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sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Bento XVI – a força da autenticidade


O papa Bento XVI durante visita ao Brasil, em 2007.| Foto: Rodolfo Buhrer/Arquivo Gazeta do Povo


Bento XVI, o papa da cultura e da racionalidade, terminou sua carreira com umas palavras carregadas de uma fé genuína e profunda: “Não me preparo para um fim, mas para um encontro”. E assim foi.

Relembro aqui sua extraordinária visita ao nosso país. O estereótipo de um papa frio e duro desabou na sua primeira aparição na sacada do Mosteiro de São Bento. Bento XVI transmitiu uma simplicidade que comoveu e cativou.

Sua mansidão, no entanto, não se confundiu com qualquer tipo de ambiguidade concessiva. Numa visita marcada pela força da palavra, o papa falou claro. Diante de multidões de milhares de fiéis, defendeu com veemência a doutrina católica. Apresentou a verdade cristã sem meias palavras. Ao contrário do que alguns imaginavam, talvez aprisionados por certas algemas ideológicas, a exigência amável do papa exerceu forte poder de atração, sobretudo no público jovem.

    O estereótipo de um papa frio e duro desabou na sua primeira aparição na sacada do Mosteiro de São Bento. Sua mansidão, no entanto, não se confundiu com qualquer tipo de ambiguidade concessiva. Numa visita marcada pela força da palavra, o papa falou claro

No encontro com milhares de jovens no Estádio do Pacaembu, o papa defendeu a pureza antes do casamento, condenou a infidelidade no matrimônio e não deixou de pedir por mais vocações sacerdotais. Ele também reafirmou que a Igreja não precisa de católicos nominais, mas de católicos capazes de seguir o exemplo de Cristo. O discurso, que durou 40 minutos, foi interrompido várias vezes pelos aplausos do público.

O papa não deixou de falar dos desafios que os jovens enfrentam no mundo moderno, marcado por “um enorme déficit de esperança”, pelo “medo de morrer” e o “medo de sobrar”. A alternativa a isso, sublinhou, é uma plena adesão, de forma convicta e rigorosa, aos mandamentos da Igreja. A resposta dos jovens, surpreendente para alguns, foi uma impressionante ovação.

No momento mais informal e descontraído de sua viagem ao Brasil, o papa encontrou-se com 2,5 mil dependentes de drogas. Emocionado, chamou-os de “prediletos de Deus” e deixou-se tocar, abraçar e beijar. Mas foi duríssimo ao se referir aos traficantes. “Deus vai lhes exigir satisfações”, disse com energia. “A dignidade humana não pode ser espezinhada dessa maneira.” E completou: “O mal provocado recebe a mesma reprovação dada por Jesus aos que escandalizavam os ‘pequeninos’, os preferidos de Deus.” O papa referia-se ao Evangelho de São Mateus (18,6), em que Jesus diz ser preferível prender uma pedra e lançar ao mar os que fizeram mal às crianças. As 7 mil pessoas presentes ao evento interromperam o discurso para o aplauso mais entusiasta do dia.
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Bento XVI manifestou clara preocupação com a formação do clero e fez um apelo aos bispos para que tenham o devido discernimento ao avaliar as vocações sacerdotais. Recomendou que se leve em consideração a “dimensão espiritual, psicoafetiva e pastoral” em jovens maduros e disponíveis ao serviço da Igreja. “Um bom e assíduo acompanhamento espiritual é indispensável para favorecer o amadurecimento humano e evita o risco de desvios no campo da sexualidade”, alertou.

No seu último discurso, profundo, racional e sereno, com que abriu a 5.ª Conferência-Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, o papa voltou a algumas de suas teses fundamentais: a importância da identidade do cristão e das sociedades que se formaram à luz de princípios evangélicos. “Quem exclui a Deus do seu horizonte distorce o conceito de realidade e só pode terminar em caminhos equivocados e em receitas destrutivas”, disse. Para ele, o grande erro das tendências dominantes no último século (e que ainda persistem) – erro destrutivo, como demonstram os resultados práticos tanto dos sistemas marxistas como dos capitalistas – foi a falsificação do conceito de realidade com a amputação da verdade criadora, e por isso decisiva, que é Deus.

Os impressionantes aplausos ao papa Bento XVI, considerado por alguns um solitário na contramão da história, não podem ser explicados por critérios sociológicos. O ímã do pontificado reside numa reiterada percepção secular: a consciência de que o papa é o único homem no qual milhões de pessoas veem um vínculo direto com Deus. O papa, além disso, galvaniza a nostalgia de Deus que floresce sobre os cacos que sobraram das tentativas de liberação do transcendente.

    O crescimento da Igreja, como bem salientou o papa, se dá “muito mais por atração”, nunca por imposição. Entre uma pessoa de fé e um fanático existe uma fronteira nítida: o apreço pela liberdade

Alguns, equivocadamente, imaginam que o influxo cristão sobre os assuntos temporais deveria não existir. Gostariam de ver o papa reduzido à liderança de uma ONG da boa vontade. Querem ver a religião reduzida ao culto, sobretudo privado. Entrincheirada no ambiente rarefeito das sacristias, estaria desprovida de qualquer possível projeção social. A história, no entanto, demonstra que o sucessor de Pedro, depositário da fé e da coerência doutrinal da Igreja, sempre será “sinal de contradição”. E os seus seguidores, embora iguais aos demais, são, ao mesmo tempo, fermento, sal, levedura.

O crescimento da Igreja, como bem salientou o papa, se dá “muito mais por atração”, nunca por imposição. Entre uma pessoa de fé e um fanático existe uma fronteira nítida: o apreço pela liberdade. O sectário assume a sua convicção com exasperada intolerância. O fanático impõe. Empenha-se em aliciar. A pessoa de fé, ao contrário, assenta serenamente em seus valores. Por isso, a sua convicção não a move a impor, mas a estimula a propor, a expor à livre aceitação dos outros as idéias que acredita dignas de ser compartilhadas.

Nos cinco dias da visita do papa, em São Paulo e Aparecida, multidões foram confirmadas na fé, cresceram em segurança, sepultaram respeitos humanos e, sobretudo, abriram um grande espaço de liberdade.

Carlos Alberto Di Franco - VOZES - Gazeta do Povo


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Santo do dia - 15 de julho

São Boaventura

O santo de hoje foi bispo e reconhecido doutor da Igreja do Cristo que chamou pescadores e camponeses para segui-lo no carisma de Francisco de Assis, mas também homens cultos e de ciência. São Boaventura era um destes homens de muita ciência, porém, de maior humildade e conhecimento de Deus, por isto registrou o que vivia.

Escreve ele: "Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspecção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça".

Boaventura nasceu no centro da Itália em 1218, e ao ficar muito doente recebeu a cura por meio de uma oração feita por São Francisco de Assis, que percebendo a graça tomou-o nos braços e disse: "Ó, boa ventura!". Entrou na Ordem Franciscana e, pela mortificação dos sentidos e muita oração, exerceu sua vocação franciscana e sacerdócio na santidade, a ponto do seu mestre qualificar-lhe assim: "Parece que o pecado original nele não achou lugar".

São Boaventura, antes de se destacar como santo bispo, já chamava - sem querer - a atenção pela sua cultura e ciência teológica, por isso, ao lado de Santo Alberto Magno e Santo Tomás de Aquino, caracterizaram o século XIII como o tempo de sínteses teológicas.

Certa vez, um frei lhe perguntou se poderia salvar-se, já que desconhecia a ciência teológica; a resposta do santo não foi outra: "Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-Lo isso basta... Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia". O Doutor Seráfico, assumiu muitas responsabilidades, como ministro geral da Ordem Franciscana, bispo, arcebispo, até que depois de tanto trabalhar, ganhou com 56 anos o repouso no céu.


São Boaventura, rogai por nós!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

26 de maio - Santo do dia

São Filipe Néri
"Contanto que os meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus na cabeça." Há maior boa vontade em colocar no caminho correto as crianças abandonadas do que nessa disposição? A frase bem-humorada é de Filipe Néri, que assim respondia quando reclamavam do barulho que seus pequenos abandonados faziam, enquanto aprendiam com ele ensinamentos religiosos e sociais.

Nascido em Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Filipe Rômolo Néri pertencia a uma família rica: o pai, Francisco, era tabelião e a mãe, Lucrécia, morreu cedo. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Filipe, na infância, surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência, virtudes que ele soube cultivar até o fim da vida. Cresceu na sua terra natal, estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar uma vocação maior, mesmo freqüentando regularmente a igreja.

Aos dezoito anos foi para São Germano, trabalhar com um tio comerciante, mas não se adaptou. Em 1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida em Roma. Nessa cidade foi estudar com os agostinianos, filosofia e teologia, diplomando-se em ambas com louvor. No tempo livre praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação ou de moral.

Filipe começou a chamar a atenção do seu confessor, que lhe pediu ajuda para fundar a Confraternidade da Santíssima Trindade, para assistir os pobres e peregrinos doentes. Três anos depois, aos trinta e seis anos de idade, ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade.

Tão grande era a sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho. A iniciativa deu tão certo que depois o grupo, de tão numeroso, passou à Congregação de Padres do Oratório, uma ordem secular sem vínculos de votos.

Filipe se preocupou somente com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Tudo o que fez no seu apostolado foi nessa direção, até mesmo utilizar sua vasta e sólida cultura para promover o estudo eclesiástico. Com seu exemplo e orientação, encaminhou e orientou vários sacerdotes que se destacaram na história da Igreja e depois foram inscritos no livro dos santos.

Mas somente quando completou setenta e cinco anos passou a dedicar-se totalmente ao ministério do confessionário e à direção espiritual. Viveu assim até morrer, no dia 26 de maio de 1595. São Filipe Néri é chamado, até hoje, de "santo da alegria e da caridade".

São Filipe Néri, rogai por nós !