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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Igreja Universal do Reino de Deus, multinacional do crime


Apuração binacional contra a Universal
MP de São Paulo e promotoria dos EUA compartilham informações para fechar o cerco contra 10 integrantes da igreja do bispo Edir Macedo
Duas caixas de documentos enviadas ontem pelo Ministério Público de São Paulo para a promotoria criminal de Nova York selam o início efetivo de uma parceria entre autoridades brasileiras e norte-americanas na investigação criminal contra o bispo Edir Macedo e mais nove representantes da Igreja Universal do Reino de Deus. Eles são acusados de formação de quadrilha, estelionato, desvio de recursos e lavagem de dinheiro em território norte-americano. O MP investiga movimentação de cerca de US$ 862,5 milhões por meio de empresas abertas em paraísos fiscais.

O acordo de cooperação prevê que as investigações sejam conduzidas pelos Estados Unidos, mas promotores brasileiros poderão acompanhar a quebra de sigilos fiscais e bancários de pessoas ligadas à Universal. Segundo investigações preliminares, a Igreja comandada por Edir Macedo enviou numa única remessa cerca de US$ 1,8 milhão para uma conta aberta nos EUA.

De acordo com a papelada já enviada pelos promotores brasileiros à divisão de combate a fraudes e crimes financeiros de Nova York, esse dinheiro seria oriundo da contribuição de fiéis da igreja durante cultos religiosos. A remessa, segundo promotores de Justiça, seria ilegal porque foi feita à revelia do Banco Central do Brasil e porque a Constituição brasileira determina que os recursos recolhidos em cultos religiosos sejam aplicados em obras de caridade e manutenção de templos.

Não é a primeira vez que a divisão de combate a fraudes e crimes financeiros vai investigar desvios de recursos feitos por igrejas. No ano passado, os promotores norte-americanos conseguiram bloquear e confiscar mais de US$ 5 bilhões de instituições religiosas com sede na terra de Barack Obama. O dinheiro era doado por fiéis e acabava financiando emissoras de rádio, televisão e a vida de luxo dos pastores que administravam os recursos.

Em uma primeira etapa, os promotores norte-americanos e brasileiros vão começar a investigar as contas da Universal nos Estados Unidos. A ideia é quebrar o sigilo financeiro e fiscal de seis empresas com sedes em quatro estados. De lá, as investigações seguirão para o Brasil. Aqui, serão avaliadas duas empresas (Unimetro e a Cremo), ligadas à Universal, que fizeram transferência financeira para as empresas com sede nos EUA.

Bloqueio
O Ministério Público de São Paulo já enviou documento aos EUA pedindo que sejam bloqueadas 16 contas bancárias movimentadas pelo grupo suspeito e apreendidos documentos que comprovem que o dinheiro saiu do Brasil irregularmente. Juntas, essas contas movimentaram cerca de US$ 862 milhões em 15 anos. As empresas localizadas em paraísos fiscais norte-americanos que serão alvos de investigação por estarem supostamente ligadas à Universal são: Milano Finance, Florida Financial Group, Pelican Holdings, Ourinvest, Dartley Holdings e a Beacon Hill, que já foi fechada pela promotoria de Nova York por causa de remessa ilegal de fundos para ilhas fiscais no México.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, a lavagem do dinheiro orquestrada por Edir Macedo funcionava da seguinte maneira: os pastores pegavam a contribuição dos fiéis e a Universal repassava para a Unimetro e para a Cremo que, por sua vez, mandavam para duas empresas fora do Brasil, a Investholding e a Cableinvest. As duas têm sedes em paraísos fiscais e também são controladas pelo grupo de Macedo, segundo os promotores. Em seguida, o dinheiro voltava ao Brasil na forma de empréstimos a pessoas físicas ligadas a Edir Macedo.

Com os empréstimos feitos pelo grupo de Macedo na Investholding e na Cableinvest, de acordo com os promotores, foi comprada por US$ 22 milhões a TV Record do Rio de Janeiro, em 1992. Em seguida, os bispos compraram a TV Record de Itajaí, em Santa Catarina, e passaram a expandir o negócio. Nenhum integrante da Igreja Universal quis comentar as acusações e a participação das autoridades estrangeiras nas investigações. Ontem mesmo, a assessoria jurídica da instituição religiosa mandou representantes aos Estados Unidos para contratar empresas para defendê-la perante a promotoria de Nova York.

  • Os acusados
    • Edir Macedo
    • Alba Maria da Costa
    • Edilson da Conceição Gonzáles
    • Honorilton Gonçalves da Costa
    • Jerônimo Alves Ferreira
    • João Batista Ramos da Silva
    • João Luís Dutra Leite
    • Maurício Albuquerque e Silva
    • Osvaldo Scriorilli
    • Veríssimo de Jesus

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Igreja Universal explora mão de obra de fiéis e não consegue provar a origem dos R$ 10.000.000,00

Universal não prova origem de R$ 10 milhões

Os mais de R$ 10 milhões apreendidos em Brasília, em julho de 2005, num avião com dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus ainda estão sob custódia da Justiça Federal, já que os representantes religiosos não conseguiram provar a origem lícita do dinheiro.

Os exatos R$ 10.202.690, apreendidos em sete malas, estavam num jatinho particular com João Batista Ramos da Silva, à época deputado federal pelo PFL, atual DEM, e pastor da Igreja Universal. Ele já foi diretor-presidente da Rede Record de Televisão e da Rede Mulher de Televisão e é um dos dez réus na ação criminal que inclui também o bispo Edir Macedo, fundador da Igreja, acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Desde a apreensão, a Universal e Batista fizeram seis tentativas de retomar o dinheiro, todas negadas. A Justiça diz que até hoje não ficou comprovada a origem lícita. Um dos motivos do bloqueio é que entre as notas havia 36 de R$ 100 numeradas em sequência. Por causa dessas notas, o juiz Márcio Rachid, da Vara Federal especializada em lavagem de dinheiro, duvidou da explicação de que o dinheiro saíra de doações nos cultos.

"A moeda posta em circulação dificilmente preserva toda a série sequencial, ainda mais em caso de valor alto", disse o juiz no seu despacho, segundo o "Jornal Nacional", da TV Globo.

A Universal alega que o dinheiro foi arrecadado em templos de Manaus, Belém e Brasília. Mas, segundo o juiz, as notas foram distribuídas pelo Banco Central a uma agência de Minas. O juiz também notou que havia dois maços de R$ 10.000 com etiquetas de um banco e o carimbo da Universal, pacotes que dificilmente seriam levados a um templo para doação.

Universal usa casa de 18 suítes em Campos do Jordão no valor de R$ 4 milhões para pegar empréstimo de R$ 8 milhões

Réu em ação penal por lavagem de dinheiro, o 'bispo' Edir Macedo desfruta de uma mansão de quatro andares, 18 suítes e elevador panorâmico na estância turística de Campos do Jordão. O palacete com 3,9 mil metros quadrados de área construída fica num terreno de 12 mil metros quadrados. Foi avaliado em cerca de R$ 4 milhões e construído por operários que são também fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus.

Conhecido em Campos do Jordão como a "mansão do Edir Macedo", o imóvel está registrado no Cartório de Registro de Imóveis local em nome da Igreja Universal e foi alienado como garantia de um empréstimo de R$ 8,2 milhões feito junto ao Bradesco em 2007. Embora o beneficiário do empréstimo seja a própria igreja, o objetivo do financiamento é obter "capital de giro", segundo certidão registrada no Cartório de Registro de Imóveis de Campos do Jordão.

De acordo com vizinhos, o bispo é visto esporadicamente no local e costuma ser discreto, a não ser quando promove partidas de futebol. Todos os operários que trabalharam na obra, de acordo com vizinhos e corretores imobiliários, foram fiéis da Igreja levados de outras cidades.

Na denúncia que originou o processo contra Edir Macedo e outras nove pessoas ligadas à Universal, o Ministério Público de São Paulo sustenta que a cúpula da igreja desviou o dinheiro doado pelos fiéis, já que, segundo a lei, entidades religiosas têm imunidade fiscal justamente para poderem investir todos os recursos arrecadados junto aos fiéis em obras sociais ou na manutenção dos templos.

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) anexado ao processo afirma que a Universal usou dinheiro de fiéis para comprar imóveis. O advogado Arthur Lavigne, que, segundo a assessoria da Universal é o único autorizado a falar com a imprensa em nome da igreja, foi procurado por telefone pelo GLOBO, mas não retornou.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Edir Macedo, 'bispo' , fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus é denunciado por formação de quadrilha

Viraram réus

Edir Macedo e mais nove são denunciados por lavar dinheiro

O juiz da 9ª Vara Criminal de São Paulo, Glaucio Roberto Brittes de Araújo, aceitou nesta segunda-feira denúncia do Ministério Público Estadual contra o bispo Edir Macedo e outras nove pessoas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Eles são acusados de lavagem de dinheiro desviado da Universal, de maneira reincidente e com organização criminosa, e formação de quadrilha. O dinheiro dos fiéis era repassado a empresas de fachada ligadas à Universal, que mandavam os recursos para paraísos fiscais no exterior. O dinheiro voltava ao país para a compra de empresas de comunicação e outros bens. É o que mostra reportagem de Adauri Antunes Barbosa, Flavio Freire, Ricardo Galhardo e Soraya Aggege na edição desta terça em O Globo.

Segundo a denúncia, Macedo seria o chefe de uma quadrilha que usava empresas de fachada para desviar recursos provenientes de doações dos fiéis da Universal e praticar uma série de fraudes.

Apenas em 2004 e 2005, as empresas Unimetro Empreendimentos e Cremo Empreendimentos teriam recebido R$ 71 milhões da Igreja Universal. O dinheiro seria usado em benefício da quadrilha denunciada, o que, em tese, desvirtuaria a finalidade das doações à Universal, que tem isenção de impostos.

Edir Macedo não aparece nominalmente como sócio das empresas, mas depoimentos e outras provas colhidas ao longo das investigações apontam o fundador e líder da Universal como verdadeiro dono das empresas montadas para lavar o dinheiro recolhido de fiéis.

Os integrantes da quadrilha são acusados tanto por obrigar fiéis a fazer doações como por dar aparência legal às transações financeiras do grupo. Um desses fiéis, que sofre de doença mental, chegou a doar a totalidade de seu salário, fazer empréstimo bancário e vender um terreno por preço irrisório para doar todo o dinheiro à Universal. Em troca, recebeu uma "chave do céu" e um "diploma de dizimista" no qual assina como "abençoador" ninguém menos do que Jesus Cristo.

Macedo também é acusado de usar o nome de laranjas para comprar emissoras de rádio e TV que hoje compõem a Rede Record. Em alguns casos, Macedo teria fraudado procurações assinadas por estes laranjas para, posteriormente, transferir as ações das emissoras para seu próprio nome ou de pessoas acusadas de participar da quadrilha.

Além de Macedo foram denunciados Alba Maria da Costa, Edilson da Conceição Gonzales, Honorilton Gonçalves da Costa, Jerônimo Alves Ferreira, João Batista Ramos da Silva, João Luis Dutra Leite, Mauricio Albuquerque e Silva, Osvaldo Sciorilli e Veríssimo de Jesus. Aceita a denúncia, todos foram transformados em réus.

O juiz determinou que os réus respondam à acusação, por escrito, num prazo de dez dias. Procurado, o juiz não se pronunciou sobre o caso. O promotor do Gaeco Roberto Porto se recusou a comentar o caso, alegando que corre em segredo de justiça.

Ninguém foi encontrado nesta segunda na Universal para responder às denúncias. Nos locais onde funcionariam a Unimetro e a Cremo não havia quem falasse sobre o caso. A TV Record não quis comentar.