas diferentes, que formam um único edifício no sinal da fraternidade e da comunhão» (Francisco)

  • «No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar (307). Jesus confiou-lhe uma missão única (...). Cristo, ´Pedra viva´ (1Pe 2,4)), garante à sua Igreja, edificada sobre Pedro, a vitória sobre os poderes da morte. Pedro (...) terá a missão de defender esta fé para que nunca desfaleça e de nela confirmar os seus irmãos (cf. Lc 22,32)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 552)

     

domingo, 20 de agosto de 2023

Evangelho do Dia

 Evangelho Cotidiano

 Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria - Solenidade - Domingo

Anúncio do Evangelho (Lc 1,39-56)

Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Felizes aqueles que ouvem a palavra de Deus e a guardam! (Lc 11,28)

 PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

 — Glória a vós, Senhor.

Naqueles dias, 39Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.

46Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. 51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. 56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.

- Palavra da Salvação 

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO

«Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!»

Hoje contemplamos a cena da cananeia: uma mulher pagã, não israelita, que tinha uma filha muito doente, endemoninhada, e que ouviu falar de Jesus. Saiu ao seu encontro e aos gritos diz-lhe: «Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim: minha filha é cruelmente atormentada por um demônio!» (Mt 15,22). Não lhe pede nada, apenas lhe conta a doença de que padece a sua filha, confiando em que Jesus a curará.

Jesus finge-se surdo. Por quê? Provavelmente porque tinha visto a fé daquela mulher e desejava que aumentasse. Ela continua suplicando, de tal forma que até os discípulos pedem a Jesus que a mande embora. A fé desta mulher manifesta-se, sobre tudo, na sua humilde insistência, sublinhada pelas palavras do discípulo: «Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós» (Mt 15,23).

A Mulher continua suplicando; não se cansa. O silêncio de Jesus explica-se pois apenas veio para a casa de Israel. Apesar disso, depois da ressurreição, dirá aos discípulos: «Ide por todo o mundo e proclamai a Boa Nova a toda a criação» (Mc 16,15).

Este silêncio de Deus, por vezes, atormenta-nos. Quantas vezes nos queixamos deste silêncio? Mas a cananeia prostra-se, põe-se de joelhos. É a postura de adoração. Ele responde-lhe que não é correto tirar o pão dos filhos e dá-lo aos cães. Mas ela responde: «É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!» (Mt 15,26-27).

Esta mulher é muito espevitada. Não se zanga, não lhe parece mal, e até lhe dá razão: «Tens razão, Senhor». Mas consegue pô-lo do seu lado. É como se lhe dissesse: —Sou como um cão, mas um cão que está sob a proteção do seu amo.

A cananeia oferece-nos uma grande lição: dá razão ao Senhor que sempre a tem. —Não queiras ter razão quando te apresentares perante o Senhor. Não te queixes nunca e, se te queixares, termina dizendo: «Senhor, faça-se a tua vontade». -   
Rev. D. Joan SERRA i Fontanet (Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Aprendamos a humildade, ou melhor, agarremo-la. Se ainda não a possuímos, aprendamo-la. Se a possuímos, não a percamos» (Santo Agostinho)

  • «O Senhor não fecha os olhos diante das necessidades dos seus filhos e, se por vezes parece insensível às suas súplicas, é somente para os pôr à prova e para refortalecer a sua fé» (Benedito XVI)

  • «Do mesmo modo que Jesus ora ao Pai e Lhe dá graças antes de receber os seus dons, assim também nos ensina esta audácia filial: `tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o alcançastes´ (Mc 11, 24) (...). Assim como Jesus Se entristece por causa da “falta de fé” dos seus conterrâneos (Mc 6, 6) e da «pouca fé» dos seus discípulos, também Se enche de admiração perante a “grande fé” do centurião romano e da cananeia» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.610)

 

domingo, 6 de agosto de 2023

Evangelho do Dia

 Evangelho Cotidiano

 

Transfiguração do Senhor - Festa -  Domingo

Anúncio do Evangelho (Mt 17, 1-9)

Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Eis meu Filho muito amado, nele está meu bem-querer, escutai-o, todos vós! (Mt 17,5c)

 PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

 — Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. 2E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. 3Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. 4Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias”. 5Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!” 6Quando ouviram isto, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto em terra. 7Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos, e não tenhais medo”8Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. 9Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”.

- Palavra da Salvação 

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO 

«Este é o meu Filho amado»

Hoje, o Evangelho fala-nos da Transfiguração de Jesus Cristo no monte Tabor. Jesus, depois da confissão de Pedro, começou a mostrar a necessidade de o Filho do homem ser condenado à morte e anunciou também a sua ressurreição ao terceiro dia. É neste contexto que devemos situar o episódio da Transfiguração de Jesus. Santo Anastácio Sinaíta escreve que «Ele tinha-se revestido com nossa miserável túnica de pele, hoje colocou a veste divina, e a luz envolveu-o como um manto». A mensagem que Jesus transfigurado nos traz são as palavras do Pai: «Este é o meu Filho amado. (...) Escutai-o!». (Mt 17,5). Escutar significa fazer a sua vontade, contemplar a sua pessoa, imitá-lo, pôr em prática os seus conselhos, tomar a nossa cruz e segui-lo.

Com o propósito de evitar equívocos e más interpretações, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos (cf. Mt 17,9). Os três apóstolos contemplam Jesus transfigurado, sinal da sua divindade, mas o Salvador não quer que se divulgue até depois da sua Ressurreição, quando então se poderá compreender a dimensão deste episódio. Cristo fala-nos no Evangelho e na nossa oração; então podemos repetir as palavras de Pedro: «Rabi, que bem estamos aqui» (Mt 17,4), sobretudo depois de ir comungar.

O prefácio da Missa de hoje oferece-nos um belo resumo da Transfiguração de Jesus. Diz assim: «Porque Cristo, Senhor, tendo anunciado sua morte aos discípulos, revelou a sua glória na montanha sagrada e, tendo também a Lei e os profetas como testemunhas, fê-los compreender que a paixão é necessária para chegar à gloria da ressurreição». Lição que os cristãos nunca devem esquecer. - Rev. D. Joan SERRA i Fontanet (Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Para penetrarmos na intimidade destes inefáveis e sagrados mistérios juntamente com os eleitos, entre os discípulos inspirados por Deus, ouçamos a voz divina e sagrada que, lá do alto, do cimo do monte, instantemente nos chama» (Anastácio Sinaíta)

  • «Esse corpo que se transfigura diante dos olhos atônitos dos Apóstolos é o corpo de nosso irmão Cristo, mas é também nosso corpo destinado à glória; a luz que o inunda é e será também nossa parte da herança e esplendor» (São Paulo VI)

  • «Para o cristão, crer em Deus é crer inseparavelmente em Aquele que Deus enviou, “no seu Filho muito amado” em quem Ele pôs todas as suas complacências (Mc 1,11). Deus mandou-nos que O escutássemos (...) (Mc9,7)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 151)

 

domingo, 23 de julho de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

16º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mt 13, 24-43)

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

 — Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 24Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. 26Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. 27Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’

28O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’

29O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. 30Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!’”

31Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”.

33Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.

34Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”.

36Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!”

37Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. 40Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41o Filho do Homem enviará seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes.

43Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”.

- Palavra da Salvação 

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO

«Foi algum inimigo que fez isso»

Hoje Cristo. Sempre, Cristo. Dele viemos; de Ele vêm todas as boas sementes semeadas na nossa vida. Deus visita-nos —como diz o Kempis— com a consolação e a desolação, com o sabor doce e o amargo, com a flor e a espinha, com o frio e o calor, com a beleza e o sofrimento, com a alegria e a tristeza, com o valor e com o medo... Porque tudo foi redimido em Cristo (Ele também teve medo e venceu-o). Como nos diz são Paulo, «que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus» (Rm 8,28).

Tudo isto está bem, mas... Existe um mistério de iniquidade que não procede de Deus e que nos excede e que devasta o jardim de Deus que é a Igreja. E quiséramos que Deus fosse “como” mais poderoso, que estivesse mais presente, que mandasse mais e não deixasse atuar essas forças desoladoras: «Queres que vamos retirar o joio? (Mt 13,28). Isto dizia o Papa João Paulo II no seu último livro Memória e identidade: «Sofremos com paciência a misericórdia de Deus», que espera até ao último momento para oferecer a salvação a todas as almas, especialmente às mais necessitadas da sua misericórdia («Deixai crescer um e outro até a colheita» (Mt 13,30). Como é o Senhor da vida de cada pessoa e da historia da humanidade, move os fios de nossas existências, respeitando nossa liberdade, de modo que —junto com a prova— dá-nos a graça sobre abundante para resistir, para santificar-nos, para ir até Ele, para ser oferenda permanente, para fazer crescer o Reino.

Cristo divino pedagogo, introduze-nos na sua escola de vida a través de cada encontro, cada acontecimento. Sai a nosso encontro; diz-nos —Não temais. Coragem. Eu venci o mundo. Eu estou convosco todos os dias, até o fim (cf, Jo 16,33; Mt 28,20). Diz-nos também: Não julgueis; ou melhor —como eu— esperai, confiai, rezai pelos que se equivocam, santificai-os com membros que vos interessam muito por ser do vosso próprio corpo. - P. Ramón LOYOLA Paternina LC (Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Pois é Cristo que dá ao fermento essa virtude. Desta forma, ninguém se deve queixar da sua pequenez, pois o dinamismo da pregação é enorme, e o que já fermentou, converte-se em fermento para os outros» (São João Crisóstomo)

  • «O mal não é a primeira nem a última palavra. Perante o joio presente no mundo, o discípulo do Senhor é chamado a imitar a paciência de Deus, a alimentar a esperança com o alento de uma confiança inabalável na vitória final do bem, ou seja, de Deus» (Francisco)

  • «A Igreja, que no seu próprio seio encerra pecadores, é simultaneamente santa e chamada a purificar-se, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e renovação» Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores» (Catecismo da Igreja Católica, n° 827)

 

domingo, 9 de julho de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

14º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mt 11,25-30)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Eu te louvo, ó Pai Santo, Deus do céu, Senhor da terra; os mistérios do teu Reino aos pequenos, Pai, revelas! (cf. Mt 11,25)

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: 25“Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.

27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

28Vinde a mim, todos vós, que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

- Palavra da Salvação 

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO

«Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso»

Hoje, Jesus mostra-nos duas realidades que o definem: Ele é quem conhece o Pai em toda a profundidade, e é «manso e humilde de coração» (Mt 11,29). Também aí podemos descobrir duas atitudes necessárias para poder entender e viver o que Jesus nos oferece: a simplicidade e o desejo de nos aproximarmos d’Ele.

Entrar no mistério do Reino é difícil, muitas vezes, para os sábios e entendidos, porque não estão abertos à novidade da revelação divina; Deus não deixa de se manifestar, mas eles pensam que já sabem tudo e, portanto, Deus já não consegue surpreendê-los. Pelo contrário, os simples, como as crianças nos seus melhores momentos, são receptivos, são como uma esponja que absorve a água, têm capacidade de surpresa e de admiração. Também há excepções, até há homens doutos em ciências humanas que são humildes no que se refere ao conhecimento de Deus.

Jesus encontra o seu repouso no Pai, e a sua paz pode ser refúgio para todos os que foram maltratados pela vida: «Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso» (Mt 11,28). Jesus é humilde e a humildade é irmã da simplicidade. Quando aprendemos a ser felizes através da simplicidade, então desfazem-se muitas complicações, desaparecem muitas necessidades, e podemos enfim descansar. Jesus convida-nos a segui-Lo; não nos engana: estar com Ele é levar o seu jugo, assumir as exigências do amor. O sofrimento não nos será poupado, mas o seu fardo é leve, porque o nosso sofrimento não será causado pelo nosso egoísmo, mas apenas sofreremos o que seja necessário, por amor e com a ajuda do Espírito. Além disso, não esqueçamos que «as tribulações que se sofrem por Deus são suavizadas pela esperança» (Sto. Efrén). P. Antoni POU OSB Monje de Montserrat (Montserrat, Barcelona, Espanha)


Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Vamos realmente impor a nós próprios o trabalho de aprender a lição da santidade de Jesus, cujo coração era manso e humilde. A primeira lição desse coração é um exame de consciência; o resto – amor e serviço – segue-se imediatamente —amor e serviço— segue-se imediatamente» (Santa Teresa de Calcutá)

  • «Jesus faz-nos conhecer o Pai. E para quem Ele revela isto? Só quem tem coração de criança é capaz de receber esta revelação» (Francisco)

  • «O Reino é dos pobres e pequenos, quer dizer, dos que o acolheram com um coração humilde (…). [Jesus] identifica-se com os pobres de toda a espécie, e faz do amor ativo para com eles a condição da entrada no seu Reino» (Catecismo da Igreja Católica, nº 544)

     


domingo, 25 de junho de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

12º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mt 10,26-33)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

O Espírito Santo, a Verdade, de mim irá testemunhar, e vós minhas testemunhas sereis em todo lugar. (Jo 15,26b.27a)

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos: 26“Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. 27O que vos digo na escuridão dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados! 28Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno! 29Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. 30Quanto a vós, até os cabelos da vossa cabeça estão contados. 31Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais. 32Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus. 33Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus.

- Palavra da Salvação 

— Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO
 

«Não tenhais medo daqueles que matam o corpo»

Hoje, depois de escolher os doze, Jesus envia-os a pregar e os instrui. Adverte-os acerca da perseguição que possivelmente sofrerão e aconselha-os qual deve ser a sua atitude: « Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas são incapazes de matar a alma! Pelo contrário, temei Aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!» (Mt 10,28). O relato deste domingo desenvolve o tema da perseguição por Cristo com um estilo que recorda a última bem-aventurança do Sermão da Montanha (cf Mt 5,11).

O discurso de Jesus é paradoxal: por um lado diz duas vezes “não temais”, e apresenta-nos um Pai providente que tem solicitude inclusive pelas aves do campo; mas por outro lado, não nos diz que este Pai nos salve as contrariedades, bem pelo contrário: se somos seus seguidores, muito possivelmente teremos a mesma sorte que Ele e os demais profetas. Como entender isto, então? A proteção de Deus é a sua capacidade de dar vida à nossa pessoa (nossa alma), e proporcionar-lhe felicidade inclusive nas tribulações e perseguições. Ele é quem pode dar-nos a alegria do seu Reino que provem de uma vida profunda, experimentável já agora e que é presente de vida eterna: «Todo aquele, pois, que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante do meu Pai que está nos céus.» (Mt 10,32).

Confiar em que Deus estará junto de nós nos momentos difíceis dá-nos valentia para anunciar as palavras de Jesus em plena luz, e dá-nos a energia capaz de fazer o bem, para que por meio das nossas obras a gente possa dar glória ao Pai celeste. Ensina-nos Santo Anselmo: «Fazei tudo por Deus e por aquela feliz e eterna vida que nosso Salvador se digna conceder-nos no céu». - P. Antoni POU OSB Monje de Montserrat (Montserrat, Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Ele garantiu-me a sua proteção; Não é, na minha força que me apoio. Tenho nas minhas mãos a sua palavra escrita. O que é que a sua palavra está a dizer-me? 'Eu estou convosco todos os dias, até o fim do mundo'» (São João Crisóstomo)

  • Não há missão cristã no ensino da tranquilidade! Dificuldades e tribulações fazem parte da obra de evangelização, e nós somos chamados a encontrar nelas a oportunidade de verificar a autenticidade da nossa fé» (Francisco)

  • «O discípulo de Cristo, não somente deve guardar a fé e viver dela, como ainda professá-la, dar firme testemunho dela e propagá-la (…). O serviço e testemunho da fé são requeridos para a salvação (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.816)

     

domingo, 18 de junho de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

11º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mt 9,36-10,8)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

O Reino do céu está perto! Convertei-vos, irmãos, é preciso! Crede todos no Evangelho! (Mc 1,15)

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 36vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos37"A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” 10,1Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. 2Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu Irmão João; 3Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus. 5Jesus enviou estes Doze, com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! 6Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO
 

«Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor»

Hoje, o Evangelho nos diz que o Senhor —vendo o povo— sentia-se afligido, porque aquele povo ia desorientado e cansado, como ovelhas sem pastor (cf. Mt 9,36). O povo de Israel sabia muito bem, melhor que nós —homens de cidade— o que era um pastor, e a desordem que se formava quando as ovelhas estavam sozinhas sem pastor.

Se Jesus viesse hoje, eu penso que repetiria as mesmas palavras: pois há muitas pessoas desorientadas, procurando qual o sentido da vida. —Senhor, qual a solução para este grande problema? Pois Jesus pede oração, escolhe a doze apóstolos e os envia a pregar o reino de Deus.

Escolheu a doze apóstolos! Envia a esses doze homens a pregar: «‘O Reino dos Céus está próximo’». Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! » (Mt 10,7-8). O que os apóstolos fizeram, e nós devemos fazer é pregar à pessoa adorável de Jesus Cristo e a sua mensagem de paz e de amor, e isso de uma maneira desinteressada.

Todos nós estamos convocados a isso: os sucessores dos Apóstolos —os bispos e os outros pastores— mas também, unidos a eles, todos os fiéis. Todos nós temos essa missão no mundo: curar à humanidade de suas feridas, orientá-la nas suas procuras... Não somente os bispos e padres, mas também os leigos: por exemplo, na família —em seu caráter de lar e escola de fé; na universidade e nas escolas; nos meios de comunicação; no mundo sanitário...;e cada cristão no seu ambiente de amizade e de trabalho.

Ouçamos a São Francisco de Sales; que escreve:« Na mesma criação das coisas, Deus, o Criador, mandou às plantas que cada uma desse o fruto segundo a sua espécie. «Igualmente, os cristãos — que são plantas vivas da Igreja— mandou-lhes a cada um deles que desse fruto de devoção segundo a qualidade, o estado e a vocação que tivesse». Rev. D. Joan SERRA i Fontanet (Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «A esperança cristã sustenta-nos para nos empenharmos plenamente na nova evangelização e na missão universal. Exorta-nos a rezar como Jesus nos ensinou: 'Venha a nós o Vosso reino´» (S. João Paulo II)

  • «Indiferença: quanto mal faz aos necessitados a indiferença humana! E pior, a indiferença dos cristãos!» (Francisco)

  • «A Igreja é católica: anuncia a totalidade da fé, tem à sua disposição e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada a todos os povos; dirige-se a todos os homens; abrange todos os tempos; `é, por sua própria natureza, missionária´(Concilio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 868)


domingo, 30 de abril de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho  Cotidiano

4º Domingo da Páscoa

Anúncio do Evangelho (Jo 10,1-10)

Aleluia! Aleluia! Aleluia!

— Eu sou o bom pastor, diz o Senhor; eu conheço minhas ovelhas e elas me conhecem a mim. (Jo 10,14)

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus: 1“Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. 

6Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. 7Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO
 
 «Eu sou a porta das ovelhas»

Hoje no Evangelho, Jesus utiliza duas imagens referentes a si mesmo: Ele é o pastor. E Ele é a porta. Jesus é o bom pastor que conhece as ovelhas. «Ele chama cada uma pelo nome» (Jo 10,3). Para Jesus, não somos um número; tem um contacto pessoal com cada um de nós. O Evangelho não é só uma doutrina: é a adesão pessoal de Jesus conosco.

E, não só nos conhece pessoalmente. Também pessoalmente ama-nos. “Conhecer”, no Evangelho de são João, não significa simplesmente um ato do entendimento, senão um ato de adesão à pessoa conhecida. Jesus leva-nos a cada um no seu coração. Nós também lhe devemos conhecer assim. Conhecer Jesus não implica só um ato de fé, senão também de caridade, de amor. «Examinai-vos se conheceis —diz-nos são Gregório Magno, comentando este texto— se lhe conheceis não pelo fato de crer, senão pelo amor». E o amor mostra-se com as obras.

Jesus é também a porta. A única porta. «Quem entrar por mim será salvo» (Jo 10,9). E mais adiante realça: «Ninguém vai ao Pai senão por mim» (Jo 14,6). Hoje um ecumenismo mal entendido faz que alguns pensem que Jesus é um de tantos salvadores: Jesus, Buda, Confúcio..., Maomé, que mais dá! Não! Quem se salva se salvará por Jesus Cristo, ainda que nesta vida não o saiba. Quem luta por fazer o bem, o saiba ou não, vai por Jesus. Nós, pelo dom da fé, sim que o sabemos. Agradecemos-lhe. Esforçemo-nos por atravessar esta porta, que se bem é estreita, Ele nos a abrirá de par em par. E demos testemunho de que toda a nossa esperança está posta Nele. -  P. Pere SUÑER i Puig SJ (Barcelona, Espanha)


Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Entra pela porta aquele que entra por Cristo, aquele que imita a paixão de Cristo, aquele que conhece a humildade de Cristo, que sendo Deus se fez homem por nós» (Santo Agostinho)

  • «Jesus Cristo promete conduzir as ovelhas aos “pastos”, às fontes da vida. Mas qual é o alimento do homem? Ele vive da verdade e de ser amado pela Verdade. Ele precisa de Deus, do Deus que se aproxima dele e lhe mostra o caminho da vida» (Bento XVI)

  • «Assim a Igreja é o redil, cuja única e necessária porta é Cristo (Jn 10,1-10). E também o rebanho, do qual o próprio Deus predisse que seria o pastor (cf. Is 40,11) e cujas ovelhas, ainda que governadas por pastores humanos, são contudo guiadas e alimentadas sem cessar pelo próprio Cristo, bom Pastor e Príncipe dos pastores, o qual deu a vida pelas suas ovelhas» (Catecismo da Igreja Católica, nº 754)