Santo Albano

Albano
é o primeiro mártir cristão da Inglaterra, onde prestou serviço no
exército romano, como soldado. Albano, cuja origem talvez fosse romana,
residia em Verulamium, a cidade-fortaleza construída pelos romanos a
sudeste da ilha britânica, perto do rio Ver. Sendo um pagão, não tinha
nada a temer quando chegou à ilha a perseguição anticristã,
possivelmente a decretada pelo imperador Sétimo Severo e não a do seu
sucessor Diocleciano, como alguns historiadores acreditam.
Albano,
certo dia, viu chegar em sua casa um daqueles homens cristãos
perseguidos. Ele o acolheu e escondeu. Observou que o homem estava em
estado de prece contínua, em vigília noite e dia. Então, começaram a
conversar e Albano conheceu a verdade da fé cristã. Tocado pela graça de
Deus, converteu-se. Tornou-se um cristão, justamente naquele momento de
risco de morte tão sério.
Dias depois, alguns soldados foram à
casa de Albano fazer uma rigorosa busca, porque souberam que ele
escondia um cristão. Quando chegaram, o santo mártir se apresentou
vestindo as roupas do cristão procurado e disse: "Aquele que vocês
procuram sou eu". Assim, foi levado, amarrado, perante o juiz.
O
juiz ordenou que Albano fosse cruelmente torturado. E ele tudo suportou,
paciente e alegremente, por nosso Redentor. Quando o juiz percebeu que
ele não abandonaria sua fé cristã, decretou sua morte por decapitação.
Ao ser levado para a execução, Albano converteu seu carrasco, que
posteriormente também foi executado. O mártir Albano morreu no dia 22 de
junho.
Quando as perseguições aos cristãos terminaram, no lugar
de seu martírio foi erguido um monumento para sua sepultura, o qual se
tornou um lugar de muitas peregrinações nos séculos seguintes, até mesmo
aquela empreendida por são Germano, que levou para a França um pouco da
terra da sepultura do venerado mártir Albano, em 429. Assim, o povo
francês passou a conhecer e a venerar este mártir.
Ainda no
século V, com a saída dos romanos, a ilha britânica sofreu a invasão das
tribos germânicas, que depois foram evangelizadas e passaram a propagar
o culto do admirável mártir Albano por toda a Alemanha. O papa Gregório
Magno, entre os anos de 590 e 604, concedeu a autorização para o culto e
declarou Albano santo e mártir pelo testemunho da fé em Cristo.
No
lugar onde foi martirizado, formou-se a cidade que hoje leva o seu
nome: Saint Albans, ao norte da área metropolitana de Londres, onde se
encontra a esplêndida catedral de Santo Albano. A Igreja Católica
festeja-o no dia 22 de junho, mas em algumas regiões é homenageado no
dia 17, isso porque um antigo copista cometeu um erro e trocou o numero
romano XXII por XVII.
Santo Albano, rogai por nós!
São João Fisher

João
Fisher nasceu em Beverley, na cidade de Yorkshire, na Inglaterra, no
ano de 1469. Órfão de pai ainda pequeno, aos quatorze anos era o mais
destacado estudante do Colégio São Miguel. Quando completou vinte anos,
era professor daquele colégio. Em seguida, ingressou na famosa
Universidade de Cambridge. Dois anos depois, recebeu o diploma de doutor
com louvor, foi ordenado sacerdote e nomeado vice-reitor da referida
universidade.
Quando a rainha Margareth, viúva pela terceira vez,
decidiu deixar a corte e ingressar num mosteiro, foi ele que escolheu
para ser seu diretor espiritual. Distribuiu sua fortuna entre várias
instituições, destinando grande parte à Universidade de Cambridge. Na
mesma ocasião, João Fisher era eleito chanceler da universidade, cargo
que manteve até morrer.
Aos trinta e cinco anos, foi eleito bispo
de Rochester, dedicando-se muito à função. Distribuía esmolas com
generosidade e as portas de sua casa estavam sempre abertas para os
visitantes, peregrinos e necessitados. Mesmo sendo bispo e chanceler da
universidade, levava uma vida tão austera como a de um monge.
Apesar
de todo o seu trabalho, estudava muito e escrevia livros. Seus
discursos fúnebres, da morte do rei Henrique VII e da própria rainha
Margareth, tornaram-se obras famosas. Quando Martinho Lutero começou a
difundir sua Reforma, o bispo Fisher combateu os erros da nova doutrina,
escrevendo quatro livros, que o tornaram famoso em todo o mundo
cristão.
Em 1535, o rei Henrique VIII desejou divorciar-se de sua
legítima esposa para casar-se com a cortesã Ana Bolena. O bispo João
Fisher foi o primeiro a posicionar-se contra aquele escândalo, embora
muitos outros ilustres personagens da corte declarassem, apenas para
agradar o rei, que o divórcio poderia ser feito. Ele não; mesmo sabendo
que seria condenado à morte, declarava a todos que: "O matrimônio
católico é indissolúvel e o divórcio não será possível para um
matrimônio católico que não se tenha anulado".
Entretanto o
ardiloso rei Henrique VIII conseguiu que o Parlamento inglês o
declarasse chefe supremo da Igreja na Inglaterra, em substituição ao
papa da Igreja Católica, com a aprovação de todos os que desejavam
conservar seus altos postos no governo. Porém João Fisher declarou no
Parlamento que: "Querer substituir o papa de Roma pelo rei da
Inglaterra, como chefe de nossa religião, é como gritar um 'morra' à
Igreja Católica", e isto seria um erro absurdo.
Os inimigos o
ameaçavam, com atentados e calúnias. Como não conseguiram que o bispo
deixasse de declarar sua fé católica, foi preso na Torre de Londres.
Tinha sessenta e seis anos, porém os muitos anos de penitências, seus
alunos, e o excessivo trabalho pastoral faziam-no aparentar oitenta.
Ainda estava preso quando foi nomeado cardeal pelo papa Paulo III. Ao
ser informado, o rei exclamou: "Enviaram-lhe o chapéu de cardeal, porém
não poderá colocá-lo, porque eu lhe mandarei cortar a cabeça". E assim
o fez.
A sentença de morte foi comunicada a João Fisher, que foi
executado no dia 22 de junho se 1535. Antes de ser decapitado, ele
declarou à multidão presente que morria por defender a santa Igreja
Católica, fundada por Jesus Cristo, e o sumo pontífice de Roma. Em
seguida, os carrascos cumpriram a sentença.
Alguns dias depois,
seu amigo Tomás More, brilhante figura da história da humanidade e da
Igreja, também saía da Torre para morrer como ele, pela mesma causa. Em
1935 ambos foram canonizados pelo papa Pio XI, que indicou o dia 22 de
junho para serem venerados.
A minha oração
“Senhor, este servo não teve medo ou receio em servir a
Verdade. Conceda-me também a grande graça de defender a fé cristã em
qualquer circunstância e de ser-lhe fiel até o fim. Amém!”
São João Fisher, rogai por nós!
São Paulino de Nola
Paulino
nasceu no ano de 355, na cidade de Bordeaux, na França. Seu pai era um
alto funcionário imperial e toda a família ocupava posição de destaque
na economia e na corte.
Antes de tornar-se religioso, o próprio
Paulino foi cônsul e substituiu o governador da Campânia. Nessa posição,
manteve contato com o bispo Ambrósio, de Milão, bem como com o jovem
Agostinho, que se tornara bispo de Hipona, os quais o encaminharam à
conversão.
Assim, aos vinte e cinco anos de idade Paulino foi batizado.
Um
ano antes tinha se casado com Terásia, uma cristã espanhola que também o
influenciou a aprofundar-se nos ensinamentos do Evangelho. Quando
perderam, ainda criança, o único filho, Celso, os dois resolveram
abandonar de vez a vida social e abraçar a vida monástica. De comum
acordo, dividiram as grandes riquezas que possuíam com os pobres e as
obras de caridade voltadas para o atendimento de doentes e desamparados e
se dirigiram para a Catalunha, na Espanha.
Pouco tempo depois,
Paulino, que se tornara conhecido e estimado por todo o povo, encaminhou
ao bispo um pedido para que este o ordenasse sacerdote. O que
aconteceu, além de ser convidado a participar do clero local ou, se
preferisse, ingressar no de Milão, mas recusou a ambos. Queria, de
verdade, uma vida de monge recluso, por isso mudou-se para a Campânia,
onde a família ainda tinha como propriedade o túmulo de um mártir, são
Félix. Paulino começou a construir ali um santuário para o santo, e ao
mesmo tempo fez levantar uma hospedaria para os peregrinos pobres.
Em
seguida, transformou um dos andares em mosteiro e deu início a uma
comunidade religiosa formada por ele, a esposa e alguns amigos. A
principal característica desses monges era a comunicação feita somente
por meio de correspondência escrita. Foram cinqüenta e uma cartas
dirigidas aos amigos e personalidades do mundo cristão, entre eles
Agostinho, o bispo de Hipona.
Paulino revelou-se um grande poeta,
escritor e pregador, foi uma figura tão brilhante quanto humilde.
Entretanto a vida calma que almejara quando abdicou de sua condição de
herdeiro político de bons cargos no Império Romano para levar uma vida
pobre em dinheiro e poder, mas rica em fé e dignidade, terminaria em
409.
Na ocasião, foi eleito e consagrado bispo de Nola, diocese
de Nápoles, cargo que ocupou até morrer no ano 431, um ano após a morte
do amigo e companheiro Agostinho, hoje também santo e doutor da Igreja.
São Paulino de Nola, rogai por nós!
São Tomás More

Tomás
More nasceu em Londres no ano de 1478. Seus pais eram cristãos e
educaram os filhos no seguimento de Cristo. Aos treze anos de idade ele
foi para a Universidade de Oxford. Aos vinte e dois anos já era doutor
em direto e um brilhante professor. Sua diversão era escrever e ler bons
livros. Além de intelectual brilhante tinha uma personalidade muito
simpática, um excelente bom humor. Casou-se, teve quatro filhos, foi um
excelente esposo e pai, carinhoso e presente. Tomás nunca se afastou dos
pobres e necessitados, os quais visitava para melhor atender suas reais
necessidades. Sua esposa e filhos o amavam e admiravam, pelo caráter e
pelo bom humor, que era constante em qualquer situação.
A
sua contribuição para a literatura universal foi importante e
relevante. Escreveu obras famosas como "Utopia" e "Oração para o bom
humor". Aconteceu que o rei Henrique VIII tentou desfazer seu legítimo
matrimônio com a rainha Catarina de Aragão, para se unir em novo enlace
com a cortesã Ana Bolena, contrariando todas as leis da Igreja. Para
isto usou o Parlamento Inglês e passou a proclamar o rei e seus
sucessores como chefes temporais da Igreja da Inglaterra, criando a
Igreja Anglicana. Tomás More foi contra a decisão do rei. A seguir o rei
mandou prender e matar Tomás More, que foi decapitado em 1535, mantendo
firme sua fé católica.
A minha oração
“Senhor, este servo não teve medo ou receio em servir a
Verdade. Conceda-me também a grande graça de defender a fé cristã em
qualquer circunstância e de ser-lhe fiel até o fim. Amém!”
São Tomás More, rogai por nós!