São José Moscati

José
Moscati era de uma família ilustre e muito rica. Seu pai, Francisco, era
presidente do Tribunal de Justiça e sua mãe, Rosa de Luca, pertencia à
nobreza. Ele nasceu na cidade de Benevento, Itália, no dia 25 de julho
de 1880, e foi batizado em casa num dia de festa, a de santo Inácio de
Loyola.
Em 1884, seu pai foi promovido e mudou-se para Nápoles com a
família. Lá, o pequeno José fez seu primeiro encontro com Jesus
eucarístico, aos oito anos. Naquele dia, foram lançadas as bases de sua
vida eucarística, um dos segredos da sua santidade. Devoto de Maria e da
Eucaristia, com apenas dezessete anos obrigou-se ao voto de castidade
perpétua. Ativo participante da vida paroquial, participava da missa e
comungava diariamente. Sua generosidade e caridade eram dedicadas aos
pobres e doentes, especialmente aos incuráveis.
Quando seu irmão Alberto passou a sofrer de epilepsia, José passava
várias horas cuidando dele. Foi então que decidiu seguir os estudos de
medicina. No ambiente universitário, Moscati destacou-se pelo cuidado e
empenho e, em 1903, recebeu doutorado de medicina com uma tese
brilhante. Desde então, a universidade, o hospital e a Igreja se
tornaram um único campo para suas atividades. Tornou-se médico do
Hospital dos Incuráveis, onde logo ganhou admiração e o prestígio no
domínio científico. Mas o luto atingiu Moscati, quando, em 1904, seu
irmão Alberto morreu.
A reputação de Moscati como mestre e médico era indiscutível. Por
isso foi nomeado, oficialmente, médico responsável da terceira ala
masculina do Hospital dos Incuráveis, justamente a ala daqueles doentes
pelos quais ele se empenhava e trabalhava com afinco.
No dia 12 de abril de 1927, como de hábito, depois de ter
participado da missa e recebido Cristo eucarístico, foi para o hospital.
Voltou para casa à tarde e, enquanto atendia os pacientes, sentiu-se
mal e pouco depois morreu serenamente. A notícia de sua morte
espalhou-se imediatamente e a dor se espalhou pela cidade.
No dia 16 de novembro de 1975, o papa Paulo VI proclama José Moscati
bem-aventurado. A devoção a Moscati vai aumentando cada dia mais. As
graças obtidas por sua intercessão são muitas.
De 1o. a 30 de outubro de 1987, em Roma, houve a VII Assembléia do
Sínodo dos Bispos, cujo tema era: "Vocação e missão dos leigos na Igreja
e no mundo, vinte anos após o Concílio Vaticano II". José Moscati foi
um leigo que cumpriu sua missão na Igreja e no mundo. No Sínodo, após
longos exames, a Igreja comunicou que ele seria canonizado, como um
homem de fé e caridade, que assistia e aliviava os sofrimentos dos
incuráveis.
No dia 25 de outubro de 1987, na praça São Pedro, em Roma, o papa
João Paulo II colocou, oficialmente, José Moscati entre os santos da
Igreja.
Sua festa litúrgica foi indicada para o dia 12 de abril. Seu corpo repousa na igreja do Menino Jesus, em Nápoles, Itália.
São José Moscati, rogai por nós!
São Júlio

O
Martirológio Romano enumera nove santos e oito santas com esse nome e
quase todos são mártires do primeiro século do cristianismo. Mas, hoje,
celebramos Júlio, o primeiro papa a tomar este nome, e que dirigiu a
Igreja de 337 a 352.
Júlio era de origem romana, filho de um certo cidadão chamado
Rústico. Viveu no período em que a Igreja respirava a liberdade
religiosa concedida pelo imperador Constantino, o Magno, em 313. Essa
liberdade oferecia ao cristianismo melhores condições de vida e expansão
da religião. Por outro lado, surgiram as primeiras heresias: donatismo,
puritanismo na moral,e o arianismo, negando a divindade de Cristo.
Com a morte de Constantino, os sucessores, infelizmente, favoreceram
os partidários do arianismo. O papa Júlio I tomou a defesa e hospedou o
patriarca de Alexandria, Atanásio, o grande doutor da Igreja,
batalhador da fé no concílio de Nicéia e principal alvo do ódio dos
arianos, que o tinham expulsado da sede patriarcal. O papa Júlio I
convocou dois sínodos de bispos em que, com a condenação do
semi-arianismo, Atanásio foi reabilitado, recebendo cartas do papa que
se felicitava com a Igreja de Alexandria, baluarte da ortodoxia cristã.
O papa Júlio I construiu várias igrejas em Roma: a dos Santos
Apóstolos, a da Santíssima Maria de Trastévere, e três mandou construir
nos cemitérios das vias Flavínia, Aurélia e Portuense, respectivamente
as igrejas de São Valentim, de São Calisto e de São Félix. Cuidou da
organização eclesiástica e da catequese catecumenal, ou seja, dos
adultos e mais velhos.
Morreu em 352, após quinze anos de pontificado. Foi sepultado no
cemitério de Calepódio, na via Aurélia, numa igreja que ele também havia
mandado edificar. Sua veneração começou entre os fiéis a partir do
século VII. Suas relíquias, segundo a tradição, foram transladadas para a
basílica de São Praxedes a pedido do papa Pascoal I. O seu culto, que
já fora autorizado, refloresceu em 1505, quando do seu translado para a
basílica da Santíssima Maria de Trastévere, em Roma.
São Júlio, rogai por nós!
São Vitor
Nasceu na aldeia de Passos, perto de Braga (Portugal), onde viveu toda
sua juventude para Deus. Era catecúmeno, e se preparava para receber a
graça do Batismo.
Jovem muito dado, encontrou um grupo de pagãos que prestava culto a um
ídolo. Eles o chamavam a adorar este ídolo, e ele se recusou. Então,
Vitor foi levado diante do governador e questionado.
Por não renunciar a sua fé, foi preso numa árvore e flagelado. E em seguida, decapitado.
São Vitor foi fiel a Cristo em todos os momentos, entregando-se a Jesus desde a juventude.
São Vitor, rogai por nós!