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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Santo do dia - 16 de outubro

                 Santa Margarida Maria Alacoque

Provada e preparada no cadinho da humilhação, começou a cultuar o Santíssimo Sacramento do Altar e diante do Coração Eucarístico começou a ter revelações divinas

Religiosa (1647-1690)

Quinta de um total de sete filhas de um tabelião da Borgonha, Margarida, ao ficar órfã de pai aos 12 anos, para poder seguir a vocação à vida religiosa, teve de vencer a oposição da mãe, que a queria casada com um honrado rapaz.

Aos 24 anos, foi acolhida no Mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial. Na festividade de são João Evangelista de 1673, a noviça Margarida Maria, recolhida em adoração diante do Santíssimo Sacramento, teve a primeira das visões particulares de Jesus, que se iriam repetir depois na primeira sexta-feira de cada mês.

Dois anos depois, Jesus manifestou-se a ela com o peito dilacerado, e, apontando com a mão o coração rodeado de luz, disse-lhe: “Eis o Coração  que tanto amou os homens, não poupando nada, até exaurir-se para demonstrar seu amor. E, em reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidão”.

Confira também: Consagração ao Sagrado Coração de Jesus 

As extraordinárias visões trouxeram à irmã Margarida Maria sofrimentos e incompreensões. Jesus mesmo lhe indicou, então, o diretor espiritual na pessoa do santo sacerdote jesuíta Cláudio de la Colombière, que acolheu o pedido de Jesus para se empenhar pela instituição da Festa do Sagrado Coração.

Este culto, a despeito da feroz oposição dos círculos jansenistas, difundiu-se logo por toda a Igreja. Irmã Margarida Maria extinguiu-se docemente aos 43 anos apenas. Foi canonizada em 1920.




Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!
  

Santa Edwiges

Religiosa (1174-1243)

Nobre, Edwiges nasceu em 1174, na Bavária, Alemanha. Ainda criança, já mostrava mais apego às coisas espirituais do que às materiais, apesar de dispor de tudo o que quisesse comprar ou possuir. Em vez de divertir-se em festas da Corte, preferia manter-se recolhida para rezar.

Aos 12 anos, como era convencionado nas casas reais, foi dada em casamento a Henrique I, duque da Silésia e da Polônia. Ela obedeceu aos pais e teve com o marido sete filhos. Quando completou 20 anos, e ele 34, sentiu o chamado definitivo ao seguimento de Jesus. Conversou com o marido e decidiram manter, dentro do casamento, o voto de abstinência sexual.

Edwiges entregou-se, então, à piedade e caridade. Guardava uma pequena parte de seus ganhos para si e o resto empregava em auxílio ao próximo. Quando descobriu que muitas pessoas eram presas porque não tinham como saldar suas dívidas, passou a ir pessoalmente aos presídios para libertar tais encarcerados, pagando-lhes as dívidas com seu próprio dinheiro. Depois, ela também lhes conseguia um emprego, de modo que pudessem manter-se com dignidade.

Construiu o Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, ajudou a restaurar os outros e mandou erguer inúmeras igrejas. Desse modo, organizou uma grande rede de obras de caridade e assistência aos pobres. Além disso, visitava os hospitais constantemente, para, pessoalmente, cuidar e limpar as feridas dos mais contaminados e leprosos. Mas Edwiges tinha um especial carinho pelas viúvas e órfãos.

Veio, então, um período de sucessivas desventuras familiares. Num curto espaço de tempo, assistiu à morte, um a um, dos seus seis filhos, ficando viva apenas a filha Gertrudes. Em seguida, foi a vez do marido. Henrique I fora preso pelos inimigos num combate de guerra e, mesmo depois de libertado, acabou morrendo, vitimado por uma doença contraída na prisão.

Viúva, apesar da dura provação, Edwiges continuou a viver na virtude. Retirou-se e ingressou no convento que ela própria construíra, do qual a filha Gertrudes se tornara abadessa. Fez os votos de castidade e pobreza, a ponto de andar descalça sobre a neve quando atendia suas obras de caridade. Foi nessa época que recebeu o dom da cura, e operou muitos milagres, em cegos e outros enfermos, com o toque da mão e o sinal da cruz.

Com fama de santidade, Edwiges morreu no dia 15 de outubro de 1243, no Mosteiro de Trebnitz, Polônia. Logo passou a ser cultuada como santa, e o local de sua sepultura tornou-se centro de peregrinação para os fiéis cristãos. Em 1266, o papa Clemente IV canonizou-a oficialmente. A Igreja designou o dia 16 de outubro para a celebração da sua festa litúrgica. O culto a santa Edwiges, padroeira dos pobres e endividados, é muito expressivo ainda hoje em todo o mundo católico e um dos mais difundidos do Brasil.


Santa Edwiges, rogai por nós!



São Geraldo Majela
Redentorista (1725-1755)

Filho da modesta e pobre família do alfaiate Majela, Geraldo nasceu no dia 6 de abril de 1725, numa pequena cidade chamada Muro Lucano, no sul da Itália. De constituição física muito frágil, cresceu sempre adoentado, aprendendo o ofício com seu querido pai.

Aos 14 anos de idade ficou órfão de pai e, com a aprovação da mãe, Benedita, quis tornar-se um frade capuchinho. Mas foi recusado por ter pouca resistência física. Entretanto o jovem Geraldo Majela não era de desistir das coisas facilmente. Arrimo de família, foi trabalhar numa alfaiataria da cidade. Mais tarde, colocou-se a serviço do bispo de Lacedônia, conhecido pelos modos rudes e severos, suportando aquele serviço por vários anos, até a morte do bispo.

A forte vocação religiosa sempre teve de ser sufocada, porque não o aceitavam. Com 19 anos de idade, voltou para Muro Lucano, onde montou  uma alfaiataria. Recebia um bom dinheiro. Dava tudo de necessário para sua mãe e suas irmãs, com o restante ajudava os pobres. Na cidade, todos sabiam que Geraldo dava o dote necessário às moças pobres que desejavam ingressar na vida religiosa e, se preciso, conseguia a vaga de noviça.

Só em 1749, quando uma missão de padres redentoristas esteve em Muro  Lucano, Geraldo conseguiu ingressar na vida religiosa. Tanto importunou o  superior, padre Cafaro, que este acabou cedendo, enviando-o para o convento de Deliceto, em Foggia.

Enquanto era postulante, passou por muitas tentações e aflições, mas resistiu e venceu todos os obstáculos. Professou os primeiros votos, aos 26 anos de idade, naquele convento. Surpreendeu a todos com seu excelente trabalho de apostolado, simples, humilde, obediente, de oração e penitência. Chegou a ser encarregado das obras da nova Casa de Caposele; depois, como escultor, começou a fazer crucifixos. Possuindo os dons da cura e do conselho, converteu inúmeras pessoas, sendo muito querido no convento e na cidade.

Mas, mesmo assim, viu-se envolvido num escândalo provocado por uma jovem que ele ajudara. Foi em 1754, quando Néria Caggiano, não se adaptando à vida religiosa, voltou para casa. Para explicar sua atitude, espalhou mentiras e calúnias. Para isso, escreveu uma carta ao superior, na época o próprio fundador, santo Afonso, acusando Geraldo de pecados de impureza com uma outra jovem.

Chamado para defender-se, Geraldo preferiu manter o silêncio. O castigo foi ficar sem receber a santa comunhão e sem ter contato com outras pessoas de fora do convento. Ele sofreu muito. Somente depois que a calúnia foi desmentida pela própria Néria, em uma outra carta, é que Geraldo pôde voltar a receber a Eucaristia e a trabalhar com o afinco de sempre na defesa da fé e na assistência aos pobres. O povo só o chamava de "pai dos pobres". 

Mas a fama de sua santidade, curiosamente, vinha das jovens mães. É que as socorridas por ele durante as aflições do parto contavam, depois, que só tinham conseguido sobreviver graças às orações que ele rezava junto delas, tendo o filho nascido sadio.

De saúde sempre frágil, Geraldo Majela morreu no dia 16 de outubro de 1755, no Convento de Caposele, com 29 anos de idade. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres atribuídos à sua intercessão, especialmente em partos difíceis. Em 1893, ele foi beatificado, sendo declarado o padroeiro dos partos felizes. Em 1904, o papa Pio X canonizou-o, estabelecendo sua festa litúrgica no aniversário de sua morte.


São Geraldo Majela, rogai por nós!

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Santo do dia - 16 de outubro


Santa Margarida Maria Alacoque
Provada e preparada no cadinho da humilhação, começou a cultuar o Santíssimo Sacramento do Altar e diante do Coração Eucarístico começou a ter revelações divinas

Religiosa (1647-1690)

Quinta de um total de sete filhas de um tabelião da Borgonha, Margarida, ao ficar órfã de pai aos 12 anos, para poder seguir a vocação à vida religiosa, teve de vencer a oposição da mãe, que a queria casada com um honrado rapaz.

Aos 24 anos, foi acolhida no Mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial. Na festividade de são João Evangelista de 1673, a noviça Margarida Maria, recolhida em adoração diante do Santíssimo Sacramento, teve a primeira das visões particulares de Jesus, que se iriam repetir depois na primeira sexta-feira de cada mês.

Dois anos depois, Jesus manifestou-se a ela com o peito dilacerado, e, apontando com a mão o coração rodeado de luz, disse-lhe: “Eis o Coração que tanto amou os homens, não poupando nada, até exaurir-se para demonstrar seu amor. E, em reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidão”.

Confira também: Consagração ao Sagrado Coração de Jesus 

As extraordinárias visões trouxeram à irmã Margarida Maria sofrimentos e incompreensões. Jesus mesmo lhe indicou, então, o diretor espiritual na pessoa do santo sacerdote jesuíta Cláudio de la Colombière, que acolheu o pedido de Jesus para se empenhar pela instituição da Festa do Sagrado Coração.

Este culto, a despeito da feroz oposição dos círculos jansenistas, difundiu-se logo por toda a Igreja. Irmã Margarida Maria extinguiu-se docemente aos 43 anos apenas. Foi canonizada em 1920.





Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!
 

Santa Edwiges

Religiosa (1174-1243)

Nobre, Edwiges nasceu em 1174, na Bavária, Alemanha. Ainda criança, já mostrava mais apego às coisas espirituais do que às materiais, apesar de dispor de tudo o que quisesse comprar ou possuir. Em vez de divertir-se em festas da Corte, preferia manter-se recolhida para rezar.

Aos 12 anos, como era convencionado nas casas reais, foi dada em casamento a Henrique I, duque da Silésia e da Polônia. Ela obedeceu aos pais e teve com o marido sete filhos. Quando completou 20 anos, e ele 34, sentiu o chamado definitivo ao seguimento de Jesus. Conversou com o marido e decidiram manter, dentro do casamento, o voto de abstinência sexual.

Edwiges entregou-se, então, à piedade e caridade. Guardava uma pequena parte de seus ganhos para si e o resto empregava em auxílio ao próximo. Quando descobriu que muitas pessoas eram presas porque não tinham como saldar suas dívidas, passou a ir pessoalmente aos presídios para libertar tais encarcerados, pagando-lhes as dívidas com seu próprio dinheiro. Depois, ela também lhes conseguia um emprego, de modo que pudessem manter-se com dignidade.

Construiu o Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, ajudou a restaurar os outros e mandou erguer inúmeras igrejas. Desse modo, organizou uma grande rede de obras de caridade e assistência aos pobres. Além disso, visitava os hospitais constantemente, para, pessoalmente, cuidar e limpar as feridas dos mais contaminados e leprosos. Mas Edwiges tinha um especial carinho pelas viúvas e órfãos.

Veio, então, um período de sucessivas desventuras familiares. Num curto espaço de tempo, assistiu à morte, um a um, dos seus seis filhos, ficando viva apenas a filha Gertrudes. Em seguida, foi a vez do marido. Henrique I fora preso pelos inimigos num combate de guerra e, mesmo depois de libertado, acabou morrendo, vitimado por uma doença contraída na prisão.

Viúva, apesar da dura provação, Edwiges continuou a viver na virtude. Retirou-se e ingressou no convento que ela própria construíra, do qual a filha Gertrudes se tornara abadessa. Fez os votos de castidade e pobreza, a ponto de andar descalça sobre a neve quando atendia suas obras de caridade. Foi nessa época que recebeu o dom da cura, e operou muitos milagres, em cegos e outros enfermos, com o toque da mão e o sinal da cruz.

Com fama de santidade, Edwiges morreu no dia 15 de outubro de 1243, no Mosteiro de Trebnitz, Polônia. Logo passou a ser cultuada como santa, e o local de sua sepultura tornou-se centro de peregrinação para os fiéis cristãos. Em 1266, o papa Clemente IV canonizou-a oficialmente. A Igreja designou o dia 16 de outubro para a celebração da sua festa litúrgica. O culto a santa Edwiges, padroeira dos pobres e endividados, é muito expressivo ainda hoje em todo o mundo católico e um dos mais difundidos do Brasil.


Santa Edwiges, rogai por nós!



São Geraldo Majela
Redentorista (1725-1755)

Filho da modesta e pobre família do alfaiate Majela, Geraldo nasceu no dia 6 de abril de 1725, numa pequena cidade chamada Muro Lucano, no sul da Itália. De constituição física muito frágil, cresceu sempre adoentado, aprendendo o ofício com seu querido pai.

Aos 14 anos de idade ficou órfão de pai e, com a aprovação da mãe, Benedita, quis tornar-se um frade capuchinho. Mas foi recusado por ter pouca resistência física. Entretanto o jovem Geraldo Majela não era de desistir das coisas facilmente. Arrimo de família, foi trabalhar numa alfaiataria da cidade. Mais tarde, colocou-se a serviço do bispo de Lacedônia, conhecido pelos modos rudes e severos, suportando aquele serviço por vários anos, até a morte do bispo.

A forte vocação religiosa sempre teve de ser sufocada, porque não o aceitavam. Com 19 anos de idade, voltou para Muro Lucano, onde montou uma alfaiataria. Recebia um bom dinheiro. Dava tudo de necessário para sua mãe e suas irmãs, com o restante ajudava os pobres. Na cidade, todos sabiam que Geraldo dava o dote necessário às moças pobres que desejavam ingressar na vida religiosa e, se preciso, conseguia a vaga de noviça.

Só em 1749, quando uma missão de padres redentoristas esteve em Muro Lucano, Geraldo conseguiu ingressar na vida religiosa. Tanto importunou o superior, padre Cafaro, que este acabou cedendo, enviando-o para o convento de Deliceto, em Foggia.

Enquanto era postulante, passou por muitas tentações e aflições, mas resistiu e venceu todos os obstáculos. Professou os primeiros votos, aos 26 anos de idade, naquele convento. Surpreendeu a todos com seu excelente trabalho de apostolado, simples, humilde, obediente, de oração e penitência. Chegou a ser encarregado das obras da nova Casa de Caposele; depois, como escultor, começou a fazer crucifixos. Possuindo os dons da cura e do conselho, converteu inúmeras pessoas, sendo muito querido no convento e na cidade.

Mas, mesmo assim, viu-se envolvido num escândalo provocado por uma jovem que ele ajudara. Foi em 1754, quando Néria Caggiano, não se adaptando à vida religiosa, voltou para casa. Para explicar sua atitude, espalhou mentiras e calúnias. Para isso, escreveu uma carta ao superior, na época o próprio fundador, santo Afonso, acusando Geraldo de pecados de impureza com uma outra jovem.

Chamado para defender-se, Geraldo preferiu manter o silêncio. O castigo foi ficar sem receber a santa comunhão e sem ter contato com outras pessoas de fora do convento. Ele sofreu muito. Somente depois que a calúnia foi desmentida pela própria Néria, em uma outra carta, é que Geraldo pôde voltar a receber a Eucaristia e a trabalhar com o afinco de sempre na defesa da fé e na assistência aos pobres. O povo só o chamava de "pai dos pobres".

Mas a fama de sua santidade, curiosamente, vinha das jovens mães. É que as socorridas por ele durante as aflições do parto contavam, depois, que só tinham conseguido sobreviver graças às orações que ele rezava junto delas, tendo o filho nascido sadio.

De saúde sempre frágil, Geraldo Majela morreu no dia 16 de outubro de 1755, no Convento de Caposele, com 29 anos de idade. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres atribuídos à sua intercessão, especialmente em partos difíceis. Em 1893, ele foi beatificado, sendo declarado o padroeiro dos partos felizes. Em 1904, o papa Pio X canonizou-o, estabelecendo sua festa litúrgica no aniversário de sua morte.


São Geraldo Majela, rogai por nós!

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Santo do dia - 16 de outubro


Santa Margarida Maria Alacoque
Provada e preparada no cadinho da humilhação, começou a cultuar o Santíssimo Sacramento do Altar e diante do Coração Eucarístico começou a ter revelações divinas

Religiosa (1647-1690)

Quinta de um total de sete filhas de um tabelião da Borgonha, Margarida, ao ficar órfã de pai aos 12 anos, para poder seguir a vocação à vida religiosa, teve de vencer a oposição da mãe, que a queria casada com um honrado rapaz.

Aos 24 anos, foi acolhida no Mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial. Na festividade de são João Evangelista de 1673, a noviça Margarida Maria, recolhida em adoração diante do Santíssimo Sacramento, teve a primeira das visões particulares de Jesus, que se iriam repetir depois na primeira sexta-feira de cada mês.

Dois anos depois, Jesus manifestou-se a ela com o peito dilacerado, e, apontando com a mão o coração rodeado de luz, disse-lhe: “Eis o Coração que tanto amou os homens, não poupando nada, até exaurir-se para demonstrar seu amor. E, em reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidão”.

Confira também: Consagração ao Sagrado Coração de Jesus 

As extraordinárias visões trouxeram à irmã Margarida Maria sofrimentos e incompreensões. Jesus mesmo lhe indicou, então, o diretor espiritual na pessoa do santo sacerdote jesuíta Cláudio de la Colombière, que acolheu o pedido de Jesus para se empenhar pela instituição da Festa do Sagrado Coração.

Este culto, a despeito da feroz oposição dos círculos jansenistas, difundiu-se logo por toda a Igreja. Irmã Margarida Maria extinguiu-se docemente aos 43 anos apenas. Foi canonizada em 1920.





Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!
 

Santa Edwiges

Religiosa (1174-1243)

Nobre, Edwiges nasceu em 1174, na Bavária, Alemanha. Ainda criança, já mostrava mais apego às coisas espirituais do que às materiais, apesar de dispor de tudo o que quisesse comprar ou possuir. Em vez de divertir-se em festas da Corte, preferia manter-se recolhida para rezar.

Aos 12 anos, como era convencionado nas casas reais, foi dada em casamento a Henrique I, duque da Silésia e da Polônia. Ela obedeceu aos pais e teve com o marido sete filhos. Quando completou 20 anos, e ele 34, sentiu o chamado definitivo ao seguimento de Jesus. Conversou com o marido e decidiram manter, dentro do casamento, o voto de abstinência sexual.

Edwiges entregou-se, então, à piedade e caridade. Guardava uma pequena parte de seus ganhos para si e o resto empregava em auxílio ao próximo. Quando descobriu que muitas pessoas eram presas porque não tinham como saldar suas dívidas, passou a ir pessoalmente aos presídios para libertar tais encarcerados, pagando-lhes as dívidas com seu próprio dinheiro. Depois, ela também lhes conseguia um emprego, de modo que pudessem manter-se com dignidade.

Construiu o Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, ajudou a restaurar os outros e mandou erguer inúmeras igrejas. Desse modo, organizou uma grande rede de obras de caridade e assistência aos pobres. Além disso, visitava os hospitais constantemente, para, pessoalmente, cuidar e limpar as feridas dos mais contaminados e leprosos. Mas Edwiges tinha um especial carinho pelas viúvas e órfãos.

Veio, então, um período de sucessivas desventuras familiares. Num curto espaço de tempo, assistiu à morte, um a um, dos seus seis filhos, ficando viva apenas a filha Gertrudes. Em seguida, foi a vez do marido. Henrique I fora preso pelos inimigos num combate de guerra e, mesmo depois de libertado, acabou morrendo, vitimado por uma doença contraída na prisão.

Viúva, apesar da dura provação, Edwiges continuou a viver na virtude. Retirou-se e ingressou no convento que ela própria construíra, do qual a filha Gertrudes se tornara abadessa. Fez os votos de castidade e pobreza, a ponto de andar descalça sobre a neve quando atendia suas obras de caridade. Foi nessa época que recebeu o dom da cura, e operou muitos milagres, em cegos e outros enfermos, com o toque da mão e o sinal da cruz.

Com fama de santidade, Edwiges morreu no dia 15 de outubro de 1243, no Mosteiro de Trebnitz, Polônia. Logo passou a ser cultuada como santa, e o local de sua sepultura tornou-se centro de peregrinação para os fiéis cristãos. Em 1266, o papa Clemente IV canonizou-a oficialmente. A Igreja designou o dia 16 de outubro para a celebração da sua festa litúrgica. O culto a santa Edwiges, padroeira dos pobres e endividados, é muito expressivo ainda hoje em todo o mundo católico e um dos mais difundidos do Brasil.


Santa Edwiges, rogai por nós!



São Geraldo Majela
Redentorista (1725-1755)

Filho da modesta e pobre família do alfaiate Majela, Geraldo nasceu no dia 6 de abril de 1725, numa pequena cidade chamada Muro Lucano, no sul da Itália. De constituição física muito frágil, cresceu sempre adoentado, aprendendo o ofício com seu querido pai.

Aos 14 anos de idade ficou órfão de pai e, com a aprovação da mãe, Benedita, quis tornar-se um frade capuchinho. Mas foi recusado por ter pouca resistência física. Entretanto o jovem Geraldo Majela não era de desistir das coisas facilmente. Arrimo de família, foi trabalhar numa alfaiataria da cidade. Mais tarde, colocou-se a serviço do bispo de Lacedônia, conhecido pelos modos rudes e severos, suportando aquele serviço por vários anos, até a morte do bispo.

A forte vocação religiosa sempre teve de ser sufocada, porque não o aceitavam. Com 19 anos de idade, voltou para Muro Lucano, onde montou uma alfaiataria. Recebia um bom dinheiro. Dava tudo de necessário para sua mãe e suas irmãs, com o restante ajudava os pobres. Na cidade, todos sabiam que Geraldo dava o dote necessário às moças pobres que desejavam ingressar na vida religiosa e, se preciso, conseguia a vaga de noviça.

Só em 1749, quando uma missão de padres redentoristas esteve em Muro Lucano, Geraldo conseguiu ingressar na vida religiosa. Tanto importunou o superior, padre Cafaro, que este acabou cedendo, enviando-o para o convento de Deliceto, em Foggia.

Enquanto era postulante, passou por muitas tentações e aflições, mas resistiu e venceu todos os obstáculos. Professou os primeiros votos, aos 26 anos de idade, naquele convento. Surpreendeu a todos com seu excelente trabalho de apostolado, simples, humilde, obediente, de oração e penitência. Chegou a ser encarregado das obras da nova Casa de Caposele; depois, como escultor, começou a fazer crucifixos. Possuindo os dons da cura e do conselho, converteu inúmeras pessoas, sendo muito querido no convento e na cidade.

Mas, mesmo assim, viu-se envolvido num escândalo provocado por uma jovem que ele ajudara. Foi em 1754, quando Néria Caggiano, não se adaptando à vida religiosa, voltou para casa. Para explicar sua atitude, espalhou mentiras e calúnias. Para isso, escreveu uma carta ao superior, na época o próprio fundador, santo Afonso, acusando Geraldo de pecados de impureza com uma outra jovem.

Chamado para defender-se, Geraldo preferiu manter o silêncio. O castigo foi ficar sem receber a santa comunhão e sem ter contato com outras pessoas de fora do convento. Ele sofreu muito. Somente depois que a calúnia foi desmentida pela própria Néria, em uma outra carta, é que Geraldo pôde voltar a receber a Eucaristia e a trabalhar com o afinco de sempre na defesa da fé e na assistência aos pobres. O povo só o chamava de "pai dos pobres".

Mas a fama de sua santidade, curiosamente, vinha das jovens mães. É que as socorridas por ele durante as aflições do parto contavam, depois, que só tinham conseguido sobreviver graças às orações que ele rezava junto delas, tendo o filho nascido sadio.

De saúde sempre frágil, Geraldo Majela morreu no dia 16 de outubro de 1755, no Convento de Caposele, com 29 anos de idade. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres atribuídos à sua intercessão, especialmente em partos difíceis. Em 1893, ele foi beatificado, sendo declarado o padroeiro dos partos felizes. Em 1904, o papa Pio X canonizou-o, estabelecendo sua festa litúrgica no aniversário de sua morte.


São Geraldo Majela, rogai por nós!


quinta-feira, 1 de junho de 2017

Quereis conhecer a vida do Coração de Jesus?

Uma bela reflexão de São Pedro Julião Eymard, “o maior herói e campeão de Cristo presente nos Tabernáculos”


A devoção ao Coração de Jesus tem um duplo objetivo. Principalmente, honrar, pela adoração e o culto público, o Coração de carne de Jesus Cristo, e, depois, o amor infinito de que este coração se abrasou por nós desde a sua criação, e que ainda O consome no Sacramento de nossos altares.

Tudo o que pertence à pessoa do Filho de Deus é infinitamente digno de veneração. A menor parcela de seu Corpo, uma gotazinha de seu Sangue, merece as adorações do Céu e da Terra. Até mesmo as coisas desprezíveis em si mesmas se tornam veneráveis ao mero contato com sua Carne, tais como a cruz, os cravos, os espinhos, a esponja, a lança e todos os instrumentos de seu suplício.

Quanto não se deve, pois, venerar seu Coração, cuja excelência se baseia na sublimidade das funções que exerce, na perfeição dos sentimentos que produz e das ações que inspira!

Poucas pessoas meditam nas virtudes, na vida, no estado de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Quantas O consideram como uma estátua, e pensam que Ele aí está somente para nos perdoar e receber as nossas súplicas. É um erro. Nosso Senhor aí vive e opera. Contemplai-O, estudai-O, imitai-O!

Podemos dirigir ao Divino Coração de Jesus as orações, homenagens e adorações que oferecemos ao próprio Deus. Ah! Quanto se enganam os que, ouvindo estas palavras: “Ó Coração de Jesus”, dirigem todos os seus pensamentos ao órgão material, considerando esse Coração um membro sem vida e sem amor, tratando-O apenas como relíquia santa.

Enganam-se ainda os que pensam que esta devoção divide Jesus Cristo, e, assim, restringem ao seu Coração um culto que deve ser prestado à sua Pessoa toda. Não se convencem de que não excluímos as outras partes do composto divino do Homem-Deus, quando honramos o Coração de Jesus, porquanto, venerando-Lhe o Coração, queremos celebrar todos os atos, a vida total de Jesus Cristo, que é a manifestação exterior de seu Coração.

Ao Coração de Jesus, vivo no Santíssimo Sacramento, honra, louvor, adoração e realeza por todos os séculos dos séculos! (cf. Ap 5,12-13).

Cerquemos portanto a Eucaristia de nossas adorações, de nosso amor. Assim como se formam no sol e dele se irradiam os raios ardentes que fertilizam a terra e conservam a vida, do mesmo modo é do coração que emanam as doces e fortes influências que comunicam o calor vital e o vigor a todos os membros do corpo.

Se o corpo enfraquece, o corpo todo definha; se o coração sofre, os membros sofrem também, os órgãos não funcionam regularmente e o organismo todo se abala.




A função do Coração de Jesus foi vivificar, fortificar, sustentar todos os seus membros, órgãos e sentidos, por influências contínuas, como o princípio das ações, dos afetos, das virtudes e de toda a sua vida do Verbo Encarnado. É que o coração, no dizer dos filósofos, é o foco do amor, e visto que foi o amor o móvel da vida de Jesus, é ao seu Coração que devemos referir todos os seus mistérios e todas as suas virtudes.

Assim como os olhos veem e os ouvidos ouvem, o coração ama. É o órgão da alma na produção dos afetos e do amor, tanto que, na linguagem vulgar, confundem-se estas duas expressões, designando-se o coração para exprimir o amor e este para significar aquele.
Quereis conhecer a vida do Coração de Jesus? Ela se divide entre o Pai Celeste e nós.

Protege-nos, e, enquanto encerrado numa Hóstia frágil, o Salvador parece dormir o sono da impotência, o seu Coração vela. “Ego dormio et cor meum vigilat” (Ct 5,2).

Vela quando pensamos n’Ele e quando não pensamos. Não tem repouso; dirige constantemente ao Pai clamores de perdão em nosso favor. Jesus nos encobre com o Coração e nos preserva dos golpes da cólera divina provocada por nossos incessantes pecados. Seu Coração aí está como sobre a Cruz, aberto e deixando correr sobre as nossas cabeças torrentes de graça e de amor. Aí está para nos defender dos nossos inimigos, qual mãe que, a fim de proteger o filho de um perigo, o estreita ao coração pata que ele somente seja atingido depois dela.

“E mesmo que a mãe esquecesse o filho, nos diz Jesus, jamais vos esquecerei!” (Is 49,15)
Conservai-vos, portanto, bem pequenino sobre o Coração do Divino Mestre, como a criancinha, amedrontada, se refugia no regaço materno.

 Fonte: Prof. Felipe Aquino

domingo, 16 de outubro de 2016

16 de outubro - Santo do dia


Santa Margarida Maria Alacoque
Provada e preparada no cadinho da humilhação, começou a cultuar o Santíssimo Sacramento do Altar e diante do Coração Eucarístico começou a ter revelações divinas

Religiosa (1647-1690)

Quinta de um total de sete filhas de um tabelião da Borgonha, Margarida, ao ficar órfã de pai aos 12 anos, para poder seguir a vocação à vida religiosa, teve de vencer a oposição da mãe, que a queria casada com um honrado rapaz.

Aos 24 anos, foi acolhida no Mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial. Na festividade de são João Evangelista de 1673, a noviça Margarida Maria, recolhida em adoração diante do Santíssimo Sacramento, teve a primeira das visões particulares de Jesus, que se iriam repetir depois na primeira sexta-feira de cada mês.

Dois anos depois, Jesus manifestou-se a ela com o peito dilacerado, e, apontando com a mão o coração rodeado de luz, disse-lhe: “Eis o Coração que tanto amou os homens, não poupando nada, até exaurir-se para demonstrar seu amor. E, em reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidão”.

Confira também: Consagração ao Sagrado Coração de Jesus 

As extraordinárias visões trouxeram à irmã Margarida Maria sofrimentos e incompreensões. Jesus mesmo lhe indicou, então, o diretor espiritual na pessoa do santo sacerdote jesuíta Cláudio de la Colombière, que acolheu o pedido de Jesus para se empenhar pela instituição da Festa do Sagrado Coração.

Este culto, a despeito da feroz oposição dos círculos jansenistas, difundiu-se logo por toda a Igreja. Irmã Margarida Maria extinguiu-se docemente aos 43 anos apenas. Foi canonizada em 1920.





Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!
 

Santa Edwiges

Religiosa (1174-1243)

Nobre, Edwiges nasceu em 1174, na Bavária, Alemanha. Ainda criança, já mostrava mais apego às coisas espirituais do que às materiais, apesar de dispor de tudo o que quisesse comprar ou possuir. Em vez de divertir-se em festas da Corte, preferia manter-se recolhida para rezar.

Aos 12 anos, como era convencionado nas casas reais, foi dada em casamento a Henrique I, duque da Silésia e da Polônia. Ela obedeceu aos pais e teve com o marido sete filhos. Quando completou 20 anos, e ele 34, sentiu o chamado definitivo ao seguimento de Jesus. Conversou com o marido e decidiram manter, dentro do casamento, o voto de abstinência sexual.

Edwiges entregou-se, então, à piedade e caridade. Guardava uma pequena parte de seus ganhos para si e o resto empregava em auxílio ao próximo. Quando descobriu que muitas pessoas eram presas porque não tinham como saldar suas dívidas, passou a ir pessoalmente aos presídios para libertar tais encarcerados, pagando-lhes as dívidas com seu próprio dinheiro. Depois, ela também lhes conseguia um emprego, de modo que pudessem manter-se com dignidade.

Construiu o Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, ajudou a restaurar os outros e mandou erguer inúmeras igrejas. Desse modo, organizou uma grande rede de obras de caridade e assistência aos pobres. Além disso, visitava os hospitais constantemente, para, pessoalmente, cuidar e limpar as feridas dos mais contaminados e leprosos. Mas Edwiges tinha um especial carinho pelas viúvas e órfãos.

Veio, então, um período de sucessivas desventuras familiares. Num curto espaço de tempo, assistiu à morte, um a um, dos seus seis filhos, ficando viva apenas a filha Gertrudes. Em seguida, foi a vez do marido. Henrique I fora preso pelos inimigos num combate de guerra e, mesmo depois de libertado, acabou morrendo, vitimado por uma doença contraída na prisão.

Viúva, apesar da dura provação, Edwiges continuou a viver na virtude. Retirou-se e ingressou no convento que ela própria construíra, do qual a filha Gertrudes se tornara abadessa. Fez os votos de castidade e pobreza, a ponto de andar descalça sobre a neve quando atendia suas obras de caridade. Foi nessa época que recebeu o dom da cura, e operou muitos milagres, em cegos e outros enfermos, com o toque da mão e o sinal da cruz.

Com fama de santidade, Edwiges morreu no dia 15 de outubro de 1243, no Mosteiro de Trebnitz, Polônia. Logo passou a ser cultuada como santa, e o local de sua sepultura tornou-se centro de peregrinação para os fiéis cristãos. Em 1266, o papa Clemente IV canonizou-a oficialmente. A Igreja designou o dia 16 de outubro para a celebração da sua festa litúrgica. O culto a santa Edwiges, padroeira dos pobres e endividados, é muito expressivo ainda hoje em todo o mundo católico e um dos mais difundidos do Brasil.


Santa Edwiges, rogai por nós!



São Geraldo Majela
Redentorista (1725-1755)

Filho da modesta e pobre família do alfaiate Majela, Geraldo nasceu no dia 6 de abril de 1725, numa pequena cidade chamada Muro Lucano, no sul da Itália. De constituição física muito frágil, cresceu sempre adoentado, aprendendo o ofício com seu querido pai.

Aos 14 anos de idade ficou órfão de pai e, com a aprovação da mãe, Benedita, quis tornar-se um frade capuchinho. Mas foi recusado por ter pouca resistência física. Entretanto o jovem Geraldo Majela não era de desistir das coisas facilmente. Arrimo de família, foi trabalhar numa alfaiataria da cidade. Mais tarde, colocou-se a serviço do bispo de Lacedônia, conhecido pelos modos rudes e severos, suportando aquele serviço por vários anos, até a morte do bispo.

A forte vocação religiosa sempre teve de ser sufocada, porque não o aceitavam. Com 19 anos de idade, voltou para Muro Lucano, onde montou uma alfaiataria. Recebia um bom dinheiro. Dava tudo de necessário para sua mãe e suas irmãs, com o restante ajudava os pobres. Na cidade, todos sabiam que Geraldo dava o dote necessário às moças pobres que desejavam ingressar na vida religiosa e, se preciso, conseguia a vaga de noviça.

Só em 1749, quando uma missão de padres redentoristas esteve em Muro Lucano, Geraldo conseguiu ingressar na vida religiosa. Tanto importunou o superior, padre Cafaro, que este acabou cedendo, enviando-o para o convento de Deliceto, em Foggia.

Enquanto era postulante, passou por muitas tentações e aflições, mas resistiu e venceu todos os obstáculos. Professou os primeiros votos, aos 26 anos de idade, naquele convento. Surpreendeu a todos com seu excelente trabalho de apostolado, simples, humilde, obediente, de oração e penitência. Chegou a ser encarregado das obras da nova Casa de Caposele; depois, como escultor, começou a fazer crucifixos. Possuindo os dons da cura e do conselho, converteu inúmeras pessoas, sendo muito querido no convento e na cidade.

Mas, mesmo assim, viu-se envolvido num escândalo provocado por uma jovem que ele ajudara. Foi em 1754, quando Néria Caggiano, não se adaptando à vida religiosa, voltou para casa. Para explicar sua atitude, espalhou mentiras e calúnias. Para isso, escreveu uma carta ao superior, na época o próprio fundador, santo Afonso, acusando Geraldo de pecados de impureza com uma outra jovem.

Chamado para defender-se, Geraldo preferiu manter o silêncio. O castigo foi ficar sem receber a santa comunhão e sem ter contato com outras pessoas de fora do convento. Ele sofreu muito. Somente depois que a calúnia foi desmentida pela própria Néria, em uma outra carta, é que Geraldo pôde voltar a receber a Eucaristia e a trabalhar com o afinco de sempre na defesa da fé e na assistência aos pobres. O povo só o chamava de "pai dos pobres".

Mas a fama de sua santidade, curiosamente, vinha das jovens mães. É que as socorridas por ele durante as aflições do parto contavam, depois, que só tinham conseguido sobreviver graças às orações que ele rezava junto delas, tendo o filho nascido sadio.

De saúde sempre frágil, Geraldo Majela morreu no dia 16 de outubro de 1755, no Convento de Caposele, com 29 anos de idade. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres atribuídos à sua intercessão, especialmente em partos difíceis. Em 1893, ele foi beatificado, sendo declarado o padroeiro dos partos felizes. Em 1904, o papa Pio X canonizou-o, estabelecendo sua festa litúrgica no aniversário de sua morte.


São Geraldo Majela, rogai por nós!


quinta-feira, 2 de junho de 2016

Quereis conhecer a vida do Coração de Jesus?

Uma bela reflexão de São Pedro Julião Eymard, “o maior herói e campeão de Cristo presente nos Tabernáculos”


A devoção ao Coração de Jesus tem um duplo objetivo. Principalmente, honrar, pela adoração e o culto público, o Coração de carne de Jesus Cristo, e, depois, o amor infinito de que este coração se abrasou por nós desde a sua criação, e que ainda O consome no Sacramento de nossos altares.

Tudo o que pertence à pessoa do Filho de Deus é infinitamente digno de veneração. A menor parcela de seu Corpo, uma gotazinha de seu Sangue, merece as adorações do Céu e da Terra. Até mesmo as coisas desprezíveis em si mesmas se tornam veneráveis ao mero contato com sua Carne, tais como a cruz, os cravos, os espinhos, a esponja, a lança e todos os instrumentos de seu suplício.

Quanto não se deve, pois, venerar seu Coração, cuja excelência se baseia na sublimidade das funções que exerce, na perfeição dos sentimentos que produz e das ações que inspira!

Poucas pessoas meditam nas virtudes, na vida, no estado de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Quantas O consideram como uma estátua, e pensam que Ele aí está somente para nos perdoar e receber as nossas súplicas. É um erro. Nosso Senhor aí vive e opera. Contemplai-O, estudai-O, imitai-O!

Podemos dirigir ao Divino Coração de Jesus as orações, homenagens e adorações que oferecemos ao próprio Deus. Ah! Quanto se enganam os que, ouvindo estas palavras: “Ó Coração de Jesus”, dirigem todos os seus pensamentos ao órgão material, considerando esse Coração um membro sem vida e sem amor, tratando-O apenas como relíquia santa.

Enganam-se ainda os que pensam que esta devoção divide Jesus Cristo, e, assim, restringem ao seu Coração um culto que deve ser prestado à sua Pessoa toda. Não se convencem de que não excluímos as outras partes do composto divino do Homem-Deus, quando honramos o Coração de Jesus, porquanto, venerando-Lhe o Coração, queremos celebrar todos os atos, a vida total de Jesus Cristo, que é a manifestação exterior de seu Coração.

Ao Coração de Jesus, vivo no Santíssimo Sacramento, honra, louvor, adoração e realeza por todos os séculos dos séculos! (cf. Ap 5,12-13).

Cerquemos portanto a Eucaristia de nossas adorações, de nosso amor. Assim como se formam no sol e dele se irradiam os raios ardentes que fertilizam a terra e conservam a vida, do mesmo modo é do coração que emanam as doces e fortes influências que comunicam o calor vital e o vigor a todos os membros do corpo.

Se o corpo enfraquece, o corpo todo definha; se o coração sofre, os membros sofrem também, os órgãos não funcionam regularmente e o organismo todo se abala.




A função do Coração de Jesus foi vivificar, fortificar, sustentar todos os seus membros, órgãos e sentidos, por influências contínuas, como o princípio das ações, dos afetos, das virtudes e de toda a sua vida do Verbo Encarnado. É que o coração, no dizer dos filósofos, é o foco do amor, e visto que foi o amor o móvel da vida de Jesus, é ao seu Coração que devemos referir todos os seus mistérios e todas as suas virtudes.

Assim como os olhos veem e os ouvidos ouvem, o coração ama. É o órgão da alma na produção dos afetos e do amor, tanto que, na linguagem vulgar, confundem-se estas duas expressões, designando-se o coração para exprimir o amor e este para significar aquele.
Quereis conhecer a vida do Coração de Jesus? Ela se divide entre o Pai Celeste e nós.

Protege-nos, e, enquanto encerrado numa Hóstia frágil, o Salvador parece dormir o sono da impotência, o seu Coração vela. “Ego dormio et cor meum vigilat” (Ct 5,2).

Vela quando pensamos n’Ele e quando não pensamos. Não tem repouso; dirige constantemente ao Pai clamores de perdão em nosso favor. Jesus nos encobre com o Coração e nos preserva dos golpes da cólera divina provocada por nossos incessantes pecados. Seu Coração aí está como sobre a Cruz, aberto e deixando correr sobre as nossas cabeças torrentes de graça e de amor. Aí está para nos defender dos nossos inimigos, qual mãe que, a fim de proteger o filho de um perigo, o estreita ao coração pata que ele somente seja atingido depois dela.

“E mesmo que a mãe esquecesse o filho, nos diz Jesus, jamais vos esquecerei!” (Is 49,15)
Conservai-vos, portanto, bem pequenino sobre o Coração do Divino Mestre, como a criancinha, amedrontada, se refugia no regaço materno.

 Fonte: Prof. Felipe Aquino