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quarta-feira, 31 de julho de 2019

31 de julho - Santo do dia

Santo Inácio de Loyola

Iñigo Lopez de Loyola — este era o seu nome de batismo — nasceu numa família cristã, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, Espanha, em 1491. Mais novo de 13 filhos, foi educado, com todos os cuidados para tornar-se um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte, praticando esportes, principalmente os equestres, seus preferidos.

Em 1506, a família Lopez de Loyola estava a serviço de João Velásquez de Cuellar, tesoureiro do reino de Castela, do qual era aparentada. No ano seguinte, Iñigo tornou-se pagem e cortesão no castelo desse senhor. Lá, aprimorou sua cultura, fez-se um exímio cavaleiro e tomou gosto pelas aventuras militares. Era um homem que valorizava mais o orgulho do que a luxúria.

Dez anos depois, em 1517, optou pela carreira militar. Por isso foi prestar serviços a um outro parente, não menos importante, o duque de Najera e vice-rei de Navarra, o qual defendeu em várias batalhas, militares e diplomáticas.

Mas, em 20 de maio de 1521, uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ficou um longo tempo em convalescença. Neste período, talvez por acaso, trocou a leitura dos romances de infantaria e guerra por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi tocado pela graça. Incentivado por uma de suas irmãs, que dele cuidava, não voltou mais aos livros que antes adorava, passando a ler somente livros religiosos. Já curado, trocou a vida de militar pela dedicação a Deus. Foi, então, à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte e das pompas.

Durante um ano, entre 1522 e 1523, viveu retirado numa caverna em Manresa, como eremita e mendigo, o tempo todo em penitência, na solidão e passando as mais duras necessidades. Lá, durante esse período, preparou a base do seu livro mais importante: "Exercícios espirituais". Sua vida mudou tanto que, do campo de batalhas, passou a transitar no campo das ideias, indo estudar Filosofia e Teologia em Paris e Veneza.

Em Paris, em 15 de agosto de 1534, junto com mais seis companheiros, fundaram a Companhia de Jesus. Entre eles estava Francisco Xavier, que se tornou um dos maiores missionários da Ordem e também santo da Igreja. Mas todos só se ordenaram sacerdotes em 1537, quando concluíram os estudos, ocasião em que Iñigo tomou o nome de Inácio. Três anos depois, o papa Paulo III aprovou a nova Ordem, para a qual Inácio de Loyola foi escolhido superior-geral.

Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo, para espalhar o cristianismo, especialmente entre os nativos pagãos das terras do novo mundo. Entretanto, desde que esteve no cargo de geral da Ordem, Inácio nunca gozou de boa saúde. Muito debilitado, morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália.

A sua contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a sua visão do catolicismo, que veio de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras cada vez mais atuais e presentes nos nossos dias. Foi canonizado pelo papa Gregório XV em 1622. Na data de sua morte, sua festa é celebrada nos quatro cantos do planeta onde os jesuítas atuam. Santo Inácio de Loyola foi declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo papa Pio XI em 1922.


Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!


terça-feira, 31 de julho de 2018

31 de julho - Santo do dia

Santo Inácio de Loyola

Iñigo Lopez de Loyola — este era o seu nome de batismo — nasceu numa família cristã, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, Espanha, em 1491. Mais novo de 13 filhos, foi educado, com todos os cuidados para tornar-se um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte, praticando esportes, principalmente os equestres, seus preferidos.

Em 1506, a família Lopez de Loyola estava a serviço de João Velásquez de Cuellar, tesoureiro do reino de Castela, do qual era aparentada. No ano seguinte, Iñigo tornou-se pagem e cortesão no castelo desse senhor. Lá, aprimorou sua cultura, fez-se um exímio cavaleiro e tomou gosto pelas aventuras militares. Era um homem que valorizava mais o orgulho do que a luxúria.

Dez anos depois, em 1517, optou pela carreira militar. Por isso foi prestar serviços a um outro parente, não menos importante, o duque de Najera e vice-rei de Navarra, o qual defendeu em várias batalhas, militares e diplomáticas.

Mas, em 20 de maio de 1521, uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ficou um longo tempo em convalescença. Neste período, talvez por acaso, trocou a leitura dos romances de infantaria e guerra por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi tocado pela graça. Incentivado por uma de suas irmãs, que dele cuidava, não voltou mais aos livros que antes adorava, passando a ler somente livros religiosos. Já curado, trocou a vida de militar pela dedicação a Deus. Foi, então, à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte e das pompas.

Durante um ano, entre 1522 e 1523, viveu retirado numa caverna em Manresa, como eremita e mendigo, o tempo todo em penitência, na solidão e passando as mais duras necessidades. Lá, durante esse período, preparou a base do seu livro mais importante: "Exercícios espirituais". Sua vida mudou tanto que, do campo de batalhas, passou a transitar no campo das ideias, indo estudar Filosofia e Teologia em Paris e Veneza.

Em Paris, em 15 de agosto de 1534, junto com mais seis companheiros, fundaram a Companhia de Jesus. Entre eles estava Francisco Xavier, que se tornou um dos maiores missionários da Ordem e também santo da Igreja. Mas todos só se ordenaram sacerdotes em 1537, quando concluíram os estudos, ocasião em que Iñigo tomou o nome de Inácio. Três anos depois, o papa Paulo III aprovou a nova Ordem, para a qual Inácio de Loyola foi escolhido superior-geral.

Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo, para espalhar o cristianismo, especialmente entre os nativos pagãos das terras do novo mundo. Entretanto, desde que esteve no cargo de geral da Ordem, Inácio nunca gozou de boa saúde. Muito debilitado, morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália.

A sua contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a sua visão do catolicismo, que veio de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras cada vez mais atuais e presentes nos nossos dias. Foi canonizado pelo papa Gregório XV em 1622. Na data de sua morte, sua festa é celebrada nos quatro cantos do planeta onde os jesuítas atuam. Santo Inácio de Loyola foi declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo papa Pio XI em 1922.


Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

31 de julho - Santo do dia

Santo Inácio de Loyola

Iñigo Lopez de Loyola — este era o seu nome de batismo — nasceu numa família cristã, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, Espanha, em 1491. Mais novo de 13 filhos, foi educado, com todos os cuidados para tornar-se um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte, praticando esportes, principalmente os equestres, seus preferidos.

Em 1506, a família Lopez de Loyola estava a serviço de João Velásquez de Cuellar, tesoureiro do reino de Castela, do qual era aparentada. No ano seguinte, Iñigo tornou-se pagem e cortesão no castelo desse senhor. Lá, aprimorou sua cultura, fez-se um exímio cavaleiro e tomou gosto pelas aventuras militares. Era um homem que valorizava mais o orgulho do que a luxúria.

Dez anos depois, em 1517, optou pela carreira militar. Por isso foi prestar serviços a um outro parente, não menos importante, o duque de Najera e vice-rei de Navarra, o qual defendeu em várias batalhas, militares e diplomáticas.

Mas, em 20 de maio de 1521, uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ficou um longo tempo em convalescença. Neste período, talvez por acaso, trocou a leitura dos romances de infantaria e guerra por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi tocado pela graça. Incentivado por uma de suas irmãs, que dele cuidava, não voltou mais aos livros que antes adorava, passando a ler somente livros religiosos. Já curado, trocou a vida de militar pela dedicação a Deus. Foi, então, à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte e das pompas.

Durante um ano, entre 1522 e 1523, viveu retirado numa caverna em Manresa, como eremita e mendigo, o tempo todo em penitência, na solidão e passando as mais duras necessidades. Lá, durante esse período, preparou a base do seu livro mais importante: "Exercícios espirituais". Sua vida mudou tanto que, do campo de batalhas, passou a transitar no campo das ideias, indo estudar Filosofia e Teologia em Paris e Veneza.

Em Paris, em 15 de agosto de 1534, junto com mais seis companheiros, fundaram a Companhia de Jesus. Entre eles estava Francisco Xavier, que se tornou um dos maiores missionários da Ordem e também santo da Igreja. Mas todos só se ordenaram sacerdotes em 1537, quando concluíram os estudos, ocasião em que Iñigo tomou o nome de Inácio. Três anos depois, o papa Paulo III aprovou a nova Ordem, para a qual Inácio de Loyola foi escolhido superior-geral.

Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo, para espalhar o cristianismo, especialmente entre os nativos pagãos das terras do novo mundo. Entretanto, desde que esteve no cargo de geral da Ordem, Inácio nunca gozou de boa saúde. Muito debilitado, morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália.

A sua contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a sua visão do catolicismo, que veio de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras cada vez mais atuais e presentes nos nossos dias. Foi canonizado pelo papa Gregório XV em 1622. Na data de sua morte, sua festa é celebrada nos quatro cantos do planeta onde os jesuítas atuam. Santo Inácio de Loyola foi declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo papa Pio XI em 1922.



Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

sábado, 29 de novembro de 2014

Santo do dia - 29 de novembro

São Francisco Antônio Fasani


O santo de hoje nasceu em Lucera (Itália), a 6 de agosto de 1681, e lá morreu a 29 de novembro de 1742. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado a 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Fez os estudos no convento dos Frades Menores Conventuais. Sentindo o chamamento divino, ingressou no noviciado da mesma Ordem. Fez a profissão em 1696 e a 19 de setembro de 1705 recebeu a Ordenação Sacerdotal. Doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial.

“Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”, afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Fasani.

São Fasani apresenta-se-nos de modo especial como modelo perfeito de Sacerdote e Pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, São Francisco Fasani dedicou-se, em Lucera, e também nos territórios ao redor, às mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.

Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o “Pai Mestre”.

Como Religioso, foi um verdadeiro “ministro” no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.


São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!



São Saturnino de Toulouse
 De origem grega, são Saturnino é uma das devoções mais populares na França e na Espanha. A confirmação de sua vida emergiu junto com a descoberta de importantes escritos do cristianismo produzidos entre os anos 430 e 450. Conhecidos como a "Paixão de Saturnino", trouxeram dados enriquecedores sobre a primitiva Igreja de Cristo na Gália, futura França.

Esses documentos apontam Saturnino como primeiro bispo de Toulouse nos anos 250, sob o consulado de Décio. Era uma época em que a Igreja, naquela região, contava com poucas comunidades cristãs. Estava desorganizada desde 177, com o grande massacre dos mártires de Lyon. O número de fiéis diminuía sempre mais, enquanto nos dos templos pagãos as filas para prestar sacrifícios aos deuses parecia aumentar.

O relato continua dizendo que Saturnino, após uma peregrinação pela Terra Santa, iniciara a sua missão de evangelização no Egito, onde converteu um bom número de pagãos. Foi, então, para Roma e, fazendo uma longa viagem por vales e montanhas, atingiu a Gália.

Por onde andou, pregava com fervor, convertendo quase todos os habitantes que encontrava ao cristianismo. Consta que ele ordenou o futuro são Honesto e juntos foram para a Espanha, onde teria, também, batizado o agora são Firmino. Depois, regressou para Toulouse, mas antes consagrou o primeiro como bispo de Pamplona e o segundo para assumir a diocese de Amiens.

Saturnino fixou-se em Toulouse e logo foi consagrado como seu primeiro bispo. Embora houvesse um decreto do imperador proibindo e punindo com a morte quem participasse de missas ou mesmo de simples reuniões cristãs, Saturnino liderou os que o ignoravam. Continuou com o santo sacrifício da missa, a comunhão e a leitura do Evangelho.

Assim, ele e outros quarenta e oito cristãos acabaram descobertos reunidos e celebrando a missa num domingo. Foram presos e julgados no Capitólio de Toulouse. O juiz ordenou que o bispo Saturnino, uma autoridade da religião cristã, sacrificasse um touro em honra a Júpiter, deus pagão, para convencer os demais. Como se recusou, foi amarrado pelos pés ao pescoço do animal, que o arrastou pela escadaria do templo. Morreu com os membros esfacelados.

O seu corpo foi recolhido e sepultado por duas cristãs. No local, um século mais tarde, são Hilário construiu uma capela de madeira, que logo foi destruída. Mas as suas relíquias foram encontradas, no século VI, por um duque francês, que mandou, então, erguer a belíssima igreja dedicada a ele, chamada, em francês, de Saint Sernin du Taur, que existe até hoje com o nome de Nossa Senhora de Taur. O culto ao mártir são Saturnino, bispo de Toulouse, foi confirmado e mantido pela Igreja em 29 de novembro. 


São Saturnino de Toulouse, rogai por nós!


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Papa Francisco declara que aborto evidencia a “cultura do descarte” e Vaticano nega que Papa seja aberto ao reconhecimento da união gay



‘Causa horror apenas pensar nas crianças que nunca poderão ver a luz’, diz Francisco
Depois de surpreender o mundo ao batizar o filho de uma mãe solteira, no domingo, o Papa Francisco fez um aceno aos conservadores em uma crítica contundente ao aborto nesta segunda-feira. Em seu discurso ao corpo diplomático credenciado no Vaticano, o Pontífice afirmou que “causa horror apenas pensar nas crianças que nunca poderão ver a luz, vítimas do aborto”. O Papa já havia expressado a rejeição ao aborto em sua primeira exortação apostólica, em 26 de novembro, mas na época pediu à Igreja para “acompanhar” às mulheres que recorreram a essa prática pressionadas por situações duras como o estupro e a pobreza extrema. 

Nesta segunda, Francisco voltou a denunciar a quantidade de alimentos que se desperdiça a cada dia em muitas partes do mundo e a cultura do descarte. - Infelizmente, não são objeto de descarte apenas os alimentos e os bens supérfluos, mas com frequência os próprios seres humanos, que são descartados como se fossem coisas desnecessárias.

O Papa também pediu maior respeito aos imigrantes e denunciou a perseguição dos cristãos na Ásia, África e Oriente Médio.

Igreja rejeitou interpretação da mídia italiana sobre comentários do pontífice que deixaram a impressão de ser o Papa favorável ao reconhecimento da aberração conhecida como “união gay”
O Vaticano negou reportagens da mídia italiana que os recentes comentários do Papa Francisco sinalizavam a sua abertura para o reconhecimento legal de uniões do mesmo sexo na Itália.

Francisco, durante uma conversa com líderes de ordens religiosas, publicada por um jornal Jesuíta na sexta-feira, disse que a Igreja Católica tinha que tentar não afastar as crianças que vivem em situações familiares complexas, como aquelas cujos pais são separados e as que vivem com casais homossexuais.

Francisco deu o exemplo de uma menininha em Buenos Aires, sua antiga diocese, que confidenciou para sua professora, que o motivo pelo qual ela estava sempre triste era porque "a namorada da minha mãe não gosta de mim". O papa disse aos líderes das ordens religiosas que um grande desafio para a Igreja seria o de estender a mão às crianças que vivem em situações domésticas difíceis ou pouco ortodoxas. "A situação em que vivemos hoje nos proporciona novos desafios que às vezes são difíceis de entender",disse o papa, de acordo com uma transcrição da conversa. "Como podemos proclamar Cristo para esses meninos e meninas? Como podemos celebrar Cristo para uma geração que está mudando? Precisamos ter cuidado para não administrar neles uma vacina contra a fé", ele disse.

No domingo, as manchetes da mídia italiana diziam que as palavras do papa eram uma abertura para condição legal para uniões civis de casais do mesmo sexo, um assunto debatido na Itália. O porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi disse à Rádio Vaticano que as interpretações da mídia eram "paradoxais" e uma "manipulação" das palavras do papa, especialmente quando alguns veículos de comunicação o citaram como tendo falado especificamente das uniões homossexuais, o que ele não fez. Lombardi disse que o papa estava apenas fazendo alusão ao sofrimento das crianças e não tomando uma posição no debate político da Itália.

Nomeação de dom Orani para cardeal reflete ampliação geográfica da Igreja, diz ex-reitor da PUC
Anúncio foi feito neste domingo, no final da oração do Ângelus, no Vaticano, por Papa Francisco
Religioso é arcebispo do Rio de Janeiro

O arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, foi um dos novos 19 cardeais anunciados neste domingo pelo Papa Francisco, ao final da oração do Ângelus, realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Quando o Papa anunciou o nome de dom Orani, ouviu-se uma ovação na praça, o que levou Francisco a comentar que havia muitos brasileiros ali. Padre Jesus Hortal, ex-reitor da PUC-Rio, lembrou que a nomeação de dom Orani reflete a ampliação geográfica da Igreja: — Levando em conta Espanha, Portugal, América Latina, Filipinas e Moçambique, teremos 60% dos católicos no mundo. Esse é o novo contexto.

Esse aspecto também foi lembrado pelo jornal espanhol “El País”, ressaltando que foram nomeados ainda religiosos de Argentina, Chile, Nicarágua, Haiti (o primeiro da História do país), Burkina Faso e Costa do Marfim. O jornal aponta ainda o fato de vários dos novos cardeais terem um perfil mais ligado à atuação em paróquias, lidando diretamente com os fiéis. Haverá uma cerimônia em 22 de fevereiro, na festa da Cátedra de São Pedro. Os cardeais têm a missão de aconselhar e auxiliar o sucessor de Pedro no desenvolvimento do seu ministério de confirmar os irmãos na fé e de ser princípio e fundamento da unidade e da comunhão da Igreja. Dos 19 nomeados neste domingo, 16, incluindo dom Orani, votam nos concílios e elegem papas.

Quando soube que seu nome estava na lista, dom Orani estava a caminho do seu segundo compromisso do dia, uma visita a moradores da Cruzada São Sebastião, no Leblon. Apesar do “frio na barriga”, ele manteve o roteiro previsto, cumprindo o percurso da Trezena de São Sebastião — período de 13 dias de bênçãos que precede a data do padroeiro da cidade. Ao meio-dia, quando a procissão com a imagem do santo chegou à Paróquia da Ressurreição, em Copacabana, fiéis aplaudiram dom Orani. Durante a missa, a primeira como cardeal nomeado, ele dividiu com os fiéis não apenas a emoção, mas a responsabilidade: — Como os cariocas torceram tanto, agora eles têm a obrigação de rezar para que eu desempenhe bem esta missão, que é importante não só para a igreja como para o mundo todo. Porque a igreja tem uma influência muito grande na nossa sociedade. É sem dúvida, uma responsabilidade que eu levo, contando com orações de todos — disse dom Orani, que, após a missa, seguiu com a imagem até as comunidades do Pavão/Pavãozinho e do Cantagalo, em Copacabana, e, ao fim do dia, celebrou uma missa aos pés do Cristo Redentor.

Durante missa no dia em que foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco, Dom Orani ergue imagem aos pés do Cristo Redentor Marcio Alves / O Globo 

Presença maior de países pobres
Com perfil agregador e semelhante ao do Papa Francisco, dom Orani frequenta tanto o Palácio do Planalto quanto a quadra do Cacique de Ramos. Ano passado, durante a Trezena de São Sebastião, ele incluiu o reduto do bloco no percurso da imagem. Segundo teólogos, a escolha reforça a Igreja do Papa Francisco. O padre Jesus Hortal afirma que, assim como o papa, dom Orani é popular, querido entre os fiéis e tem grande empatia com o público: — Dom Orani é agregador. Sempre está aberto a conversar com todos e sempre escuta a todos. É muito querido e está sempre disposto. Dom Orani não é um homem para ficar em escritório. É um homem de ação pastoral.

Dom Pedro Stringhini, bispo de Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, salienta também o perfil comunicador de dom Orani: — É um homem da comunicação, transparente, claro e bastante participativo. Esteve à frente dos preparativos da Jornada Mundial da Juventude no ano passado, quando demonstrou liderança e uma incansável dedicação à Igreja.

Edson Luiz Sampel, doutor em direito canônico e professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT), em São Paulo, acredita que o sucesso da JMJ pode ter influenciado na decisão do Papa Francisco. Especialistas já o viam como cotado para cardeal depois do evento, apesar de este ter deixado a arquidiocese com uma dívida de R$ 90 milhões. Além disso, Sampel aposta na estreita relação de dom Orani com os pobres. E destaca a importância para o país em ter mais um cardeal — o 21º, sendo que dez estão vivos: — O cardeal é como um diplomata da Igreja, e essa nomeação é um prestígio para o Rio.
No Pavão/Pavãozinho, moradores comemoraram a escolha do arcebispo do Rio. E, apesar do sol e do calor, cerca de 50 pessoas compareceram à Capela da Anunciação para ouvir as palavras de fé do novo cardeal. — Fiquei até arrepiado quando soube. Ele é um homem especial, que trabalhou duro durante a Jornada. Mereceu — disse o auxiliar Washington Antonio, de 41 anos, morador do Cantagalo, que foi voluntário durante a JMJ.

Emoção dos fiéis durante a visita
Como parte da trezena, por volta das 15h dom Orani percorreu as vielas do Pavão/Pavãozinho, seguido da imagem de São Sebastião e de uma pequena procissão. O cortejo parou num pequeno prédio, onde a aposentada Francisca Nevez de Souza, de 85 anos, recebeu uma visita do arcebispo. Com problemas de locomoção, ela não tem conseguido ir à igreja e tem recebido a comunhão em casa. No minúsculo apartamento, onde Francisca vive com a irmã e outros seis parentes, dom Orani puxou uma oração, conversou com a moradora e benzeu a residência. — Para mim, esta foi a coisa mais maravilhosa que me aconteceu na vida. Sou muito católica — falou Francisca, chorando de emoção.

Ao ver o arcebispo passar pelo corredor, a dona de casa Nete Lopes, de 48 anos, pediu uma bênção para a família. Enfileirou quase uma dezena de porta-retratos nas costas do sofá e pediu que dom Orani aspergisse água benta sobre as fotos dos filhos, dos irmãos e do cunhado. De uma família de imigrantes italianos, dom Orani João Tempesta nasceu em junho de 1950 em São José do Rio Pardo (SP). Coroinha na infância, ele informou à família que seguiria a vida religiosa assim que terminou o colegial. Especialista em comunicação, dom Orani foi o presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação da CNBB por dois mandatos consecutivos, de 2003 a 2011. Em 27 de fevereiro de 2009, o Papa Bento XVI nomeou-o arcebispo do Rio, uma cidade onde 51,09% da população, segundo o IBGE, é de católicos. Dom Orani assumiu convicto de que o Rio tem uma alma religiosa.

A lista dos novos cardeais:
1 - Monsenhor Pietro Parolin , Arcebispo titular de Acquapendente , Secretário de Estado.
2 - Dom Lorenzo Baldisseri , Arcebispo titular de Diocleziana , Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos.
3 - Dom Gerhard Ludwig Müller, Arcebispo-Bispo emérito de Regensburg , Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
4 - Dom Beniamino Stella, Arcebispo titular de Midila , Prefeito da Congregação para o Clero.
5 - O Arcebispo Vincent Gerard Nichols, arcebispo de Westminster ( Grã-Bretanha ).
6 - Dom Leopoldo José Brenes Solórzano, arcebispo de Manágua ( Nicarágua).
7 - Bispo Gérald Cyprien Lacroix Arcebispo de Québec (Canadá).
8 - Dom Jean -Pierre Kutwa de Abidjan ( Costa do Marfim).
9 - Dom Orani João Tempesta, O.Cist, Arcebispo do Rio de Janeiro (Brasil).
10 - Dom Gualtiero Bassetti, Arcebispo de Perugia - Città della Pieve (Itália).
11 - Dom Mario Aurelio Poli, arcebispo de Buenos Aires (Argentina).
12 - Dom Andrew Yeom Soo Jung, arcebispo de Seul (Coréia).
13 - Dom Ricardo Ezzati Andrello , SDB , arcebispo de Santiago de Chile (Chile).
14 - Dom Philippe Ouedraogo Nakellentuba , Arcebispo de Ouagadougou (Burkina Faso).
15 - Dom Orlando B. Quevedo , OMI, arcebispo de Cotabato (Filipinas).
16 - Bispo Chibly Langlois, Bispo de Les Cayes (Haiti).

Também foram escolhidos três eméritos:
Arcebispo Loris Francesco Capovilla , Arcebispo titular de Mesembria ;

Dom Fernando Sebastián Aguilar, Arcebispo emérito de Pamplona ;

Bispo Kelvin Edward Felix , arcebispo emérito de Castries , West Indies .