Santa Francisca Xavier Cabrini
Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus
Chamada por Pio XII de “heroína dos tempos modernos”, Santa Francisca
nasceu em Sant’Angelo de Lódi, na Lombardia, Itália, em 1850. Última
dos 13 filhos de Agostinho Cabríni e Estela Oldini, recebeu no batismo o
nome de Maria Francisca, ao qual mais tarde ajuntou o de Xavier, pelo
seu amor e veneração ao apóstolo das Índias.
Aos 11 anos fez voto de castidade. Seguiu a carreira do magistério
com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus, em Arluno,
terminando-a aos 18 anos. Sentindo vocação divina, pretendeu entrar para
essa Congregação religiosa, mas foi recusada por falta de saúde.
Exerceu durante dois anos o cargo de professora primária em Vidardo e
durante três anos dedicou-se na sua terra à instrução religiosa da
juventude e ao tratamento dos enfermos e daqueles que eram atingidos
pela peste. Aos 23 anos tentou mais uma vez ser religiosa nas Filhas do
Sagrado Coração, mas de novo obteve uma negativa.
Após isso, Santa Francisca transladou-se à “Casa da Providência” em
Codogno, a fim de a reformar, pois estava em franca decadência. Fez a
profissão em 1877 e a partir disso, em meio a grandes tribulações e
sofrimentos, ela encontrou as sete primeiras companheiras de sua futura
Obra.
Três anos mais tarde, fundou uma nova Congregação religiosa. A 10 de
novembro de 1880 alojou-se, com sete companheiras, num desmantelado
Convento franciscano, onde, a 14 do mesmo mês, deu princípio ao novo
Instituto, com a inauguração de uma capela em honra ao Sagrado Coração
de Jesus. Um mês mais tarde, a sua Obra recebia a aprovação episcopal.
Francisca contava então 30 anos.
Enquanto se dedicava com as companheiras à educação das meninas e à
catequização dos rapazes, foi compondo as regras do seu Instituto, obra
de prudência sobre-humana, que recebeu aprovação episcopal em 1881 e a
definitiva da Santa Sé em 1907. Em 1884, com 7 anos de vida, a Obra já
contava com cinco casas.
Em 1887, partiu para Roma onde, a princípio, só encontrou
dificuldades e portas fechadas até que, com fé, simplicidade e
perseverança, Santa Francisca obteve a autorização do Cardeal Vigário
para construir uma escola gratuita para pobres fora da Porta Pia e um
asilo infantil na Sabina, em Aspra.
O problema da emigração italiana para a América do Norte preocupava o
então Bispo de Placença, Mons. Scalabrini, que pediu à serva de Deus
algumas das suas religiosas para irem socorrer aqueles desamparados. Mas
a virtuosa fundadora não se decidia a responder, pois pensava nas
Missões do Oriente. Foi então consultar o Papa Leão XIII que, após ouvir
Francisca, concluiu: “Não ao Oriente mas ao Ocidente”. E desde esse momento ficou decidida a sua partida para Nova Iorque, a qual veio realizar pela primeira vez em 1889.
Quase aos 40 anos de idade, começa uma série ininterrupta de viagens,
percorrendo a América inteira, transpondo a cavalo a Cordilheira dos
Andes, sendo por toda parte conhecida como a “Mãe dos emigrados”.
Ia de casa em casa, a procura da ovelha perdida, do enfermo e da
criança ignorante. Lutou denotadamente contra a fome, as enfermidades e a
própria morte.
Em 1912 fez a sua última viagem de Roma a Nova Iorque. A santa fundadora das Missionárias do Sagrado Coração
morreu em Illinois, perto de Chicago, a 22 de dezembro de 1917, com 67
anos de idade. Igual era o número das casas que então deixara fundadas e
que em 1938 subiam a mais de 100, com cerca de 4.000 religiosas.
A fama das suas virtudes e os prodígios por ela operados fizeram que
logo após a morte se começasse o processo da sua beatificação, que veio a
se realizar em 1938. Foi canonizada pelo Papa Pio XII a 7 de julho de
1946.
Minha oração
“ Ó santa madre, fundadora e missionária, voz que buscaste amar e anunciar o Sagrado Coração de Jesus, permita que nós também tenhamos o mesmo amor para com ele. Tu também foste mãe dos emigrantes, cuidai de cada um deles e os levai para Deus. Amém.”
Santa Francisca Xavier Cabríni, rogai por nós!
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