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terça-feira, 20 de setembro de 2022

Quem foi São Longuinho, o santo que 'ajuda' a encontrar coisas perdidas

Conheça mais sobre aquele para o qual a tradição popular dedica o ato de dar três pulinhos para encontrar um objeto perdido

Edison Veiga - De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil

São Longuinho, em trecho de ilustração grega antiga
Domínio Público

Para quem fala português, parece até piada que um santo de nome Longuinho tenha sido um homem reconhecido como de baixa estatura. E com dificuldade de locomoção. É o que se acredita a respeito de São Longuinho, aquele para o qual a tradição popular dedica o ato de dar três pulinhos e — surpresa! — ele ajuda a se encontrar um objeto perdido.

Mas sua identidade, contudo, é bastante controversa. Longinus, seu nome latino, provavelmente seja uma referência à lança comprida que, segundo relatos bíblicos, o soldado romano teria utilizado para perfurar o peito de Jesus na cruz, para ter a certeza de que ele estava morto.

Nota do Blog: São Longuinho existe e é reconhecido pela Igreja Católica Apostólica Romana. Comemora-se no dia 15 de março. Confira 

SAIBA MAIS AQUI

"São Longuinho é dos santos mais populares da Igreja, e sua devoção remonta aos tempos da igreja primitiva. O nome 'Longuinho' é um derivação de 'Longinus', termo latino que designa um tipo de lança romana", explica o escritor e teólogo J. Alves, pesquisador de histórias de santos.

"Existem poucos relatos históricos sobre a vida desse personagem, mas é interessante pensar em seu nome como, lendariamente, essa associação à lança", pontua o estudioso de hagiologias Thiago Maerki, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e associado da Hagiography Society, dos Estados Unidos.

Segundo o Evangelho de João, os judeus não queriam que os corpos dos executados ficassem expostos na cruz durante o sábado, por conta da Páscoa. "Pilatos ordenou, então, que os soldados lhes quebrassem as pernas e os retirassem da cruz. Como Jesus já estava morto, um dos soldados abriu-lhe o lado com um golpe de lança", diz Alves.

"A tradição popular identifica São Longuinho como esse soldado romano, o centurião Cássio, que teria traspassado o lado de Jesus com a lança, de onde saiu sangue e água", completa o pesquisador Alves.

Nos evangelhos canônicos, não há menção ao nome do soldado. "Mas há uma referência a Longuinho no livro apócrifo dos Atos de Pilatos, que foi produzido por volta do século 6 ou 7 depois de Cristo", diz Maerki.

"Concretamente o que se sabe originalmente dele é o registro no Martirológio [o livro com o nome dos santos católicos]: 'Em Jerusalém, a comemoração de São Longino, venerado como o soldado que abriu com a lança o lado do Senhor pregado na cruz'", pontua José Luís Lira, fundador da Academia Brasileira de Hagiologia e professor na Universidade Estadual Vale do Acaraú, no Ceará.

Lira ressalta que a Bíblia, "o texto sagrado, não lhe atribui nome, nem seus feitos, mas a tradição o registra".

Na Legenda Áurea, conjunto de narrativas hagiográficas reunidas por volta de 1260 pelo arcebispo de Gênova, Jacopo de Varazze (1229-1298) há a menção de que Longuinho tenha sido "um dos centuriões que vigiavam a cruz do Senhor por ordem de Pilatos" e que teria sido ele "quem perfurou o flanco do Senhor com a lança, mas vendo os prodígios que então aconteceram" teria se convertido.

São Longuinho, em iconografia do século 17
Domínio Público
São Longuinho, em iconografia do século 17

Depois da cruz

Pela tradição, quando o soldado acertou Jesus com a lança, o sangue teria espirrado nos olhos de Longuinho, curando-o de uma doença ocular que o deixava quase cego. "Dizem que isso se deveu ao fato de algumas gotas do sangue de Cristo terem escorrido pela lança e caído em seus olhos, até então turvados por doença ou por velhice, e que imediatamente passaram a ver com nitidez", diz Lira.

Segundo Alves, "diante desse fato miraculoso e vendo os acontecimento que sucederam com a morte de Jesus", o soldado se converteu, deixou o exército romano e teria fugido para a Capadócia, onde acabou sendo preso e martirizado.

Maerki analisa essa cura da cegueira como algo metafórico. "Significa que naquele momento, os olhos dele, físicos, carnais, se abriram para uma verdade de fé. Que ele conseguiu abrir seus olhos e enxergar por meio de uma fé cristã", comenta.

No livro apócrifo, a sina de Longuinho é narrada. "Ele teria sofrido uma perseguição muito grande por ter transpassado o corpo de Jesus, condenado a ficar em uma caverna onde, todas as noites, um leão aparecia e o despedaçava até o amanhecer. Depois, seu corpo se regenerava e ele voltava ao normal, em uma espécie de padrão que se repetiria até o fim dos tempos", narra Maerki. "É uma tradição lendária. São tradições construídas na Idade Média."

E é também lendária a narrativa sobre seu martírio. Acredita-se que Longuinho tenha feito um trabalho de evangelização na Capadócia e isso veio a incomodar os judeus ali assentados. "Autoridades então relataram o problema a sacerdotes de Jerusalém que, por sua vez, avisaram Pilatos [o governador romano que, pela tradição, teria sido o juiz da condenação de Jesus]. Longuinho teria sido então, condenado à morte por traição", diz Maerki.

Dois soldados foram então enviados para encontrá-lo, com a missão de trazerem para Pilatos a cabeça dele. Quando chegaram a Capadócia, foram pedir informações em uma casa. Era a casa do próprio Longuinho que, como não foi reconhecido, recebeu seus algozes e ofereceu hospedagem. Na hora da despedida, os encarregados da execução disseram que não teriam como agradecer por tamanha hospitalidade.

São Longuinho, em ilustração grega antiga
Domínio Público
"São Longuinho é dos santos mais populares da Igreja", diz teólogo

"E ele teria revelado. Sou Longuinho, a quem vocês estão procurando. E estou pronto para morrer. O maior presente que vocês podem me dar é cumprir as ordens de quem os enviou", diz Maerki.

Outra versão é a que consta da Legenda Áurea. Conforme conta Lira, ali diz que Longuinho renunciou à carreira militar, foi instruído pelos apóstolos de Jesus e passou 28 anos de vida monástica em Cesareia da Capadócia — atual Caiseri, na Turquia. "Converteu muita gente à fé por sua palavra e seus exemplos", diz o pesquisador.

De acordo com essa versão, ele foi aprisionado e teve os dentes e a língua arrancados, mas mesmo assim conseguia seguir falando. E que quando ele foi condenado à morte, o governador que o sentenciava, estava cego. Longuinho teria dito que logo após a sua morte, ele intercederia pela sua cura de "corpo e alma". "No mesmo instante o governador mandou cortar sua cabeça. Imediatamente recuperou a vista e a saúde e até o fim da vida praticou boas obras", conta Lira.

Três pulinhos

Em um tempo em que não havia processos de canonizações como hoje, ele acabou se tornando santo por conta do martírio relatado. "A tradição uniu-se ao registro bíblico e isso facilitou seu reconhecimento num tempo em que não haviam beatificações, mas, canonizações diretas pelo registro das atas dos martírios que deu origem ao Martirológio", explica Lira. A oficialização de sua santidade foi feita pelo papa Silvestre 2o (950-1003) no ano de 999.

"Ele é daqueles santos mártires que viveram nos primórdios do cristianismo e deram testemunho da fé, derramando o próprio sangue em nome de Jesus", argumenta Alves. "O testemunho da radicalidade do Evangelho, que, em nome de Jesus, não teme a morte, como uma lança, afeta o coração do sistema político e religioso do Império Romano e, aos poucos, põe em questão o culto divino ao imperador. É nesse contexto sociopolítico e religioso de uma mudança de era, que devemos situar a vida de São Longuinho, que é tido, pela tradição popular, como testemunha ocular da crucifixão de Jesus."

"No Brasil, há essa camada interpretativa muito comum entre o povo mais simples que se tornou algo forte: os três pulinhos para São Longuinho", comenta Maerki.

E de onde vem a ideia de ele ser aquele que ajuda a encontrar objetos perdidos? Segundo Alves, tudo começou porque Longuinho era um soldado baixinho.

"Tal crença estaria relacionada à baixa estatura dele que, antes da conversão, servia a alta corte romana, durante os banquetes e festas. O fato de ser baixinho lhe permitia uma visão privilegiada dos objetos caídos ao chão, por baixo das mesas, os quais eram recolhidos por ele e entregues a seus donos", conta o pesquisador.

E há uma outra explicação, que é relacionada à sua própria canonização, formalizada quase mil anos após sua morte, pelo papa Silvestre 2o. (950-1003). "Parte da documentação do processo havia sido desviada e o papa teria pedido ajuda ao santo para encontrar tais documentos. Logo, tudo foi reencontrado", afirma Alves.

Ele relata também que há outra tradição que aponta que São Longuinho tinha dificuldade de locomoção. "Daí a origem dos três pulinhos. Lenda ou não, nada mais atual e necessitante do que a mensagem de São Longuinho, que intercede a Deus pelo resgate de nossa perdas físicas, morais e espirituais, sofridas tanto no âmbito individual e familiar como no âmbito social", diz Alves.

BBC BRAZIL - Texto original


segunda-feira, 15 de março de 2021

Hoje, 15 de março, a Igreja celebra São Longuinho, o soldado que perfurou o lado de Jesus

“Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus”, esta é a profissão de fé feita pelo soldado romano que, após a crucificação, furou o lado de Jesus com uma lança e se converteu, o qual foi identificado como São Longuinho, cuja festa é celebrada neste dia 15 de março.

Longuinho viveu nos primeiros séculos, era o centurião que, por ordens de Pilatos, esteve com outros soldados ao pé da cruz de Jesus Cristo.
O Evangelho de São João relata quando os soldados foram quebrar as pernas dos dois homens que estavam crucificados ao lado de Jesus, mas quando chegaram diante de Cristo, “como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água” (Jo 19,33-34).

Este soldado que perfurou o lado de Jesus foi identificado com o nome Longuinho, derivado do grego que significa “uma lança”. Foi ele quem, ao ver as poderosas manifestações da natureza após a morte de Cristo, disse a famosa frase que o fez o primeiro convertido à fé cristã: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus”.

Diz-se que Longuinho estava ficando cego e, quando perfurou o Senhor com a lança, uma gota do sangue do Salvador caiu em seus olhos e, imediatamente, ele ficou curado. Tocado, converteu-se e abandonou para sempre o exército. Instruído pelos apóstolos, Longuinho se tornou monge em Cesareia, na Capadócia, onde ganhou muitas almas para Cristo por meio da palavra e do testemunho. Entretanto, o governador da Cesareia descobriu sua identidade e o entregou a Pôncio Pilatos. Foi acusado de desertor e condenado à morte, a não ser que renunciasse à sua fé em Cristo.

Longuinho se manteve firme e, por isso, foi torturado, teve seus dentes arrancados e a língua cortada. Depois, foi decapitado. Quase mil anos depois, em 999, São Longuinho foi canonizado pelo Papa Silvestre II. Conforme se relata, o processo de canonização já havia avançado bastante, porém os documentos ficaram perdidos por muitos anos.  Então, o Papa pediu a intercessão de Longuinho para ajudá-lo a encontrar esses papéis. Pouco tempo depois, os documentos foram achados e aconteceu a canonização.

Ainda hoje, São Longuinho é invocado pelos fiéis para pedir ajuda a fim de encontrar algum objeto perdido. Diz-se que ele era um homem baixinho e que, servindo na corte de Roma, vivia nas festas dos romanos. Nesses ambientes, por sua pequena estatura, conseguia ver o que se passava por baixo das mesas e sempre encontrava pertences de pessoas. Os objetos achados eram devolvidos aos seus donos. Daí teria surgido o costume de pedir-lhe ajuda para encontrar o que se perdeu. Em agradecimento, segundo a tradição, são oferecidos três pulinhos e uma oração. Diz-se que essa forma de agradecer seria pelo fato de o soldado ser manco, mas outra explicação afirma que os pulinhos se remetem à Santíssima Trindade. 

São Longuinho, rogai por nós

Nota: 
A Beata Madre Maria de Vasconcelos, também é invocada para que objetos perdidos sejam achados.

Santo Antonio,também faz achar objetos perdidos, sarar os doentes, quebra as correntes.

Oração a São Longuinho

Querido São Longuinho, suplicamos a ti na confiança de tua intercessão.

Sinto-me atraído por tua história e queria que me ajudasse a conseguir o perdão de Deus da mesma forma que conseguiste. 

Precisei magoar o coração de Jesus profundamente para que pudesse cair em mim e foi, então, que percebi o quanto estava perdido nessa vida mundana. 

Tua caridade, depois do reconhecimento do erro, me inspira a querer fazer o mesmo e te peço profundamente para que tua sabedoria me toque na alma e me guie pela jornada certa. Leva-me para o caminho de Deus, para que eu possa caminhar ao lado de Jesus e ao teu lado. 

Amém. 

 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

14 de fevereiro - Santo do dia

São Valentim

O mártir, quer dizer os dois mártires, de nome Valentim, que viveram no mesmo período da História e são comemorados em 14 de fevereiro, deram o nome a uma simpática tradição, chamada de "dia dos valentins" significando "dia dos namorados". Ainda esta tradição, indicava a festa de São Valentim como o início da primavera, estação do despertar da vida e também do romance, quando os pássaros começam a preparar seus ninhos.

Mas, São Valentim se tornou o protetor dos namorados, ou melhor, os dois se tornaram, por outro motivo, além desta tradição dos devotos. Vejamos porque. O primeiro mártir, um soldado romano, foi incluído no Martirológio Romano com o nome de Valentim. O segundo foi inserido como Valentim de Terni, pois era o bispo dessa diocese. O registro sobre sua vida pode ser encontrado por esse nome, em outra página.

No século III, em Roma, Valentim, era um sacerdote e o imperador era Cláudio II,o Gótico. O Império enfrentava muitos problemas, com inúmeras batalhas perdidas. O imperador deduziu que a culpa era dos soldados solteiros, que segundo ele, eram os menos destemidos ou ousados nas lutas. E, mais, que depois de se ferirem levemente, pediam dispensa das frentes. Mas, o que era pior, retornavam para o exército, casados e nesta condição queriam voltar vivos, enfraquecendo os exércitos. Por isto, proibiu a celebração dos casamentos.

Valentim, que considerava essa medida injusta, continuou a celebrar os casamentos, mas secretamente. Quando soube das ações do sacerdote, Cláudio mandou que fosse preso e o interrogou publicamente. Suas respostas foram elogiadas pelo soberano que disse: "Escutem a sábia doutrina deste homem". E, de fato, parece que a pregação de Valentim, o tinha impressionado, pois o mandou para uma prisão domiciliar, indicando a residência do prefeito romano Asterio, onde todos eram pagãos.

Logo que chegou na casa, o sacerdote ficou sabendo que o prefeito tinha uma filha cega. Disse aos familiares que iria rezar e pedir para Jesus Cristo pela cura da jovem, o que ocorreu alguns dias depois. Mas, nesta altura dos fatos, Valentim havia convertido a família interia do prefeito. Isto agravou sua pena, sendo condenado a morte.

A antiga lenda acrescentou que após curar a jovem, ele teria se enamorado dela, platonicamente, mas preferiu o seu ministério. Antes de morrer teria escrito uma carta para a jovem e a entregou ao pai dela. No dia 14 de fevereiro de 286 foi levado para a chamada via Flaminia, onde foi morto a pauladas e depois decapitado.

A sepultura de Valentim foi encontrada em 346, numa capela subterrânea na via Flaminia. Dez séculos depois, antigos registros o indicaram como irmão de São Zenão Hoje, as suas relíquias estão na Igreja de São Praxedes num Oratório dedicado a São Zenão e Valentim.

O mártir Valentim, se tornou santo porque morreu pelo testemunho de seu sacerdócio. A Igreja o considera padroeiro dos namorados por ter defendido com sua vida o Sacramento do Casamento e não pelo motivo acrescentado pela lenda.

São Valentim, rogai por nós!





São Valentim de Terni

Tudo na vida tem um início e portanto sua explicação ou história. Como aconteceu com o "Dia de São Valentim", que tem de tudo: fé, política e romance. Além do interessante fato de serem dois os santos mártires festejados neste dia, com o mesmo nome e ambos declarados pela Igreja, protetores dos namorados. Cada um por sua justa razão, como se pode verificar no texto da página de São Valentim, o sacerdote mártir.

Conforme os registros da diocese de Terni, Valentim foi consagrado em 197, sendo seu primeiro bispo e considerado fundador da cidade. Consta que ao lado de sua casa e da igreja havia um imenso prado e um belo jardim. Quanto não estava trabalhando na igreja ou tratando de algum doente, podia ser visto cuidando das rosas que cultivava. À tarde ele abria os portões para as crianças brincarem e correrem livremente. Ao entardecer ele abençoava cada uma entregando uma flor, para ser entregue às suas mães. A sua intenção era fazer as crianças irem direto para casa e alimentar o amor e respeito pelos pais.

Valentim, tinha o dom do conselho, sua fama de reconciliador dos casais de namorados era muito difundida. Tudo começou assim: certo dia, ouvindo dois jovens namorados brigando, que pararam ao lado da cerca do seu jardim, foi ao encontro deles levando na mão uma linda rosa. O capuz caído, a figura serena e sorridente do bom velho e aquela rosa que ele parecia lhes oferecer, tiveram o mágico poder da acalmar os dois namorados em briga. Depois, quando ele, entregando realmente a rosa vermelha, pediu que os dois juntos apertassem o cabo com cuidado para não se espetarem e explicou o "cor unum", que em latim significa "união de corpos" de duas pessoas casadas, o amor retornou como antes.

Algum tempo depois, os dois procuraram Valentim para marcar o casamento, que celebrou e abençoou a união do casal. Na cerimônia compareceram quase todos da cidade, querendo participar do final feliz do casal reconciliado. A história se espalhou e sua fama se criou.

Além do dom do conselho, Valentim possuía o da cura, que aumentava conforme sua idade. Muitas vezes viajava, a pedido de outras dioceses, para atender os enfermos. Em 272, foi chamado para cuidar de um doente em Roma. Durante sua estadia na cidade, Valentim converteu o famoso filósofo grego Crato e três de seus jovens discípulos atenienses. Este zelo o expôs aos delatores pagãos. Nesta época o imperador era Aureliano, ardiloso e cruel. Os discípulos de Crato foram ao julgamento em defesa do bispo, mas nada puderam fazer. Valentim foi condenado à morte e decapitado em 14 de fevereiro de 273. Os três jovens recém convertidos resgataram seu corpo e o transportaram para Terni onde foi sepultado.

A sua festa no dia 14 de fevereiro e a sua fama ganharam força em toda a Itália. Na Idade Média, foi ganhando reforços e hoje é festeja em todo o planeta por todos os casais devotos.
A Igreja o incluiu no Calendário Litúrgico como São Valentim de Terni, o bispo mártir, protetor dos jovens e dos namorados. As suas relíquias estão na Igreja das Carmelitas, na cidade de Terni, em Roma. Ao lado de sua urna de prata, coberta por uma redoma de cristal, existe a seguinte inscrição: "São Valentim, patrono do amor". Há também um belo vitral com a imagem do santo bispo abençoando um casal ajoelhado que segura uma rosa.

São Valentim de Terni, rogai por nós!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Santo do dia - 23 de abril

Oração de São Jorge


Chagas abertas, sagrado coração todo amor e bondade, o sangue do meu senhor Jesus Cristo no meu corpo se derrame, hoje e sempre. Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge, para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me encherguem, e nem em pensamento eles possam ter para me fazerem o mal, armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças quebrarão sem meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.

Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder da sua santa e divina graça, a Virgem Maria de Nazaré me cubra com seu sagrado e divino manto, me protegendo em todas as minhas dores e afliçoes e Deus com a sua divina misericordia e grande poder seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos, e o glorioso São Jorge em nome de Deus, em nome de Maria de Nazaré , em nome da Falange do Divino Espirito Santo estenda-me o seu escudo e as suas armas poderosas defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza dos meus inimigos carnais e espirituais , e de todas as suas más influencias, e que debaixo das patas de seu fiel Ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a Vós sem se atreverem a ter um olhar sequer que me possa a prejudicar.

Assim seja com o poder de Deus de de Jesus Cristo e da Falange do Divino Espirito Santo, Amém.

São Jorge, rogai por nós

3 Pai Nosso, 3 Ave-Marias Em louvor ao São Jorge.

São Jorge, o Santo guerreiro

Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.

Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.

Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.

Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE ?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade."

Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303.

A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente.

Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.