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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Santo do dia - 10 de novembro

São Leão Magno

O santo de hoje mostrou-se digno de receber o título de "Magno", que significa Grande, isto porque é considerado um dos maiores Papas da história da Igreja, grande no trabalho e na santidade. São Leão Magno nasceu em Toscana (Itália) no ano de 395 e depois de entrar jovem no seminário, serviu a diocese num sacerdócio santo e prestativo.

Ao ser eleito Papa, em 440, teve que evangelizar e governar a Igreja numa época brusca do Império Romano, pois já sofria com as heresias e invasões dos povos bárbaros, com suas violentas invasões. São Leão enfrentou e condenou o veneno de várias mentiras doutrinais, porém, combateu com intenso fervor o monofisismo que defendia, mentirosamente, ter Jesus Cristo uma só natureza e não a Divina e a humana em uma só pessoa como é a verdade. O Concílio de Calcedônia foi o triunfo da doutrina e da autoridade do grande Pontífice. Os 500 Bispos que o Imperador convocara, para resolverem sobra a questão do monofisismo, limitaram-se a ler a carta papal, exclamando ao mesmo tempo: "Roma falou por meio de Leão, a causa está decidida; causa finita est".

Quanto à dimensão social, Leão foi crescendo, já que com a vitória dos desordeiros bárbaros sobre as forças do Império Romano, a última esperança era o eloquente e santo Doutor da Igreja, que conseguiu salvar da destruição, a Itália, Roma e muitas pessoas. Átila ultrapassara os Alpes e entrara na Itália. O Imperador fugia e os generais romanos escondiam-se. O Papa era a única força capaz de impedir a ruína universal. São Leão sai ao encontro do conquistador bárbaro, acampado às portas de Mântua. É certo que o bárbaro abrandou-se ao ver diante de si, em atitude de suplicante, o Pontífice dos cristãos e retrocedeu com todo o seu exército.

Dentre tantas riquezas em obras e escritos, São Leão Magno deixou-nos este grito: "Toma consciência, ó cristão da tua dignidade, já que participas da natureza Divina".

Entrou no Céu no ano de 461.


São Leão Magno, rogai por nós!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

7 de agosto - Santo do dia

São Caetano de Thiene

Caetano nasceu em Vicência, na Itália, em outubro de 1480. Filho do conde Gaspar de Thiene e de Maria do Porto, desde muito jovem mostrava grande preocupação e zelo pelos pobres, abrindo asilos para os idosos e muitos hospitais para os doentes, especialmente para os incuráveis.

Estudou em Pádua, onde se diplomou nas matérias jurídicas, aos vinte e quatro anos de idade. Dedicava-se ao estado eclesiástico, mas sem ordenar-se, por considerar-se indigno. Nesse meio tempo, fundou, na propriedade da família, em Rampazzo, uma igreja dedicada a Santa Maria Madalena, que ainda hoje é a paróquia desta localidade.

Em 1506, estava em Roma, exercendo a função de secretário particular do papa Júlio II. Na qualidade de escritor das cartas apostólicas, fez contato e conviveu com cardeais famosos, aprendendo muito com todos eles. Mas a principal virtude que Caetano cultivava era a humildade para observar muito bem antes de reprovar o mal alheio. Para melhor compreender, basta lembrar que ele viveu no período do esplendor renascentista, no qual o próprio Vaticano não primava pelo exemplo de moralidade e nem brilhava pela santidade dos costumes.

Assim sendo, como homem inteligente e preparado, não se retirou para um ermo; ao contrário, encorajou-se para uma ação reformadora, começando por si mesmo. Costumava dizer que "Cristo espera e ninguém se mexe". Participou do movimento laical Oratório do Divino Amor, que procurava estudar e praticar as Sagradas Escrituras. Só então, depois de muita reflexão, decidiu-se pela ordenação sacerdotal, em 1516.

Tinha trinta e seis anos de idade quando celebrou sua primeira missa na basílica de Santa Maria Maior. Nesta ocasião, ele mesmo relatou depois, Nossa Senhora apareceu-lhe e colocou-lhe nos braços o Menino Jesus. Foi para Veneza em 1520, onde colaborou na fundação do hospital dos incuráveis. Três anos depois, incansável, voltou para Roma, onde, na companhia dos companheiros do Oratório - Bonifácio Colli, Paulo Consiglieri e João Pedro Carafa, bispo de Chiete -, fundou a Ordem dos Teatinos Regulares, que tinha como objetivo a renovação do clero.

Quando o papa Clemente VII aprovou a congregação, Caetano renunciou a todos os seus bens para dedicar-se única e exclusivamente à vida comum. O mesmo ocorreu com o bispo Carafa, que abdicou também da sua vida episcopal. Anos mais tarde, ele veio a tornar-se o papa Paulo IV, um dos grandes reformadores da Igreja.

A nova congregação começou somente com os quatro, depois passaram para doze e esse número aumentou bastante em pouco tempo. São os primeiros clérigos regulares. Não são monges, pois são de vida ativa, porém vivendo em obediência: sob uma regra de vida comum, como religiosos, cujos membros renunciam a todos os seus bens terrenos, devendo viver de seu trabalho apostólico e de ofertas espontâneas dadas pelos fiéis, contando, apenas, com a Providência divina. Carafa foi o primeiro superior geral, embora a idéia da fundação fosse de Caetano de Thiene, que, na sua humildade, sempre se manteve de lado.

Caetano morreu de fadiga, após uma vida de muito trabalho e sofrimento, aos sessenta e seis anos de idade, em Nápoles, no dia 7 de agosto de 1547. Foi canonizado em 1671. O seu corpo é venerado no dia de sua morte, na belíssima basílica de São Paulo Maior, mas que é chamada por todos os fieis e peregrinos de basílica de São Caetano, localizada na praça principal da cidade.

São Caetano de Thiene, rogai por nós

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

As tipologias de Santidade

As tipologias da santidade segundo o lecionário dos santos.

Para suprirmos a exposição insuficiente ao se apresentar a mensagem dos santos, sem uma referência precisa às leituras bíblicas, as quais podem ser proclamadas nas festas ou nas memórias celebradas particularmente, resumimos alguns pontos de reflexão que permitem enquadrar cada personagem hagiográfico, analisado através das fontes eucológicas.

1. Mártires
Do grego testemunha, a palavra mártir designava o cristão que sofria até a morte pela sua fé.

Mas o martírio nunca é apresentado como fato de crônica heróica ou épica, nem só como exemplo de coragem ou de fé, mas como sinal do plano de Deus que passa através do sofrimento: antes, os justos perseguidos do Antigo Testamento; depois, o Messias, o Servo de Deus, atingido pelo sofrimento. Em 177, no anfiteatro de Lião, 48 cristãos foram martirizados. Entre eles estavam Potino, o primeiro Bispo de Lião, e Blandina.
Eles são considerados os primeiros mártires da Gália.

Jó revela que o amor de Deus é diferente do nosso, porque permite a perseguição dos inocentes; Estêvão revela que a fecundidade do martírio não consiste na morte violenta em si mesma, mas na participação total na caridade de Cristo (efeito do seguimento de Cristo, Jo 12,24-26).


A perseguição faz parte da missão do povo de Deus, como sinal de sua verdade e como condição de sua eficácia. Também as tribulações e provas da vida são uma extensão do martírio, como sinal da participação no mistério pascal de Cristo, com tríplice certeza, a saber, que depois da cruz vem a vitória da ressurreição, que os homens não são capazes de tirar de nós a verdadeira vida e que Cristo deve ser amado acima de todas as coisas, mesmo ao custo da própria vida.


2. Pastores
O serviço pastoral é escolha gratuita de Deus, porque só Deus é o guia de seu povo à salvação (é ele o único Pastor). Os pastores humanos não o são por delegação, mas por um mistério de participação na atividade pastoral de Deus e de Cristo para o bem dos seres humanos (cf. Ez 34,11-16; Jo 10,11-16).

A diaconia do serviço pastoral realiza visivelmente o senhorio de Cristo (Mt 28,16-20), enquanto Deus determina o âmbito, o fim e a eficácia da missão confiada aos homens enviados por ele. O apóstolo é totalmente subordinado ao evangelho (2Cor 4,1-7) e à palavra de Deus (At 20,17-36).

Por isso as modalidades do exercício pastoral são resumidas nestas três:
a natureza comunitária desse ministério, que se articula em diversidade de ministérios e carismas, com a participação de toda a comunidade;
a plantatio ecclesiae ("plantação da Igreja", cf. discurso missionário de Lc 10,1-24), que exige pobreza, liberdade, desinteresse e humildade;
e a conexão entre o serviço terreno e a participação no senhorio escatológico (Lc 22,24-30; Ex 32,7-14).


3. Doutores
A exaltação da sabedoria dos doutores nasceu, antes de tudo, da inculturação da revelação hebraica pela Sabedoria divina, introduzindo a experiência do ser humano na revelação.

A reflexão sapiencial chegou à pobreza de espírito, segundo a qual essa sabedoria humana vem de Deus e não do homem; por isso ela é um dom a ser acolhido.

Na revelação evangélica, a sabedoria não é uma ciência teórica ou filosófica, mas a capacidade de transformar a vida por meio das obras (Mt 5,13-19; Lc 6,43-45).

À luz do mistério pascal, a sabedoria é a compreensão do valor salvífico da cruz (1cor 1,17-19).

4. Virgens
A exaltação da virgindade cristã não é depreciação da sexualidade humana nem expressão de perfeição pessoal, mas manifestação simbólica do valor decisivo ou resolutivo da dedicação da Igreja como esposa ao Senhor seu esposo.

A pessoa virgem está livre de qualquer outro amor porque é esposa de Cristo (cf. Os 2,14-20; 2Cor 10,17-11,2; Ap 21,1-5).

Enfim, a virgindade em chave escatológica (1cor 7,29) é necessária para descobrir a relatividade de todas as coisas diante do amor de Cristo (Mt 19,3-12).

5. Santos e Santas
Antes de tudo, a santidade é apresentada pelos textos bíblicos na dimensão trinitária, como fruto do amor do Pai e do Filho pela ação do Espírito Santo, que habita em nós. Em seguida, ela é comunhão vital com a santidade de Cristo (cf. alegoria dos ramos enxertados na videira, Jo 15,1-8): ser santo significa ser cheio da plenitude de Deus (Ef 3,14-19).

Enfim, a santidade é a perfeição da caridade divina (Jo 15,9-17) e se traduz em obras de misericórdia para com os humildes, prediletos de Cristo (Mt 25,31-46), exigindo uma radicalidade de empenho que leva ao espírito de infância (Mc 9,33-36).

Fonte: Os Santos do Calendário Romano de Enzo Lodi - Paulus