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domingo, 3 de dezembro de 2023

3 de dezembro - Santo do Dia

São Francisco Xavier

O coração de São Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, o resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus


Sacerdote jesuíta, padroeiro das Missões (1506-1552)

A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China.

Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de ideias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou cofundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente".

Minha oração

“ Grande arauto do Evangelho, anunciador e propagador da Palavra àqueles que mais necessitam, te rogamos que conduza a Igreja onde ainda não há evangelização. E aos pregadores e missionários, dai saúde e sabedoria para viver a sua vocação. Que cada um de nós tenha esse poder de inculturação, a fim de que Cristo seja amado em todos os cantos do mundo. Amém”

 

São Francisco Xavier, rogai por nós! 


São Galgano Guidotti

Eremita e fundador (1148-1181)

A cidade de Sena era uma fortificação feudal com o nome de Chiusdino em 1148. Pertencia ao bispo Hugo Volterra quando Galgano Guidotti nasceu nesse ano. Guidotti e Dionísia, seus pais, eram da pequena nobreza da cidade e católicos fervorosos.

Ainda muito pequeno, Galgano ficou órfão de pai. Foi educado pela mãe, que o levou à devoção de são Miguel Arcanjo, que possuía. No tempo apropriado, tornou-se cavaleiro e, abandonando a educação religiosa recebida, passou à uma vida desregrada voltada para os vícios e prazeres mundanos. Sem uma data precisa e conforme a tradição, o jovem cavaleiro Galgano, após sonhar duas vezes com são Miguel Arcanjo, se converteu completamente.


No primeiro sonho, são Miguel aparecia se dirigindo a uma senhora, que Galgano reconheceu ser sua mãe, e pedia que ela lhe desse o filho para o alistar na milícia celeste. A mãe, cheia de alegria, consentia. No segundo, são Miguel o convencia a mudar de vida. E depois, o glorioso Arcanjo o conduzia pela mão a fim de o consagrar à milícia do céu. Entre um e outro, impressionado, Galgano comentava muitas vezes com a mãe.

Mas foi sobre o cavalo que um fato extraordinário lhe aconteceu. O cavalo se recusou duas vezes seguidas a seguir no caminho que iam, conduzindo Galgano para o lugar que vira nos dois sonhos. Lá, ouviu uma voz pedindo que abandonasse a vida de prazeres, que fincasse sua espada numa rocha e construísse, ao redor, uma comunidade religiosa. Assim foi que Galgano fincou sua espada, que penetrou na rocha como se ela fosse de cera, onde permanece até hoje como um dos muitos mistérios que o envolvem.

Galgano vendeu tudo o que tinha e se retirou para aquele local em 1180. Durante onze meses viveu como eremita, jejuando e fazendo penitências. Na ocasião, sua mãe fez uma tentativa para ter o filho de volta ao lar. Propôs que se casasse com uma jovem bela e rica. Porém, ao invés disso, converteu a jovem, que também se voltou para a vida religiosa. Ela fundou um convento com a ajuda do bispo Voltera, em torno da pedra com a espada fincada, e o povo chamou de Abadia "Redonda".

Enquanto isso, Galgano seguiu em peregrinação a Roma, onde esteve com o papa Alexandre III, e lhe contou tudo o que acontecera. Regressou e ingressou na "Redonda" como irmão oblato, vivendo na oração e penitência. Protegido por são Miguel Arcanjo, santificou-se rapidamente. Alguns monges cistercienses, de passagem pela região, colocaram a abadia "Redonda" sob as regras da Ordem.

Morreu em 30 de novembro de 1181, aos trinta e três anos de idade, e foi sepultado ao lado da espada fincada na rocha, no centro da igreja da Abadia "Redonda", em Sena, Itália. Logo o local se tornou a meta de muitas peregrinações, local que até hoje guarda o mistério vivido por ele.

Quatro anos depois, como resultado daquele que é considerado o mais antigo "processo de canonização" da Igreja, Galgano Guidotti foi proclamado santo. Também no mesmo ano, 1185, a Abadia "Redonda" de São Galgano foi consagrada como Santuário. O culto, aberto para os fieis de todo o mundo, é celebrado no dia 3 de dezembro.


São Galgano Guidotti, rogai por nós!


sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Natividade de Nossa Senhora - 8 de setembro - Nossa Senhora do Monte Serrate

 Blog | Festa da Natividade de Nossa Senhora

 Natividade de Nossa Senhora

Hoje é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.

 Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Segundo uma antiga tradição, os pais de Maria, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que, em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.

De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é feito com os outros santos.

Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo: a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade.

Minha oração

“No dia do teu aniversário, quero louvar a Deus e celebrar a grande graça que é ter te recebido como Mãe. Obrigado, por tanto carinho e proteção, obrigado por todas as graças que recebo de ti diariamente. Seja hoje  e sempre nossa Senhora!”

 Nossa Senhora, rogai por nós!

 

Nossa Senhora do Monte Serrate

“Nossa Senhora do Monte, que estais no monte a rezar, pedi por nós, vossos filhos, que não vos cessam de amar.” (Hino)

Foi tocado pela graça que Inácio de Loyola dirigiu-se a Barcelona e retirando-se na solidão de Manresa pendurou sua espada e prostou-se aos pés da Virgem de Montserrat. Foi também aos pés da Ssma. Virgem que Inácio traçou as linhas gerais de seu célebre livro “Exercícios Espirituais”.
 
Outros tantos santos estiveram em Barcelona e no majestoso Santuário de Nossa Senhora de Montserrat, encontraram as respostas de tantos anseios, entre eles destacamos: São João de Matha, São José de Calasanz, São Vicente Ferrer, São Pedro Claver etc.
 
Origem da Devoção
O culto a Virgem Senhora do Montserrat remonta aos primeiros tempos do cristianismo e faz referencia ao apóstolo São Pedro, que segundo a tradição, levou em sua viagem a península Ibérica uma imagem da Virgem Maria, esculpida em madeira e conhecida como a Senhora Jerusalemitana.
 
Pelo ano de 546, na Cataluña, ao sul da Espanha, um monge chamado Querino, fundou um rudimentar mosteiro consagrado a referida imagem, que alguns séculos antes, fora trazida por São Pedro.No tempo das invasões, pelos árabes a imagem foi escondida numa caverna e só encontrada dois séculos depois por pastores da região, que a levaram de volta ao mosteiro em solene procissão.
 
Conta-se que os referidos pastores de Obesa passavam pela montanha quando ouviram cânticos celestiais e foram atraídos por uma luz esplendorosa que saía do interior do rochedo. Encantados com o som e com as luzes subiram o monte e pasmados caíram de joelhos diante da imagem da Virgem Maria. Estava a imagem em uma cavidade natural na elevação da montanha.
 
Rapidamente desceram o monte e cheios de alegria foram ao encontro do bispo de Manresa e revelaram o ocorrido. Em companhia dos pastores, o Senhor Bispo sobre o monte e comprova o fato, e extasiado pela beleza da imagem e pelos detalhes, pode confirmar que a imagem era a mesma da igreja de Barcelona e que tinha sido escondida para não ser profana pelos infiéis.
 
Tão logo os habitantes da redondeza souberam da noticia, correram ao local e tentaram retirar a imagem e transportá-la para um local mais elevado da montanha. Apesar de todos os esforços não conseguiram move-la do lugar. Todos foram unânimes em concordar que havia algo de sobrenatural e assim sendo, a imagem permaneceu no Plateau da montanha, onde foi erguida uma capela sob a proteção dos monges de ministrol.
 
Subiram o Montserrat para prestar culto e veneração a Virgem Morena, príncipes prelados e altos servidores da corte. Até os reis católicos de Aragão, de Castella e de Navarra subiram o monte humildemente, e foi com os donativos da nobreza que foi erguido o majestoso edifício do Mosteiro de Montserrat, que foi entregue aos beneditinos.
Foi erigido em Abadia, quando do Papa Bento XV que também lhe conferiu grandes prerrogativas. Leão XIII declarou-a, canonicamente como padroeira da Catalunha.
 
La Morenata, como é chamada carinhosamente pelo povo da Catalunha e cuja entronização ocorreu em 1947. A Imagem assim como a cadeira onde ela está sentada são de madeira escura. O manto é de ouro, sua túnica interior e o véu dourados. O menino Jesus em seu regaço, também foi esculpido em madeira escura. O tradicional mosteiro se eleva entre as gigantescas rochas, que o rodeiam, e que seus picos em forma de serra circundam o trono da Virgem Morena, La Moreneta de Montserrat.
 
No Brasil o culto a Virgem de Montserrat chegou com os dominadores espanhóis. Foi em 1590 que D. Francisco de Souza fiel e fervoroso devoto da Virgem, divulgou o culto da Senhora de Montserrat por onde passou. Foi em Tacagipe na Bahia, em São Sebastião do Rio de Janeiro, e ergueu uma ermida na vila de São Paulo de Piratininga, bem no local onde se encontra hoje o Mosteiro de São Bento.
 
Aos passar em viagem pelas capitanias do sul, visitou a de Santos, onde também mandou erguer uma Capelinha em honra a Virgem de Montserrat, a devoção atravessou o tempo até ser declarada oficialmente a padroeira da cidade de Santos.
Foi dos lábios de minha Avó Chiquinha que ouvi relatos prodígios e dos milagres operados por intercessão da Virgem de Montserrat. Por muitos anos ela morou em Santos e incontáveis vezes prostou-se aos pés da Virgem, entre lágrimas...
Ainda conservo comigo uma pequena Imagem que sempre a acompanhou... Eu herdei o amor por Nossa Senhora, de minha Avó e Madrinha.
 
“Aos vossos pés suplicando, erguemos a humilde voz: Nossa Senhora do Monte, rogai a Jesus por nós.”
 
Amém! Paz e bem!

 

sábado, 3 de dezembro de 2022

3 de dezembro - Santo do Dia

São Francisco Xavier

O coração de São Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, o resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus

Sacerdote jesuíta, padroeiro das Missões (1506-1552)

A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China.

Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de ideias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou cofundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente".


São Francisco Xavier, rogai por nós! 


São Galgano Guidotti

Eremita e fundador (1148-1181)

A cidade de Sena era uma fortificação feudal com o nome de Chiusdino em 1148. Pertencia ao bispo Hugo Volterra quando Galgano Guidotti nasceu nesse ano. Guidotti e Dionísia, seus pais, eram da pequena nobreza da cidade e católicos fervorosos.

Ainda muito pequeno, Galgano ficou órfão de pai. Foi educado pela mãe, que o levou à devoção de são Miguel Arcanjo, que possuía. No tempo apropriado, tornou-se cavaleiro e, abandonando a educação religiosa recebida, passou à uma vida desregrada voltada para os vícios e prazeres mundanos. Sem uma data precisa e conforme a tradição, o jovem cavaleiro Galgano, após sonhar duas vezes com são Miguel Arcanjo, se converteu completamente.


No primeiro sonho, são Miguel aparecia se dirigindo a uma senhora, que Galgano reconheceu ser sua mãe, e pedia que ela lhe desse o filho para o alistar na milícia celeste. A mãe, cheia de alegria, consentia. No segundo, são Miguel o convencia a mudar de vida. E depois, o glorioso Arcanjo o conduzia pela mão a fim de o consagrar à milícia do céu. Entre um e outro, impressionado, Galgano comentava muitas vezes com a mãe.

Mas foi sobre o cavalo que um fato extraordinário lhe aconteceu. O cavalo se recusou duas vezes seguidas a seguir no caminho que iam, conduzindo Galgano para o lugar que vira nos dois sonhos. Lá, ouviu uma voz pedindo que abandonasse a vida de prazeres, que fincasse sua espada numa rocha e construísse, ao redor, uma comunidade religiosa. Assim foi que Galgano fincou sua espada, que penetrou na rocha como se ela fosse de cera, onde permanece até hoje como um dos muitos mistérios que o envolvem.

Galgano vendeu tudo o que tinha e se retirou para aquele local em 1180. Durante onze meses viveu como eremita, jejuando e fazendo penitências. Na ocasião, sua mãe fez uma tentativa para ter o filho de volta ao lar. Propôs que se casasse com uma jovem bela e rica. Porém, ao invés disso, converteu a jovem, que também se voltou para a vida religiosa. Ela fundou um convento com a ajuda do bispo Voltera, em torno da pedra com a espada fincada, e o povo chamou de Abadia "Redonda".

Enquanto isso, Galgano seguiu em peregrinação a Roma, onde esteve com o papa Alexandre III, e lhe contou tudo o que acontecera. Regressou e ingressou na "Redonda" como irmão oblato, vivendo na oração e penitência. Protegido por são Miguel Arcanjo, santificou-se rapidamente. Alguns monges cistercienses, de passagem pela região, colocaram a abadia "Redonda" sob as regras da Ordem.

Morreu em 30 de novembro de 1181, aos trinta e três anos de idade, e foi sepultado ao lado da espada fincada na rocha, no centro da igreja da Abadia "Redonda", em Sena, Itália. Logo o local se tornou a meta de muitas peregrinações, local que até hoje guarda o mistério vivido por ele.

Quatro anos depois, como resultado daquele que é considerado o mais antigo "processo de canonização" da Igreja, Galgano Guidotti foi proclamado santo. Também no mesmo ano, 1185, a Abadia "Redonda" de São Galgano foi consagrada como Santuário. O culto, aberto para os fieis de todo o mundo, é celebrado no dia 3 de dezembro.


São Galgano Guidotti, rogai por nós!

 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

3 de dezembro - Santo do Dia

São Francisco Xavier

O coração de São Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, o resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus

Sacerdote jesuíta, padroeiro das Missões (1506-1552)

A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China.

Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de ideias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou cofundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente".


São Francisco Xavier, rogai por nós! 


São Galgano Guidotti

Eremita e fundador (1148-1181)

A cidade de Sena era uma fortificação feudal com o nome de Chiusdino em 1148. Pertencia ao bispo Hugo Volterra quando Galgano Guidotti nasceu nesse ano. Guidotti e Dionísia, seus pais, eram da pequena nobreza da cidade e católicos fervorosos.

Ainda muito pequeno, Galgano ficou órfão de pai. Foi educado pela mãe, que o levou à devoção de são Miguel Arcanjo, que possuía. No tempo apropriado, tornou-se cavaleiro e, abandonando a educação religiosa recebida, passou à uma vida desregrada voltada para os vícios e prazeres mundanos. Sem uma data precisa e conforme a tradição, o jovem cavaleiro Galgano, após sonhar duas vezes com são Miguel Arcanjo, se converteu completamente.


No primeiro sonho, são Miguel aparecia se dirigindo a uma senhora, que Galgano reconheceu ser sua mãe, e pedia que ela lhe desse o filho para o alistar na milícia celeste. A mãe, cheia de alegria, consentia. No segundo, são Miguel o convencia a mudar de vida. E depois, o glorioso Arcanjo o conduzia pela mão a fim de o consagrar à milícia do céu. Entre um e outro, impressionado, Galgano comentava muitas vezes com a mãe.

Mas foi sobre o cavalo que um fato extraordinário lhe aconteceu. O cavalo se recusou duas vezes seguidas a seguir no caminho que iam, conduzindo Galgano para o lugar que vira nos dois sonhos. Lá, ouviu uma voz pedindo que abandonasse a vida de prazeres, que fincasse sua espada numa rocha e construísse, ao redor, uma comunidade religiosa. Assim foi que Galgano fincou sua espada, que penetrou na rocha como se ela fosse de cera, onde permanece até hoje como um dos muitos mistérios que o envolvem.

Galgano vendeu tudo o que tinha e se retirou para aquele local em 1180. Durante onze meses viveu como eremita, jejuando e fazendo penitências. Na ocasião, sua mãe fez uma tentativa para ter o filho de volta ao lar. Propôs que se casasse com uma jovem bela e rica. Porém, ao invés disso, converteu a jovem, que também se voltou para a vida religiosa. Ela fundou um convento com a ajuda do bispo Voltera, em torno da pedra com a espada fincada, e o povo chamou de Abadia "Redonda".

Enquanto isso, Galgano seguiu em peregrinação a Roma, onde esteve com o papa Alexandre III, e lhe contou tudo o que acontecera. Regressou e ingressou na "Redonda" como irmão oblato, vivendo na oração e penitência. Protegido por são Miguel Arcanjo, santificou-se rapidamente. Alguns monges cistercienses, de passagem pela região, colocaram a abadia "Redonda" sob as regras da Ordem.

Morreu em 30 de novembro de 1181, aos trinta e três anos de idade, e foi sepultado ao lado da espada fincada na rocha, no centro da igreja da Abadia "Redonda", em Sena, Itália. Logo o local se tornou a meta de muitas peregrinações, local que até hoje guarda o mistério vivido por ele.

Quatro anos depois, como resultado daquele que é considerado o mais antigo "processo de canonização" da Igreja, Galgano Guidotti foi proclamado santo. Também no mesmo ano, 1185, a Abadia "Redonda" de São Galgano foi consagrada como Santuário. O culto, aberto para os fieis de todo o mundo, é celebrado no dia 3 de dezembro.


São Galgano Guidotti, rogai por nós!


quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Natividade de Nossa Senhora - 8 de setembro - Nossa Senhora do Monte Serrate

 

Natividade de Nossa Senhora

Hoje é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.

Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Segundo uma antiga tradição, os pais de Maria, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que, em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.

De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é feito com os outros santos.

Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo: a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade.

Nossa Senhora, rogai por nós!

 

Nossa Senhora do Monte Serrate

“Nossa Senhora do Monte, que estais no monte a rezar, pedi por nós, vossos filhos, que não vos cessam de amar.” (Hino)

Foi tocado pela graça que Inácio de Loyola dirigiu-se a Barcelona e retirando-se na solidão de Manresa pendurou sua espada e prostou-se aos pés da Virgem de Montserrat. Foi também aos pés da Ssma. Virgem que Inácio traçou as linhas gerais de seu célebre livro “Exercícios Espirituais”.
 
Outros tantos santos estiveram em Barcelona e no majestoso Santuário de Nossa Senhora de Montserrat, encontraram as respostas de tantos anseios, entre eles destacamos: São João de Matha, São José de Calasanz, São Vicente Ferrer, São Pedro Claver etc.
 
Origem da Devoção
O culto a Virgem Senhora do Montserrat remonta aos primeiros tempos do cristianismo e faz referencia ao apóstolo São Pedro, que segundo a tradição, levou em sua viagem a península Ibérica uma imagem da Virgem Maria, esculpida em madeira e conhecida como a Senhora Jerusalemitana.
 
Pelo ano de 546, na Cataluña, ao sul da Espanha, um monge chamado Querino, fundou um rudimentar mosteiro consagrado a referida imagem, que alguns séculos antes, fora trazida por São Pedro.No tempo das invasões, pelos árabes a imagem foi escondida numa caverna e só encontrada dois séculos depois por pastores da região, que a levaram de volta ao mosteiro em solene procissão.
 
Conta-se que os referidos pastores de Obesa passavam pela montanha quando ouviram cânticos celestiais e foram atraídos por uma luz esplendorosa que saía do interior do rochedo. Encantados com o som e com as luzes subiram o monte e pasmados caíram de joelhos diante da imagem da Virgem Maria. Estava a imagem em uma cavidade natural na elevação da montanha.
 
Rapidamente desceram o monte e cheios de alegria foram ao encontro do bispo de Manresa e revelaram o ocorrido. Em companhia dos pastores, o Senhor Bispo sobre o monte e comprova o fato, e extasiado pela beleza da imagem e pelos detalhes, pode confirmar que a imagem era a mesma da igreja de Barcelona e que tinha sido escondida para não ser profana pelos infiéis.
 
Tão logo os habitantes da redondeza souberam da noticia, correram ao local e tentaram retirar a imagem e transportá-la para um local mais elevado da montanha. Apesar de todos os esforços não conseguiram move-la do lugar. Todos foram unânimes em concordar que havia algo de sobrenatural e assim sendo, a imagem permaneceu no Plateau da montanha, onde foi erguida uma capela sob a proteção dos monges de ministrol.
 
Subiram o Montserrat para prestar culto e veneração a Virgem Morena, príncipes prelados e altos servidores da corte. Até os reis católicos de Aragão, de Castella e de Navarra subiram o monte humildemente, e foi com os donativos da nobreza que foi erguido o majestoso edifício do Mosteiro de Montserrat, que foi entregue aos beneditinos.
Foi erigido em Abadia, quando do Papa Bento XV que também lhe conferiu grandes prerrogativas. Leão XIII declarou-a, canonicamente como padroeira da Catalunha.
 
La Morenata, como é chamada carinhosamente pelo povo da Catalunha e cuja entronização ocorreu em 1947. A Imagem assim como a cadeira onde ela está sentada são de madeira escura. O manto é de ouro, sua túnica interior e o véu dourados. O menino Jesus em seu regaço, também foi esculpido em madeira escura. O tradicional mosteiro se eleva entre as gigantescas rochas, que o rodeiam, e que seus picos em forma de serra circundam o trono da Virgem Morena, La Moreneta de Montserrat.
 
No Brasil o culto a Virgem de Montserrat chegou com os dominadores espanhóis. Foi em 1590 que D. Francisco de Souza fiel e fervoroso devoto da Virgem, divulgou o culto da Senhora de Montserrat por onde passou. Foi em Tacagipe na Bahia, em São Sebastião do Rio de Janeiro, e ergueu uma ermida na vila de São Paulo de Piratininga, bem no local onde se encontra hoje o Mosteiro de São Bento.
 
Aos passar em viagem pelas capitanias do sul, visitou a de Santos, onde também mandou erguer uma Capelinha em honra a Virgem de Montserrat, a devoção atravessou o tempo até ser declarada oficialmente a padroeira da cidade de Santos.
Foi dos lábios de minha Avó Chiquinha que ouvi relatos prodígios e dos milagres operados por intercessão da Virgem de Montserrat. Por muitos anos ela morou em Santos e incontáveis vezes prostou-se aos pés da Virgem, entre lágrimas...
Ainda conservo comigo uma pequena Imagem que sempre a acompanhou... Eu herdei o amor por Nossa Senhora, de minha Avó e Madrinha.
 
“Aos vossos pés suplicando, erguemos a humilde voz: Nossa Senhora do Monte, rogai a Jesus por nós.”
 
Amém! Paz e bem!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

3 de dezembro - Santo do Dia

São Francisco Xavier

O coração de São Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, o resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus

Sacerdote jesuíta, padroeiro das Missões (1506-1552)

A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China.

Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de ideias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou cofundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente".


São Francisco Xavier, rogai por nós! 


São Galgano Guidotti

Eremita e fundador (1148-1181)

A cidade de Sena era uma fortificação feudal com o nome de Chiusdino em 1148. Pertencia ao bispo Hugo Volterra quando Galgano Guidotti nasceu nesse ano. Guidotti e Dionísia, seus pais, eram da pequena nobreza da cidade e católicos fervorosos.

Ainda muito pequeno, Galgano ficou órfão de pai. Foi educado pela mãe, que o levou à devoção de são Miguel Arcanjo, que possuía. No tempo apropriado, tornou-se cavaleiro e, abandonando a educação religiosa recebida, passou à uma vida desregrada voltada para os vícios e prazeres mundanos. Sem uma data precisa e conforme a tradição, o jovem cavaleiro Galgano, após sonhar duas vezes com são Miguel Arcanjo, se converteu completamente.


No primeiro sonho, são Miguel aparecia se dirigindo a uma senhora, que Galgano reconheceu ser sua mãe, e pedia que ela lhe desse o filho para o alistar na milícia celeste. A mãe, cheia de alegria, consentia. No segundo, são Miguel o convencia a mudar de vida. E depois, o glorioso Arcanjo o conduzia pela mão a fim de o consagrar à milícia do céu. Entre um e outro, impressionado, Galgano comentava muitas vezes com a mãe.

Mas foi sobre o cavalo que um fato extraordinário lhe aconteceu. O cavalo se recusou duas vezes seguidas a seguir no caminho que iam, conduzindo Galgano para o lugar que vira nos dois sonhos. Lá, ouviu uma voz pedindo que abandonasse a vida de prazeres, que fincasse sua espada numa rocha e construísse, ao redor, uma comunidade religiosa. Assim foi que Galgano fincou sua espada, que penetrou na rocha como se ela fosse de cera, onde permanece até hoje como um dos muitos mistérios que o envolvem.

Galgano vendeu tudo o que tinha e se retirou para aquele local em 1180. Durante onze meses viveu como eremita, jejuando e fazendo penitências. Na ocasião, sua mãe fez uma tentativa para ter o filho de volta ao lar. Propôs que se casasse com uma jovem bela e rica. Porém, ao invés disso, converteu a jovem, que também se voltou para a vida religiosa. Ela fundou um convento com a ajuda do bispo Voltera, em torno da pedra com a espada fincada, e o povo chamou de Abadia "Redonda".

Enquanto isso, Galgano seguiu em peregrinação a Roma, onde esteve com o papa Alexandre III, e lhe contou tudo o que acontecera. Regressou e ingressou na "Redonda" como irmão oblato, vivendo na oração e penitência. Protegido por são Miguel Arcanjo, santificou-se rapidamente. Alguns monges cistercienses, de passagem pela região, colocaram a abadia "Redonda" sob as regras da Ordem.

Morreu em 30 de novembro de 1181, aos trinta e três anos de idade, e foi sepultado ao lado da espada fincada na rocha, no centro da igreja da Abadia "Redonda", em Sena, Itália. Logo o local se tornou a meta de muitas peregrinações, local que até hoje guarda o mistério vivido por ele.

Quatro anos depois, como resultado daquele que é considerado o mais antigo "processo de canonização" da Igreja, Galgano Guidotti foi proclamado santo. Também no mesmo ano, 1185, a Abadia "Redonda" de São Galgano foi consagrada como Santuário. O culto, aberto para os fieis de todo o mundo, é celebrado no dia 3 de dezembro.


São Galgano Guidotti, rogai por nós!


domingo, 3 de dezembro de 2017

3 de dezembro - Santo do dia

São Francisco Xavier

O coração de São Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, o resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus

Sacerdote jesuíta, padroeiro das Missões (1506-1552)

A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China.

Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de ideias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou cofundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente".


São Francisco Xavier, rogai por nós! 


São Galgano Guidotti

Eremita e fundador (1148-1181)

A cidade de Sena era uma fortificação feudal com o nome de Chiusdino em 1148. Pertencia ao bispo Hugo Volterra quando Galgano Guidotti nasceu nesse ano. Guidotti e Dionísia, seus pais, eram da pequena nobreza da cidade e católicos fervorosos.

Ainda muito pequeno, Galgano ficou órfão de pai. Foi educado pela mãe, que o levou à devoção de são Miguel Arcanjo, que possuía. No tempo apropriado, tornou-se cavaleiro e, abandonando a educação religiosa recebida, passou à uma vida desregrada voltada para os vícios e prazeres mundanos. Sem uma data precisa e conforme a tradição, o jovem cavaleiro Galgano, após sonhar duas vezes com são Miguel Arcanjo, se converteu completamente.


No primeiro sonho, são Miguel aparecia se dirigindo a uma senhora, que Galgano reconheceu ser sua mãe, e pedia que ela lhe desse o filho para o alistar na milícia celeste. A mãe, cheia de alegria, consentia. No segundo, são Miguel o convencia a mudar de vida. E depois, o glorioso Arcanjo o conduzia pela mão a fim de o consagrar à milícia do céu. Entre um e outro, impressionado, Galgano comentava muitas vezes com a mãe.

Mas foi sobre o cavalo que um fato extraordinário lhe aconteceu. O cavalo se recusou duas vezes seguidas a seguir no caminho que iam, conduzindo Galgano para o lugar que vira nos dois sonhos. Lá, ouviu uma voz pedindo que abandonasse a vida de prazeres, que fincasse sua espada numa rocha e construísse, ao redor, uma comunidade religiosa. Assim foi que Galgano fincou sua espada, que penetrou na rocha como se ela fosse de cera, onde permanece até hoje como um dos muitos mistérios que o envolvem.

Galgano vendeu tudo o que tinha e se retirou para aquele local em 1180. Durante onze meses viveu como eremita, jejuando e fazendo penitências. Na ocasião, sua mãe fez uma tentativa para ter o filho de volta ao lar. Propôs que se casasse com uma jovem bela e rica. Porém, ao invés disso, converteu a jovem, que também se voltou para a vida religiosa. Ela fundou um convento com a ajuda do bispo Voltera, em torno da pedra com a espada fincada, e o povo chamou de Abadia "Redonda".

Enquanto isso, Galgano seguiu em peregrinação a Roma, onde esteve com o papa Alexandre III, e lhe contou tudo o que acontecera. Regressou e ingressou na "Redonda" como irmão oblato, vivendo na oração e penitência. Protegido por são Miguel Arcanjo, santificou-se rapidamente. Alguns monges cistercienses, de passagem pela região, colocaram a abadia "Redonda" sob as regras da Ordem.

Morreu em 30 de novembro de 1181, aos trinta e três anos de idade, e foi sepultado ao lado da espada fincada na rocha, no centro da igreja da Abadia "Redonda", em Sena, Itália. Logo o local se tornou a meta de muitas peregrinações, local que até hoje guarda o mistério vivido por ele.

Quatro anos depois, como resultado daquele que é considerado o mais antigo "processo de canonização" da Igreja, Galgano Guidotti foi proclamado santo. Também no mesmo ano, 1185, a Abadia "Redonda" de São Galgano foi consagrada como Santuário. O culto, aberto para os fieis de todo o mundo, é celebrado no dia 3 de dezembro.




São Galgano Guidotti, rogai por nós!
 

sábado, 3 de dezembro de 2016

3 de dezembro - Santo do dia

São Francisco Xavier

O coração de São Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, o resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus

Sacerdote jesuíta, padroeiro das Missões (1506-1552)

A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China.

Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de ideias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou cofundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente".


São Francisco Xavier, rogai por nós! 


São Galgano Guidotti

Eremita e fundador (1148-1181)

A cidade de Sena era uma fortificação feudal com o nome de Chiusdino em 1148. Pertencia ao bispo Hugo Volterra quando Galgano Guidotti nasceu nesse ano. Guidotti e Dionísia, seus pais, eram da pequena nobreza da cidade e católicos fervorosos.

Ainda muito pequeno, Galgano ficou órfão de pai. Foi educado pela mãe, que o levou à devoção de são Miguel Arcanjo, que possuía. No tempo apropriado, tornou-se cavaleiro e, abandonando a educação religiosa recebida, passou à uma vida desregrada voltada para os vícios e prazeres mundanos. Sem uma data precisa e conforme a tradição, o jovem cavaleiro Galgano, após sonhar duas vezes com são Miguel Arcanjo, se converteu completamente.


No primeiro sonho, são Miguel aparecia se dirigindo a uma senhora, que Galgano reconheceu ser sua mãe, e pedia que ela lhe desse o filho para o alistar na milícia celeste. A mãe, cheia de alegria, consentia. No segundo, são Miguel o convencia a mudar de vida. E depois, o glorioso Arcanjo o conduzia pela mão a fim de o consagrar à milícia do céu. Entre um e outro, impressionado, Galgano comentava muitas vezes com a mãe.

Mas foi sobre o cavalo que um fato extraordinário lhe aconteceu. O cavalo se recusou duas vezes seguidas a seguir no caminho que iam, conduzindo Galgano para o lugar que vira nos dois sonhos. Lá, ouviu uma voz pedindo que abandonasse a vida de prazeres, que fincasse sua espada numa rocha e construísse, ao redor, uma comunidade religiosa. Assim foi que Galgano fincou sua espada, que penetrou na rocha como se ela fosse de cera, onde permanece até hoje como um dos muitos mistérios que o envolvem.

Galgano vendeu tudo o que tinha e se retirou para aquele local em 1180. Durante onze meses viveu como eremita, jejuando e fazendo penitências. Na ocasião, sua mãe fez uma tentativa para ter o filho de volta ao lar. Propôs que se casasse com uma jovem bela e rica. Porém, ao invés disso, converteu a jovem, que também se voltou para a vida religiosa. Ela fundou um convento com a ajuda do bispo Voltera, em torno da pedra com a espada fincada, e o povo chamou de Abadia "Redonda".

Enquanto isso, Galgano seguiu em peregrinação a Roma, onde esteve com o papa Alexandre III, e lhe contou tudo o que acontecera. Regressou e ingressou na "Redonda" como irmão oblato, vivendo na oração e penitência. Protegido por são Miguel Arcanjo, santificou-se rapidamente. Alguns monges cistercienses, de passagem pela região, colocaram a abadia "Redonda" sob as regras da Ordem.

Morreu em 30 de novembro de 1181, aos trinta e três anos de idade, e foi sepultado ao lado da espada fincada na rocha, no centro da igreja da Abadia "Redonda", em Sena, Itália. Logo o local se tornou a meta de muitas peregrinações, local que até hoje guarda o mistério vivido por ele.

Quatro anos depois, como resultado daquele que é considerado o mais antigo "processo de canonização" da Igreja, Galgano Guidotti foi proclamado santo. Também no mesmo ano, 1185, a Abadia "Redonda" de São Galgano foi consagrada como Santuário. O culto, aberto para os fieis de todo o mundo, é celebrado no dia 3 de dezembro.




São Galgano Guidotti, rogai por nós!
 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

3 de dezembro - Santo do dia

São Francisco Xavier


Sacerdote jesuíta, padroeiro das Missões (1506-1552)

A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China.

Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de ideias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou cofundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente".


São Francisco Xavier, rogai por nós! 


São Galgano Guidotti

Eremita e fundador (1148-1181)

A cidade de Sena era uma fortificação feudal com o nome de Chiusdino em 1148. Pertencia ao bispo Hugo Volterra quando Galgano Guidotti nasceu nesse ano. Guidotti e Dionísia, seus pais, eram da pequena nobreza da cidade e católicos fervorosos.

Ainda muito pequeno, Galgano ficou órfão de pai. Foi educado pela mãe, que o levou à devoção de são Miguel Arcanjo, que possuía. No tempo apropriado, tornou-se cavaleiro e, abandonando a educação religiosa recebida, passou à uma vida desregrada voltada para os vícios e prazeres mundanos. Sem uma data precisa e conforme a tradição, o jovem cavaleiro Galgano, após sonhar duas vezes com são Miguel Arcanjo, se converteu completamente.


No primeiro sonho, são Miguel aparecia se dirigindo a uma senhora, que Galgano reconheceu ser sua mãe, e pedia que ela lhe desse o filho para o alistar na milícia celeste. A mãe, cheia de alegria, consentia. No segundo, são Miguel o convencia a mudar de vida. E depois, o glorioso Arcanjo o conduzia pela mão a fim de o consagrar à milícia do céu. Entre um e outro, impressionado, Galgano comentava muitas vezes com a mãe.

Mas foi sobre o cavalo que um fato extraordinário lhe aconteceu. O cavalo se recusou duas vezes seguidas a seguir no caminho que iam, conduzindo Galgano para o lugar que vira nos dois sonhos. Lá, ouviu uma voz pedindo que abandonasse a vida de prazeres, que fincasse sua espada numa rocha e construísse, ao redor, uma comunidade religiosa. Assim foi que Galgano fincou sua espada, que penetrou na rocha como se ela fosse de cera, onde permanece até hoje como um dos muitos mistérios que o envolvem.

Galgano vendeu tudo o que tinha e se retirou para aquele local em 1180. Durante onze meses viveu como eremita, jejuando e fazendo penitências. Na ocasião, sua mãe fez uma tentativa para ter o filho de volta ao lar. Propôs que se casasse com uma jovem bela e rica. Porém, ao invés disso, converteu a jovem, que também se voltou para a vida religiosa. Ela fundou um convento com a ajuda do bispo Voltera, em torno da pedra com a espada fincada, e o povo chamou de Abadia "Redonda".

Enquanto isso, Galgano seguiu em peregrinação a Roma, onde esteve com o papa Alexandre III, e lhe contou tudo o que acontecera. Regressou e ingressou na "Redonda" como irmão oblato, vivendo na oração e penitência. Protegido por são Miguel Arcanjo, santificou-se rapidamente. Alguns monges cistercienses, de passagem pela região, colocaram a abadia "Redonda" sob as regras da Ordem.

Morreu em 30 de novembro de 1181, aos trinta e três anos de idade, e foi sepultado ao lado da espada fincada na rocha, no centro da igreja da Abadia "Redonda", em Sena, Itália. Logo o local se tornou a meta de muitas peregrinações, local que até hoje guarda o mistério vivido por ele.

Quatro anos depois, como resultado daquele que é considerado o mais antigo "processo de canonização" da Igreja, Galgano Guidotti foi proclamado santo. Também no mesmo ano, 1185, a Abadia "Redonda" de São Galgano foi consagrada como Santuário. O culto, aberto para os fieis de todo o mundo, é celebrado no dia 3 de dezembro.




São Galgano Guidotti, rogai por nós!
 



 

sábado, 21 de dezembro de 2013

Santo do dia - 21 de dezembro

São Pedro Canísio

A catequese sempre exerceu um fascínio tão grande sobre Pedro Canísio que, quando tinha menos de treze anos, ele já reunia meninos e meninas à sua volta para ensinar passagens da Bíblia, orações e detalhes da doutrina da Igreja. Mais tarde, seria autor de um catecismo que, publicado pela primeira vez em 1554, teve mais de duzentas edições e foi traduzido em quinze línguas. Mas teve também grande atuação no campo teológico, combatendo os protestantes.

Peter Kanijs para os latinos, Pedro Canísio nasceu em 8 de maio 1521, no ducado de Geldern, atual Holanda. Ao contrário dos demais garotos, preferia os livros de oração às brincadeiras. Muito estudioso, com quinze anos seu pai o mandou estudar em Colônia e, com dezenove, recebeu o título de doutor em filosofia. Mas não aprendeu somente as ciências terrenas. Com um mestre profundamente católico, Pedro também mergulhou, prazerosamente, nos estudos da doutrina de Cristo, fazendo despertar a vocação que se adivinhava desde a infância.

No ano seguinte ao da sua formatura, os pais, que planejaram um belo futuro financeiro para a família, lhe arranjaram um bom casamento. Mas Pedro Canísio recusou. Não só recusou como aproveitou e fez voto eterno de castidade. Foi para Mainz, dedicar-se apenas ao estudo da religião. Orientado pelo padre Faber, célebre discípulo do futuro santo Inácio de Loyola, em 1543 ingressou na recém-fundada Companhia de Jesus. Três anos depois, ordenado padre jesuíta, recebeu a incumbência de voltar para Colônia e fundar uma nova Casa para a Ordem. Assim começou sua luta contra um cisma que abalou e dividiu a Igreja: o protestantismo.

Quando era professor de teologia em Colônia, sendo respeitado até pelo imperador, Pedro Canísio conseguiu a deposição do arcebispo local, que era abertamente favorável aos protestantes. Depois, participou do Concílio de Trento, representando o cardeal Oto de Augsburg. Pregou e combateu o cisma, ainda, em Roma e Messina, onde lecionou teologia. Mas teve de voltar à Alemanha, pois sua presença se fazia necessária em Viena, onde o protestantismo fazia enormes estragos.

Foi nesse período que sua luta incansável trouxe mais frutos e que também escreveu a maior parte de suas obras literárias. Fundou colégios católicos em Viena, Praga, Baviera, Colônia, Innsbruck e Dillingen. Foi nomeado pelo próprio fundador, Inácio de Loyola, provincial da Ordem para a Alemanha e a Áustria. Pregou em Strasburg, Friburg e até na Polônia, sempre denunciando os seguidores do sacerdote Lutero, pai do protestantismo.

Admirado pelos pontífices e governantes do seu tempo, respeitado como primeiro jesuíta de nacionalidade alemã, Pedro Canísio morreu em 21 de dezembro de 1597, em Friburg, atual Suíça, após cinqüenta e quatro anos de dedicação à Companhia de Jesus e à Igreja. Foi canonizado por Pio XI, em 1925, para ser festejado, no dia de sua morte, como são Pedro Canísio, doutor da Igreja, título que também recebeu nessa ocasião.

São Pedro Canísio