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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A Eucaristia salvou o Brasil do ateísmo

Fenômeno de público, os Congressos Eucarísticos reavivaram nos brasileiros a consciência de que “o Brasil nascera católico e como tal deveria continuar, não obstante a aberração laicista da primeira República”.

O Brasil é mundialmente conhecido como o país mais católico do mundo. Os cinco milhões de jovens que lotaram a praia de Copacabana, sob as bênçãos do Cristo Redentor e do Papa, durante a Jornada Mundial da Juventude em 2013, reforçaram ainda mais essa ideia.



Primeira Missa no Brasil, de Victor Meirelles.

Mas quem desconhece o passado e se impressiona facilmente com os números, não imagina que, um dia, o país cuja Constituição de 1988 foi promulgada “sob a proteção de Deus” quase se tornou ateu.

A situação da Igreja Católica no Brasil nunca foi tranquila. Apesar de a carta de Pero Vaz de Caminha atestar que o intuito das navegações era a evangelização dos povos, a verdade é que os missionários católicos tiveram de amargar muitas provações para tornar o Evangelho de Cristo conhecido nestas terras.

No período monárquico, o regime de padroado causou muita dor de cabeça para os católicos, sobretudo ao clero e aos religiosos. O rei D. Pedro I atuou de forma regalista contra as ordens religiosas, interferindo em suas constituições e confiscando seus bens, de modo que a Igreja passou por um período de severa estagnação. E pouco mudou durante o regime de D. Pedro II, quando, aliás, estourou a Questão Religiosa, que culminou na famosa prisão do arcebispo de Olinda, Dom Vital.

Essas dificuldades, porém, não impediram que o povo brasileiro entrasse “na história sob o signo da cruz de Cristo, e com o viático de Jesus sacramentado no coração” [1]. A própria Questão Religiosa serviu para despertar alguns católicos da letargia, dada a coragem de Dom Vital contra os abusos da Coroa e da Maçonaria, o que lhe rendeu a alcunha de “Atanásio do Brasil”. Se o imperador apresentava algumas ambiguidades com relação à fé, o povo, porém, era católico na sua essência e “não havia cidade ou vila que se não assinalasse na devoção ao Santíssimo Sacramento” [2]. Foi apenas com a proclamação da República que esse quadro se viu ameaçado.

No dia 7 de janeiro de 1890, o governo provisório deu início à separação entre Igreja e Estado, declarando extinto o padroado e todas as suas instituições. Embora os métodos fossem diferentes, “a República, baseando-se nos princípios positivistas ou comtistas, se mostrou, desde os primeiros dias de sua existência, não menos ofensiva à Igreja do que o fora o Império” [3]. 

Para acabar com a influência católica na sociedade, os colégios e os cemitérios foram secularizados e o casamento religioso foi substituído pelo casamento civil. Mas a cartada final veio mesmo com a nova Constituição, sancionada em 1891 sem sequer citar o nome de Deus. Estava pavimentado, assim, o caminho para um Brasil sem religião.

Os anos da primeira República foram caracterizados por um forte laicismo. Diante desse novo contexto, os bispos do Brasil logo se organizaram para estabelecer os critérios de reação e promover a restauração católica no país. Com o apoio do Papa, novas dioceses foram criadas e outras congregações religiosas puderam vir para o Brasil, inclusive os jesuítas, os quais haviam sido banidos pela lei pombalina. A hierarquia católica tomava uma nova dimensão. No início da década de 1930, a Igreja já estava organizada o suficiente para empreender o projeto de uma “nova evangelização” e barrar tanto o laicismo quanto as ideias socialistas, que começavam a pipocar por todo lugar.
O mundo atual oscila entre duas bandeiras: a branca do Vaticano e a vermelha de Moscou. Estamos diante do dilema: a Cruz ou o martelo”, disse o padre Arruda Câmara durante uma das edições do Congresso Eucarístico Nacional, o evento que marcaria a tônica do episcopado brasileiro em defesa da fé católica no Brasil [4]. A primeira edição do evento ocorreu em Salvador, na Bahia, em 1933, com o tema: “Vinde, adoremos o Santíssimo Sacramento”. 

Foram com estas palavras que, a 6 de agosto de 1931, o arcebispo primaz Dom Augusto da Silva anunciou o Congresso:

É o país todo, é a nação em peso que se vai prostrar aos pés de Jesus para aclamá-lo Rei, não só de cada um dos corações dos seus filhos, mas ainda do coração da Pátria, do seu povo, de seus homens públicos, de suas instituições civis, de seus governos, de sua Constituição, de suas leis, do presente e o futuro da Nação. [5]
Os Congressos Eucarísticos foram um fenômeno de público e serviram para reavivar nos brasileiros a consciência de que “o Brasil nascera católico e como tal deveria continuar, não obstante a aberração laicista da primeira República” [6]. Para a mentalidade da época, ser brasileiro significava ser cristão e “não se conhecia honra maior que a de poder comungar, nem maior infâmia do que a de ser privado da mesa eucarística” [7].
A vitória sobre o ateísmo marxista e positivista se deu, portanto, por um sentimento de “patriotismo católico”, que fazia questão de ser visível a toda a sociedade. Foi nesta mesma década, aliás, que o então arcebispo do Rio de Janeiro, o Cardeal Sebastião Leme, mandou erigir o Cristo Redentor sobre o monte do Corcovado. A presença de Jesus deveria estar tanto no coração quanto nas praças.

 Na 3.ª edição do Congresso, realizada na Arquidiocese de Olinda e Recife, em 1939, as 60 mil pessoas que lotaram o parque Treze de Maio, centro de Recife, cantaram por uma semana o hino composto por Dom Aquino Corrêa, bispo de Cuiabá:

Aos Clarins do Congresso Sagrado
Pernambuco se ergueu varonil
E o Recife se fez lado a lado
Catedral onde reza o Brasil

Eia sus! Oh leão do norte
Ruge ao mar o teu grito de fé
Creio em ti Hóstia Santa até a morteQuem não crê brasileiro não é

 Quem não crê brasileiro não é

O maior Congresso Eucarístico realizado até hoje foi o do Rio de Janeiro, em 1955, quando 1 milhão de pessoas se reuniram para honrar o Santíssimo Sacramento, motivo pelo qual o Papa Pio XII dizia bendizer ao Senhor pelo reflorescimento da piedade entre os brasileiros.
A pujança da Igreja Católica no Brasil veio especialmente pela Eucaristia, que, como disse o mesmo Santo Padre, “uniu os ânimos para a vitória” contra “a invasão de armas estrangeiras, ervadas de heresia, [que] ameaçava a unidade e mais ainda a integridade da fé católica” [8]. 

Ao término desse congresso, o senador Nereu Ramos, então presidente do Senado, consagrou o Brasil ao Sagrado Coração de Jesus em nome de todo o parlamento:

domingo, 4 de fevereiro de 2018

A Eucaristia salvou o Brasil do ateísmo

Fenômeno de público, os Congressos Eucarísticos reavivaram nos brasileiros a consciência de que “o Brasil nascera católico e como tal deveria continuar, não obstante a aberração laicista da primeira República”.

 

O Brasil é mundialmente conhecido como o país mais católico do mundo. Os cinco milhões de jovens que lotaram a praia de Copacabana, sob as bênçãos do Cristo Redentor e do Papa, durante a Jornada Mundial da Juventude em 2013, reforçaram ainda mais essa ideia.



Primeira Missa no Brasil, de Victor Meirelles.

Mas quem desconhece o passado e se impressiona facilmente com os números, não imagina que, um dia, o país cuja Constituição de 1988 foi promulgada “sob a proteção de Deus” quase se tornou ateu.

A situação da Igreja Católica no Brasil nunca foi tranquila. Apesar de a carta de Pero Vaz de Caminha atestar que o intuito das navegações era a evangelização dos povos, a verdade é que os missionários católicos tiveram de amargar muitas provações para tornar o Evangelho de Cristo conhecido nestas terras.

No período monárquico, o regime de padroado causou muita dor de cabeça para os católicos, sobretudo ao clero e aos religiosos. O rei D. Pedro I atuou de forma regalista contra as ordens religiosas, interferindo em suas constituições e confiscando seus bens, de modo que a Igreja passou por um período de severa estagnação. E pouco mudou durante o regime de D. Pedro II, quando, aliás, estourou a Questão Religiosa, que culminou na famosa prisão do arcebispo de Olinda, Dom Vital.

Essas dificuldades, porém, não impediram que o povo brasileiro entrasse “na história sob o signo da cruz de Cristo, e com o viático de Jesus sacramentado no coração” [1]. A própria Questão Religiosa serviu para despertar alguns católicos da letargia, dada a coragem de Dom Vital contra os abusos da Coroa e da Maçonaria, o que lhe rendeu a alcunha de “Atanásio do Brasil”. Se o imperador apresentava algumas ambiguidades com relação à fé, o povo, porém, era católico na sua essência e “não havia cidade ou vila que se não assinalasse na devoção ao Santíssimo Sacramento” [2]. Foi apenas com a proclamação da República que esse quadro se viu ameaçado.

No dia 7 de janeiro de 1890, o governo provisório deu início à separação entre Igreja e Estado, declarando extinto o padroado e todas as suas instituições. Embora os métodos fossem diferentes, “a República, baseando-se nos princípios positivistas ou comtistas, se mostrou, desde os primeiros dias de sua existência, não menos ofensiva à Igreja do que o fora o Império” [3]. 

Para acabar com a influência católica na sociedade, os colégios e os cemitérios foram secularizados e o casamento religioso foi substituído pelo casamento civil. Mas a cartada final veio mesmo com a nova Constituição, sancionada em 1891 sem sequer citar o nome de Deus. Estava pavimentado, assim, o caminho para um Brasil sem religião.

Os anos da primeira República foram caracterizados por um forte laicismo. Diante desse novo contexto, os bispos do Brasil logo se organizaram para estabelecer os critérios de reação e promover a restauração católica no país. Com o apoio do Papa, novas dioceses foram criadas e outras congregações religiosas puderam vir para o Brasil, inclusive os jesuítas, os quais haviam sido banidos pela lei pombalina. A hierarquia católica tomava uma nova dimensão. No início da década de 1930, a Igreja já estava organizada o suficiente para empreender o projeto de uma “nova evangelização” e barrar tanto o laicismo quanto as ideias socialistas, que começavam a pipocar por todo lugar.

O mundo atual oscila entre duas bandeiras: a branca do Vaticano e a vermelha de Moscou. Estamos diante do dilema: a Cruz ou o martelo”, disse o padre Arruda Câmara durante uma das edições do Congresso Eucarístico Nacional, o evento que marcaria a tônica do episcopado brasileiro em defesa da fé católica no Brasil [4]. A primeira edição do evento ocorreu em Salvador, na Bahia, em 1933, com o tema: “Vinde, adoremos o Santíssimo Sacramento”. 

Foram com estas palavras que, a 6 de agosto de 1931, o arcebispo primaz Dom Augusto da Silva anunciou o Congresso:

É o país todo, é a nação em peso que se vai prostrar aos pés de Jesus para aclamá-lo Rei, não só de cada um dos corações dos seus filhos, mas ainda do coração da Pátria, do seu povo, de seus homens públicos, de suas instituições civis, de seus governos, de sua Constituição, de suas leis, do presente e o futuro da Nação. [5]
Os Congressos Eucarísticos foram um fenômeno de público e serviram para reavivar nos brasileiros a consciência de que “o Brasil nascera católico e como tal deveria continuar, não obstante a aberração laicista da primeira República” [6]. Para a mentalidade da época, ser brasileiro significava ser cristão e “não se conhecia honra maior que a de poder comungar, nem maior infâmia do que a de ser privado da mesa eucarística” [7].
A vitória sobre o ateísmo marxista e positivista se deu, portanto, por um sentimento de “patriotismo católico”, que fazia questão de ser visível a toda a sociedade. Foi nesta mesma década, aliás, que o então arcebispo do Rio de Janeiro, o Cardeal Sebastião Leme, mandou erigir o Cristo Redentor sobre o monte do Corcovado. A presença de Jesus deveria estar tanto no coração quanto nas praças.

 Na 3.ª edição do Congresso, realizada na Arquidiocese de Olinda e Recife, em 1939, as 60 mil pessoas que lotaram o parque Treze de Maio, centro de Recife, cantaram por uma semana o hino composto por Dom Aquino Corrêa, bispo de Cuiabá:

Aos Clarins do Congresso Sagrado
Pernambuco se ergueu varonil
E o Recife se fez lado a lado
Catedral onde reza o Brasil

Eia sus! Oh leão do norte
Ruge ao mar o teu grito de fé
Creio em ti Hóstia Santa até a morteQuem não crê brasileiro não é

 Quem não crê brasileiro não é

O maior Congresso Eucarístico realizado até hoje foi o do Rio de Janeiro, em 1955, quando 1 milhão de pessoas se reuniram para honrar o Santíssimo Sacramento, motivo pelo qual o Papa Pio XII dizia bendizer ao Senhor pelo reflorescimento da piedade entre os brasileiros.
A pujança da Igreja Católica no Brasil veio especialmente pela Eucaristia, que, como disse o mesmo Santo Padre, “uniu os ânimos para a vitória” contra “a invasão de armas estrangeiras, ervadas de heresia, [que] ameaçava a unidade e mais ainda a integridade da fé católica” [8]. 

Ao término desse congresso, o senador Nereu Ramos, então presidente do Senado, consagrou o Brasil ao Sagrado Coração de Jesus em nome de todo o parlamento:




domingo, 3 de agosto de 2014

Cúria quase perde Cristo Redentor

Cúria quase perde Cristo
Chega de Brasília uma informação que pode ser considerada bizarra, mas que também pode ter implicações mais graves.  No impasse acerca do filme de José Padilha sobre o Rio, que a Cúria Metropolitana vetou inicialmente por considerar que a figura do Cristo Redentor havia sido desrespeitada, mas depois liberou, a ministra da Cultura Marta Suplicy fez chegar ao cardeal Dom Orani Tempesta uma ameaça de, através de um decreto presidencial que já estaria pronto, retirar da Igreja Católica a tutela sobre a imagem que está implantada no Parque Nacional da Tijuca, sob o controle da União.
O monumento foi erigido em área cedida pela União à Arquidiocese do Rio na década de 1930, mas o acesso à estátua é realizado pelo Parque Nacional da Tijuca, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Recentemente, a imagem do Cristo Redentor foi eleita, em votação pela internet no mundo todo, uma das modernas Sete Maravilhas do Mundo.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que também atuou para liberar o filme, disse que chegou a conversar com Dom Orani tentando mostrar que a imagem do Cristo Redentor é um ícone da cidade do Rio, e que como tal também deveria ser tratada e não apenas como um santuário religiosoMas garante que em nenhum momento soube de qualquer tentativa de retirar da Igreja Católica os direitos sobre a imagem.
Os direitos de uso comercial do Cristo no Corcovado pertencem desde 1980 à Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, e em outubro de 2006, para comemorar seus 75 anos, a estátua foi transformada num santuário católico. Há também, na base do monumento, uma capela católica devotada a Nossa Senhora Aparecida.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro não autorizou o uso da imagem do Cristo no filme “Inútil paisagem”, dirigido por José Padilha, por considerá-lo inicialmente desrespeitoso. Ele é um dos dez curtas que compõem o longa-metragem “Rio, eu te amo”, da franquia “Cities of love”. Em uma sequência do curta, o personagem interpretado por Wagner Moura, durante um voo de asa-delta, conversa com a estátua do Cristo reclamando da vida, dos seus dissabores e da violência da cidade que ele deveria proteger.
O filme foi enviado para a apreciação da arquidiocese em março, tendo sido vetado. Segundo a assessoria de imprensa da Arquidiocese do Rio na ocasião, “há cenas no filme em questão que foram consideradas ofensivas à imagem do Cristo e, consequentemente, à casa dos católicos. É uma prática absolutamente normal da Arquidiocese a não autorização de qualquer produto audiovisual que avance nesse caminho”.  Dias depois, diante da reação negativa à decisão, considerada uma censura artística, o Vicariato para a Comunicação Social e a Assessoria de Imprensa da Arquidiocese anunciaram em nota a reversão da medida, pois haviam chegado à conclusão de que o episódio não visou interesse religioso no trato à imagem do Cristo Redentor, “e portanto não houve desrespeito ao Cristo ou à religião católica”.
Nota editores do Blog Catolicismo:
A posição da Arquidiocese de totalmente contrária ao atendimento do pedido - levando em conta que cenas do filme foram consideradas ofensivas à imagem do Cristo - estranhamente, logo que surgiram as primeiras notícias que o governo federal estava pressionando pela liberação, mudou de idéia e o que era ofensivo passou a ser respeitoso.
Dom Orani nega a existência das pressões, mas, admite que em alguns momentos os diálogos foram tensos.
A ministra da Cultura - de  triste memória dada a "solução" que apresentou quando do "caos aéreo", também nega.
Dom Orani tudo indica não admite a existência das pressões por razões políticas o o governo por ser ano eleitoral quer posar de santo.
O fato é que oficialmente a Arquidiocese, inclusive através de pronunciamento da assessoria de imprensa, considerou ofensivas algumas cenas do filme. Depois, o que era desrespeitoso deixou de ser.  
Não há nenhuma informação que ligue diretamente a mudança de opinião da Cúria Metropolitana à pressão do Ministério da Cultura. Mas, muito além da discussão sobre o mérito das decisões da Cúria, é impressionante constatar que o intervencionismo do governo federal pode chegar a esse ponto.  
Fonte: Merval Pereira – O Globo


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Agressão à Igreja Católica - alguns artistas buscam se promover através do escândalo

Agressão à Igreja Católica

Qual líder autorizaria crime contra sentimento religioso e vilipêndio de seu objeto de culto?

 A polêmica contra a Igreja Católica é falsa. O cardeal dom Orani Tempesta recusou liberar o Cristo Redentor para o filme ironicamente chamado “Inútil paisagem”, do cineasta José Padilha — que faria parte do longa-metragem “Rio, eu te amo” —, mas não o proibiu.

 As ofensas à Igreja Católica são parte da sacrofobia, e da cristofobia em particular, e muito comuns em artistas que se valem do escândalo como marketing pessoal. Uniram-se contra a legítima defesa do divino. Há uma clara manifestação de ódio contra a Igreja. Saudades do gênio Glauber Rocha, que respeitava o sagrado.

Dom Orani tem a governança sobre o Cristo Redentor. A proteção à imagem sagrada é dever do cardeal. Cristianismo, budismo, judaísmo, hinduísmo, islamismo e outras religiões governam a si mesmas. A cena pode ser realizada em qualquer outro lugar, mas negar à Igreja Católica o direito constitucional sobre si própria é uma expressão do autoritarismo cultural. É negar ao católico o direito de ser católico. Herbert Marcuse e Theodor Adorno estudaram esse fenômeno da liberação repressiva. 

O culto da teofobia pretende destruir todas as dimensões do sagrado, negando sua autonomia. É a lógica da repressão black bloc. A ofensa não é à Cúria, mas ao Deus por ela anunciado. A imposição do profano como exercício da “liberdade de expressão” é típica do nazibolchevismo. Eis a liberdade repressiva tal como vimos nos regimes nacional-socialista, comunista e no terrorismo islâmico contemporâneos. A repressão quer exercer a dominação da intolerância e da censura prévia ao sagrado. Nietzsche propôs a destruição de todos os valores da civilização judaico-cristã, seguida à risca pelo nazismo.

A Igreja rejeitou o pedido do cineasta e o desagradou, mas a dom Orani cabe agradar a Deus. A separação entre Igreja e Estado não significa destruir a Igreja ou destruir o Estado. Houve a recusa de uma cena ofensiva em local sagrado. Da mesma forma agiriam todos os líderes religiosos em qualquer lugar do mundo. Qual líder autorizaria um crime contra o sentimento religioso e o vilipêndio público de seu próprio objeto de culto religioso? 

A sacrofobia quer impor seus dogmas às religiões, expondo debochadamente a profanidade no seio do espaço divino. Autor de filmes do mais baixo nível cultural, explorador comercial da violência urbana, um artista pode vender muito, mas não pode comprar a consciência religiosa, nem impor às religiões os códigos da estética da barbárie. Nem toda liberdade de expressão é expressão da liberdade. Heidegger escreveu que a “raça” pura ariana tinha o direito à liberdade do genocídio e da dominação escravocrata de povos e raças consideradas inferiores pelo nacional-socialismo. Somente uma ditadura totalitária alcançaria a liberdade de silenciar as religiões através do sacrocídio.

sábado, 7 de junho de 2014

Igreja notifica TV italiana por usar imagem do Cristo Redentor


Copa 2014
Propaganda mostra monumento vestido com a camisa azul número 10, do craque italiano Antônio Cassano. 
Arquidiocese pede indenização 
A Arquidiocese do Rio está pedindo entre 5 e 7 milhões de euros (entre R$15 e R$21 milhões) de indenização à maior rede de televisão da Itália, a RAI, por a emissora ter "vestido" o Cristo Redentor com uma camisa da seleção italiana de futebol, num filme para promover sua programação na Copa do Mundo. Além de desrespeito religioso, a Arquidiocese acusa a rede italiana de exploração "ilitica" da imagem do Cristo, lembrando que é dona exclusiva dos direitos autorais, materiais e morais do monumento. - A Arquidiocese se sente ultrajada. É como se uma TV brasileira promovesse sua programação colocando mulatas com gladiadores no Coliseu de Roma. É um insulto a um simbolo nacional - disse Alexandro Maria Tirelli, o advogado italiano que enviou notificação a Rai, a pedido de Rodrigo Grazioli, advogado paulista contratado pela Arquidiocese.
Imagem do Cristo Redentor foi utilizada em propaganda de TV italiana - Ivo Gonzalez / Agência O Globo
Tirelli disse que entrou em contato com a direção da Rai na sexta-feira e que, aparentemente, a propaganda foi retirada. Agora faltam as indenizações. Na notificação por escrito que enviou a Rai, a Arquidiocese não menciona o montante da indenização. A entidade eclesiástica diz que tomou conhecimento da publicidade no dia 30 de abril através da rede social Youtube, e pede a retirada "imediata" do anúncio. A carta acaba com uma ameaça de entrar na Justiça caso não haja acordo que "englobe a indenização pela utilização indevida ja consumada". O advogado italiano disse que a Arquidiocese quer usar a indenização para obras caritativas da igreja.  - A motivação não é para fins lucrativos. Uma marca mundial de artigos de esporte propôs pagar à Arquidiocese US$ 2 milhões para vestir o Cristo Redentor com suas camisas. A Arquidiocese se recusou - disse Tirelli.

A Copa do Mundo no Brasil virou uma dor-de-cabeca inesperada para a Arquidiocese. Com o Cristo Redentor sendo o maior cartão-postal do Brasil, a Arquidiocese também ameaça comprar uma briga com a casa de apostas inglesa Landbroke. Numa publicidade, a Landbroke não apenas vestiu o Cristo Redentor com uma camisa de futebol, como cobriu seu rosto. Um pedido de informação feita pelo GLOBO por email à assessoria de imprensa da Rai não foi respondido. A propaganda da Rai, de cerca de 30 segundos, reúne todos os clichês do Rio: crianças, futebol, favelas. E termina com o Cristo vestido com a camisa azul número 10, do craque italiano Antônio Cassano.

Ancelmo Gois, em sua coluna desta sexta-feira, publicou uma foto do perfil no Instagram do jogador italiano Mario Balotelli. O craque italiano aparece de braços abertos no alto do Corcovado, como o Cristo Redentor, com a camisa da Azurra.

[a Arquidiocese está certíssima e assim deve cobrar indenização por danos morais, por uso indevido da imagem e desrespeito a um símbolo religioso.
A TV italiana usou a imagem do Cristo Redentor com finalidades publicitárias, recebeu do patrocinador e tem o DEVER de arcar com todos os custos do seu gesto ilegal e desrespeitoso.]

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Papa Francisco declara que aborto evidencia a “cultura do descarte” e Vaticano nega que Papa seja aberto ao reconhecimento da união gay



‘Causa horror apenas pensar nas crianças que nunca poderão ver a luz’, diz Francisco
Depois de surpreender o mundo ao batizar o filho de uma mãe solteira, no domingo, o Papa Francisco fez um aceno aos conservadores em uma crítica contundente ao aborto nesta segunda-feira. Em seu discurso ao corpo diplomático credenciado no Vaticano, o Pontífice afirmou que “causa horror apenas pensar nas crianças que nunca poderão ver a luz, vítimas do aborto”. O Papa já havia expressado a rejeição ao aborto em sua primeira exortação apostólica, em 26 de novembro, mas na época pediu à Igreja para “acompanhar” às mulheres que recorreram a essa prática pressionadas por situações duras como o estupro e a pobreza extrema. 

Nesta segunda, Francisco voltou a denunciar a quantidade de alimentos que se desperdiça a cada dia em muitas partes do mundo e a cultura do descarte. - Infelizmente, não são objeto de descarte apenas os alimentos e os bens supérfluos, mas com frequência os próprios seres humanos, que são descartados como se fossem coisas desnecessárias.

O Papa também pediu maior respeito aos imigrantes e denunciou a perseguição dos cristãos na Ásia, África e Oriente Médio.

Igreja rejeitou interpretação da mídia italiana sobre comentários do pontífice que deixaram a impressão de ser o Papa favorável ao reconhecimento da aberração conhecida como “união gay”
O Vaticano negou reportagens da mídia italiana que os recentes comentários do Papa Francisco sinalizavam a sua abertura para o reconhecimento legal de uniões do mesmo sexo na Itália.

Francisco, durante uma conversa com líderes de ordens religiosas, publicada por um jornal Jesuíta na sexta-feira, disse que a Igreja Católica tinha que tentar não afastar as crianças que vivem em situações familiares complexas, como aquelas cujos pais são separados e as que vivem com casais homossexuais.

Francisco deu o exemplo de uma menininha em Buenos Aires, sua antiga diocese, que confidenciou para sua professora, que o motivo pelo qual ela estava sempre triste era porque "a namorada da minha mãe não gosta de mim". O papa disse aos líderes das ordens religiosas que um grande desafio para a Igreja seria o de estender a mão às crianças que vivem em situações domésticas difíceis ou pouco ortodoxas. "A situação em que vivemos hoje nos proporciona novos desafios que às vezes são difíceis de entender",disse o papa, de acordo com uma transcrição da conversa. "Como podemos proclamar Cristo para esses meninos e meninas? Como podemos celebrar Cristo para uma geração que está mudando? Precisamos ter cuidado para não administrar neles uma vacina contra a fé", ele disse.

No domingo, as manchetes da mídia italiana diziam que as palavras do papa eram uma abertura para condição legal para uniões civis de casais do mesmo sexo, um assunto debatido na Itália. O porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi disse à Rádio Vaticano que as interpretações da mídia eram "paradoxais" e uma "manipulação" das palavras do papa, especialmente quando alguns veículos de comunicação o citaram como tendo falado especificamente das uniões homossexuais, o que ele não fez. Lombardi disse que o papa estava apenas fazendo alusão ao sofrimento das crianças e não tomando uma posição no debate político da Itália.

Nomeação de dom Orani para cardeal reflete ampliação geográfica da Igreja, diz ex-reitor da PUC
Anúncio foi feito neste domingo, no final da oração do Ângelus, no Vaticano, por Papa Francisco
Religioso é arcebispo do Rio de Janeiro

O arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, foi um dos novos 19 cardeais anunciados neste domingo pelo Papa Francisco, ao final da oração do Ângelus, realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Quando o Papa anunciou o nome de dom Orani, ouviu-se uma ovação na praça, o que levou Francisco a comentar que havia muitos brasileiros ali. Padre Jesus Hortal, ex-reitor da PUC-Rio, lembrou que a nomeação de dom Orani reflete a ampliação geográfica da Igreja: — Levando em conta Espanha, Portugal, América Latina, Filipinas e Moçambique, teremos 60% dos católicos no mundo. Esse é o novo contexto.

Esse aspecto também foi lembrado pelo jornal espanhol “El País”, ressaltando que foram nomeados ainda religiosos de Argentina, Chile, Nicarágua, Haiti (o primeiro da História do país), Burkina Faso e Costa do Marfim. O jornal aponta ainda o fato de vários dos novos cardeais terem um perfil mais ligado à atuação em paróquias, lidando diretamente com os fiéis. Haverá uma cerimônia em 22 de fevereiro, na festa da Cátedra de São Pedro. Os cardeais têm a missão de aconselhar e auxiliar o sucessor de Pedro no desenvolvimento do seu ministério de confirmar os irmãos na fé e de ser princípio e fundamento da unidade e da comunhão da Igreja. Dos 19 nomeados neste domingo, 16, incluindo dom Orani, votam nos concílios e elegem papas.

Quando soube que seu nome estava na lista, dom Orani estava a caminho do seu segundo compromisso do dia, uma visita a moradores da Cruzada São Sebastião, no Leblon. Apesar do “frio na barriga”, ele manteve o roteiro previsto, cumprindo o percurso da Trezena de São Sebastião — período de 13 dias de bênçãos que precede a data do padroeiro da cidade. Ao meio-dia, quando a procissão com a imagem do santo chegou à Paróquia da Ressurreição, em Copacabana, fiéis aplaudiram dom Orani. Durante a missa, a primeira como cardeal nomeado, ele dividiu com os fiéis não apenas a emoção, mas a responsabilidade: — Como os cariocas torceram tanto, agora eles têm a obrigação de rezar para que eu desempenhe bem esta missão, que é importante não só para a igreja como para o mundo todo. Porque a igreja tem uma influência muito grande na nossa sociedade. É sem dúvida, uma responsabilidade que eu levo, contando com orações de todos — disse dom Orani, que, após a missa, seguiu com a imagem até as comunidades do Pavão/Pavãozinho e do Cantagalo, em Copacabana, e, ao fim do dia, celebrou uma missa aos pés do Cristo Redentor.

Durante missa no dia em que foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco, Dom Orani ergue imagem aos pés do Cristo Redentor Marcio Alves / O Globo 

Presença maior de países pobres
Com perfil agregador e semelhante ao do Papa Francisco, dom Orani frequenta tanto o Palácio do Planalto quanto a quadra do Cacique de Ramos. Ano passado, durante a Trezena de São Sebastião, ele incluiu o reduto do bloco no percurso da imagem. Segundo teólogos, a escolha reforça a Igreja do Papa Francisco. O padre Jesus Hortal afirma que, assim como o papa, dom Orani é popular, querido entre os fiéis e tem grande empatia com o público: — Dom Orani é agregador. Sempre está aberto a conversar com todos e sempre escuta a todos. É muito querido e está sempre disposto. Dom Orani não é um homem para ficar em escritório. É um homem de ação pastoral.

Dom Pedro Stringhini, bispo de Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, salienta também o perfil comunicador de dom Orani: — É um homem da comunicação, transparente, claro e bastante participativo. Esteve à frente dos preparativos da Jornada Mundial da Juventude no ano passado, quando demonstrou liderança e uma incansável dedicação à Igreja.

Edson Luiz Sampel, doutor em direito canônico e professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT), em São Paulo, acredita que o sucesso da JMJ pode ter influenciado na decisão do Papa Francisco. Especialistas já o viam como cotado para cardeal depois do evento, apesar de este ter deixado a arquidiocese com uma dívida de R$ 90 milhões. Além disso, Sampel aposta na estreita relação de dom Orani com os pobres. E destaca a importância para o país em ter mais um cardeal — o 21º, sendo que dez estão vivos: — O cardeal é como um diplomata da Igreja, e essa nomeação é um prestígio para o Rio.
No Pavão/Pavãozinho, moradores comemoraram a escolha do arcebispo do Rio. E, apesar do sol e do calor, cerca de 50 pessoas compareceram à Capela da Anunciação para ouvir as palavras de fé do novo cardeal. — Fiquei até arrepiado quando soube. Ele é um homem especial, que trabalhou duro durante a Jornada. Mereceu — disse o auxiliar Washington Antonio, de 41 anos, morador do Cantagalo, que foi voluntário durante a JMJ.

Emoção dos fiéis durante a visita
Como parte da trezena, por volta das 15h dom Orani percorreu as vielas do Pavão/Pavãozinho, seguido da imagem de São Sebastião e de uma pequena procissão. O cortejo parou num pequeno prédio, onde a aposentada Francisca Nevez de Souza, de 85 anos, recebeu uma visita do arcebispo. Com problemas de locomoção, ela não tem conseguido ir à igreja e tem recebido a comunhão em casa. No minúsculo apartamento, onde Francisca vive com a irmã e outros seis parentes, dom Orani puxou uma oração, conversou com a moradora e benzeu a residência. — Para mim, esta foi a coisa mais maravilhosa que me aconteceu na vida. Sou muito católica — falou Francisca, chorando de emoção.

Ao ver o arcebispo passar pelo corredor, a dona de casa Nete Lopes, de 48 anos, pediu uma bênção para a família. Enfileirou quase uma dezena de porta-retratos nas costas do sofá e pediu que dom Orani aspergisse água benta sobre as fotos dos filhos, dos irmãos e do cunhado. De uma família de imigrantes italianos, dom Orani João Tempesta nasceu em junho de 1950 em São José do Rio Pardo (SP). Coroinha na infância, ele informou à família que seguiria a vida religiosa assim que terminou o colegial. Especialista em comunicação, dom Orani foi o presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação da CNBB por dois mandatos consecutivos, de 2003 a 2011. Em 27 de fevereiro de 2009, o Papa Bento XVI nomeou-o arcebispo do Rio, uma cidade onde 51,09% da população, segundo o IBGE, é de católicos. Dom Orani assumiu convicto de que o Rio tem uma alma religiosa.

A lista dos novos cardeais:
1 - Monsenhor Pietro Parolin , Arcebispo titular de Acquapendente , Secretário de Estado.
2 - Dom Lorenzo Baldisseri , Arcebispo titular de Diocleziana , Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos.
3 - Dom Gerhard Ludwig Müller, Arcebispo-Bispo emérito de Regensburg , Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
4 - Dom Beniamino Stella, Arcebispo titular de Midila , Prefeito da Congregação para o Clero.
5 - O Arcebispo Vincent Gerard Nichols, arcebispo de Westminster ( Grã-Bretanha ).
6 - Dom Leopoldo José Brenes Solórzano, arcebispo de Manágua ( Nicarágua).
7 - Bispo Gérald Cyprien Lacroix Arcebispo de Québec (Canadá).
8 - Dom Jean -Pierre Kutwa de Abidjan ( Costa do Marfim).
9 - Dom Orani João Tempesta, O.Cist, Arcebispo do Rio de Janeiro (Brasil).
10 - Dom Gualtiero Bassetti, Arcebispo de Perugia - Città della Pieve (Itália).
11 - Dom Mario Aurelio Poli, arcebispo de Buenos Aires (Argentina).
12 - Dom Andrew Yeom Soo Jung, arcebispo de Seul (Coréia).
13 - Dom Ricardo Ezzati Andrello , SDB , arcebispo de Santiago de Chile (Chile).
14 - Dom Philippe Ouedraogo Nakellentuba , Arcebispo de Ouagadougou (Burkina Faso).
15 - Dom Orlando B. Quevedo , OMI, arcebispo de Cotabato (Filipinas).
16 - Bispo Chibly Langlois, Bispo de Les Cayes (Haiti).

Também foram escolhidos três eméritos:
Arcebispo Loris Francesco Capovilla , Arcebispo titular de Mesembria ;

Dom Fernando Sebastián Aguilar, Arcebispo emérito de Pamplona ;

Bispo Kelvin Edward Felix , arcebispo emérito de Castries , West Indies .