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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Santo do Dia - 22 de dezembro

Santa Francisca Xavier Cabrini

 Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus

Chamada por Pio XII de “heroína dos tempos modernos”, Santa Francisca nasceu em Sant’Angelo de Lódi, na Lombardia, Itália, em 1850. Última dos 13 filhos de Agostinho Cabríni e Estela Oldini, recebeu no batismo o nome de Maria Francisca, ao qual mais tarde ajuntou o de Xavier, pelo seu amor e veneração ao apóstolo das Índias.

Aos 11 anos fez voto de castidade. Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus, em Arluno, terminando-a aos 18 anos. Sentindo vocação divina, pretendeu entrar para essa Congregação religiosa, mas foi recusada por falta de saúde.

Exerceu durante dois anos o cargo de professora primária em Vidardo e durante três anos dedicou-se na sua terra à instrução religiosa da juventude e ao tratamento dos enfermos e daqueles que eram atingidos pela peste. Aos 23 anos tentou mais uma vez ser religiosa nas Filhas do Sagrado Coração, mas de novo obteve uma negativa.

Após isso, Santa Francisca transladou-se à “Casa da Providência” em Codogno, a fim de a reformar, pois estava em franca decadência. Fez a profissão em 1877 e a partir disso, em meio a grandes tribulações e sofrimentos, ela encontrou as sete primeiras companheiras de sua futura Obra.

Três anos mais tarde, fundou uma nova Congregação religiosa. A 10 de novembro de 1880 alojou-se, com sete companheiras, num desmantelado Convento franciscano, onde, a 14 do mesmo mês, deu princípio ao novo Instituto, com a inauguração de uma capela em honra ao Sagrado Coração de Jesus. Um mês mais tarde, a sua Obra recebia a aprovação episcopal. Francisca contava então 30 anos.

Enquanto se dedicava com as companheiras à educação das meninas e à catequização dos rapazes, foi compondo as regras do seu Instituto, obra de prudência sobre-humana, que recebeu aprovação episcopal em 1881 e a definitiva da Santa Sé em 1907. Em 1884, com 7 anos de vida, a Obra já contava com cinco casas.

Em 1887, partiu para Roma onde, a princípio, só encontrou dificuldades e portas fechadas até que, com fé, simplicidade e perseverança, Santa Francisca obteve a autorização do Cardeal Vigário para construir uma escola gratuita para pobres fora da Porta Pia e um asilo infantil na Sabina, em Aspra.

O problema da emigração italiana para a América do Norte preocupava o então Bispo de Placença, Mons. Scalabrini, que pediu à serva de Deus algumas das suas religiosas para irem socorrer aqueles desamparados. Mas a virtuosa fundadora não se decidia a responder, pois pensava nas Missões do Oriente. Foi então consultar o Papa Leão XIII que, após ouvir Francisca, concluiu: “Não ao Oriente mas ao Ocidente”. E desde esse momento ficou decidida a sua partida para Nova Iorque, a qual veio realizar pela primeira vez em 1889.

Quase aos 40 anos de idade, começa uma série ininterrupta de viagens, percorrendo a América inteira, transpondo a cavalo a Cordilheira dos Andes, sendo por toda parte conhecida como a “Mãe dos emigrados”. Ia de casa em casa, a procura da ovelha perdida, do enfermo e da criança ignorante. Lutou denotadamente contra a fome, as enfermidades e a própria morte.

Em 1912 fez a sua última viagem de Roma a Nova Iorque. A santa fundadora das Missionárias do Sagrado Coração morreu em Illinois, perto de Chicago, a 22 de dezembro de 1917, com 67 anos de idade. Igual era o número das casas que então deixara fundadas e que em 1938 subiam a mais de 100, com cerca de 4.000 religiosas.

A fama das suas virtudes e os prodígios por ela operados fizeram que logo após a morte se começasse o processo da sua beatificação, que veio a se realizar em 1938. Foi canonizada pelo Papa Pio XII a 7 de julho de 1946.

Minha oração

“ Ó santa madre, fundadora e missionária, voz que buscaste amar e anunciar o Sagrado Coração de Jesus, permita que nós também tenhamos o mesmo amor para com ele. Tu também foste mãe dos emigrantes, cuidai de cada um deles e os levai para Deus. Amém.”


Santa Francisca Xavier Cabríni, rogai por nós!


segunda-feira, 19 de junho de 2023

Santo do Dia - 19 de junho

 

Santa Ema de Gurk

 A vida de Ema de Gurk teve de ser rastreada pela história com o raciocínio de um pesquisador: contando com poucos traços seguros e interpretando as mais diversas e seculares tradições austríacas. Os  registros afirmam que seus pais eram nobres cristãos e que ela nasceu em 980, na cidade de Karnten, Áustria. Depois, só encontraremos informações de Ema quando já casada, na época do imperador Henrique II.

Ela era esposa do conde de Sann, que pertencia à mais rica nobreza do ducado de Carantania, uma belíssima região das montanhas austríacas, e que tinha um filho chamado Guilherme. Era uma senhora refinada, discreta, generosa e muito religiosa. O marido faleceu em 1016. Vinte anos depois, seu filho também morreu.

Assim, Ema viu-se sozinha com o imponente patrimônio de uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou sua vida para auxiliar os pobres e fundar mosteiros, que colocou sob as regras dos beneditinos. Primeiro fundou o Mosteiro feminino de Gurk e, mais tarde, o Mosteiro masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou para a vida religiosa em Gurk.

Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples beneditina. Entrou em tal reclusão que se tornou impossível pesquisar sobre ela sem usar os textos da tradição cristã. Alguns deles contam que ela teria morrido em 27 de junho de 1045 Entretanto, em 1200, alguns registros foram descobertos indicando que Ema faleceu, bem idosa, em 1070, no Mosteiro de Gurk.

Ela foi sepultada na igreja de Gurk, cuja construção havia patrocinado com a herança do marido. Depois de mais de um século, sempre nessa igreja, seu corpo foi transferido para o interior de uma cripta ladeada por imponentes colunas romanas. O calendário daquela diocese mostra que era venerada no dia 19 de junho.

O fervor dos devotos pelas graças e prodígios alcançados por sua intercessão propagaram a divulgação de sua santidade. Assim, os bispos e os mosteiros iniciaram as providências para oficializar o seu culto. De fato, em 1287, a Igreja beatificou santa Ema de Gurk.

A devoção a ela só aumento ao longo dos tempos, até que, cinco séculos depois, em 1938, o papa Pio XI decretou sua canonização. O culto foi mantido no dia 19 de junho, como os fiéis continuavam tributando-lhe, e esse pontífice também a proclamou Padroeira de Gurk.

A generosidade de santa Ema de Gurk ainda continua viva e presente, por meio do vigor das obras assistenciais desenvolvidas pelos monges beneditinos daqueles mosteiros, e todos os outros espalhados nos cinco continentes que difundem seu exemplo de santidade cristã. 


Santa Ema de Gurk, rogai por nós!


Santos Gervásio e Protásio
 
Entre os muitos méritos de santo Ambrósio, o grande bispo de Milão, está a exaltação e devoção de alguns mártires que ele encontrou por toda sua diocese. Construída no século I, a pastoral de Ambrósio parecia, ainda, abrigar muitos corpos, ocultos, de mártires das perseguições dos séculos precedentes.

Muito célebre se tornou a exumação dos mártires Gervásio e Protásio, depois de uma visão que Ambrósio teve, na qual lhe foi indicado o lugar de suas sepulturas. Ambos foram encontrados em 18 de junho de 386, quando suas lembranças já estavam se perdendo entre os fiéis.

Ambrósio contou, mesmo, com o crédito de seu contemporâneo amigo Agostinho, o bispo de Hipona, que naquele período estava em Milão. No seu livro "Confissões", Agostinho escreveu: "Citado bispo teve uma revelação em visão sobre o lugar onde jaziam os corpos dos mártires Protásio e Gervásio, os quais por muitos anos haviam estado repousando incorruptos, para se apresentarem na hora oportuna e refrear a raiva de uma senhora real".

Ele se referia à imperatriz Justina, que, apoiada por quase toda a corte romana, pretendia transferir Ambrósio para entregar a diocese aos hereges arianos. Mas teve de desistir, pois a comoção popular foi imensa  com o traslado das relíquias, no dia seguinte, feita pelo bispo em intenção litúrgica, a exemplo das cerimônias de traslado litúrgico orientais.

O acontecimento foi inacreditável, arrebatando uma multidão de fiéis, ocorrendo inúmeros milagres e graças. Os dois santos tiveram logo uma notável popularidade. Até mesmo propiciou um grande impulso em todo o mundo cristão do Ocidente, assinalando uma reviravolta decisiva na história da veneração e do culto aos santos e às suas relíquias para toda a Igreja.

A tradição narra-nos que Gervásio e Protásio eram gêmeos e os únicos filhos de Vidal e Valéria, cidadãos da nobreza de Milão. Pais e filhos haviam sido convertidos pelo bispo são Caio. Em vista disso, mandaram construir a igreja de Milão, em 63. Mas depois Vidal e Valéria foram mortos testemunhando a fé, durante o governo do imperador Nero, em 68.

Órfãos dos pais, os dois irmãos venderam todos os bens, entregaram o que arrecadaram ao bispo, para terminar a construção da igreja e distribuir aos pobres, e recolheram-se numa pequena casa afastada, onde passaram dez anos em orações e penitências. Denunciados como cristãos, foram torturados lentamente, e depois assassinados. Gervásio morreu sob os golpes dos chicotes e Protásio, além disso, foi decapitado.

Os irmãos gêmeos Gervásio e Protásio, santos mártires, recebem a veneração litúrgica em 19 de junho, mesmo dia em que suas relíquias foram transferidas para a igreja de Milão, aquela construída por sua família. Em 1874, as relíquias de ambos foram transferidas e colocadas ao lado da sepultura de santo Ambrósio, na igreja a ele dedicada, também em Milão, Itália. 


Santos Gervásio e Protásio, rogai por nós!



 Santa Juliana Falconieri
Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima dinastia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e, pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", ingressou no Reino de Deus.

Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.

Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte. 


Santa Juliana Falconieri, rogai por nós!

São Romualdo

Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo

Fundador da Ordem Camaldulense


Nasceu em Ravena (Itália) no ano de 952. Deixou-se influenciar livremente numa vida distante do Evangelho. Sua juventude era feita de caça, exercícios bélicos e diversões. A diversão era o centro de sua vida. A vaidade era o seu deus. Uma vida sem sentido acompanhava aquele jovem.

Um acontecimento foi o ponto da “virada” em sua história: seu pai tinha um temperamento nervoso e matou, na presença de Romualdo, um inimigo pessoal. Foi nesta altura que Romualdo percebeu os caminhos e ambições que a sua família vivia, e começou a repensar sua história, ao ponto de se dirigir para uma alta montanha e lá conhecer um Mosteiro Beneditino, onde pediu acolhida para reflexão.

Ficou ali durante três anos e tornou-se monge. Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo. Deus quis dele ainda mais: fez dele fundador da Ordem Camaldulense, marcada pelo silêncio, pelo trabalho e pela penitência.

São Romualdo formou dois homens em sua Ordem que se tornaram Papas.
Com 75 anos, já estava consumido na vivência do carisma de sua Ordem. Viveu a radicalidade do Evangelho pela ação do Espírito Santo.

Peçamos a transformação de nosso coração e que Jesus seja o centro de nossa vida.

A minha oração

“Ó santo abade, que nossa vida esteja escondida em Jesus e n’Ele possamos encontrar sentido perene. Mesmo na solidão ou desavença, viver o amor dedicado a Jesus onde ele nos indicar.” Amém!


São Romualdo, rogai por nós!


quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Santo do Dia - 22 de dezembro

Santa Francisca Xavier Cabrini

 Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus

Chamada por Pio XII de “heroína dos tempos modernos”, Santa Francisca nasceu em Sant’Angelo de Lódi, na Lombardia, Itália, em 1850. Última dos 13 filhos de Agostinho Cabríni e Estela Oldini, recebeu no batismo o nome de Maria Francisca, ao qual mais tarde ajuntou o de Xavier, pelo seu amor e veneração ao apóstolo das Índias.

Aos 11 anos fez voto de castidade. Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus, em Arluno, terminando-a aos 18 anos. Sentindo vocação divina, pretendeu entrar para essa Congregação religiosa, mas foi recusada por falta de saúde.

Exerceu durante dois anos o cargo de professora primária em Vidardo e durante três anos dedicou-se na sua terra à instrução religiosa da juventude e ao tratamento dos enfermos e daqueles que eram atingidos pela peste. Aos 23 anos tentou mais uma vez ser religiosa nas Filhas do Sagrado Coração, mas de novo obteve uma negativa.

Após isso, Santa Francisca transladou-se à “Casa da Providência” em Codogno, a fim de a reformar, pois estava em franca decadência. Fez a profissão em 1877 e a partir disso, em meio a grandes tribulações e sofrimentos, ela encontrou as sete primeiras companheiras de sua futura Obra.

Três anos mais tarde, fundou uma nova Congregação religiosa. A 10 de novembro de 1880 alojou-se, com sete companheiras, num desmantelado Convento franciscano, onde, a 14 do mesmo mês, deu princípio ao novo Instituto, com a inauguração de uma capela em honra ao Sagrado Coração de Jesus. Um mês mais tarde, a sua Obra recebia a aprovação episcopal. Francisca contava então 30 anos.

Enquanto se dedicava com as companheiras à educação das meninas e à catequização dos rapazes, foi compondo as regras do seu Instituto, obra de prudência sobre-humana, que recebeu aprovação episcopal em 1881 e a definitiva da Santa Sé em 1907. Em 1884, com 7 anos de vida, a Obra já contava com cinco casas.

Em 1887, partiu para Roma onde, a princípio, só encontrou dificuldades e portas fechadas até que, com fé, simplicidade e perseverança, Santa Francisca obteve a autorização do Cardeal Vigário para construir uma escola gratuita para pobres fora da Porta Pia e um asilo infantil na Sabina, em Aspra.

O problema da emigração italiana para a América do Norte preocupava o então Bispo de Placença, Mons. Scalabrini, que pediu à serva de Deus algumas das suas religiosas para irem socorrer aqueles desamparados. Mas a virtuosa fundadora não se decidia a responder, pois pensava nas Missões do Oriente. Foi então consultar o Papa Leão XIII que, após ouvir Francisca, concluiu: “Não ao Oriente mas ao Ocidente”. E desde esse momento ficou decidida a sua partida para Nova Iorque, a qual veio realizar pela primeira vez em 1889.

Quase aos 40 anos de idade, começa uma série ininterrupta de viagens, percorrendo a América inteira, transpondo a cavalo a Cordilheira dos Andes, sendo por toda parte conhecida como a “Mãe dos emigrados”. Ia de casa em casa, a procura da ovelha perdida, do enfermo e da criança ignorante. Lutou denotadamente contra a fome, as enfermidades e a própria morte.

Em 1912 fez a sua última viagem de Roma a Nova Iorque. A santa fundadora das Missionárias do Sagrado Coração morreu em Illinois, perto de Chicago, a 22 de dezembro de 1917, com 67 anos de idade. Igual era o número das casas que então deixara fundadas e que em 1938 subiam a mais de 100, com cerca de 4.000 religiosas.

A fama das suas virtudes e os prodígios por ela operados fizeram que logo após a morte se começasse o processo da sua beatificação, que veio a se realizar em 1938. Foi canonizada pelo Papa Pio XII a 7 de julho de 1946.

Minha oração

“ Ó santa madre, fundadora e missionária, voz que buscaste amar e anunciar o Sagrado Coração de Jesus, permita que nós também tenhamos o mesmo amor para com ele. Tu também foste mãe dos emigrantes, cuidai de cada um deles e os levai para Deus. Amém.”

 

Santa Francisca Xavier Cabríni, rogai por nós!


quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

22 de dezembro - Santo do Dia

Santa Francisca Xavier Cabríni

 Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus

Chamada por Pio XII de “heroína dos tempos modernos”, Santa Francisca nasceu em Sant’Angelo de Lódi, na Lombardia, Itália, em 1850. Última dos 13 filhos de Agostinho Cabríni e Estela Oldini, recebeu no batismo o nome de Maria Francisca, ao qual mais tarde ajuntou o de Xavier, pelo seu amor e veneração ao apóstolo das Índias.

Aos 11 anos fez voto de castidade. Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus, em Arluno, terminando-a aos 18 anos. Sentindo vocação divina, pretendeu entrar para essa Congregação religiosa, mas foi recusada por falta de saúde.

Exerceu durante dois anos o cargo de professora primária em Vidardo e durante três anos dedicou-se na sua terra à instrução religiosa da juventude e ao tratamento dos enfermos e daqueles que eram atingidos pela peste. Aos 23 anos tentou mais uma vez ser religiosa nas Filhas do Sagrado Coração, mas de novo obteve uma negativa.

Após isso, Santa Francisca transladou-se à “Casa da Providência” em Codogno, a fim de a reformar, pois estava em franca decadência. Fez a profissão em 1877 e a partir disso, em meio a grandes tribulações e sofrimentos, ela encontrou as sete primeiras companheiras de sua futura Obra.

Três anos mais tarde, fundou uma nova Congregação religiosa. A 10 de novembro de 1880 alojou-se, com sete companheiras, num desmantelado Convento franciscano, onde, a 14 do mesmo mês, deu princípio ao novo Instituto, com a inauguração de uma capela em honra ao Sagrado Coração de Jesus. Um mês mais tarde, a sua Obra recebia a aprovação episcopal. Francisca contava então 30 anos.

Enquanto se dedicava com as companheiras à educação das meninas e à catequização dos rapazes, foi compondo as regras do seu Instituto, obra de prudência sobre-humana, que recebeu aprovação episcopal em 1881 e a definitiva da Santa Sé em 1907. Em 1884, com 7 anos de vida, a Obra já contava com cinco casas.

Em 1887, partiu para Roma onde, a princípio, só encontrou dificuldades e portas fechadas até que, com fé, simplicidade e perseverança, Santa Francisca obteve a autorização do Cardeal Vigário para construir uma escola gratuita para pobres fora da Porta Pia e um asilo infantil na Sabina, em Aspra.

O problema da emigração italiana para a América do Norte preocupava o então Bispo de Placença, Mons. Scalabrini, que pediu à serva de Deus algumas das suas religiosas para irem socorrer aqueles desamparados. Mas a virtuosa fundadora não se decidia a responder, pois pensava nas Missões do Oriente. Foi então consultar o Papa Leão XIII que, após ouvir Francisca, concluiu: “Não ao Oriente mas ao Ocidente”. E desde esse momento ficou decidida a sua partida para Nova Iorque, a qual veio realizar pela primeira vez em 1889.

Quase aos 40 anos de idade, começa uma série ininterrupta de viagens, percorrendo a América inteira, transpondo a cavalo a Cordilheira dos Andes, sendo por toda parte conhecida como a “Mãe dos emigrados”. Ia de casa em casa, a procura da ovelha perdida, do enfermo e da criança ignorante. Lutou denotadamente contra a fome, as enfermidades e a própria morte.

Em 1912 fez a sua última viagem de Roma a Nova Iorque. A santa fundadora das Missionárias do Sagrado Coração morreu em Illinois, perto de Chicago, a 22 de dezembro de 1917, com 67 anos de idade. Igual era o número das casas que então deixara fundadas e que em 1938 subiam a mais de 100, com cerca de 4.000 religiosas.

A fama das suas virtudes e os prodígios por ela operados fizeram que logo após a morte se começasse o processo da sua beatificação, que veio a se realizar em 1938. Foi canonizada pelo Papa Pio XII a 7 de julho de 1946.

Santa Francisca Xavier Cabríni, rogai por nós!


sábado, 19 de junho de 2021

Santo do Dia - 19 de junho

Santa Ema de Gurk

 A vida de Ema de Gurk teve de ser rastreada pela história com o raciocínio de um pesquisador: contando com poucos traços seguros e interpretando as mais diversas e seculares tradições austríacas. Os  registros afirmam que seus pais eram nobres cristãos e que ela nasceu em 980, na cidade de Karnten, Áustria. Depois, só encontraremos informações de Ema quando já casada, na época do imperador Henrique II.

Ela era esposa do conde de Sann, que pertencia à mais rica nobreza do ducado de Carantania, uma belíssima região das montanhas austríacas, e que tinha um filho chamado Guilherme. Era uma senhora refinada, discreta, generosa e muito religiosa. O marido faleceu em 1016. Vinte anos depois, seu filho também morreu.

Assim, Ema viu-se sozinha com o imponente patrimônio de uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou sua vida para auxiliar os pobres e fundar mosteiros, que colocou sob as regras dos beneditinos. Primeiro fundou o Mosteiro feminino de Gurk e, mais tarde, o Mosteiro masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou para a vida religiosa em Gurk.

Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples beneditina. Entrou em tal reclusão que se tornou impossível pesquisar sobre ela sem usar os textos da tradição cristã. Alguns deles contam que ela teria morrido em 27 de junho de 1045 Entretanto, em 1200, alguns registros foram descobertos indicando que Ema faleceu, bem idosa, em 1070, no Mosteiro de Gurk.

Ela foi sepultada na igreja de Gurk, cuja construção havia patrocinado com a herança do marido. Depois de mais de um século, sempre nessa igreja, seu corpo foi transferido para o interior de uma cripta ladeada por imponentes colunas romanas. O calendário daquela diocese mostra que era venerada no dia 19 de junho.

O fervor dos devotos pelas graças e prodígios alcançados por sua intercessão propagaram a divulgação de sua santidade. Assim, os bispos e os mosteiros iniciaram as providências para oficializar o seu culto. De fato, em 1287, a Igreja beatificou santa Ema de Gurk.

A devoção a ela só aumento ao longo dos tempos, até que, cinco séculos depois, em 1938, o papa Pio XI decretou sua canonização. O culto foi mantido no dia 19 de junho, como os fiéis continuavam tributando-lhe, e esse pontífice também a proclamou Padroeira de Gurk.

A generosidade de santa Ema de Gurk ainda continua viva e presente, por meio do vigor das obras assistenciais desenvolvidas pelos monges beneditinos daqueles mosteiros, e todos os outros espalhados nos cinco continentes que difundem seu exemplo de santidade cristã. 


Santa Ema de Gurk, rogai por nós!


Santos Gervásio e Protásio
 
Entre os muitos méritos de santo Ambrósio, o grande bispo de Milão, está a exaltação e devoção de alguns mártires que ele encontrou por toda sua diocese. Construída no século I, a pastoral de Ambrósio parecia, ainda, abrigar muitos corpos, ocultos, de mártires das perseguições dos séculos precedentes.

Muito célebre se tornou a exumação dos mártires Gervásio e Protásio, depois de uma visão que Ambrósio teve, na qual lhe foi indicado o lugar de suas sepulturas. Ambos foram encontrados em 18 de junho de 386, quando suas lembranças já estavam se perdendo entre os fiéis.

Ambrósio contou, mesmo, com o crédito de seu contemporâneo amigo Agostinho, o bispo de Hipona, que naquele período estava em Milão. No seu livro "Confissões", Agostinho escreveu: "Citado bispo teve uma revelação em visão sobre o lugar onde jaziam os corpos dos mártires Protásio e Gervásio, os quais por muitos anos haviam estado repousando incorruptos, para se apresentarem na hora oportuna e refrear a raiva de uma senhora real".

Ele se referia à imperatriz Justina, que, apoiada por quase toda a corte romana, pretendia transferir Ambrósio para entregar a diocese aos hereges arianos. Mas teve de desistir, pois a comoção popular foi imensa  com o traslado das relíquias, no dia seguinte, feita pelo bispo em intenção litúrgica, a exemplo das cerimônias de traslado litúrgico orientais.

O acontecimento foi inacreditável, arrebatando uma multidão de fiéis, ocorrendo inúmeros milagres e graças. Os dois santos tiveram logo uma notável popularidade. Até mesmo propiciou um grande impulso em todo o mundo cristão do Ocidente, assinalando uma reviravolta decisiva na história da veneração e do culto aos santos e às suas relíquias para toda a Igreja.

A tradição narra-nos que Gervásio e Protásio eram gêmeos e os únicos filhos de Vidal e Valéria, cidadãos da nobreza de Milão. Pais e filhos haviam sido convertidos pelo bispo são Caio. Em vista disso, mandaram construir a igreja de Milão, em 63. Mas depois Vidal e Valéria foram mortos testemunhando a fé, durante o governo do imperador Nero, em 68.

Órfãos dos pais, os dois irmãos venderam todos os bens, entregaram o que arrecadaram ao bispo, para terminar a construção da igreja e distribuir aos pobres, e recolheram-se numa pequena casa afastada, onde passaram dez anos em orações e penitências. Denunciados como cristãos, foram torturados lentamente, e depois assassinados. Gervásio morreu sob os golpes dos chicotes e Protásio, além disso, foi decapitado.

Os irmãos gêmeos Gervásio e Protásio, santos mártires, recebem a veneração litúrgica em 19 de junho, mesmo dia em que suas relíquias foram transferidas para a igreja de Milão, aquela construída por sua família. Em 1874, as relíquias de ambos foram transferidas e colocadas ao lado da sepultura de santo Ambrósio, na igreja a ele dedicada, também em Milão, Itália. 


Santos Gervásio e Protásio, rogai por nós!



 Santa Juliana Falconieri
Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima dinastia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e, pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", ingressou no Reino de Deus.

Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.

Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte. 


Santa Juliana Falconieri, rogai por nós!

São Romualdo

Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo

Fundador da Ordem Camaldulense


Nasceu em Ravena (Itália) no ano de 952. Deixou-se influenciar livremente numa vida distante do Evangelho. Sua juventude era feita de caça, exercícios bélicos e diversões. A diversão era o centro de sua vida. A vaidade era o seu deus. Uma vida sem sentido acompanhava aquele jovem.

Um acontecimento foi o ponto da “virada” em sua história: seu pai tinha um temperamento nervoso e matou, na presença de Romualdo, um inimigo pessoal. Foi nesta altura que Romualdo percebeu os caminhos e ambições que a sua família vivia, e começou a repensar sua história, ao ponto de se dirigir para uma alta montanha e lá conhecer um Mosteiro Beneditino, onde pediu acolhida para reflexão.

Ficou ali durante três anos e tornou-se monge. Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo. Deus quis dele ainda mais: fez dele fundador da Ordem Camaldulense, marcada pelo silêncio, pelo trabalho e pela penitência.

São Romualdo formou dois homens em sua Ordem que se tornaram Papas.
Com 75 anos, já estava consumido na vivência do carisma de sua Ordem. Viveu a radicalidade do Evangelho pela ação do Espírito Santo.

Peçamos a transformação de nosso coração e que Jesus seja o centro de nossa vida.

São Romualdo, rogai por nós!

 

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Santo do dia - 19 de junho

Santa Ema de Gurk

 A vida de Ema de Gurk teve de ser rastreada pela história com o raciocínio de um pesquisador: contando com poucos traços seguros e interpretando as mais diversas e seculares tradições austríacas. Os registros afirmam que seus pais eram nobres cristãos e que ela nasceu em 980, na cidade de Karnten, Áustria. Depois, só encontraremos informações de Ema quando já casada, na época do imperador Henrique II.

Ela era esposa do conde de Sann, que pertencia à mais rica nobreza do ducado de Carantania, uma belíssima região das montanhas austríacas, e que tinha um filho chamado Guilherme. Era uma senhora refinada, discreta, generosa e muito religiosa. O marido faleceu em 1016. Vinte anos depois, seu filho também morreu.

Assim, Ema viu-se sozinha com o imponente patrimônio de uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou sua vida para auxiliar os pobres e fundar mosteiros, que colocou sob as regras dos beneditinos. Primeiro fundou o Mosteiro feminino de Gurk e, mais tarde, o Mosteiro masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou para a vida religiosa em Gurk.

Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples beneditina. Entrou em tal reclusão que se tornou impossível pesquisar sobre ela sem usar os textos da tradição cristã. Alguns deles contam que ela teria morrido em 27 de junho de 1045 Entretanto, em 1200, alguns registros foram descobertos indicando que Ema faleceu, bem idosa, em 1070, no Mosteiro de Gurk.

Ela foi sepultada na igreja de Gurk, cuja construção havia patrocinado com a herança do marido. Depois de mais de um século, sempre nessa igreja, seu corpo foi transferido para o interior de uma cripta ladeada por imponentes colunas romanas. O calendário daquela diocese mostra que era venerada no dia 19 de junho.

O fervor dos devotos pelas graças e prodígios alcançados por sua intercessão propagaram a divulgação de sua santidade. Assim, os bispos e os mosteiros iniciaram as providências para oficializar o seu culto. De fato, em 1287, a Igreja beatificou santa Ema de Gurk.

A devoção a ela só aumento ao longo dos tempos, até que, cinco séculos depois, em 1938, o papa Pio XI decretou sua canonização. O culto foi mantido no dia 19 de junho, como os fiéis continuavam tributando-lhe, e esse pontífice também a proclamou Padroeira de Gurk.

A generosidade de santa Ema de Gurk ainda continua viva e presente, por meio do vigor das obras assistenciais desenvolvidas pelos monges beneditinos daqueles mosteiros, e todos os outros espalhados nos cinco continentes que difundem seu exemplo de santidade cristã. 


Santa Ema de Gurk, rogai por nós!


Santos Gervásio e Protásio
 
Entre os muitos méritos de santo Ambrósio, o grande bispo de Milão, está a exaltação e devoção de alguns mártires que ele encontrou por toda sua diocese. Construída no século I, a pastoral de Ambrósio parecia, ainda, abrigar muitos corpos, ocultos, de mártires das perseguições dos séculos precedentes.

Muito célebre se tornou a exumação dos mártires Gervásio e Protásio, depois de uma visão que Ambrósio teve, na qual lhe foi indicado o lugar de suas sepulturas. Ambos foram encontrados em 18 de junho de 386, quando suas lembranças já estavam se perdendo entre os fiéis.

Ambrósio contou, mesmo, com o crédito de seu contemporâneo amigo Agostinho, o bispo de Hipona, que naquele período estava em Milão. No seu livro "Confissões", Agostinho escreveu: "Citado bispo teve uma revelação em visão sobre o lugar onde jaziam os corpos dos mártires Protásio e Gervásio, os quais por muitos anos haviam estado repousando incorruptos, para se apresentarem na hora oportuna e refrear a raiva de uma senhora real".

Ele se referia à imperatriz Justina, que, apoiada por quase toda a corte romana, pretendia transferir Ambrósio para entregar a diocese aos hereges arianos. Mas teve de desistir, pois a comoção popular foi imensa com o traslado das relíquias, no dia seguinte, feita pelo bispo em intenção litúrgica, a exemplo das cerimônias de traslado litúrgico orientais.

O acontecimento foi inacreditável, arrebatando uma multidão de fiéis, ocorrendo inúmeros milagres e graças. Os dois santos tiveram logo uma notável popularidade. Até mesmo propiciou um grande impulso em todo o mundo cristão do Ocidente, assinalando uma reviravolta decisiva na história da veneração e do culto aos santos e às suas relíquias para toda a Igreja.

A tradição narra-nos que Gervásio e Protásio eram gêmeos e os únicos filhos de Vidal e Valéria, cidadãos da nobreza de Milão. Pais e filhos haviam sido convertidos pelo bispo são Caio. Em vista disso, mandaram construir a igreja de Milão, em 63. Mas depois Vidal e Valéria foram mortos testemunhando a fé, durante o governo do imperador Nero, em 68.

Órfãos dos pais, os dois irmãos venderam todos os bens, entregaram o que arrecadaram ao bispo, para terminar a construção da igreja e distribuir aos pobres, e recolheram-se numa pequena casa afastada, onde passaram dez anos em orações e penitências. Denunciados como cristãos, foram torturados lentamente, e depois assassinados. Gervásio morreu sob os golpes dos chicotes e Protásio, além disso, foi decapitado.

Os irmãos gêmeos Gervásio e Protásio, santos mártires, recebem a veneração litúrgica em 19 de junho, mesmo dia em que suas relíquias foram transferidas para a igreja de Milão, aquela construída por sua família. Em 1874, as relíquias de ambos foram transferidas e colocadas ao lado da sepultura de santo Ambrósio, na igreja a ele dedicada, também em Milão, Itália. 


Santos Gervásio e Protásio, rogai por nós!
 
 

 Santa Juliana Falconieri
Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima dinastia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e, pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", ingressou no Reino de Deus.

Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.

Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte. 


Santa Juliana Falconieri, rogai por nós!

São Romualdo

Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo

Fundador da Ordem Camaldulense


Nasceu em Ravena (Itália) no ano de 952. Deixou-se influenciar livremente numa vida distante do Evangelho. Sua juventude era feita de caça, exercícios bélicos e diversões. A diversão era o centro de sua vida. A vaidade era o seu deus. Uma vida sem sentido acompanhava aquele jovem.

Um acontecimento foi o ponto da “virada” em sua história: seu pai tinha um temperamento nervoso e matou, na presença de Romualdo, um inimigo pessoal. Foi nesta altura que Romualdo percebeu os caminhos e ambições que a sua família vivia, e começou a repensar sua história, ao ponto de se dirigir para uma alta montanha e lá conhecer um Mosteiro Beneditino, onde pediu acolhida para reflexão.

Ficou ali durante três anos e tornou-se monge. Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo. Deus quis dele ainda mais: fez dele fundador da Ordem Camaldulense, marcada pelo silêncio, pelo trabalho e pela penitência.

São Romualdo formou dois homens em sua Ordem que se tornaram Papas.
Com 75 anos, já estava consumido na vivência do carisma de sua Ordem. Viveu a radicalidade do Evangelho pela ação do Espírito Santo.

Peçamos a transformação de nosso coração e que Jesus seja o centro de nossa vida.

São Romualdo, rogai por nós!

terça-feira, 19 de junho de 2018

Santo do dia - 19 de junho

Santa Ema de Gurk

 A vida de Ema de Gurk teve de ser rastreada pela história com o raciocínio de um pesquisador: contando com poucos traços seguros e interpretando as mais diversas e seculares tradições austríacas. Os registros afirmam que seus pais eram nobres cristãos e que ela nasceu em 980, na cidade de Karnten, Áustria. Depois, só encontraremos informações de Ema quando já casada, na época do imperador Henrique II.

Ela era esposa do conde de Sann, que pertencia à mais rica nobreza do ducado de Carantania, uma belíssima região das montanhas austríacas, e que tinha um filho chamado Guilherme. Era uma senhora refinada, discreta, generosa e muito religiosa. O marido faleceu em 1016. Vinte anos depois, seu filho também morreu.

Assim, Ema viu-se sozinha com o imponente patrimônio de uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou sua vida para auxiliar os pobres e fundar mosteiros, que colocou sob as regras dos beneditinos. Primeiro fundou o Mosteiro feminino de Gurk e, mais tarde, o Mosteiro masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou para a vida religiosa em Gurk.

Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples beneditina. Entrou em tal reclusão que se tornou impossível pesquisar sobre ela sem usar os textos da tradição cristã. Alguns deles contam que ela teria morrido em 27 de junho de 1045 Entretanto, em 1200, alguns registros foram descobertos indicando que Ema faleceu, bem idosa, em 1070, no Mosteiro de Gurk.

Ela foi sepultada na igreja de Gurk, cuja construção havia patrocinado com a herança do marido. Depois de mais de um século, sempre nessa igreja, seu corpo foi transferido para o interior de uma cripta ladeada por imponentes colunas romanas. O calendário daquela diocese mostra que era venerada no dia 19 de junho.

O fervor dos devotos pelas graças e prodígios alcançados por sua intercessão propagaram a divulgação de sua santidade. Assim, os bispos e os mosteiros iniciaram as providências para oficializar o seu culto. De fato, em 1287, a Igreja beatificou santa Ema de Gurk.

A devoção a ela só aumento ao longo dos tempos, até que, cinco séculos depois, em 1938, o papa Pio XI decretou sua canonização. O culto foi mantido no dia 19 de junho, como os fiéis continuavam tributando-lhe, e esse pontífice também a proclamou Padroeira de Gurk.

A generosidade de santa Ema de Gurk ainda continua viva e presente, por meio do vigor das obras assistenciais desenvolvidas pelos monges beneditinos daqueles mosteiros, e todos os outros espalhados nos cinco continentes que difundem seu exemplo de santidade cristã. 


Santa Ema de Gurk, rogai por nós!


Santos Gervásio e Protásio
 
Entre os muitos méritos de santo Ambrósio, o grande bispo de Milão, está a exaltação e devoção de alguns mártires que ele encontrou por toda sua diocese. Construída no século I, a pastoral de Ambrósio parecia, ainda, abrigar muitos corpos, ocultos, de mártires das perseguições dos séculos precedentes.

Muito célebre se tornou a exumação dos mártires Gervásio e Protásio, depois de uma visão que Ambrósio teve, na qual lhe foi indicado o lugar de suas sepulturas. Ambos foram encontrados em 18 de junho de 386, quando suas lembranças já estavam se perdendo entre os fiéis.

Ambrósio contou, mesmo, com o crédito de seu contemporâneo amigo Agostinho, o bispo de Hipona, que naquele período estava em Milão. No seu livro "Confissões", Agostinho escreveu: "Citado bispo teve uma revelação em visão sobre o lugar onde jaziam os corpos dos mártires Protásio e Gervásio, os quais por muitos anos haviam estado repousando incorruptos, para se apresentarem na hora oportuna e refrear a raiva de uma senhora real".

Ele se referia à imperatriz Justina, que, apoiada por quase toda a corte romana, pretendia transferir Ambrósio para entregar a diocese aos hereges arianos. Mas teve de desistir, pois a comoção popular foi imensa com o traslado das relíquias, no dia seguinte, feita pelo bispo em intenção litúrgica, a exemplo das cerimônias de traslado litúrgico orientais.

O acontecimento foi inacreditável, arrebatando uma multidão de fiéis, ocorrendo inúmeros milagres e graças. Os dois santos tiveram logo uma notável popularidade. Até mesmo propiciou um grande impulso em todo o mundo cristão do Ocidente, assinalando uma reviravolta decisiva na história da veneração e do culto aos santos e às suas relíquias para toda a Igreja.

A tradição narra-nos que Gervásio e Protásio eram gêmeos e os únicos filhos de Vidal e Valéria, cidadãos da nobreza de Milão. Pais e filhos haviam sido convertidos pelo bispo são Caio. Em vista disso, mandaram construir a igreja de Milão, em 63. Mas depois Vidal e Valéria foram mortos testemunhando a fé, durante o governo do imperador Nero, em 68.

Órfãos dos pais, os dois irmãos venderam todos os bens, entregaram o que arrecadaram ao bispo, para terminar a construção da igreja e distribuir aos pobres, e recolheram-se numa pequena casa afastada, onde passaram dez anos em orações e penitências. Denunciados como cristãos, foram torturados lentamente, e depois assassinados. Gervásio morreu sob os golpes dos chicotes e Protásio, além disso, foi decapitado.

Os irmãos gêmeos Gervásio e Protásio, santos mártires, recebem a veneração litúrgica em 19 de junho, mesmo dia em que suas relíquias foram transferidas para a igreja de Milão, aquela construída por sua família. Em 1874, as relíquias de ambos foram transferidas e colocadas ao lado da sepultura de santo Ambrósio, na igreja a ele dedicada, também em Milão, Itália. 


Santos Gervásio e Protásio, rogai por nós!
 
 

 Santa Juliana Falconieri
Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima dinastia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e, pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", ingressou no Reino de Deus.

Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.

Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte. 


Santa Juliana Falconieri, rogai por nós!

São Romualdo

Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo

Nasceu em Ravena (Itália) no ano de 952. Deixou-se influenciar livremente numa vida distante do Evangelho. Sua juventude era feita de caça, exercícios bélicos e diversões. A diversão era o centro de sua vida. A vaidade era o seu deus. Uma vida sem sentido acompanhava aquele jovem.

Um acontecimento foi o ponto da “virada” em sua história: seu pai tinha um temperamento nervoso e matou, na presença de Romualdo, um inimigo pessoal. Foi nesta altura que Romualdo percebeu os caminhos e ambições que a sua família vivia, e começou a repensar sua história, ao ponto de se dirigir para uma alta montanha e lá conhecer um Mosteiro Beneditino, onde pediu acolhida para reflexão.

Ficou ali durante três anos e tornou-se monge. Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo. Deus quis dele ainda mais: fez dele fundador da Ordem Camaldulense, marcada pelo silêncio, pelo trabalho e pela penitência.

São Romualdo formou dois homens em sua Ordem que se tornaram Papas.
Com 75 anos, já estava consumido na vivência do carisma de sua Ordem. Viveu a radicalidade do Evangelho pela ação do Espírito Santo.

Peçamos a transformação de nosso coração e que Jesus seja o centro de nossa vida.

São Romualdo, rogai por nós!

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Santo do dia - 19 de junho

Santa Ema de Gurk

 A vida de Ema de Gurk teve de ser rastreada pela história com o raciocínio de um pesquisador: contando com poucos traços seguros e interpretando as mais diversas e seculares tradições austríacas. Os registros afirmam que seus pais eram nobres cristãos e que ela nasceu em 980, na cidade de Karnten, Áustria. Depois, só encontraremos informações de Ema quando já casada, na época do imperador Henrique II.

Ela era esposa do conde de Sann, que pertencia à mais rica nobreza do ducado de Carantania, uma belíssima região das montanhas austríacas, e que tinha um filho chamado Guilherme. Era uma senhora refinada, discreta, generosa e muito religiosa. O marido faleceu em 1016. Vinte anos depois, seu filho também morreu.

Assim, Ema viu-se sozinha com o imponente patrimônio de uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou sua vida para auxiliar os pobres e fundar mosteiros, que colocou sob as regras dos beneditinos. Primeiro fundou o Mosteiro feminino de Gurk e, mais tarde, o Mosteiro masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou para a vida religiosa em Gurk.

Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples beneditina. Entrou em tal reclusão que se tornou impossível pesquisar sobre ela sem usar os textos da tradição cristã. Alguns deles contam que ela teria morrido em 27 de junho de 1045 Entretanto, em 1200, alguns registros foram descobertos indicando que Ema faleceu, bem idosa, em 1070, no Mosteiro de Gurk.

Ela foi sepultada na igreja de Gurk, cuja construção havia patrocinado com a herança do marido. Depois de mais de um século, sempre nessa igreja, seu corpo foi transferido para o interior de uma cripta ladeada por imponentes colunas romanas. O calendário daquela diocese mostra que era venerada no dia 19 de junho.

O fervor dos devotos pelas graças e prodígios alcançados por sua intercessão propagaram a divulgação de sua santidade. Assim, os bispos e os mosteiros iniciaram as providências para oficializar o seu culto. De fato, em 1287, a Igreja beatificou santa Ema de Gurk.

A devoção a ela só aumento ao longo dos tempos, até que, cinco séculos depois, em 1938, o papa Pio XI decretou sua canonização. O culto foi mantido no dia 19 de junho, como os fiéis continuavam tributando-lhe, e esse pontífice também a proclamou Padroeira de Gurk.

A generosidade de santa Ema de Gurk ainda continua viva e presente, por meio do vigor das obras assistenciais desenvolvidas pelos monges beneditinos daqueles mosteiros, e todos os outros espalhados nos cinco continentes que difundem seu exemplo de santidade cristã. 


Santa Ema de Gurk, rogai por nós!


Santos Gervásio e Protásio
 
Entre os muitos méritos de santo Ambrósio, o grande bispo de Milão, está a exaltação e devoção de alguns mártires que ele encontrou por toda sua diocese. Construída no século I, a pastoral de Ambrósio parecia, ainda, abrigar muitos corpos, ocultos, de mártires das perseguições dos séculos precedentes.

Muito célebre se tornou a exumação dos mártires Gervásio e Protásio, depois de uma visão que Ambrósio teve, na qual lhe foi indicado o lugar de suas sepulturas. Ambos foram encontrados em 18 de junho de 386, quando suas lembranças já estavam se perdendo entre os fiéis.

Ambrósio contou, mesmo, com o crédito de seu contemporâneo amigo Agostinho, o bispo de Hipona, que naquele período estava em Milão. No seu livro "Confissões", Agostinho escreveu: "Citado bispo teve uma revelação em visão sobre o lugar onde jaziam os corpos dos mártires Protásio e Gervásio, os quais por muitos anos haviam estado repousando incorruptos, para se apresentarem na hora oportuna e refrear a raiva de uma senhora real".

Ele se referia à imperatriz Justina, que, apoiada por quase toda a corte romana, pretendia transferir Ambrósio para entregar a diocese aos hereges arianos. Mas teve de desistir, pois a comoção popular foi imensa com o traslado das relíquias, no dia seguinte, feita pelo bispo em intenção litúrgica, a exemplo das cerimônias de traslado litúrgico orientais.

O acontecimento foi inacreditável, arrebatando uma multidão de fiéis, ocorrendo inúmeros milagres e graças. Os dois santos tiveram logo uma notável popularidade. Até mesmo propiciou um grande impulso em todo o mundo cristão do Ocidente, assinalando uma reviravolta decisiva na história da veneração e do culto aos santos e às suas relíquias para toda a Igreja.

A tradição narra-nos que Gervásio e Protásio eram gêmeos e os únicos filhos de Vidal e Valéria, cidadãos da nobreza de Milão. Pais e filhos haviam sido convertidos pelo bispo são Caio. Em vista disso, mandaram construir a igreja de Milão, em 63. Mas depois Vidal e Valéria foram mortos testemunhando a fé, durante o governo do imperador Nero, em 68.

Órfãos dos pais, os dois irmãos venderam todos os bens, entregaram o que arrecadaram ao bispo, para terminar a construção da igreja e distribuir aos pobres, e recolheram-se numa pequena casa afastada, onde passaram dez anos em orações e penitências. Denunciados como cristãos, foram torturados lentamente, e depois assassinados. Gervásio morreu sob os golpes dos chicotes e Protásio, além disso, foi decapitado.

Os irmãos gêmeos Gervásio e Protásio, santos mártires, recebem a veneração litúrgica em 19 de junho, mesmo dia em que suas relíquias foram transferidas para a igreja de Milão, aquela construída por sua família. Em 1874, as relíquias de ambos foram transferidas e colocadas ao lado da sepultura de santo Ambrósio, na igreja a ele dedicada, também em Milão, Itália. 


Santos Gervásio e Protásio, rogai por nós!
 
 

 Santa Juliana Falconieri
Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima dinastia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e, pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", ingressou no Reino de Deus.

Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.

Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte. 


Santa Juliana Falconieri, rogai por nós!

São Romualdo

Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo

Nasceu em Ravena (Itália) no ano de 952. Deixou-se influenciar livremente numa vida distante do Evangelho. Sua juventude era feita de caça, exercícios bélicos e diversões. A diversão era o centro de sua vida. A vaidade era o seu deus. Uma vida sem sentido acompanhava aquele jovem.

Um acontecimento foi o ponto da “virada” em sua história: seu pai tinha um temperamento nervoso e matou, na presença de Romualdo, um inimigo pessoal. Foi nesta altura que Romualdo percebeu os caminhos e ambições que a sua família vivia, e começou a repensar sua história, ao ponto de se dirigir para uma alta montanha e lá conhecer um Mosteiro Beneditino, onde pediu acolhida para reflexão.

Ficou ali durante três anos e tornou-se monge. Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo. Deus quis dele ainda mais: fez dele fundador da Ordem Camaldulense, marcada pelo silêncio, pelo trabalho e pela penitência.

São Romualdo formou dois homens em sua Ordem que se tornaram Papas.
Com 75 anos, já estava consumido na vivência do carisma de sua Ordem. Viveu a radicalidade do Evangelho pela ação do Espírito Santo.

Peçamos a transformação de nosso coração e que Jesus seja o centro de nossa vida.

São Romualdo, rogai por nós!