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segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Quem foi a Santa do Sagrado Coração de Jesus - 16 de outubro

 Saiba quem foi Santa Margarida Alacoque e quais foram as doze grandes promessas que Jesus revelou a ela

Santa Margarida nasceu em 22 de julho de 1647 na Borgonha, França. Seu pai era juiz e notário real, homem de pequenas posses. Quando tinha 8 anos de idade, seu pai faleceu, e a família a enviou para a escola das Clarissas de Charolles. Ali, ela adquiriu uma estranha doença que a deixou tão fraca que sua mãe a levou de volta para casa. “Passei quatro anos sem poder caminhar”, disse ela depois. Vendo que nada a curava, ela voltou-se para Nossa Senhora e fez-lhe o voto de castidade e de entrar para a vida religiosa, se ficasse curada. Foi atendida com rapidez.

Quando Margarida tinha quatro anos de idade, já rezava assim: “Ó meu Deus, eu Vos consagro minha pureza e Vos faço voto de castidade perpétua”. Ela disse nas suas memórias que nem sabia o que isso significava. Na verdade Jesus já a preparava para uma grande missão; são essas almas escolhidas por Deus, para através delas socorrer a humanidade.


Por meio desta Santa, e da mensagem da qual ela foi portadora, Jesus quis mostrar à humanidade, de um modo extraordinário, a intensidade do amor que o Sagrado Coração de Jesus tem por cada um de nós.

Era a época de uma triste heresia que crescia na Igreja, o jansenismo, de um Bispo herege Jansen, de Ypres. Por esta heresia entrou na Igreja uma religiosidade falsa, um medo de Deus castigador que pune a todos, uma piedade triste que proibia a Comunhão frequente, etc…

Quando Santa Margarida completou 17 anos, sua mãe e seus irmãos decidiram que ela devia se casar. E ela se deixou levar por isso, e começou a tomar parte nos programas de sua idade, e já pensava mesmo em se casar, pois já tinha vários pretendentes. Mas na sua alma começou a travar-se uma demorada batalha. De um lado achava que era um dever de piedade se casar para amparar sua mãe enferma. Mas a voz da graça recordava-lhe o voto de castidade que tinha feito a Nossa Senhora na infância, e de se consagrar-se como esposa de Cristo.

A tentação às vezes lhe dizia: “Você era muito criança para entender o que dizia, portanto, essas promessas não tinham valor; você agora é livre!”. Isto durou alguns anos. Mas, ajudada de modo especial pelo Senhor, a vocação religiosa venceu; e em 1671, ela entrou como postulante no Mosteiro da Visitação, de Paray-le-Monial.

Como vimos, desde a infância, Margarida fora beneficiada por experiências místicas. As mais importantes, porém, ocorreram no convento, a partir de 27 de dezembro de 1673, quando passou a receber uma série de revelações do Sagrado Coração de Jesus, o qual a incumbia  de ser a encarregada de divulgar essa devoção em todo o mundo.
Leia também: Qual a origem da devoção ao Sagrado Coração de Jesus?
As revelações do Coração de Jesus encorajam o pecador à confiança
12 Ensinamentos de Santa Margarida Maria Alacoque

Na festividade de São João Evangelista de 1673, aos vinte e cinco anos, irmã Margarida Maria, recolhida em oração diante do SS. Sacramento, teve a primeira manifestação visível de Jesus, que se repetiria por outros dois anos, toda primeira sexta-feira do mês. Em 1675, durante a oitava do Corpo de Deus, Jesus manifestou-se-lhe com o peito aberto e, apontado com o dedo seu Coração, exclamou: “Eis aquele Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor. E em reconhecimento não recebo senão ingratidão da maior parte deles.”

As três superioras que se sucederam no convento de Paray-le-Monial convenceram-se da santidade de Margarida e da autenticidade das revelações que recebia. Mas ela sofreu grande oposição dentro do Convento. A tratavam como uma visionária falsa. Mas Jesus a socorreu com uma ajuda fundamental, o seu diretor espiritual, São Cláudio de la Colombière, sacerdote jesuíta que foi durante certo tempo confessor das freiras e testemunhou serem reais as visões da Santa. Ele se incumbiu de propagar a devoção que Jesus revelava a Santa.

São Cláudio foi enviado à Inglaterra, como confessor da duquesa de York, esposa do futuro rei Jaime II, e ali pregou pela primeira vez a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, obtendo várias conversões entre as damas da nobreza. Mas ali sofreu uma perseguição por causa de um ataque anticatólico, e acabou sendo preso um tempo. De volta à França, doente, poucas vezes pôde encontrar-se com Santa Margarida, morrendo muito cedo. Mas Margarida continuou sua missão divina. Com fé, perseverança, docilidade, obediência e caridade, foi vencendo as dificuldades e conseguiu cumprir sua missão, começando por introduzir em 1686, no seu Convento, a festa do Sagrado Coração de Jesus, que se espalhou com rapidez por outros mosteiros da Visitação, e para fora da sua Congregação. No último período de sua vida, nomeada mestra das noviças, ela teve a consolação de ver propagar-se a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, e os próprios opositores de outrora mudarem-se em fervorosos propagadores.

Depois de uma vida de muito sofrimento, e verdadeira oblação a Jesus Sacramentado, consumindo-se por Seu amor, sem cessar no amor ao Sagrado Coração de Jesus, Santa Margarida Maria Alacoque morreu em 17 de outubro de 1690, aos 43 anos de idade. Foi canonizada por Bento XV em 1920. Seu corpo está colocado sob o altar da capela do Convento onde viveu, onde os peregrinos vão rezar.

Jesus fez a ela DOZE GRANDES PROMESSAS, mostrando-lhe o Seu Sagrado Coração, para quem fizer as Nove Comunhões Reparadoras pelas ofensas que Seu Sagrado Coração recebe dos homens, nas nove primeiras sextas feiras seguidas de cada mês:

adesivo_sagrado_jesus

1. Dar-lhes-ei todas as graças necessárias a seu estado de vida.
2. Conservarei paz em suas famílias.
3. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
4. Serei seu refúgio seguro durante a vida e especialmente na hora da morte.
5. Derramarei abundantes bênçãos sobre todos os seus empreendimentos.
6. Os pecadores acharão em meu Coração a fonte e o oceano infinito da misericórdia.
7. As almas tíbias se tornarão fervorosas.
8. As almas fervorosas se elevarão com rapidez a uma grande perfeição.
9. Abençoarei as casas nas quais a imagem de meu Sagrado Coração for exposta e venerada.
10. Darei aos sacerdotes a capacidade de tocar os corações mais endurecidos.
11. As pessoas que propagarem essa devoção terão seus nomes eternamente inscritos em meu Coração.
12. A todos aqueles que fizerem a Comunhão reparadora na primeira sexta-feira, durante nove meses seguidos, concederei a graça da perseverança final e salvação eterna. Meu Divino Coração será seu refúgio seguro nessa hora extrema.

Minha oração

“Assim como encontraste o coração de Jesus em tuas orações, dai a nós o mesmo privilégio e união com Ele, o mesmo amor que tivestes ao nosso redentor. Nesse Coração Santo, encontremos misericórdia e virtudes para nós, expiação dos pecados para os afastados de Deus. Amém!”

Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!

Prof. Felipe Aquino

 

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Quem foi a Santa do Coração de Jesus? 16 de outubro

 Saiba quem foi Santa Margarida Alacoque e quais foram as doze grandes promessas que Jesus revelou a ela

Santa Margarida nasceu em 22 de julho de 1647 na Borgonha, França. Seu pai era juiz e notário real, homem de pequenas posses. Quando tinha 8 anos de idade, seu pai faleceu, e a família a enviou para a escola das Clarissas de Charolles. Ali, ela adquiriu uma estranha doença que a deixou tão fraca que sua mãe a levou de volta para casa. “Passei quatro anos sem poder caminhar”, disse ela depois. Vendo que nada a curava, ela voltou-se para Nossa Senhora e fez-lhe o voto de castidade e de entrar para a vida religiosa, se ficasse curada. Foi atendida com rapidez.


Quando Margarida tinha quatro anos de idade, já rezava assim: “Ó meu Deus, eu Vos consagro minha pureza e Vos faço voto de castidade perpétua”. Ela disse nas suas memórias que nem sabia o que isso significava. Na verdade Jesus já a preparava para uma grande missão; são essas almas escolhidas por Deus, para através delas socorrer a humanidade.

Por meio desta Santa, e da mensagem da qual ela foi portadora, Jesus quis mostrar à humanidade, de um modo extraordinário, a intensidade do amor que o Sagrado Coração de Jesus tem por cada um de nós.

Era a época de uma triste heresia que crescia na Igreja, o jansenismo, de um Bispo herege Jansen, de Ypres. Por esta heresia entrou na Igreja uma religiosidade falsa, um medo de Deus castigador que pune a todos, uma piedade triste que proibia a Comunhão frequente, etc…

Quando Santa Margarida completou 17 anos, sua mãe e seus irmãos decidiram que ela devia se casar. E ela se deixou levar por isso, e começou a tomar parte nos programas de sua idade, e já pensava mesmo em se casar, pois já tinha vários pretendentes. Mas na sua alma começou a travar-se uma demorada batalha. De um lado achava que era um dever de piedade se casar para amparar sua mãe enferma. Mas a voz da graça recordava-lhe o voto de castidade que tinha feito a Nossa Senhora na infância, e de se consagrar-se como esposa de Cristo.

A tentação às vezes lhe dizia: “Você era muito criança para entender o que dizia, portanto, essas promessas não tinham valor; você agora é livre!”. Isto durou alguns anos. Mas, ajudada de modo especial pelo Senhor, a vocação religiosa venceu; e em 1671, ela entrou como postulante no Mosteiro da Visitação, de Paray-le-Monial.

Como vimos, desde a infância, Margarida fora beneficiada por experiências místicas. As mais importantes, porém, ocorreram no convento, a partir de 27 de dezembro de 1673, quando passou a receber uma série de revelações do Sagrado Coração de Jesus, o qual a incumbia  de ser a encarregada de divulgar essa devoção em todo o mundo.
Leia também: Qual a origem da devoção ao Sagrado Coração de Jesus?
As revelações do Coração de Jesus encorajam o pecador à confiança
12 Ensinamentos de Santa Margarida Maria Alacoque

Na festividade de São João Evangelista de 1673, aos vinte e cinco anos, irmã Margarida Maria, recolhida em oração diante do SS. Sacramento, teve a primeira manifestação visível de Jesus, que se repetiria por outros dois anos, toda primeira sexta-feira do mês. Em 1675, durante a oitava do Corpo de Deus, Jesus manifestou-se-lhe com o peito aberto e, apontado com o dedo seu Coração, exclamou: “Eis aquele Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor. E em reconhecimento não recebo senão ingratidão da maior parte deles.”

As três superioras que se sucederam no convento de Paray-le-Monial convenceram-se da santidade de Margarida e da autenticidade das revelações que recebia. Mas ela sofreu grande oposição dentro do Convento. A tratavam como uma visionária falsa. Mas Jesus a socorreu com uma ajuda fundamental, o seu diretor espiritual, São Cláudio de la Colombière, sacerdote jesuíta que foi durante certo tempo confessor das freiras e testemunhou serem reais as visões da Santa. Ele se incumbiu de propagar a devoção que Jesus revelava a Santa.

São Cláudio foi enviado à Inglaterra, como confessor da duquesa de York, esposa do futuro rei Jaime II, e ali pregou pela primeira vez a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, obtendo várias conversões entre as damas da nobreza. Mas ali sofreu uma perseguição por causa de um ataque anticatólico, e acabou sendo preso um tempo. De volta à França, doente, poucas vezes pôde encontrar-se com Santa Margarida, morrendo muito cedo. Mas Margarida continuou sua missão divina. Com fé, perseverança, docilidade, obediência e caridade, foi vencendo as dificuldades e conseguiu cumprir sua missão, começando por introduzir em 1686, no seu Convento, a festa do Sagrado Coração de Jesus, que se espalhou com rapidez por outros mosteiros da Visitação, e para fora da sua Congregação. No último período de sua vida, nomeada mestra das noviças, ela teve a consolação de ver propagar-se a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, e os próprios opositores de outrora mudarem-se em fervorosos propagadores.

Depois de uma vida de muito sofrimento, e verdadeira oblação a Jesus Sacramentado, consumindo-se por Seu amor, sem cessar no amor ao Sagrado Coração de Jesus, Santa Margarida Maria Alacoque morreu em 17 de outubro de 1690, aos 43 anos de idade. Foi canonizada por Bento XV em 1920. Seu corpo está colocado sob o altar da capela do Convento onde viveu, onde os peregrinos vão rezar.

Jesus fez a ela DOZE GRANDES PROMESSAS, mostrando-lhe o Seu Sagrado Coração, para quem fizer as Nove Comunhões Reparadoras pelas ofensas que Seu Sagrado Coração recebe dos homens, nas nove primeiras sextas feiras seguidas de cada mês:
adesivo_sagrado_jesus1. Dar-lhes-ei todas as graças necessárias a seu estado de vida.
2. Conservarei paz em suas famílias.
3. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
4. Serei seu refúgio seguro durante a vida e especialmente na hora da morte.
5. Derramarei abundantes bênçãos sobre todos os seus empreendimentos.
6. Os pecadores acharão em meu Coração a fonte e o oceano infinito da misericórdia.
7. As almas tíbias se tornarão fervorosas.
8. As almas fervorosas se elevarão com rapidez a uma grande perfeição.
9. Abençoarei as casas nas quais a imagem de meu Sagrado Coração for exposta e venerada.
10. Darei aos sacerdotes a capacidade de tocar os corações mais endurecidos.
11. As pessoas que propagarem essa devoção terão seus nomes eternamente inscritos em meu Coração.
12. A todos aqueles que fizerem a Comunhão reparadora na primeira sexta-feira, durante nove meses seguidos, concederei a graça da perseverança final e salvação eterna. Meu Divino Coração será seu refúgio seguro nessa hora extrema.


Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 24 de junho de 2020

São João Eudes e a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus

São João Eudes e a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus


Com São João Eudes (1601-1680), podemos dizer que a devoção ao Sagrado Coração como que atingiu a maioridade. Com efeito, graças à sua ação, esta devoção deixou de ser exclusivamente privada e se tornou pública e oficial. Com ele se instituiu o culto litúrgico ao Sagrado Coração.


Sua missão foi mais do que a de simples precursor de Paray-le-Monial. São Pio X chama-o “pai, doutor apóstolo” da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e de Maria.



Enérgico adversário do Jansenismo na França, São João Eudes estudou com os padres da Companhia de Jesus em Caen, ingressando depois no Oratório de Jesus e de Maria Imaculada. Ali tomou contacto com a espiritualidade do Cardeal de Bérulle (1575-1629), cuja nota tônica, colocada na contemplação do Verbo Encarnado, nisto muito se assemelha à do fundador dos jesuítas.


Essa espiritualidade tem como base a comtemplação da vida interior do Salvador e a consideração dos mais variados estados de sua alma. É muito rica, pois tais estados são variadíssimos, como a mutação das águas do oceano: ora são amenas, ora majestosas, ora fustigam os rochedos, ora são acolhedoras e acessíveis a todos.


A partir de fins da Idade Média a reflexão piedosa sobre a Humanidade Santíssima de Cristo cresceu muito, a ponto de se tornar uma forma usual de devoção. O Cardeal de Bérulle foi dos mais destacados expoentes desse movimento geral da piedade católica.


Segundo essa corrente – comumente chamada Escola Francesa – o devoto, ao considerar o interior divino, procura ser dócil aos movimentos que essa contemplação desperta em si. É o culto à vida interior de Cristo. Considera Sua adoração ao Padre Eterno, Sua abnegação e espírito de sacrifício, Seu amor e devotamento pelos homens.


A devoção ao Sagrado Coração está aí muito presente, pois, na literatura ascética do século XVII, “ Coração de Jesus” e “vida interior de Jesus” são expressões usadas indistintamente.

São João Eudes assimilou também nesta escola uma especial devoção a  Nossa Senhora, que se refletirá em toda sua atividade de escritor, fundador e missionário. Também faz parte da Escola Francesa a contemplação simultânea dos estados de alma de Jesus e Maria. Disso é um exemplo magnífico e conhecida oração Ó Jesus, que viveis em Maria, cuja íntegra é a seguinte:

“Ó Jesus, que viveis em Maria, vinde e vivei no vosso servo, com o espírito de vossa santidade, com a plenitude de vossa virtude, com a perfeição das vossas vias, com a comunicação das vossas graças; dominai sobre os poderes infernais, com o vosso espírito, para a glória do Pai”.


Seguindo o espírito da Escola Francesa, São João Eudes dirá que Maria é o paraíso de Jesus, que Maria está em Jesus, e que ela participou, em sintonia perfeita, dos vários estados da alma do Divino Salvador.


Ainda sob o influxo da Escola Francesa, este Santo aprendera a honrar, na Paixão, primordialmente as angústias e as aflições da alma de Nosso Senhor. Esta prática conduz os fiéis, ao contemplar a Paixão, a se deterem especialmente nos tormentos morais do Jardim das Oliveiras. Tais idéias serão o ponto de partida do ensinamento e do apostolado Santo.

Essa doutrina – muito elevada e muito própria a santificar – era, entretanto, apresentada pelo Cardeal de Bérulle e por sua escola em termos não facilmente acessíveis ao comum dos fiéis. Premido pelas necessidades de sua atividade missionária, São João Eudes, em suas pregações, a adaptará e a colocará ao alcance do povo.


Este Santo fundou duas congregações: uma masculina, a Congregação de Jesus e Maria, destinada à pregação de missões paroquiais e à direção de seminários, e outra feminina, a Ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, para a regeneração das mulheres decaídas.


Em 1648 São João Eudes conseguiu a aprovação de um Ofício e uma Missa do Coração de Maria, por ele compostos. Anos mais tarde, em 1672, obteve o mesmo para um Ofício e uma Missa próprios do Sagrado Coração de Jesus, igualmente compostos por ele, celebrados a partir de 20 de outubro daquele ano em várias dioceses da França. Por esta sua atividade, a Igreja o chama “autor do culto litúrgico dos Corações Sagrados de Jesus e Maria”.


Nesse mesmo ano, São João Eudes começou a pregar com freqüência a  devoção ao Sagrado Coração de Jesus. A referida festa, celebrada nos seminários dirigidos pela Congregação fundada por ele, pouco a pouco transpôs seus muros e se difundiu pela França inteira.Quase todas as igrejas e comunidades religiosas que haviam adotado a festa do Coração  de Maria adotaram também o Coração de Jesus.


É interessante lembrar que, em 20 de outubro de 1674, a Princesa Francisca da Lorena, abadessa das beneditinas de São Pedro de Montmartre, fez celebrar solenemente o Ofício e a Festa do Sagrado Coração de Jesus na capela de seu mosteiro, em presença de uma parte da corte de Luís XIV. Era o ofício composto pelo Santo. No século XIX, nessa mesma colina de Montmartre, seria erguida uma monumental basílica, que se tornaria um dos símbolos da devoção ao Sagrado Coração.


São João Eudes foi missionário a vida inteira. Começará pregando a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Só no fim da vida passou a colocar ênfase no Sagrado Coração de Jesus. Mas, para o santo francês, as duas devoções têm uma sintonia completa. Ele popularizou, aliás a expressão “o Sagrado Coração de Jesus e Maria”, para mostrar a perfeita consonância de vontade, afetos, aspirações, vias e pensamentos entre a Mãe e o Filho. Os dois corações pulsavam em uníssono.


Para São João Eudes, o coração significa especialmente o interior, a vida íntima, os estados de alma. Esta característica ficará na devoção ao Sagrado Coração de Jesus nos Tempos Modernos, que busca seu alimento sobretudo na contemplação reparadora das dores morais – menosprezos, ultrajes, esquecimentos – que o Divino Mestre e sua Igreja sofrem da parte dos homens ingratos e endurecidos pelo pecado.