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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Cátedra de São Pedro: de onde o Papa governa a Igreja

Cátedra de São Pedro: de onde o Papa governa a Igreja

 A caixa de bronze que sela a cadeira de São Pedro por Bernini na Basílica de São Pedro, em Roma.

Festa para uma cadeira?
É muito mais do que um assento, uma cadeira ou parte de um objeto litúrgico do presbitério: é o reconhecimento de que a história da Igreja Católica, que passa de geração em geração, inicia-se na missão que Jesus deixa para Pedro, ao entregar a ele a autoridade sobre o seu povo.

Significado espiritual
A tradição da Igreja atribui um forte significado espiritual à Cátedra. Ela marca a sede fixa do bispo, localizada na Igreja mãe de uma diocese que, por esse motivo, é chamada “catedral”. Denota a autoridade do bispo. Traduz o ensinamento evangélico que o bispo, enquanto sucessor dos apóstolos, é chamado a transmitir à comunidade cristã.

Origem e sentido
A festa é uma antiga tradição do final do século IV. É uma oportunidade de dar graças a Deus pela missão confiada ao apóstolo Pedro e aos seus sucessores. A “Cátedra” de São Pedro é a representação do escolhido por Cristo como “rocha” sobre a qual a Igreja foi edificada (cf. Mateus 6, 18).

As Propriedades da Cátedra de São Pedro

A Grandeza da Cátedra
A Cátedra é um grande trono de bronze, sustentado pelas estátuas de quatro doutores da Igreja. Dois do Ocidente, Santo Agostinho e Santo Ambrósio, e dois do oriente, São João Crisóstomo e Santo Atanásio. A obra, do escultor italiano Gian Lorenzo Bernini, está localizada na Basílica de São Pedro.

São Pedro
Pedro começou seu ministério em Jerusalém, depois da ascensão do Senhor e de Pentecostes. A primeira “sede” da Igreja foi o Cenáculo, em Jerusalém. É provável que, naquela sala, se reservasse um posto especial a Simão Pedro. Em seguida, a sede de Pedro foi Antioquia, na Síria, hoje Turquia. Era a terceira cidade do Império Romano, depois de Roma e de Alexandria do Egito. Naquela cidade, Pedro foi o primeiro bispo da Igreja.

Pedro em Roma
O caminho de Pedro percorre Jerusalém (Igreja nascente), passa por Antioquia (primeiro centro da Igreja, que agrupava pagãos) e, posteriormente, Pedro dirige-se à Roma, centro do Império, onde concluiu, com o martírio, seu serviço de difusão do Evangelho.

A Cátedra de São Pedro e Roma

Roma e os Papas
Por esse motivo, a sede de Roma, que havia recebido a maior honra, recebeu também a tarefa confiada por Cristo a Pedro: estar a serviço de todas as Igrejas particulares para a edificação e a unidade de todo o Povo de Deus. A sede de Roma, depois das migrações de São Pedro, foi reconhecida como a do sucessor de Pedro, e a “cátedra” de seu bispo representou a do apóstolo encarregado por Cristo de apascentar todo seu rebanho. A cátedra do bispo de Roma representa, portanto, não só seu serviço à comunidade romana, mas também a sua missão de guia de todo o Povo de Deus.

Minha oração
“Senhor Jesus, mais uma vez na história, existem levantes, fora e até dentro da Igreja, que ousam desrespeitar e não reconhecer o Sumo Pontífice, que se assenta na Cátedra Papal, como quem tem a autoridade sobre o povo de Deus. Senhor, tende misericórdia da humanidade e devolve a paz na Igreja de Cristo. Amém.”

São Pedro, rogai por nós!

 

terça-feira, 29 de agosto de 2023

29 de agosto - Santo do Dia

Martírio de São João Batista



De altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzi-lo

A festa da natividade de são João Batista ocorre no dia 24 de junho. Ela faz parte da tradição dos cristãos, assim como esta que celebramos hoje, do martírio de são João Batista. No calendário litúrgico da Igreja, esta comemoração iniciou na França, no século V, sendo introduzida em Roma no século seguinte. A origem da comemoração foi a construção de uma igreja em Sebaste, na Samaria, sobre o local indicado como o do túmulo de são João Batista.

João era primo de Jesus e foi quem melhor soube levar ao povo a palavra do Mestre. Jesus dedicou-lhe uma grande simpatia e respeito, como está escrito no evangelho de são Lucas: "Na verdade vos digo, dentre os nascidos de mulher, nenhum foi maior que João Batista". João Batista foi o precursor do Messias. Foi ele que batizou Jesus no rio Jordão e preparou-lhe o caminho para a pregação entre o povo. Não teve medo e denunciou o adultério do rei Herodes Antipas, que vivia na imoralidade com sua cunhada Herodíades.

“Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)

A ousadia do profeta despertou a ira do rei, que imediatamente mandou prendê-lo. João Batista permaneceu na prisão de Maqueronte, na margem oriental do mar Morto, por três meses. Até que, durante uma festa no palácio daquela cidade, a filha de Herodíades, Salomé, instigada pela ardilosa e perversa mãe, dançou para o rei e seus convidados. A bela moça era uma exímia dançarina e tinha a exuberância da juventude, o que proporcionou a todos um estonteante espetáculo.

No final, ainda entusiasmado, o rei Herodes disse que ela poderia pedir o que quisesse como pagamento, porque nada lhe seria negado. Por conselho da mãe, ela pediu a cabeça de João Batista numa bandeja. 


  “Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)
 

Assim, a palavra do rei foi mantida. Algum tempo depois, o carrasco trazia a cabeça do profeta em um prato, entregando-a para Salomé e para sua maldosa mãe. O martírio por decapitação de são João Batista, que nos chegou narrado através do evangelho de são Marcos, ocorreu no dia 29 de agosto, um ano antes da Paixão de Jesus.

Minha oração

“ Aquele que Batizou o Cristo também testemunhou com sua própria vida, ajudai-nos a dar bom testemunho de Jesus nos lugares mais extremos. Tornai os seus devotos testemunhas da verdade e da caridade até às últimas consequências. Amém!

São João Batista, rogai por nós!


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

IGREJA E COMUNISMO: UM SÉCULO DE EMBATES - Brian Kranick

A Igreja Católica nunca se deixou enganar pelas trapaças do socialismo e do comunismo. Encíclicas atrás de encíclicas denunciaram, desde o princípio, a falsa ideologia de Marx e Engels.

Os últimos cem anos, de 1917 a 2017, têm sido como uma recapitulação do protoevangelho, quando Deus disse à serpente: "Porei inimizade entre ti e a mulher" (Gn 3, 15). Trata-se de uma guerra secular que representa o período mais acentuado desta inimizade. Tudo começou em 1917, com as revelações de Nossa Senhora de Fátima, de um lado, e a Revolução Russa, que levou à implantação do comunismo ateu, de outro. Quais seriam as chances de tamanha coincidência?

Ao longo dos últimos cem anos, a forma mais grotesca que o "corpo místico" do Anticristo já adotou é, sem sombra de dúvida, o materialismo ateu, incorporado mundo afora por governos socialistas e comunistas. A serpente tornou-se Leviatã. Antes da Revolução de Outubro, Maria já advertira, em julho de 1917, que a Rússia espalharia "os seus erros pelo mundo, provocando guerras e perseguições contra a Igreja". O resto, como sabemos, é história.

Este centenário da Revolução de Outubro é uma grande oportunidade para trazer à memória o "horrendo flagelo" — como lhe chamou Pio XI (cf. Encíclica "Divini Redemptoris", de 19 mar. 1937, n. 7) — que vergastou o mundo através das perversas armadilhas do socialismo e do comunismo. Isto é particularmente importante na medida em que as elites culturais do Ocidente e seus simpatizantes vêm há tempos forcejando por minimizar os males do marxismo, como parece ser a intenção do jornal The New York Times, com sua "série de apaixonadas e saudosas recordações dos bons e velhos tempos do comunismo do século passado" [1].

Talvez seja mesmo chegada a hora de passar em revista esses tempos felizes do "século vermelho" com uma relaxante leitura de O Livro Negro do Comunismo ou O Arquipélago Gulag, de Solzhenitsyn. Mas, afinal, o que poderia ser mais enriquecedor do que dedicar um tempo a ler sobre o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung? Melhor ainda: que tal estourar um saco de pipocas e assistir a Os gritos do silêncio [2], um filme para divertir toda a família?

Alguns, porém, talvez se perguntem: "E quanto ao socialismo do século XXI?" Ora, basta dar uma rápida olhada nas notícias que chegam da Venezuela. Há não muito tempo, a Venezuela era uma país próspero, abundante em petróleo; numa palavra, um milagre socialista! Mas agora, após dezoito anos de marxismo, entre Chávez e Maduro, o país não passa de um inferno socialista. Muitos ali têm passado fome — uma especialidade comunista —, não lhes sobrando outra alternativa senão roubar ou comer animais de zoológico, prática na qual parecem ter especial predileção por carne de búfalo e porco-do-mato.

Isso, infelizmente, não é incomum às experiências socialistas; antes, pelo contrário, constitui a regra geral. A alimentação venezuelana, contudo, deve ainda assim ser mais agradável que a dieta à base de mato e casca imposta aos reclusos na prisão estatal da Coreia do Norte. Os fatos históricos revelam que os demagogos comunistas foram responsáveis pela morte de 140 milhões de pessoas [3], desde Lênin até Stalin, passando por Mao Tsé-Tung, Pol Pot, Kim Jong-un, Chávez, Che Guevara, Fidel Castro... e a lista poderia ir-se alongando. Lênin disse, no final das contas, que é preciso quebrar uns tantos ovos para fazer uma omelete: 140 milhões de ovos quebrados; eis aí uma omelete gigante!

A Igreja, por sua vez, nunca se deixou enganar pelas trapaças do socialismo e do comunismo. Encíclicas atrás de encíclicas denunciaram, desde o princípio, a falsa ideologia de Marx e Engels. De fato, o Catecismo o afirma claramente: "A Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e atéias, associadas, nos tempos modernos, ao 'comunismo' ou ao 'socialismo'" (n. 2425). O Catecismo, porém, é curto e sucinto, ao passo que as encíclicas papais são ricas em detalhes e categóricas em suas condenações.

Em 1846, o Papa Pio IX promulgou a encíclica "Qui Pluribus", sobre fé e religião, na qual já combatia vigorosamente as ideias de Marx, que em 1848 publicaria O Manifesto Comunista. Pio IX ali se referia à "nefanda doutrina do comunismo, contrária ao direito natural, que, uma vez admitida, lança por terra os direitos de todos, a propriedade e até mesmo a sociedade humana". Ele advertia contra "as mais perversas criações de homens que, trajados por fora com peles de ovelha, por dentro não passam de lobos rapaces".

Em 1878, o Papa Leão XIII escrevia sobre os males do socialismo na encíclica "Quod Apostolici Muneris". O Pontífice começa a carta referindo-se à "praga mortífera que se tem difundido no seio mesmo da sociedade humana, conduzindo-a ao abismo da destruição". Leão XIII aponta em seguida que "as facções dos que, sob diversas e quase bárbaras designações, chamam-se socialistas, comunistas ou niilistas, espalhados ao redor do mundo e unidos pelos laços estreitíssimos de uma perversa confederação, já não se põem ao abrigo da sombra de reuniões secretas, senão que, marchando aberta e confiadamente à luz do dia, ousam levar a cabo o que há muito tempo vêm maquinando: a derrocada de toda a sociedade civil".

A encíclica também chamava a atenção para o projeto socialista de destruição do matrimônio e da família. Para os socialistas, com efeito, não pode haver maior fidelidade, nem mesmo a Deus e à família, do que a obediência ao Estado todo-poderoso. Leão XIII afirmava ainda que "os fundamentos da sociedade repousam, antes de tudo, sobre a união indissolúvel entre os esposos, conforme as exigências da lei natural". E no entanto "as doutrinas socialistas aspiram por dissolver quase por completo os elos desta união".

Treze anos depois, em 1891, Leão XIII voltou a escrever outra encíclica, "Rerum Novarum", a respeito do trabalho, do capital e da classe operária. Trata-se do texto fundacional da doutrina social católica nos tempos modernos. Dizia o Pontífice: "Os socialistas, para curar este mal, instigam nos pobres o ódio invejoso contra os que possuem e pretendem que toda a propriedade de bens particulares deve ser suprimida". Isto, declarou a Igreja, "é sumamente injusto" e "o remédio proposto está em oposição flagrante com a justiça, porque a propriedade particular e pessoal é, para o homem, de direito natural".

O socialismo ergue-se sobre as bases da cobiça, ou seja, uma transgressão do nono e décimo Mandamentos. Eis o que diz a "Rerum Novarum": "A autoridade das leis divinas vem pôr [...] o seu selo, proibindo, sob pena gravíssima, até mesmo o desejo do que pertence aos outros". O socialismo se baseia, além disso, na falsa ideia da luta de classes. Também para dissipar este erro Leão XIII levantou a voz: "O erro capital na questão presente é crer que as duas classes são inimigas natas uma da outra, como se a natureza tivesse armado os ricos e os pobres para se combaterem mutuamente num duelo obstinado. Isto é uma aberração tal que é necessário colocar a verdade numa doutrina contrariamente oposta".

Como já o fizera em encíclicas anteriores, Leão XIII insiste em defender contra as investidas socialistas as instituições familiar e matrimonial: "À família [...] será forçosamente necessário atribuir certos direitos e certos deveres absolutamente independentes do Estado". "Querer, pois, que o poder civil invada arbitrariamente o santuário da família é um erro grave e funesto."

Em 1931, o Papa Pio XI divulgou a carta "Quadragesimo Anno", por ocasião do 40.ª aniversário da encíclica "Rerum Novarum", à qual chamou a "Carta Magna" da doutrina social católica. Pio XI afirma sem rodeios: "Declaramos: o socialismo quer se considere como doutrina, quer como fato histórico, ou como 'ação' [...] não pode conciliar-se com a doutrina católica". O Pontífice foi ainda mais longe, ao dizer: "Se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade [...], funda-se contudo numa concepção própria da sociedade humana diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. 'Socialismo religioso' e 'socialismo católico' são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista".

Mas o que pensar do socialismo mitigado? Também este fustigou-o o Papa de forma bastante sucinta: "Citamos novamente a juízo o comunismo e o socialismo, e vimos o quanto as suas formas, ainda as mais mitigadas, se desviam dos ditames do Evangelho". Reiterá-lo-ia anos depois o Papa João XXIII, em sua encíclica "Mater et Magistra", de 1961: "Entre comunismo e cristianismo, o Pontífice [Pio XI] declara novamente que a oposição é radical, e acrescenta que não se pode admitir de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado".

E, para ser justo, Pio XI repreendeu também o "individualismo" e o capitalismo extremos por não respeitarem a dignidade humana do trabalhador, cuja atividade não pode ser vendida como um "um simples gênero comercial". O Pontífice apontava ainda que o remédio mais necessário consiste, não na reação violenta dos socialistas em ordem ao desmantelamento do livre mercado, mas, antes de tudo, na "reforma dos costumes". De fato, a postura da Igreja frente a esses problemas sempre foi ponderada, resguardando os direitos tanto do empregado quanto do empregador, mediante uma volta à caridade cristã e ao zelo pelo bem do próximo.

Sua crítica mais dura, no entanto, reservou-a Pio XI à "peste comunista", cujas ações e intenções são desmascaradas nos seguintes termos: "guerra de classes sem tréguas nem quartel e completa destruição da propriedade particular"; "a tudo se atreve, nada respeita; uma vez no poder, é incrível e espantoso quão bárbaro e desumano se mostra"; "aí estão a atestá-lo as mortandades e ruínas"; "ódio declarado contra a Santa Igreja e contra o mesmo Deus"; "a impiedade e iniquidade do comunismo"; "doutrinas que porão a sociedade a ferro e fogo"; "abre caminho à subversão e ruína completa da sociedade."

Mas o Papa não parou por aí. Em 1937, veio a lume outra de suas encíclicas, a "Divini Redemptoris", a respeito do comunismo ateu. O Pontífice não poupou palavras. Exortou a que "os fiéis não se deixem enganar! O comunismo é intrinsecamente perverso e não se pode admitir em campo nenhum a colaboração com ele, da parte de quem quer que deseje salvar a civilização cristã". É um "sistema cheio de erros e sofismas". A encíclica tinha em mente o "perigo ameaçador" do "comunismo, denominado bolchevista e ateu, que se propõe como fim peculiar revolucionar radicalmente a ordem social e subverter os próprios fundamentos da civilização cristã."

O comunismo é particularmente nocivo, já que "priva a pessoa humana da sua dignidade". "Os direitos naturais [...] são negados ao [...] indivíduo para serem atribuídos à coletividade". E é precisamente por isso que "qualquer direito de propriedade privada [...] tem de ser radicalmente destruído". É a coletividade que legisla em matérias de matrimônio e família. "O matrimônio e a família são apenas uma instituição civil e artificial", dependente "da vontade dos indivíduos ou da coletividade". É o ressurgimento das "cartas de divórcio". A difusão do comunismo foi possível graças à propaganda diabólica dos "filhos das trevas" e à "conspiração do silêncio" orquestrada pela imprensa não-católica, silêncio devido em parte às "diversas forças ocultas que já há muito porfiam por destruir a ordem social cristã". Isso soa familiar.

Em 1991, o Papa João Paulo II publicou a "Centesimus Annus", em comemoração ao centenário da "Rerum Novarum". Esta nova encíclica reafirmava o ensinamento segundo o qual a raiz do totalitarismo moderno encontra-se na negação da dignidade transcendental da pessoa humana. O socialismo "considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social". "Luta de classes em sentido marxista e militarismo têm, portanto, a mesma raiz: o ateísmo e o desprezo da pessoa humana, que fazem prevalecer o princípio da força sobre o da razão e do direito". Como sabiamente notou Fulton Sheen, "o comunismo pretende estabelecer o impossível: uma irmandade entre os homens prescindindo da paternidade divina".

George Orwell conhecia bem o engodo socialista, adaptando-lhe o mantra em sua obra A Revolução dos Bichos: "Todos os animais são iguais", e no entanto, como dirá o porco a certa altura da história, "alguns animais são mais iguais do que outros". A sua verdadeira face, uma hora ou outra, acaba sendo descoberta. É o "duplipensar" do Partido. E como são estranhamente atuais o "pensar criminoso" e a "patrulha ideológica" de 1984 no ambiente politicamente correto que se respira nas universidades norte-americanas e em tantos governos europeus! O Muro de Berlim veio abaixo e a União Soviética dissolveu-se, mas o marxismo cultural está forte como nunca.

As vanguardas progressistas da esquerda são os herdeiros ideológicos do socialismo e do comunismo do século XX. Eles fazem avançar a revolução ao adotarem os "erros da Rússia" e atacarem a propriedade privada, o livre mercado, a liberdade individual e a livre expressão, o casamento e a família tradicionais, a liberdade de consciência e a liberdade de culto. Talvez não haja agora mesmo um "império do mal", um único Estado totalitário; o que há, isso sim, é um totalitarismo das inteligências, a pressão imperiosa exercida pelos media, pela educação, pelos governos e sistemas judiciais. O Big Brother continua à espreita.

 Mas ainda há esperança. A Igreja triunfou, sim, do comunismo ateu, e Cristo garantiu-nos que as portas do inferno não hão de prevalecer contra ela. Nos sombrios idos de 1917, em meio à Primeira Guerra Mundial e à difusão dos males do comunismo ateu, a Virgem Maria prometeu: "No fim, o meu Imaculado Coração triunfará". Sim, o Leviatã continua furioso e com o chicote em mãos; sua cabeça, porém, já foi esmagada.

Referências

 *Reproduzido de www.padrepauloricardo.org

1.       Robert Tracinski, "Why Is The New York Times Trying To Rehabilitate Communism?", em: The Federalist, 3 ago. 2017.

2.       Em inglês, The Killing Fields, filme de 1984 sobre a ditadura comunista de Pol Pot no Camboja.

3.       Cf. os dados levantados por Paul Kengor em The Politically Incorrect Guide to Communism.


domingo, 29 de agosto de 2021

29 de agosto - Santo do Dia

Martírio de São João Batista



De altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzi-lo

A festa da natividade de são João Batista ocorre no dia 24 de junho. Ela faz parte da tradição dos cristãos, assim como esta que celebramos hoje, do martírio de são João Batista. No calendário litúrgico da Igreja, esta comemoração iniciou na França, no século V, sendo introduzida em Roma no século seguinte. A origem da comemoração foi a construção de uma igreja em Sebaste, na Samaria, sobre o local indicado como o do túmulo de são João Batista.

João era primo de Jesus e foi quem melhor soube levar ao povo a palavra do Mestre. Jesus dedicou-lhe uma grande simpatia e respeito, como está escrito no evangelho de são Lucas: "Na verdade vos digo, dentre os nascidos de mulher, nenhum foi maior que João Batista". João Batista foi o precursor do Messias. Foi ele que batizou Jesus no rio Jordão e preparou-lhe o caminho para a pregação entre o povo. Não teve medo e denunciou o adultério do rei Herodes Antipas, que vivia na imoralidade com sua cunhada Herodíades.

“Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)

A ousadia do profeta despertou a ira do rei, que imediatamente mandou prendê-lo. João Batista permaneceu na prisão de Maqueronte, na margem oriental do mar Morto, por três meses. Até que, durante uma festa no palácio daquela cidade, a filha de Herodíades, Salomé, instigada pela ardilosa e perversa mãe, dançou para o rei e seus convidados. A bela moça era uma exímia dançarina e tinha a exuberância da juventude, o que proporcionou a todos um estonteante espetáculo.

No final, ainda entusiasmado, o rei Herodes disse que ela poderia pedir o que quisesse como pagamento, porque nada lhe seria negado. Por conselho da mãe, ela pediu a cabeça de João Batista numa bandeja. 


  “Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)
 

Assim, a palavra do rei foi mantida. Algum tempo depois, o carrasco trazia a cabeça do profeta em um prato, entregando-a para Salomé e para sua maldosa mãe. O martírio por decapitação de são João Batista, que nos chegou narrado através do evangelho de são Marcos, ocorreu no dia 29 de agosto, um ano antes da Paixão de Jesus.

São João Batista, rogai por nós!

 

sábado, 18 de janeiro de 2020

Os mandamentos de Deus estão fora de moda?

O que são os mandamentos de Deus?

Algo muito importante para a nossa fé são os dez mandamentos da Igreja, mas será que eles já não estão fora de moda?


Neste vídeo, o Prof. Felipe Aquino explica a importância de se viver os mandamentos de Deus

Confira: 

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Senhor da messe dai pastores a Tua Igreja

Senhor da messe e Pastor do rebanho, fazei ressoar em nossos ouvidos Teu forte e suave convite; “Vem e segue-me!”;

Derrama sobre nós Teu Espírito;


Que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir Tua voz.


Senhor, que a messe não se perca por falta de operários.


 Desperta nossas comunidades para a missão.


Ensina nossa vida a ser serviço.


Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.


Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores.


Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança a nossos seminaristas.


Desperta os nossos jovens para o ministério pastoral em Tua Igreja.


Senhor da messe e Pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do Teu povo.


 Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder ‘SIM’. Amém.

Retirado do livro: “Orações de todos os tempos da Igreja”