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sábado, 18 de fevereiro de 2023

Santo do Dia - 18 de fevereiro

São Flaviano

Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de Roma, dadas a sua grande inteligência e boa moral. Quando, porém, o imperador morreu e em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, este deu início à perseguição dos cristãos e, logo, Flaviano foi destituído de seu cargo.

Ele, porém, não se intimidou e passou a dedicar seus dias a confortar e estimular os cristãos. Morto Constâncio, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição, empreendendo-a ainda com mais ênfase. Flaviano que já era um sacerdote cristão se destacava muito pela prática radical do Evangelho e por sua defesa contra os hereges.

Assim, em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, que na época era capital do Império Romano, já que o mundo católico se via estremecido por agitações político-religiosas e sua atuação poderia reverter este processo. Flaviano assumiu com mão de ferro o posto, mas em seu primeiro ato oficial já pode ter uma idéia dos conflitos que viriam.

Era costume o patriarca, assim que assumia, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele enviou então um pão bento durante a missa solene, como símbolo de paz e concórdia. O primeiro-ministro mandou o pão abençoado de volta, dizendo que só aceitaria presentes em ouro e prata. Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja não pertenciam a ele, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na Terra. Tanto o imperador quanto o ministro juraram vingança, e as pressões começaram.

Flaviano enfrentou várias dissidências que depois seriam consideradas heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso significaria aceitar que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi traído pela parte do clero que defendia a tese.

Nenhuma das decisões conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as heresias de Nestório e de Eutiques.

Flaviano foi praticamente assassinado durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso Isto mesmo, maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram sua deposição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e ali mesmo torturado tão cruelmente que ele não agüentou e, logo depois, veio a falecer vítima delas, no dia 18 de fevereiro de 449.

Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde a verdade foi restabelecida. Aceitavam-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana e os contrários foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano foi reabilitada e ele declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã. O culto à São Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.



São Flaviano, rogai por nós!

São Simeão

 São Simeão bispo martirizado no século II. Simeão ou Simão, filho de Cléofas, não deve ser confundido com o apóstolo homônimo, denominado o cananeu. O santo de hoje é aquele parente de Jesus mencionado no Evangelho. Foi escolhido para suceder são Tiago Menor no bispado de Jerusalém, diocese que dirigiu durante 40 anos. Morreu de fato em 107, com 120 anos, e não de morte natural. Teve a fortuna de assistir ao cumprimento da profecia de Jesus sobre a trágica destruição de Jerusalém, no ano 70. 

Em face das primeiras escaramuças motivadas pela intervenção romana na cidade rebelde, e tendo presente a advertência do Mestre, o bispo Simeão acompanhou a comunidade cristã à Pela, retornando depois à sede episcopal devastada, numa cidade onde não ficara “pedra sobre pedra”. 


A difícil tarefa da reconstrução e consolidação do cristianismo em Jerusalém foi facilitada não só pelo cumprimento da profecia de Cristo — o que, após a destruição e dispersão, predispôs os judeus sobreviventes a refletir sobre a mensagem —, como também pela relativa paz que se seguiu à terrível punição de Roma. 


A perseguição que Nero desencadeou golpeara somente os cristãos de Roma, acusados pelo imperador de terem incendiado a cidade. O surto persecutório de Domiciano não se estendera até os limites do império.


Tal se deu sob o governo do sábio Trajano, segundo o qual a mensagem evangélica constituiria um perigo para os destinos de Roma. Entre as vítimas dessa violenta perseguição, estava o velho bispo de Jerusalém — “o irmão de Jesus”, que teve o privilégio de com ele compartilhar o suplício da cruz. 


Submetido à tortura, a fim de induzi-lo a abjurar a fé, e visto se terem revelado inúteis todos os outros tormentos, o legado consular Tibério Cláudio Ático condenou-o à crucificação, a despeito de reconhecer sua grande coragem e a serenidade com que subiu ao patíbulo.

Beato Angélico (1387-1455) — chamado beato imediatamente depois de sua morte, ocorrida em Roma, no convento dominicano de Santa Maria sobre Minerva, em razão dos maravilhosos afrescos sobre temas religiosos com que adornou o convento de São Marcos, em Florença. Sua beatificação “canônica” deu-se apenas em 1984. João — era este seu nome de batismo — nasceu em Mugelo, nas adjacências de Florença, e fez-se dominicano no convento de São Marcos.

São Simeão, rogai por nós!

São Teotônio 

Fundador da Nova Ordem dos Cônegos Regulares

 Nascido em Ganfei, Portugal, no ano de 1082, São Teotônio recebeu uma ótima formação. Primeiramente, junto a um convento beneditino de Coimbra; depois, ao ser assumido por seu tio Crescêncio, Bispo de Coimbra, ele foi correspondendo à graça de Deus em sua vida. Com a morte do tio, dirigiu-se para Viseu, onde terminou seus estudos básicos e recebeu o dom da ordenação sacerdotal.

Recusa à cargos e títulos
Na cidade de Viseu, aos 30 anos, tornou-se prior da Sé. Ofereceram-lhe funções como o cargo de Prior dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho e a Custódia do Santo Sepulcro, quando ele esteve por duas vezes em Jerusalém, na Terra Santa. Também ofereceram o bispado da Sé de Viseu, mas, com liberdade interior, ele recusou a todas.

Coragem na reforma
Ao regressar da Terra Santa para Portugal, foi um dos reformadores da regra dos Cônegos Regrantes, junto com os outros religiosos. Com mais 11 irmãos, fundou a Ordem dos Cônegos Regrantes da Santa Cruz (Mosteiro Santa Cruz). Tornou-se seu primeiro prior.

Influência no reinado português
Um homem sábio. Ele foi suporte ao jovem Afonso Henriques, durante a Independência de Portugal, e tornou-se conselheiro do então Rei, Dom Afonso I. Tinha como amigo pessoal São Bernardo de Claraval.

Renúncias com sentido
Mariano e devoto dos Santos Anjos, ele despojou-se e se retirou em contemplação e intercessão. Foi assim que, em 18 de fevereiro, esse grande santo português, em 1162, partiu para a glória. Peçamos a intercessão de São Teotônio para que possamos glorificar a Deus pela obediência, sempre voltando-nos para os mais pequeninos. Com 70 anos, renuncia ao cargo de prior, desejando passar os últimos anos de sua vida dedicados à oração e à contemplação. Morreu 10 anos depois, em 18 de fevereiro de 1862, em Coimbra. 

Canonização rápida
Apenas um ano depois de sua morte, foi canonizado; e é o primeiro santo português elevado aos altares. Ficou conhecido por ser um grande reformador da vida religiosa.

Obras no Brasil
A Ordem Religiosa se estendeu até o Brasil, sendo que, no país, há dois mosteiros Ordem dos Cônegos Regrantes da Santa Cruz: um em Guaratinguetá (SP) e outro na Diocese de Anápolis (GO).

A minha oração
“Senhor meu Deus, São Teotônio foi firme no que percebia ser a voz do céu ao seu respeito. Eu te peço Senhor, dai-me a graça de, nas minhas decisões e renúncias, ser firme em Ti, para que eu não fuja da Sua Vontade. Amém”.

São Teotônio, rogai por nós!

 

 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Santo do dia - 18 de fevereiro

São Flaviano

Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de Roma, dadas a sua grande inteligência e boa moral. Quando, porém, o imperador morreu e em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, este deu início à perseguição dos cristãos e, logo, Flaviano foi destituído de seu cargo.

Ele, porém, não se intimidou e passou a dedicar seus dias a confortar e estimular os cristãos. Morto Constâncio, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição, empreendendo-a ainda com mais ênfase. Flaviano que já era um sacerdote cristão se destacava muito pela prática radical do Evangelho e por sua defesa contra os hereges.

Assim, em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, que na época era capital do Império Romano, já que o mundo católico se via estremecido por agitações político-religiosas e sua atuação poderia reverter este processo. Flaviano assumiu com mão de ferro o posto, mas em seu primeiro ato oficial já pode ter uma idéia dos conflitos que viriam.

Era costume o patriarca, assim que assumia, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele enviou então um pão bento durante a missa solene, como símbolo de paz e concórdia. O primeiro-ministro mandou o pão abençoado de volta, dizendo que só aceitaria presentes em ouro e prata. Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja não pertenciam a ele, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na Terra. Tanto o imperador quanto o ministro juraram vingança, e as pressões começaram.

Flaviano enfrentou várias dissidências que depois seriam consideradas heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso significaria aceitar que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi traído pela parte do clero que defendia a tese.

Nenhuma das decisões conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as heresias de Nestório e de Eutiques.

Flaviano foi praticamente assassinado durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso Isto mesmo, maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram sua deposição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e ali mesmo torturado tão cruelmente que ele não agüentou e, logo depois, veio a falecer vítima delas, no dia 18 de fevereiro de 449.

Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde a verdade foi restabelecida. Aceitavam-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana e os contrários foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano foi reabilitada e ele declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã. O culto à São Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.



São Flaviano, rogai por nós!

São Simeão
 São Simeão bispo martirizado no século II. Simeão ou Simão, filho de Cléofas, não deve ser confundido com o apóstolo homônimo, denominado o cananeu. O santo de hoje é aquele parente de Jesus mencionado no Evangelho. Foi escolhido para suceder são Tiago Menor no bispado de Jerusalém, diocese que dirigiu durante 40 anos. Morreu de fato em 107, com 120 anos, e não de morte natural. Teve a fortuna de assistir ao cumprimento da profecia de Jesus sobre a trágica destruição de Jerusalém, no ano 70. 

Em face das primeiras escaramuças motivadas pela intervenção romana na cidade rebelde, e tendo presente a advertência do Mestre, o bispo Simeão acompanhou a comunidade cristã à Pela, retornando depois à sede episcopal devastada, numa cidade onde não ficara “pedra sobre pedra”. 


A difícil tarefa da reconstrução e consolidação do cristianismo em Jerusalém foi facilitada não só pelo cumprimento da profecia de Cristo — o que, após a destruição e dispersão, predispôs os judeus sobreviventes a refletir sobre a mensagem —, como também pela relativa paz que se seguiu à terrível punição de Roma. 


A perseguição que Nero desencadeou golpeara somente os cristãos de Roma, acusados pelo imperador de terem incendiado a cidade. O surto persecutório de Domiciano não se estendera até os limites do império.


Tal se deu sob o governo do sábio Trajano, segundo o qual a mensagem evangélica constituiria um perigo para os destinos de Roma. Entre as vítimas dessa violenta perseguição, estava o velho bispo de Jerusalém — “o irmão de Jesus”, que teve o privilégio de com ele compartilhar o suplício da cruz. 


Submetido à tortura, a fim de induzi-lo a abjurar a fé, e visto se terem revelado inúteis todos os outros tormentos, o legado consular Tibério Cláudio Ático condenou-o à crucificação, a despeito de reconhecer sua grande coragem e a serenidade com que subiu ao patíbulo.
beato Angélico (1387-1455) — chamado beato imediatamente depois de sua morte, ocorrida em Roma, no convento dominicano de Santa Maria sobre Minerva, em razão dos maravilhosos afrescos sobre temas religiosos com que adornou o convento de São Marcos, em Florença. Sua beatificação “canônica” deu-se apenas em 1984. João — era este seu nome de batismo — nasceu em Mugelo, nas adjacências de Florença, e fez-se dominicano no convento de São Marcos.



São Simeão, rogai por nós!

São Teotônio 

Fundador da Nova Ordem dos Cônegos Regulares

 Nascido em Ganfei, Portugal, no ano de 1082, São Teotônio recebeu uma ótima formação. Primeiramente, junto a um convento beneditino de Coimbra; depois, ao ser assumido por seu tio Crescêncio, Bispo de Coimbra, ele foi correspondendo à graça de Deus em sua vida. Com a morte do tio, dirigiu-se para Viseu, onde terminou seus estudos básicos e recebeu o dom da ordenação sacerdotal.

Homem de oração e penitência, centrado no mistério da Eucaristia, e peregrino, fez duas viagens à Terra Santa, que muito marcaram a sua história, até que os cônegos de Santo Agostinho pediram que ele ficasse ali como um dirigente, mas, em nome da obediência, ele não poderia fazê-lo, uma vez que já ocupava o cargo de prior da Sé de Viseu. No retorno, abriu mão deste serviço e se dedicou ainda mais à evangelização.

Ele já era conhecido e respeitado por muitas autoridades. Inclusive, o rei Afonso Henriques e a rainha, dona Mafalda, por motivos de guerra, acabaram retendo muitos cristãos e ele foi interceder em prol desses cristãos. Muitos foram liberados, mas o santo foi além. Como já tinha fundado, a pedido de amigos, a Nova Ordem dos Cônegos Regulares sob a luz da Santa Cruz, aos pés do Mosteiro, ele não só acolheu aqueles filhos de Deus, mas também pôde mantê-los como um verdadeiro pai. No mosteiro, ele era um pai, um prior não só por serviço e autoridade, mas um exemplo refletindo a misericórdia do mistério da cruz do Senhor, refletindo o seu amor apaixonado pelo mistério da Eucaristia.

Mariano e devoto dos Santos Anjos, ele despojou-se e se retirou em contemplação e intercessão. Foi assim que, em 18 de fevereiro, esse grande santo português, em 1162, partiu para a glória. Peçamos a intercessão de São Teotônio para que possamos glorificar a Deus pela obediência, sempre voltando-nos para os mais pequeninos.

São Teotônio, rogai por nós!

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Santo do dia - 18 de fevereiro

São Flaviano

Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de Roma, dadas a sua grande inteligência e boa moral. Quando, porém, o imperador morreu e em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, este deu início à perseguição dos cristãos e, logo, Flaviano foi destituído de seu cargo.

Ele, porém, não se intimidou e passou a dedicar seus dias a confortar e estimular os cristãos. Morto Constâncio, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição, empreendendo-a ainda com mais ênfase. Flaviano que já era um sacerdote cristão se destacava muito pela prática radical do Evangelho e por sua defesa contra os hereges.

Assim, em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, que na época era capital do Império Romano, já que o mundo católico se via estremecido por agitações político-religiosas e sua atuação poderia reverter este processo. Flaviano assumiu com mão de ferro o posto, mas em seu primeiro ato oficial já pode ter uma idéia dos conflitos que viriam.

Era costume o patriarca, assim que assumia, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele enviou então um pão bento durante a missa solene, como símbolo de paz e concórdia. O primeiro-ministro mandou o pão abençoado de volta, dizendo que só aceitaria presentes em ouro e prata. Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja não pertenciam a ele, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na Terra. Tanto o imperador quanto o ministro juraram vingança, e as pressões começaram.

Flaviano enfrentou várias dissidências que depois seriam consideradas heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso significaria aceitar que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi traído pela parte do clero que defendia a tese.

Nenhuma das decisões conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as heresias de Nestório e de Eutiques.

Flaviano foi praticamente assassinado durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso Isto mesmo, maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram sua deposição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e ali mesmo torturado tão cruelmente que ele não agüentou e, logo depois, veio a falecer vítima delas, no dia 18 de fevereiro de 449.

Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde a verdade foi restabelecida. Aceitavam-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana e os contrários foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano foi reabilitada e ele declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã. O culto à São Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.



São Flaviano, rogai por nós!

São Simeão
 São Simeão bispo martirizado no século II. Simeão ou Simão, filho de Cléofas, não deve ser confundido com o apóstolo homônimo, denominado o cananeu. O santo de hoje é aquele parente de Jesus mencionado no Evangelho. Foi escolhido para suceder são Tiago Menor no bispado de Jerusalém, diocese que dirigiu durante 40 anos. Morreu de fato em 107, com 120 anos, e não de morte natural. Teve a fortuna de assistir ao cumprimento da profecia de Jesus sobre a trágica destruição de Jerusalém, no ano 70. 

Em face das primeiras escaramuças motivadas pela intervenção romana na cidade rebelde, e tendo presente a advertência do Mestre, o bispo Simeão acompanhou a comunidade cristã à Pela, retornando depois à sede episcopal devastada, numa cidade onde não ficara “pedra sobre pedra”. 


A difícil tarefa da reconstrução e consolidação do cristianismo em Jerusalém foi facilitada não só pelo cumprimento da profecia de Cristo — o que, após a destruição e dispersão, predispôs os judeus sobreviventes a refletir sobre a mensagem —, como também pela relativa paz que se seguiu à terrível punição de Roma. 


A perseguição que Nero desencadeou golpeara somente os cristãos de Roma, acusados pelo imperador de terem incendiado a cidade. O surto persecutório de Domiciano não se estendera até os limites do império.


Tal se deu sob o governo do sábio Trajano, segundo o qual a mensagem evangélica constituiria um perigo para os destinos de Roma. Entre as vítimas dessa violenta perseguição, estava o velho bispo de Jerusalém — “o irmão de Jesus”, que teve o privilégio de com ele compartilhar o suplício da cruz. 


Submetido à tortura, a fim de induzi-lo a abjurar a fé, e visto se terem revelado inúteis todos os outros tormentos, o legado consular Tibério Cláudio Ático condenou-o à crucificação, a despeito de reconhecer sua grande coragem e a serenidade com que subiu ao patíbulo.
beato Angélico (1387-1455) — chamado beato imediatamente depois de sua morte, ocorrida em Roma, no convento dominicano de Santa Maria sobre Minerva, em razão dos maravilhosos afrescos sobre temas religiosos com que adornou o convento de São Marcos, em Florença. Sua beatificação “canônica” deu-se apenas em 1984. João — era este seu nome de batismo — nasceu em Mugelo, nas adjacências de Florença, e fez-se dominicano no convento de São Marcos.



São Simeão, rogai por nós!

São Teotônio 

Fundador da Nova Ordem dos Cônegos Regulares

 Nascido em Ganfei, Portugal, no ano de 1082, São Teotônio recebeu uma ótima formação. Primeiramente, junto a um convento beneditino de Coimbra; depois, ao ser assumido por seu tio Crescêncio, Bispo de Coimbra, ele foi correspondendo à graça de Deus em sua vida. Com a morte do tio, dirigiu-se para Viseu, onde terminou seus estudos básicos e recebeu o dom da ordenação sacerdotal.

Homem de oração e penitência, centrado no mistério da Eucaristia, e peregrino, fez duas viagens à Terra Santa, que muito marcaram a sua história, até que os cônegos de Santo Agostinho pediram que ele ficasse ali como um dirigente, mas, em nome da obediência, ele não poderia fazê-lo, uma vez que já ocupava o cargo de prior da Sé de Viseu. No retorno, abriu mão deste serviço e se dedicou ainda mais à evangelização.

Ele já era conhecido e respeitado por muitas autoridades. Inclusive, o rei Afonso Henriques e a rainha, dona Mafalda, por motivos de guerra, acabaram retendo muitos cristãos e ele foi interceder em prol desses cristãos. Muitos foram liberados, mas o santo foi além. Como já tinha fundado, a pedido de amigos, a Nova Ordem dos Cônegos Regulares sob a luz da Santa Cruz, aos pés do Mosteiro, ele não só acolheu aqueles filhos de Deus, mas também pôde mantê-los como um verdadeiro pai. No mosteiro, ele era um pai, um prior não só por serviço e autoridade, mas um exemplo refletindo a misericórdia do mistério da cruz do Senhor, refletindo o seu amor apaixonado pelo mistério da Eucaristia.

Mariano e devoto dos Santos Anjos, ele despojou-se e se retirou em contemplação e intercessão. Foi assim que, em 18 de fevereiro, esse grande santo português, em 1162, partiu para a glória. Peçamos a intercessão de São Teotônio para que possamos glorificar a Deus pela obediência, sempre voltando-nos para os mais pequeninos.

São Teotônio, rogai por nós!

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Santo do dia - 18 de fevereiro

São Flaviano

Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de Roma, dadas a sua grande inteligência e boa moral. Quando, porém, o imperador morreu e em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, este deu início à perseguição dos cristãos e, logo, Flaviano foi destituído de seu cargo.

Ele, porém, não se intimidou e passou a dedicar seus dias a confortar e estimular os cristãos. Morto Constâncio, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição, empreendendo-a ainda com mais ênfase. Flaviano que já era um sacerdote cristão se destacava muito pela prática radical do Evangelho e por sua defesa contra os hereges.

Assim, em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, que na época era capital do Império Romano, já que o mundo católico se via estremecido por agitações político-religiosas e sua atuação poderia reverter este processo. Flaviano assumiu com mão de ferro o posto, mas em seu primeiro ato oficial já pode ter uma idéia dos conflitos que viriam.

Era costume o patriarca, assim que assumia, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele enviou então um pão bento durante a missa solene, como símbolo de paz e concórdia. O primeiro-ministro mandou o pão abençoado de volta, dizendo que só aceitaria presentes em ouro e prata. Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja não pertenciam a ele, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na Terra. Tanto o imperador quanto o ministro juraram vingança, e as pressões começaram.

Flaviano enfrentou várias dissidências que depois seriam consideradas heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso significaria aceitar que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi traído pela parte do clero que defendia a tese.

Nenhuma das decisões conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as heresias de Nestório e de Eutiques.

Flaviano foi praticamente assassinado durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso Isto mesmo, maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram sua deposição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e ali mesmo torturado tão cruelmente que ele não agüentou e, logo depois, veio a falecer vítima delas, no dia 18 de fevereiro de 449.

Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde a verdade foi restabelecida. Aceitavam-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana e os contrários foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano foi reabilitada e ele declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã. O culto à São Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.



São Flaviano, rogai por nós!

São Simeão
 São Simeão bispo martirizado no século II. Simeão ou Simão, filho de Cléofas, não deve ser confundido com o apóstolo homônimo, denominado o cananeu. O santo de hoje é aquele parente de Jesus mencionado no Evangelho. Foi escolhido para suceder são Tiago Menor no bispado de Jerusalém, diocese que dirigiu durante 40 anos. Morreu de fato em 107, com 120 anos, e não de morte natural. Teve a fortuna de assistir ao cumprimento da profecia de Jesus sobre a trágica destruição de Jerusalém, no ano 70. 

Em face das primeiras escaramuças motivadas pela intervenção romana na cidade rebelde, e tendo presente a advertência do Mestre, o bispo Simeão acompanhou a comunidade cristã à Pela, retornando depois à sede episcopal devastada, numa cidade onde não ficara “pedra sobre pedra”. 


A difícil tarefa da reconstrução e consolidação do cristianismo em Jerusalém foi facilitada não só pelo cumprimento da profecia de Cristo — o que, após a destruição e dispersão, predispôs os judeus sobreviventes a refletir sobre a mensagem —, como também pela relativa paz que se seguiu à terrível punição de Roma. 


A perseguição que Nero desencadeou golpeara somente os cristãos de Roma, acusados pelo imperador de terem incendiado a cidade. O surto persecutório de Domiciano não se estendera até os limites do império.


Tal se deu sob o governo do sábio Trajano, segundo o qual a mensagem evangélica constituiria um perigo para os destinos de Roma. Entre as vítimas dessa violenta perseguição, estava o velho bispo de Jerusalém — “o irmão de Jesus”, que teve o privilégio de com ele compartilhar o suplício da cruz. 


Submetido à tortura, a fim de induzi-lo a abjurar a fé, e visto se terem revelado inúteis todos os outros tormentos, o legado consular Tibério Cláudio Ático condenou-o à crucificação, a despeito de reconhecer sua grande coragem e a serenidade com que subiu ao patíbulo.
beato Angélico (1387-1455) — chamado beato imediatamente depois de sua morte, ocorrida em Roma, no convento dominicano de Santa Maria sobre Minerva, em razão dos maravilhosos afrescos sobre temas religiosos com que adornou o convento de São Marcos, em Florença. Sua beatificação “canônica” deu-se apenas em 1984. João — era este seu nome de batismo — nasceu em Mugelo, nas adjacências de Florença, e fez-se dominicano no convento de São Marcos.



São Simeão, rogai por nós!

São Teotônio 

Fundador da Nova Ordem dos Cônegos Regulares

 Nascido em Ganfei, Portugal, no ano de 1082, São Teotônio recebeu uma ótima formação. Primeiramente, junto a um convento beneditino de Coimbra; depois, ao ser assumido por seu tio Crescêncio, Bispo de Coimbra, ele foi correspondendo à graça de Deus em sua vida. Com a morte do tio, dirigiu-se para Viseu, onde terminou seus estudos básicos e recebeu o dom da ordenação sacerdotal.

Homem de oração e penitência, centrado no mistério da Eucaristia, e peregrino, fez duas viagens à Terra Santa, que muito marcaram a sua história, até que os cônegos de Santo Agostinho pediram que ele ficasse ali como um dirigente, mas, em nome da obediência, ele não poderia fazê-lo, uma vez que já ocupava o cargo de prior da Sé de Viseu. No retorno, abriu mão deste serviço e se dedicou ainda mais à evangelização.

Ele já era conhecido e respeitado por muitas autoridades. Inclusive, o rei Afonso Henriques e a rainha, dona Mafalda, por motivos de guerra, acabaram retendo muitos cristãos e ele foi interceder em prol desses cristãos. Muitos foram liberados, mas o santo foi além. Como já tinha fundado, a pedido de amigos, a Nova Ordem dos Cônegos Regulares sob a luz da Santa Cruz, aos pés do Mosteiro, ele não só acolheu aqueles filhos de Deus, mas também pôde mantê-los como um verdadeiro pai. No mosteiro, ele era um pai, um prior não só por serviço e autoridade, mas um exemplo refletindo a misericórdia do mistério da cruz do Senhor, refletindo o seu amor apaixonado pelo mistério da Eucaristia.

Mariano e devoto dos Santos Anjos, ele despojou-se e se retirou em contemplação e intercessão. Foi assim que, em 18 de fevereiro, esse grande santo português, em 1162, partiu para a glória. Peçamos a intercessão de São Teotônio para que possamos glorificar a Deus pela obediência, sempre voltando-nos para os mais pequeninos.

São Teotônio, rogai por nós!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Santo do dia - 18 de fevereiro

São Flaviano

Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de Roma, dadas a sua grande inteligência e boa moral. Quando, porém, o imperador morreu e em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, este deu início à perseguição dos cristãos e, logo, Flaviano foi destituído de seu cargo.

Ele, porém, não se intimidou e passou a dedicar seus dias a confortar e estimular os cristãos. Morto Constâncio, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição, empreendendo-a ainda com mais ênfase. Flaviano que já era um sacerdote cristão se destacava muito pela prática radical do Evangelho e por sua defesa contra os hereges.

Assim, em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, que na época era capital do Império Romano, já que o mundo católico se via estremecido por agitações político-religiosas e sua atuação poderia reverter este processo. Flaviano assumiu com mão de ferro o posto, mas em seu primeiro ato oficial já pode ter uma idéia dos conflitos que viriam.

Era costume o patriarca, assim que assumia, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele enviou então um pão bento durante a missa solene, como símbolo de paz e concórdia. O primeiro-ministro mandou o pão abençoado de volta, dizendo que só aceitaria presentes em ouro e prata. Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja não pertenciam a ele, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na Terra. Tanto o imperador quanto o ministro juraram vingança, e as pressões começaram.

Flaviano enfrentou várias dissidências que depois seriam consideradas heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso significaria aceitar que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi traído pela parte do clero que defendia a tese.

Nenhuma das decisões conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as heresias de Nestório e de Eutiques.

Flaviano foi praticamente assassinado durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso Isto mesmo, maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram sua deposição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e ali mesmo torturado tão cruelmente que ele não agüentou e, logo depois, veio a falecer vítima delas, no dia 18 de fevereiro de 449.

Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde a verdade foi restabelecida. Aceitavam-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana e os contrários foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano foi reabilitada e ele declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã. O culto à São Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.



São Flaviano, rogai por nós!

São Simeão
 São Simeão bispo martirizado no século II. Simeão ou Simão, filho de Cléofas, não deve ser confundido com o apóstolo homônimo, denominado o cananeu. O santo de hoje é aquele parente de Jesus mencionado no Evangelho. Foi escolhido para suceder são Tiago Menor no bispado de Jerusalém, diocese que dirigiu durante 40 anos. Morreu de fato em 107, com 120 anos, e não de morte natural. Teve a fortuna de assistir ao cumprimento da profecia de Jesus sobre a trágica destruição de Jerusalém, no ano 70. 

Em face das primeiras escaramuças motivadas pela intervenção romana na cidade rebelde, e tendo presente a advertência do Mestre, o bispo Simeão acompanhou a comunidade cristã à Pela, retornando depois à sede episcopal devastada, numa cidade onde não ficara “pedra sobre pedra”. 


A difícil tarefa da reconstrução e consolidação do cristianismo em Jerusalém foi facilitada não só pelo cumprimento da profecia de Cristo — o que, após a destruição e dispersão, predispôs os judeus sobreviventes a refletir sobre a mensagem —, como também pela relativa paz que se seguiu à terrível punição de Roma. 


A perseguição que Nero desencadeou golpeara somente os cristãos de Roma, acusados pelo imperador de terem incendiado a cidade. O surto persecutório de Domiciano não se estendera até os limites do império.


Tal se deu sob o governo do sábio Trajano, segundo o qual a mensagem evangélica constituiria um perigo para os destinos de Roma. Entre as vítimas dessa violenta perseguição, estava o velho bispo de Jerusalém — “o irmão de Jesus”, que teve o privilégio de com ele compartilhar o suplício da cruz. 


Submetido à tortura, a fim de induzi-lo a abjurar a fé, e visto se terem revelado inúteis todos os outros tormentos, o legado consular Tibério Cláudio Ático condenou-o à crucificação, a despeito de reconhecer sua grande coragem e a serenidade com que subiu ao patíbulo.
beato Angélico (1387-1455) — chamado beato imediatamente depois de sua morte, ocorrida em Roma, no convento dominicano de Santa Maria sobre Minerva, em razão dos maravilhosos afrescos sobre temas religiosos com que adornou o convento de São Marcos, em Florença. Sua beatificação “canônica” deu-se apenas em 1984. João — era este seu nome de batismo — nasceu em Mugelo, nas adjacências de Florença, e fez-se dominicano no convento de São Marcos.



São Simeão, rogai por nós!

São Teotônio 

Fundador da Nova Ordem dos Cônegos Regulares

 Nascido em Ganfei, Portugal, no ano de 1082, São Teotônio recebeu uma ótima formação. Primeiramente, junto a um convento beneditino de Coimbra; depois, ao ser assumido por seu tio Crescêncio, Bispo de Coimbra, ele foi correspondendo à graça de Deus em sua vida. Com a morte do tio, dirigiu-se para Viseu, onde terminou seus estudos básicos e recebeu o dom da ordenação sacerdotal.

Homem de oração e penitência, centrado no mistério da Eucaristia, e peregrino, fez duas viagens à Terra Santa, que muito marcaram a sua história, até que os cônegos de Santo Agostinho pediram que ele ficasse ali como um dirigente, mas, em nome da obediência, ele não poderia fazê-lo, uma vez que já ocupava o cargo de prior da Sé de Viseu. No retorno, abriu mão deste serviço e se dedicou ainda mais à evangelização.

Ele já era conhecido e respeitado por muitas autoridades. Inclusive, o rei Afonso Henriques e a rainha, dona Mafalda, por motivos de guerra, acabaram retendo muitos cristãos e ele foi interceder em prol desses cristãos. Muitos foram liberados, mas o santo foi além. Como já tinha fundado, a pedido de amigos, a Nova Ordem dos Cônegos Regulares sob a luz da Santa Cruz, aos pés do Mosteiro, ele não só acolheu aqueles filhos de Deus, mas também pôde mantê-los como um verdadeiro pai. No mosteiro, ele era um pai, um prior não só por serviço e autoridade, mas um exemplo refletindo a misericórdia do mistério da cruz do Senhor, refletindo o seu amor apaixonado pelo mistério da Eucaristia.

Mariano e devoto dos Santos Anjos, ele despojou-se e se retirou em contemplação e intercessão. Foi assim que, em 18 de fevereiro, esse grande santo português, em 1162, partiu para a glória. Peçamos a intercessão de São Teotônio para que possamos glorificar a Deus pela obediência, sempre voltando-nos para os mais pequeninos.

São Teotônio, rogai por nós!

 


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Santo do dia - 18 de fevereiro

São Flaviano

Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de Roma, dadas a sua grande inteligência e boa moral. Quando, porém, o imperador morreu e em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, este deu início à perseguição dos cristãos e, logo, Flaviano foi destituído de seu cargo.

Ele, porém, não se intimidou e passou a dedicar seus dias a confortar e estimular os cristãos. Morto Constâncio, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição, empreendendo-a ainda com mais ênfase. Flaviano que já era um sacerdote cristão se destacava muito pela prática radical do Evangelho e por sua defesa contra os hereges.

Assim, em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, que na época era capital do Império Romano, já que o mundo católico se via estremecido por agitações político-religiosas e sua atuação poderia reverter este processo. Flaviano assumiu com mão de ferro o posto, mas em seu primeiro ato oficial já pode ter uma idéia dos conflitos que viriam.

Era costume o patriarca, assim que assumia, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele enviou então um pão bento durante a missa solene, como símbolo de paz e concórdia. O primeiro-ministro mandou o pão abençoado de volta, dizendo que só aceitaria presentes em ouro e prata. Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja não pertenciam a ele, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na Terra. Tanto o imperador quanto o ministro juraram vingança, e as pressões começaram.

Flaviano enfrentou várias dissidências que depois seriam consideradas heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso significaria aceitar que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi traído pela parte do clero que defendia a tese.

Nenhuma das decisões conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as heresias de Nestório e de Eutiques.

Flaviano foi praticamente assassinado durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso Isto mesmo, maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram sua deposição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e ali mesmo torturado tão cruelmente que ele não agüentou e, logo depois, veio a falecer vítima delas, no dia 18 de fevereiro de 449.

Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde a verdade foi restabelecida. Aceitavam-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana e os contrários foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano foi reabilitada e ele declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã. O culto à São Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.



São Flaviano, rogai por nós!

São Simeão
 São Simeão bispo martirizado no século II. Simeão ou Simão, filho de Cléofas, não deve ser confundido com o apóstolo homônimo, denominado o cananeu. O santo de hoje é aquele parente de Jesus mencionado no Evangelho. Foi escolhido para suceder são Tiago Menor no bispado de Jerusalém, diocese que dirigiu durante 40 anos. Morreu de fato em 107, com 120 anos, e não de morte natural. Teve a fortuna de assistir ao cumprimento da profecia de Jesus sobre a trágica destruição de Jerusalém, no ano 70. 

Em face das primeiras escaramuças motivadas pela intervenção romana na cidade rebelde, e tendo presente a advertência do Mestre, o bispo Simeão acompanhou a comunidade cristã à Pela, retornando depois à sede episcopal devastada, numa cidade onde não ficara “pedra sobre pedra”. 


A difícil tarefa da reconstrução e consolidação do cristianismo em Jerusalém foi facilitada não só pelo cumprimento da profecia de Cristo — o que, após a destruição e dispersão, predispôs os judeus sobreviventes a refletir sobre a mensagem —, como também pela relativa paz que se seguiu à terrível punição de Roma. 


A perseguição que Nero desencadeou golpeara somente os cristãos de Roma, acusados pelo imperador de terem incendiado a cidade. O surto persecutório de Domiciano não se estendera até os limites do império.


Tal se deu sob o governo do sábio Trajano, segundo o qual a mensagem evangélica constituiria um perigo para os destinos de Roma. Entre as vítimas dessa violenta perseguição, estava o velho bispo de Jerusalém — “o irmão de Jesus”, que teve o privilégio de com ele compartilhar o suplício da cruz. 


Submetido à tortura, a fim de induzi-lo a abjurar a fé, e visto se terem revelado inúteis todos os outros tormentos, o legado consular Tibério Cláudio Ático condenou-o à crucificação, a despeito de reconhecer sua grande coragem e a serenidade com que subiu ao patíbulo.
beato Angélico (1387-1455) — chamado beato imediatamente depois de sua morte, ocorrida em Roma, no convento dominicano de Santa Maria sobre Minerva, em razão dos maravilhosos afrescos sobre temas religiosos com que adornou o convento de São Marcos, em Florença. Sua beatificação “canônica” deu-se apenas em 1984. João — era este seu nome de batismo — nasceu em Mugelo, nas adjacências de Florença, e fez-se dominicano no convento de São Marcos.



São Simeão, rogai por nós!

São Teotônio 

Nascido em Ganfei, Portugal, no ano de 1082, São Teotônio recebeu uma ótima formação. Primeiramente, junto a um convento beneditino de Coimbra; depois, ao ser assumido por seu tio Crescêncio, Bispo de Coimbra, ele foi correspondendo à graça de Deus em sua vida. Com a morte do tio, dirigiu-se para Viseu, onde terminou seus estudos básicos e recebeu o dom da ordenação sacerdotal.

Homem de oração e penitência, centrado no mistério da Eucaristia, e peregrino, fez duas viagens à Terra Santa, que muito marcaram a sua história, até que os cônegos de Santo Agostinho pediram que ele ficasse ali como um dirigente, mas, em nome da obediência, ele não poderia fazê-lo, uma vez que já ocupava o cargo de prior da Sé de Viseu. No retorno, abriu mão deste serviço e se dedicou ainda mais à evangelização.

Ele já era conhecido e respeitado por muitas autoridades. Inclusive, o rei Afonso Henriques e a rainha, dona Mafalda, por motivos de guerra, acabaram retendo muitos cristãos e ele foi interceder em prol desses cristãos. Muitos foram liberados, mas o santo foi além. Como já tinha fundado, a pedido de amigos, a Nova Ordem dos Cônegos Regulares sob a luz da Santa Cruz, aos pés do Mosteiro, ele não só acolheu aqueles filhos de Deus, mas também pôde mantê-los como um verdadeiro pai. No mosteiro, ele era um pai, um prior não só por serviço e autoridade, mas um exemplo refletindo a misericórdia do mistério da cruz do Senhor, refletindo o seu amor apaixonado pelo mistério da Eucaristia.

Mariano e devoto dos Santos Anjos, ele despojou-se e se retirou em contemplação e intercessão. Foi assim que, em 18 de fevereiro, esse grande santo português, em 1162, partiu para a glória. Peçamos a intercessão de São Teotônio para que possamos glorificar a Deus pela obediência, sempre voltando-nos para os mais pequeninos.

São Teotônio, rogai por nós!

 


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Santo do dia - 28 de outubro


São Simão e São Judas Tadeu, colunas da verdade do Reino 
Celebramos na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. Os apóstolos foram colunas e fundamento da verdade do Reino.


São Simão: Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa “zeloso”. Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia. Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita.

Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos. Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.


São Judas Tadeu: Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22).

Temos uma epístola de Judas “irmão de Tiago”, que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente”. Orígenes achava esta epístola “cheia de força e de graça do céu”.

Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia. Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu. Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.

São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.

São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!




São Judas Tadeu, Padroeiro do Flamengo

domingo, 28 de outubro de 2012

Santo do dia - 28 de outubro

São Judas Tadeu
Judas, apóstolo que celebramos hoje, para não ser confundido com Judas Iscariotes, "apóstolo da perdição", o traidor de Jesus, foi chamado nos evangelhos de Judas Tadeu. O nome Judas vem de Judá e significa festejado. Tadeu quer dizer peito aberto, destemido, melhor ainda, magnânimo.

Era natural de Caná da Galiléia, na Palestina, filho de Alfeu, também chamado Cléofas, e de Maria Cléofas, ambos parentes de Jesus. O pai era irmão de são José; a mãe, prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto Judas era primo-irmão de Jesus e irmão de Tiago, chamado o Menor, também discípulo de Jesus.

Os escritos cristãos dessa época revelam mesmo esse parentesco, uma vez que Judas Tadeu seria um dos noivos do episódio que relata as bodas de Caná, por isso Jesus, Maria e os apóstolos estariam lá.

Na Bíblia, ele é citado pouco, mas de maneira importante. No evangelho de Mateus, vemos que Judas Tadeu foi escolhido por Jesus. Enquanto nas escrituras de João ele é narrado mais claramente. Na ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: "Mestre, por que razão deves manifestar-te a nós e não ao mundo?" Jesus respondeu-lhe que a verdadeira manifestação de Deus está reservada para aqueles que o amam e guardam a sua palavra. Também faz parte do Novo Testamento a pequena Carta de São Judas, a qual traz os fundamentos para perseverar no amor de Jesus e adverte contra os falsos mestres.

Após ter recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Realizou inúmeros milagres em sua caminhada pelo Evangelho. Depois, foi para a Samaria e, próximo do ano 50, tomou parte no primeiro Concílio, em Jerusalém. Em seguida, continuou a evangelizar na Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia, onde encontrou Simão, e passaram a viajar juntos.

Conta a tradição que percorreram juntos as doze províncias do Império Persa, nas quais converteram muitos pagãos. Ainda segundo essa fonte, os dois apóstolos foram torturados e mortos no mesmo dia, por pagãos perseguidores. Por isso a Igreja manteve a mesma data para as duas homenagens.

Ao certo, o que sabemos é que o apóstolo Judas Tadeu tornou-se um mártir da fé, isto é, morreu por amor a Jesus Cristo. A sua pregação e o seu testemunho eram tão intensos que os pagãos se convertiam. Os sacerdotes pagãos, furiosos, mandaram assassinar o apóstolo, a golpes de bastões, lanças e machados. Tudo teria acontecido no dia 28 de outubro de 70.

Os restos mortais, guardados primeiro no Oriente Médio e depois na França, agora são venerados em Roma, na Basílica de São Pedro. Considerado pelos cristãos o santo intercessor das causas impossíveis, foi a partir da devoção de santa Gertrudes que essa fama ganhou força no mundo católico. Ela, em sua biografia, relatou que Jesus lhe aconselhou invocar são Judas Tadeu até nos "casos mais desesperados". Depois disso, aumentou o número de devotos do seu poder de resolver as causas que parecem sem solução. Diz a tradição que não há um devoto que tenha pedido sua ajuda e não tenha sido atendido.

A festa de são Judas Tadeu é celebrada no dia 28 de outubro, tanto na Igreja ocidental como na oriental. No Brasil, é um evento que altera toda a rotina do país, pois são multidões de católicos que querem agradecer e celebrar o querido santo padroeiro nas igrejas.


São Judas Tadeu, rogai por nós! 

São Simão

Simão é, talvez, o mais desconhecido dos apóstolos. Aliás, na Bíblia mesmo, recebeu apelidos para ser diferenciado de Simão Pedro. Ele é chamado de Simão, "o cananeu", pelos apóstolos Mateus e Marcos. Alguns estudiosos cristãos entendem que este "cananeu" pode ser uma referência a Canaã, a terra de Israel.

Mas quando Lucas, no seu Evangelho, o chama de "o zelote", parece querer indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome. Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores. Como se vê, Jesus queria, mesmo, um colegiado de doze apóstolos que representassem todas as correntes políticas e religiosas da época.

Sabe-se que Simão, como todos os outros apóstolos dos primeiros tempos do cristianismo, depois do Pentecostes percorreu caminhos pregando o Evangelho sem nada levar consigo. Operou muitos milagres, curou enfermos, limpou leprosos e expulsou espíritos maus.

Conta uma antiga tradição que Simão encontrou-se com o apostolo Judas Tadeu na Pérsia e, desde então, viajaram juntos. Percorreram as doze províncias do Império Persa, deixando o conhecimento histórico e religioso como foi encontrado num antigo livro da época chamado "Atos de Simão e Judas", de autor desconhecido. Nele consta que, no dia 28 de outubro do ano 70, houve o assassinato dos dois apóstolos a mando dos sacerdotes pagãos, preocupados com a eloqüência das pregações que convertiam multidões inteiras.

Outras fontes falam da pregação de Simão também no Egito, Líbia e Mauritânia. Segundo Eusébio, idôneo e célebre historiador, Simão teria sido o sucessor de Tiago na cátedra de Jerusalém, nos anos da trágica destruição da cidade santa.

Conforme um antigo registro atribuído ao famoso historiador Egesipo, Simão teria sido martirizado no ano 107, durante o governo do imperador Trajano, com cento e vinte anos de idade.


São Simão, rogai por nós!

sábado, 25 de julho de 2009

25 de julho - Santo do dia


São Cristóvão

Cristóvão, antes do batismo, chamava-se Réprobo, porém, depois, se chamou Cristóvão, que é o mesmo que dizer aquele que carrega Cristo, pois ele carregou Cristo em seus ombros, transportando-o e guiando-o; em seu corpo, tornando-o esquálido; em sua mente, pela devoção; e em sua boca, confessando-o e pregando a sua mensagem.

Cristóvão era de linhagem Cananéia, de estatura elevada e ereta, rosto feio e aparência assustadora. Tinha doze cúbitos de comprimento, e lemos em algumas histórias que, quando estava a serviço do rei de Canaã, vivendo junto a ele, veio-lhe à mente procurar o maior príncipe existente no mundo e a ele servir e obedecer. E foi tão longe, que encontrou o legítimo grande rei, cuja fama geralmente era de que seria o maior do mundo. E quando este rei o viu, tomou-o para o seu serviço e o fez habitar em sua corte. Certa vez, um menestrel cantou perante ele uma canção na qual citava constantemente o demônio, e o rei, que era um homem cristão, ao ouvi-lo mencionar o demônio, traçou o sinal da cruz em sua fronte. E quando Cristóvão viu isso, ficou curioso em saber que sinal seria aquele e para que o rei o fizera, e lhe perguntou isso. E por que o rei não lhe queria responder, ele disse: Se não me disserdes, não mais habitarei convosco. Então o rei lhe explicou, dizendo: Sempre que ouço mencionarem o demônio, temo que ele possa ter poder sobre mim, e eu me previno contra ele com este sinal, a fim de que não me faça mal e não me perturbe. Então, Cristóvão lhe disse. Temeis que o demônio vos possa fazer mal? Então, o demônio é mais poderoso e maior do que vós. Por isso, fui enganado em minha esperança e em meu plano, pois supunha ter encontrado o maior e o mair poderoso senhor do mundo, mas eu vos recomendo a Deus, porque vou procura-lo para que seja o meu senhor, e eu, o seu servo.

Em seguida, ele se despediu daquele rei e apressou-se a ir em busca do demônio. E quando passava por um grande deserto, avistou um grande séqüito de cavalheiros, no meio dos quais se destacava um cavalheiro cruel e horrível que, aproximando-se dele, lhe perguntou qual era o seu destino, e Critóvão, respondendo, disse-lhe: ‘Estou à procura do demônio, para que seja o meu senhor’. E ele lhe respondeu: ‘Eu sou quem procuras’. Então, Cristóvão ficou contente, pediu-lhe para ser seu servo perpétuo e o tomou como seu mestre e senhor. E indo os dois juntos pelo mesmo caminho, encontraram nele uma cruz erguida. O demônio, ao avistar a cruz, logo ficou apavorado e fugiu, deixando o caminho normal, e, fazendo um grande desvio, fez Cristóvão passar por um deserto árido. Mais tarde, quando já haviam contornado a cruz, reconduziu-o ao caminho principal que haviam deixado. Quando Cristóvão perguntou porque hesitara e abandonara o caminho principal e limpo e entrara num deserto assim tão árido, o demônio não quis lhe explicar de forma alguma. Então, Cristóvão lhe disse: ‘Se não me disseres, separar-me-ei imediatamente de ti e não mais te servirei’.

Ao que o demônio se viu obrigado a lhe contar, dizendo-lhe: ‘Havia um homem chamado Cristo que foi suspenso numa cruz, e, quando vejo o seu sinal, fico apavorado e fujo dele, onde quer que o veja’. Cristóvão disse-lhe: ‘Então, ele é maior e mais poderoso que tu, já que tens medo do seu sinal, e eu, agora, por não ter encontrado o maior senhor do mundo, compreendo bem que trabalhei em vão. E eu não mais servirei a ti; segue, pois, teu caminho, pois eu vou à procura de Cristo’.

E após ter, durante muito tempo, procurado e perguntado onde poderia encontrar Cristo, finalmente, chegou a um grande deserto, até onde habitava um eremita, e este lhe falou de Jesus Cristo e o instruiu diligentemente na fé e lhe disse: ‘Este Rei a quem desejas servir pede o serviço de jejuares muitas vezes’. E Cristóvão lhe disse: ‘Pede de mim qualquer outra coisa, que eu a farei, pois o que me pedes eu não farei’. E o eremita lhe disse: ‘Então, deves vigiar e orar constantemente’. E Cristóvão lhe disse: ‘Não sei o que isto seja. Não farei tal coisa’. Então o eremita lhe disse: ‘Conheces aquele rio assim e assim, onde muitos pereceram e se perderam?’ Ao que Cristóvão respondeu: ‘Conheço-o muito bem’. Então lhe disse o eremita: ‘Como és de estatura nobre, elevada e forte em teus membros, deves morar perto daquele rio, e transportarás pelo mesmo todos quantos por ele precisarem passar, o que será algo muito agradável a Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem desejas servir, e eu espero que Ele se mostrará a ti’. Então disse Cristóvão: ‘Sem dúvida, este serviço eu posso muito bem executar, e eu prometo a ele que o farei’. Em seguida, Cristóvão foi até aquele rio e lá construiu uma morada para si e carregava nas mãos uma grande vara, à guisa de bastão, para se apoiar dentro da água, e assim transportava toda sorte de pessoas, sem parar. E lá habitou, executando esse trabalho, durante muitos dias.

E certa vez, quando dormia em sua choupana, ouviu uma voz de criança que o chamava e dizia: ‘Cristóvão, sai de dentro e vem carregar-me até a outra margem’. Então, levantou-se e saiu, porém não viu ninguém. E voltando de novo para dentro da casa, ouviu a mesma voz, correu para fora e não avistou ninguém. Pela terceira vez, foi ele chamado e, saindo, viu uma criança à beira do rio, que lhe pediu por favor que o transportasse para a outra margem. Então, Cristóvão pôs aquela criança aos ombros, apanhou o bastão e entrou no rio para atravessa-lo. E a água do rio subiu e aumentava cada vez mais; e a criança pesava como chumbo, e a cada passo que dava rumo ao centro do rio, a água aumentava e crescia cada vez mais, e a criança tornava-se mais pesada ainda, a tal ponto que Cristóvão ficou muito angustiado e temia vir a afogar-se. Por fim, conseguiu escapar daquela situação com grande esforço, fez a travessia e colocou a criança no chão, e disse a ela: ‘Menino, puseste-me num grande perigo; pesas tanto como se tivesse o mundo sobre os meus ombros: não poderia carregar um peso maior’. E o menino respondeu: ‘Cristóvão, não te espantes, pois não só carregaste o mundo inteiro em teus ombros, como também carregaste Aquele que criou e fez o mundo inteiro. Eu sou Jesus Cristo, o Rei, a quem serves neste mundo. E para que saibas que digo a verdade, põe teu bastão no chão, junto à tua casa, e amanhã verás que ele estará coberto de flores e de frutos’. E desapareceu de repente de sua vista. Então, Cristóvão colocou o bastão na terra, e, quando levantou de manhã, encontrou-o parecido com uma palmeira, carregado de flores, folhas e tâmaras.

Então, Cristóvão se dirigiu até a cidade de Lícia e não conseguia entender a linguagem de seus habitantes. Então, orou ao Senhor, para que fizesse com que pudesse entende-los, e assim fez. E enquanto estava rezando, os juízes pensavam que estivesse louco, e o deixaram lá sozinho. Então, quando Cristóvão pôde entender o que diziam, cobriu o semblante e foi até o lugar onde costumavam martirizar os cristãos, e os confortou em nome do Senhor. Então, os juízes bateram-lhe na face, e Cristóvão lhes disse: ‘Se eu não fosse cristão, eu vingaria esta ofensa’. Então Cristóvão arremessou o seu bastão no chão e pediu ao Senhor que, para converter aquelas pessoas, ele devia se cobrir de flores e de frutos. E logo assim sucedeu. E então, converteu oito mil pessoas. E o rei enviou dois cavaleiros para que o trouxessem, e o encontraram orando, e não ousaram lhe dizer isso. E logo em seguida, o rei mandou muitos outros cavalheiros e logo se puseram a rezar com ele. E quando Cristóvão se ergueu, disse a eles: ‘O que procurais?’ E ao verem o seu semblante, lhe disseram: ‘O rei nos mandou aqui, a fim de amarra-lo e conduzi-lo até ele’. E Cristóvão lhes disse: ‘Se eu quisesse, não poderíeis me levar até ele, amarrado ou solto’. E eles lhe disseram: ‘Se quiseres seguir o teu caminho, vai livre, para onde quiseres. E nós diremos ao rei que não te encontramos’. ‘Assim não será’, disse-lhes ele, ‘mas eu irei convosco’.

Então, ele os converteu à Fé, e ordenou-lhes que deviam lhe atar as mãos às costas e conduzi-lo assim amarrado à presença do rei. E quando o rei o avistou, ficou apavorado e caiu do trono. E os servos o ergueram novamente. Então, o rei perguntou pelo seu nome e pela sua pátria. E Cristóvão lhe respondeu: ‘Antes de ser batizado, eu me chamava Réprobo, e depois, eu sou Cristóvão; antes do batismo, um cananeu; agora um cristão’. Ao que disse o rei: Tens um nome tolo, isto é, o nome de Cristo crucificado, que não conseguiu livrar-se e não pode ser-te útil. Como, pois, maldizes os cananeus, por que não sacrificas aos nossos deuses?’ Cristóvão respondeu-lhe: ‘Com razão te chamas Dagnus, pois és a morte do mundo e o companheiro do demônio, e os teus deuses são obras de mãos humanas’. E o rei lhe disse: ‘Foste alimentado entre animais selvagens e por isso só podes falar uma linguagem rude e palavras desconhecidas dos homens. E agora, se quiseres sacrificar aos deuses, dar-te-ei grandes presentes e grandes honrarias, e se não quiseres, destruir-te-ei e acabarei contigo, no meio de grandes sofrimentos e torturas’. Mas, apesar de tudo isso, ele não se dispôs, de forma alguma, a sacrificar, por isso ele foi mandado para a prisão, e o rei mandou decapitar outros cavaleiros que havia mandado buscá-lo, e a quem ele convertera.

"Em seguida, o rei mandou levar para dentro da prisão de Cristóvão duas mulheres bonitas, uma das quais se chamava Nicéia e a outra Aquilina, e prometeu a elas grandes presentes caso conseguissem fazer com que Cristóvão pecasse com elas. Quando Cristóvão notou isso, prostrou-se em oração, e ao ser forçado por elas, que o abraçaram para que se resolvesse a agir, ele se ergueu e disse: ‘O que procurais? Para que fim aqui viestes?’ E elas, ficando assustadas com seu aspecto e com a expressão clara do seu semblante, disseram: ‘Ó santo de Deus, compadecei-vos de nós, a fim de que creiamos neste Deus que pregais’. E quando o rei ouviu isso, ordenou que as duas fossem retiradas de lá e trazidas à sua presença. E lhes disse: ‘Fostes enganadas. Mas conjuro-vos pelos meus deuses que, se não sacrificardes a eles, sereis imediatamente castigadas com uma morte horrível’. E elas lhe disseram: ‘Se quiserdes que sacrifiquemos, ordenai que o lugar fique livre e que todas as pessoas se reúnam no templo’. Quando isso foi feito, elas entraram no templo, tomaram os cintos e os colocaram em volta do pescoço dos deuses e os arrastaram até o chão, e os fizeram em pedaços. E disseram aos que estavam presentes: ‘Chamai os médicos e os que trabalham com sanguessugas para que curem os vossos deuses’. Então, por ordem do rei, Aquilina foi enforcada, e uma enorme pedra foi amarrada e suspensa aos seus pés, de modo que os seus membros foram quebrados de modo horrível. E quando estava morta e passou para o Senhor, sua irmã Nicéia foi atirada a uma grande fogueira, porém ela conseguiu sair ilesa, intacta. Então eles mandaram decepar-lhe a cabeça à força e assim sofreu a morte.

A seguir, Cristóvão foi trazido à presença do rei. Este ordenou que fosse torturado com varas de ferro e colocada em sua cabeça uma cruz de ferro em brasa. Em seguida, após mandar fazer um recipiente de ferro e pôr Cristóvão amarrado dentro dele, ordenou que colocassem fogo por baixo, e o enchessem de piche. Mas o recipiente se derreteu como cera, e Cristóvão saiu sem qualquer ferimento ou queimadura. E o ver isso, o rei ordenou que fosse amarrado a um poste resistente e fosse crivado de flechas por quarenta arqueiros. Contudo, nenhum daqueles arqueiros conseguiu acertá-lo, pois as flechas ficavam imóveis no ar, próximas a ele, sem toca-lo. Então o rei, imaginando que tivesse sido atravessado pelas flechas dos arqueiros, dirigiu-se até ele para ficar bem perto. E uma das flechas, virando-se repentinamente no ar, atingiu-o num dos olhos, deixando-o cego. Cristóvão disse-lhe: ‘Tirano, vou morrer amanhã. Fazei um pouco de lama misturada ao meu sangue e ungi com ela vosso olho e sereis curado’. Então, à ordem do rei, ele foi levado para que lhe cortassem a cabeça. Fez a sua oração, e a cabeça lhe foi decepada, e assim sofreu o martírio. E o rei então pegou um pouco do seu sangue e o colocou na vista, e disse: ‘Em nome de Deus e de S. Cristóvão’ e logo ficou curado. Então o rei acreditou em Deus e deu ordens para que, se qualquer pessoa culpasse a Deus ou a S. Cristóvão, deveria ser imediatamente morto à espada.

Esta é, com algumas alterações, a história de S. Cristóvão, extraída da Legenda Áurea, da forma como foi traduzida para o inglês por William Caxton, uma história conhecida em toda a cristandade, tanto no Oriente como no Ocidente. Dela surgiu a crença popular de que todo aquele que contemplasse uma imagem do santo naquele dia não sofreria mal algum: crença essa que foi responsável pela colocação de grandes estátuas e afrescos que o representavam na parte oposta à entrada das igrejas (algumas das quais ainda existem em nosso próprio país), de forma que todos os que entrassem pudessem vê-la. Ele era o santo padroeiro dos viajantes, sendo invocado contra os perigos representados pelas águas, tempestades e pragas. E, em épocas mais recentes, encontrou uma popularidade renovada como padroeiro dos motoristas.

A lenda de S. Cristóvão só assumiu a sua forma final na Idade Média: seu nome latino Christophorus (o que leva Cristo), além de ter um significado espiritual, recebeu também um significado material. A história foi enfeitada pela vitalidade da fantasia medieval. Excluindo-se o fato de ter existido, realmente, um mártir de nome Cristóvão, nada se sabe ao certo a respeito do mesmo: O Martirológio Romano diz que ele sofreu o martírio na Lícia, sob o Imperador Décio, morto por flechas e decapitado, após sair ileso das chamas.

São Cristovão, rogai por nós