Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
1º Domingo da Quaresma
— O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus. (Mt 4,4b)
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1o Espírito conduziu Jesus ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e, depois disso, teve fome. 3Então, o tentador aproximou-se e disse a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!” 4Mas Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus’”.
5Então o diabo levou Jesus à Cidade Santa, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, 6e lhe disse: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo! Porque está escrito: ‘Deus dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”. 7Jesus lhe respondeu: “Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus!’”
8Novamente, o diabo levou Jesus para um monte muito alto. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua glória, 9e lhe disse: “Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim, para me adorar”. 10Jesus lhe disse: “Vai-te embora, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás ao Senhor, teu Deus, e somente a ele prestarás culto’”. 11Então o diabo o deixou. E os anjos se aproximaram e serviram a Jesus.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito, para ser posto à prova pelo diabo»
Hoje celebramos o primeiro domingo
de Quaresma e, este tempo litúrgico “forte” é um caminho espiritual que
nos leva a participar do grande mistério da morte e da ressurreição de
Cristo. Diz o Papa João Paulo II: que «em cada ano a Quaresma nos propõe
um tempo para intensificar a nossa oração e a penitência, e abrir o
nosso coração à acolhida dócil da vontade divina. A Quaresma convida-nos
a percorrer um itinerário espiritual que nos prepara para reviver o
grande mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo, primeiro por
médio da escuta constante da Palavra de Deus e a pratica mais intensa da
mortificação, graças à qual podemos ajudar com maior generosidade ao
próximo necessitado».
A Quaresma e o Evangelho de hoje nos ensinam que a vida é um caminho que
nos deve levar ao céu. Mas, para poder merecê-lo, devemos ser provados
pelas tentações. «Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito, para ser
posto à prova pelo diabo» (Mt 4,1). Jesus quis ensinar-nos, ao permitir
ser tentado, como devemos lutar e vencer as nossas tentações: com a
confiança em Deus e a oração, com a graça divina e a fortaleza.
As tentações podem se descrever como os “inimigos da alma”. Em concreto,
resumem-se e concretam-se em três aspectos: À primeira vista, “o
mundo”: «manda que estas pedras se transformem em pães» (Mt 4,3). Supõe
viver só para possuir bens.
À segunda vista, “o demônio”: «se caíres de joelhos para me adorar (...)» (Mt 4,9). Manifesta-se na ambição de poder.
E, finalmente, “a carne”: «joga-te daqui abaixo» (Mt 4,6) o que
significa pôr a confiança no Corpo. Tudo isso o expressa Santo Tomas de
Aquino dizendo que «a causa das tentações são as causas das
concupiscências: o deleite da carne, o afã da glória, e a ambição de
poder.Mn.
Antoni
BALLESTER i Díaz
(Camarasa, Lleida, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Jesus no deserto derrotou o seu adversário com as palavras da Lei, não com o vigor da o braço dele. Ele venceu para que sejamos vencedores da mesma forma" (São Leão Magno)
«Não podemos sustentar uma espiritualidade que se esquece do Deus todo-poderoso e criador. Caso contrário, acabaríamos adorando outros poderes do mundo, ou nos colocaríamos no lugar do Senhor, a ponto de tentar pisar na realidade por Ele criada sem conhecer limites" (Francisco)
«Jesus é o novo Adão que permaneceu fiel onde o primeiro sucumbiu à tentação. Jesus cumpriu perfeitamente a vocação de Israel: ao contrário daqueles que antes provocaram Deus durante quarenta anos no deserto (cf. Sl 95,10), Cristo revela-se como o Servo de Deus totalmente obediente à vontade divina. Nisso Jesus é vencedor do diabo; Ele 'amarrou o homem forte' para despojá-lo do que ele havia se apropriado(Mc 3.27). A vitória de Jesus no deserto sobre o Tentador é uma antecipação da vitória da Paixão. Obediência suprema do seu amor filial ao Pai" (Catecismo da Igreja Católica, n.539)
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