Santo Alexandre do Egito

Alexandre
que nasceu em 250, mereceu ocupar um lugar de destaque de primeiro
plano no elenco dos grandes vencedores da fé cristã. Homem de profunda
cultura, unida ao zelo e bondade, Alexandre foi eleito bispo em 312,
para a importante sede da Igreja em Alexandria, no Egito.
Um dos
primeiros cuidados, deste bispo de sessenta anos, foi o da formação e da
escolha dos religiosos entre homens de comprovada virtude. Deu início à
construção da igreja de são Theonas, a maior da cidade e foi um dos
protagonistas da luta contra a heresia de Ário, chamada ariana.
Ário,
que tinha sido ordenado sacerdote pelo bispo Aquiles, parece ter sido o
responsável pela indicação e divulgação do nome de Alexandre para a
nova eleição. Foi considerado um homem arrojado para a época, pois usava
todos os meios possíveis de comunicação para a divulgação de suas
idéias. Até que começou a espalhar entre os fiéis e religiosos uma
doutrina que não concebia a divindade de Cristo. Considerava apenas o
Pai como Deus, enquanto que Cristo não era divino, mas apenas um ser
humano, superior aos demais.
Este foi um árduo combate que a Igreja venceu, graças à fé inabalável de Alexandre.
Que
percebendo a péssima influência de Ário, primeiro o repreendeu como um
filho rebelde. Mas, depois, teve de usar o recurso extremo de um sínodo
de bispos, que resultou na condenação daquela doutrina. Porém, o herege
não se submeteu. Nem mesmo atendeu ao imperador Constantino, que também
interferiu na controvertida questão religiosa, antevendo conflitos entre
a população. Só então Alexandre insistiu com o papa e o imperador para a
convocação o concílio de Nicéia, ocorrido em 325.
Nessa
importante reunião o bispo Alexandre, então já muito velho e enfermo,
foi acompanhado por Atanásio, que ainda não era sacerdote. Este ainda
adolescente, foi notado e apreciado pelo bispo, que o tomou sob sua
proteção e o fez seu secretário.
Quando voltou do concílio,
Alexandre foi acolhido triunfalmente em Alexandria. Cinco meses antes de
morrer em 26 de fevereiro de 328, ele dignou como sucessor naquela sede
episcopal, o discípulo Atanásio, para acabar com a doutrina ariana. O
culto de Santo Alexandre, patriarca da Alexandria, se difundiu sendo
venerado no dia de sua morte.
Santo Alexandre do Egito, rogai por nós!
Santa Paula Montal Fornés
Na
vila de Arenys de Mar, perto de Barcelona, Espanha, nasceu Paula Montal
Fornés em 11 de outubro de 1799, que no mesmo dia recebeu o batismo.
Paula passou a infância e a juventude em sua cidade natal, trabalhando
desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida
espiritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem
Maria.
Paula Montal, durante este período, constatou, por sua
própria experiência, que as possibilidades de acesso à instrução e
educação para as mulheres eram quase nenhuma. Um dia quando estava em
profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este
dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio
inteiramente dedicado à formação e educação feminina.
Paula
Montal se transferiu para a cidade de Figueras, junto com mais três
amigas de espiritualidade Mariana, e iniciou sua obra. Em 1829, ela
abriu a primeira escola para meninas, com amplos programas educativos,
que superavam o sistema pedagógico dos meninos. Era uma escola nova.
Assim,
Paula Montal com o seu apostolado totalmente voltado à formação
feminina, se tornou a fundadora de uma família religiosa, inspirada no
lema de São José de Calazans: "piedade e letras". Sempre fiel a sua
devoção à Virgem Maria, deu o nome para a sua Congregação de Filhas de
Maria. A estas religiosas transmitiu seu ideal de: "Salvar a família,
educar as meninas no santo temor de Deus". E continuou se dedicando à
promoção da mulher e da família.
Em 1842, abriu o segundo colégio
em sua terra natal, Arenys de Mar. Nesta época, Paula Montal decidiu
seguir os regulamentos da Congregação dos Padres Escolápios, fundada por
São José de Calazans com quem se identificava espiritualmente. Um ano
após abrir sua terceira escola, Paula Montal conseguiu a autorização
canônica para, junto com suas três companheiras, se tornar religiosa
escolápia. Em 1847, a congregação passou a ser Congregação das Filhas de
Maria, Religiosas Escolápias, que ano após ano crescia e criava mais
escolas por toda a Espanha.
Paula Montal deu a prova final de
autenticidade, da coragem e da ternura do seu espírito modelado por
Deus, em 1959. Neste ano, no pequeno e pobre povoado de Olesa de
Montserrat, fundou sua última obra pessoal: um colégio ao lado do
mosteiro da Virgem de Montserrat. Alí ficou durante trinta anos
escondida, praticando seu apostolado. Morreu aos 26 de fevereiro de 1889
e foi sepultada na capela da Igreja da Matriz de Olesa Montserrat,
Barcelona, Espanha.
Solenemente foi beatificada em 1993, pelo
Papa João Paulo II que posteriormente a canonizou em Roma, no ano de
2001. A mensagem, do século XIX, de Santa Paula Montal Fornés de São
José de Calazans será sempre atual e fonte de inspiração para a formação
das gerações do terceiro milênio cristão.
Santa Paula Montal, rogai por nós!
São Porfírio de Gaza

Porfírio
teve muitos fatos prodigiosos em sua vida que começou em Tessalônica,
na Grécia, onde nasceu no ano 347. Ele já era formado nas ciências
quando, aos trinta e um anos, decidiu viver no deserto de Scete, no
Egito onde se tornou um eremita e ficou por cinco anos. Depois visitou
os lugares santos de Jerusalém e se estabeleceu às margens do rio
Jordão, por outros cinco anos. Nessa ocasião conheceu o discípulo Marcos
e se juntou à ele na evangelização. Mas a caverna onde residia era tão
insalubre que Porfírio ficou muito doente, tendo que voltar a Jerusalém.
Recebeu
então a notícia da morte dos pais, de quem tinha grande herança para
receber. Mas, ele decidiu continuar pobre e mandou que todos os bens
fossem divididos entre os pobres de sua terra natal. Depois, Porfírio
teve um desmaio em Jerusalém e, de repente, viu-se frente a frente com
Cristo crucificado, tendo ao seu lado o bom ladrão, Dimas. Jesus mandou
que este levantasse Porfírio do chão, depois desceu Ele mesmo da cruz e
deu-a ao santo, ordenando-lhe que cuidasse dela. Ao voltar do desmaio,
Porfírio estava curado. A ordem recebida na visão foi aplicada por João,
bispo de Jerusalém, que nomeou Porfírio como "guarda do santo lenho".
As
notícias sobre as graças e prodígios que aconteciam com ele se
espalharam e os sacerdotes de Gaza, após a morte do bispo, pediram que
Porfírio assumisse o posto. A sua modéstia o impedia de aceitar, mas
tantos foram os pedidos e a insistente atuação dos pagãos idólatras era
tão intensa na cidade, que ele acabou concordando. Existia em Gaza um
grande templo para adoração das divindades pagãs. Os infiéis, sabendo da
decisão de Porfírio de combatê-los, planejaram matá-lo. Entretanto, o
bispo acabou vencendo todos os inimigos pela fé.
Uma seca
violenta assolou a região e os agricultores, desesperados, faziam muitos
sacrifícios nesse templo, pedindo chuva aos deuses pagãos. Nenhuma gota
de água caía do céu. Porfírio ordenou então, um dia de jejum. Depois
comandou uma procissão de penitência à uma capela situada na periferia
da cidade. Mal terminou a procissão, a chuva começou a cair, abençoada e
insistente. A partir daí, a maioria dos pagãos passou a se converter.
Porém,
sobraram ainda alguns poucos pagãos para tramar a morte do bispo
Porfírio. Aconteceu, porem, que o imperador também passou a ficar contra
os pagãos e o bispo conseguiu autorização para derrubar o templo pagão
que estava instalado na diocese de Gaza. Ficou na cidade apenas uma
última estátua pagã, a da deusa Vênus. Certo dia, o bispo colocou-se
diante dela e a estátua desmoronou sozinha, formando dezenas de pedaços.
Era o que faltava para que mais pagãos se convertessem.
A fama
de santidade acompanhou o bispo Porfírio até sua morte, em 26 de
fevereiro 420, aos setenta e três anos de idade, quando, depois dos
vinte e cinco anos de episcopado, quase não havia pagãos na sua querida
diocese de Gaza.
A minha oração
“São Porfírio, vós que
vencestes os ídolos através da santidade, ajudai-me a destruir todos os
ídolos de minha vida e de minha família. Ensinai-me que o caminho da
santidade gera conversão dos que me rodeiam. A ti pedimos as graças do
Pai, em nome de Jesus. Amém.”
São Porfírio de Gaza, rogai por nós!