Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

domingo, 1 de abril de 2012

EVANGELHO DO DIA

EVANGELHO COTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6,68

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

Evangelho segundo S. Marcos 14,1-72.15,1-47

Faltavam só dois dias para a Páscoa e os Ázimos; os sumos sacerdotes e os doutores da Lei procuravam maneira de capturar Jesus à traição e de o matar.
É que diziam: «Durante a festa não, para que o povo não se revolte.»
Jesus encontrava-se em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Estando à mesa, chegou uma certa mulher que trazia um frasco de alabastro, com perfume de nardo puro de alto preço; partindo o frasco, derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus.
Alguns, indignados, disseram entre si: «Para quê este desperdício de perfume?
Podia vender-se por mais de trezentos denários e dar-se o dinheiro aos pobres.» E censuravam-na.

Mas Jesus disse: «Deixai-a. Porque estais a atormentá-la? Praticou em mim uma boa acção!
Sempre tereis pobres entre vós e podereis fazer-lhes bem quando quiserdes; mas a mim,nem sempre me tereis.
Ela fez o que estava ao seu alcance: ungiu antecipadamente o meu corpo para a sepultura.
Em verdade vos digo: em qualquer parte do mundo onde for proclamado o Evangelho, há-de contar-se também, em sua memória, o que ela fez.»

Então, Judas Iscariotes, um dosDoze, foi ter com os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus.
Eles ouviram-no com satisfação e prometeram dar-lhe dinheiro. E Judas espreitava ocasião favorável para o entregar.
No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava a Páscoa, os discípulos perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?»
Jesus enviou, então, dois dos seus discípulos e disse: «Ide à cidade e virá ao vosso encontro um homem trazendo um cântaro de água. Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre manda dizer: 'Onde está a sala em que hei-de comer a Páscoa com os meusdiscípulos?’
Há-de mostrar-vos uma grande sala no andar de cima, mobilada e toda pronta. Fazei aí os preparativos.»

Os discípulospartiram e foram à cidade; encontraram tudo como Ele lhes dissera e prepararama Páscoa. Chegada a tarde, Jesus foi com os Doze.
Estavam à mesa acomer, quando disse: «Em verdade vos digo: um de vós há-de entregar-me, um que come comigo.»
Começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro:«Porventura sou eu?»
Jesus respondeu-lhes: «É um dos Doze, aquele que mete comigo a mão no prato.
Na verdade, o Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue! Melhor fora a esse homem não ter nascido!»

Enquanto comiam, tomou um pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e entregou-o aos discípulos dizendo: «Tomai: isto é o meu corpo.»
Depois,tomou o cálice, deu graças e entregou-lho. Todos beberam dele.
E Ele disse-lhes: «Isto é o meu sangue da aliança, que vai ser derramado por todos.
Em verdade vos digo: não voltarei a beber do fruto da videira até ao dia em que o beba, novo, no Reino de Deus.»
Após o canto dos salmos, saíram para o Monte das Oliveiras.
Jesus disse-lhes: «Todos ides abandonar-me,pois está escrito: Ferirei o pastor e as ovelhas hão-de dispersar-se.
Mas, depois de Eu ressuscitar, hei-de preceder-vos a caminho da Galileia.»

Pedro disse: «Mesmo que todos venham a abandonar-te, eu não.»
E Jesus disse: «Em verdade te digo, que hoje, esta noite, antes de o galo cantar duas vezes, tu me terás negado três vezes.»
Mas ele insistia com mais ardor: «Mesmo que tenha de morrer contigo, não te negarei.» E todos afirmaramo mesmo.
Chegaram a uma propriedade chamada Getsémani, e Jesus disse aos discípulos: «Ficai aqui enquanto Eu vou orar.»

Tomando consigo Pedro,Tiago e João, começou a sentir pavor e a angustiar-se. E disse-lhes: «A minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai.»
Adiantando-se um pouco, caiu por terra e orou para que, se possível, passasse dele aquela hora.
E dizia: «Abbá, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Mas não se faça o que Eu quero, e sim o que Tu queres.»
Depois, foi ter com os discípulos, encontrou-os a dormir e disse a Pedro: «Simão, dormes? Nem uma hora pudeste vigiar!
Vigiai e orai, para não cederdes à tentação; o espírito está cheio de ardor, mas a carne é débil.»

Retirou-se de novo e orou, dizendo as mesmas palavras. E, voltando de novo, encontrou-os a dormir, pois os seus olhos estavam pesados; e não sabiam que responder-lhe.
Voltou pela terceira vez e disse-lhes: «Dormi agora e descansai! Pois bem, chegou a hora. Eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.
Levantai-vos! Vamos!Eis que chega o que me vai entregar.»
E logo, ainda Ele estava a falar,chegou Judas, um dos Doze, e, com ele, muito povo com espadas e varapaus, daparte dos sumos sacerdotes, dos doutores da Lei e dos anciãos. Ora, o que o ia entregar tinha-lhes dado este sinal: «Aquele que eu beijar é esse mesmo; prendei-o e levai-o bem guardado.»
Mal chegou, aproximou-se de Jesus, dizendo: «Mestre!»; e beijou-o. Os outros deitaram-lhe as mãos e prenderam-no. Então, um dos que estavam presentes, puxando da espada,feriu o criado do Sumo Sacerdote e cortou-lhe uma orelha. E tomando a palavra, Jesus disse-lhes: «Como se eu fosse um salteador, viestes com espadase varapaus para me prender! Estava todos os dias junto de vós, no templo, a ensinar, e não me prendestes; mas é para se cumprirem as Escrituras.»

Então, os discípulos, deixando-o, fugiram todos. Um certo jovem, que o seguia envolto apenas num lençol, foi preso; mas ele,deixando o lençol, fugiu nu. Conduziram Jesus a casa do Sumo Sacerdote, onde se juntaram todos os sumos sacerdotes, os anciãos e os doutores da Lei. E Pedro tinha-o seguido de longe até dentro do palácio do Sumo Sacerdote, onde se sentou com os guardas a aquecer-se ao lume. Ora os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus a fimde lhe dar a morte, mas não o encontravam; de facto, muitos testemunharam falsamente contra Ele, mas os testemunhos não eram coincidentes. E alguns ergueram-se e proferiram contra Ele este falso testemunho: «Ouvimo-lo dizer: 'Demolirei este templo construído pela mão dos homens e,em três dias, edificarei outro que não será feito pela mão dos homens.’»

Mas nem assim o depoimento deles concordava. Então, o Sumo Sacerdote ergueu-se no meio da assembleia e interrogou Jesus: «Não respondes nada ao que estes testemunham contra ti?»
Mas Ele continuava em silêncio e nada respondia. O Sumo Sacerdote voltou a interrogá-lo: «És Tu o Messias, o Filho do Deus Bendito?» Jesus respondeu: «Eu sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder e vir sobre as nuvens do céu.»
O SumoSacerdote rasgou, então, as suas vestes e disse: «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfémia! Que vos parece?» E todos sentenciavam que Ele era réu de morte.
Depois, alguns começaram acuspir-lhe, a cobrir-lhe o rosto com um véu e, batendo-lhe, a dizer:«Profetiza!» E os guardas davam-lhe bofetadas. Estando Pedro em baixo,no pátio, chegou uma das criadas do Sumo Sacerdote e, vendo Pedro a aquecer-se, fixou nele o olhar e disse-lhe: «Tu também estavas com Jesus, o Nazareno.» Mas ele negou, dizendo: «Não sei nem entendo o que dizes.» Depois, saiu para o átrio e um galo cantou.
A criada, vendo-o de novo, começou a dizer aos que ali estavam: «Este é um deles.» Mas ele negou outra vez. Pouco depois, os presentes disseram de novo a Pedro: «Com certeza que és um deles, pois também és galileu.» Ele começou, então, a dizer imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem de quem falais!»

E logo cantou o galo pela segunda vez. Pedro recordou-se, então, das palavras de Jesus: «Antes de o galo cantar duas vezes, tu me terás negado três vezes.» E desatou a chorar. Logo de manhã, os sumos sacerdotes reuniram-se em conselho com os anciãos e os doutores da Lei e todo o Sinédrio; e, tendo manietado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos. Perguntou-lhePilatos: «És Tu o rei dos Judeus?» Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes.» Ossumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas.
Pilatos interrogou-o de novo, dizendo: «Não respondes nada? Vê de quantas coisas és acusado!» Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos estava estupefacto. Ora, em cada festa, Pilatos costumava soltar-lhes um preso que eles pedissem. Havia um, chamado Barrabás, preso com os insurrectos que tinham cometido um assassínio durante a revolta. A multidão chegou ecomeçou a pedir-lhe o que ele costumava conceder. Pilatos, respondendo,disse: «Quereis que vos solte o rei dos judeus?»

Porque sabia que era por inveja que os sumos sacerdotes o tinham entregado. Os sumos sacerdotes, porém, instigaram a multidão a pedir que lhes soltasse, de preferência, Barrabás.
Tomando novamente a palavra, Pilatos disse-lhes:«Então que quereis que faça daquele a quem chamais rei dos judeus?» Eles gritaram novamente: «Crucifica-o!» Pilatos insistiu: «Que fez Ele de mal?» Mas eles gritaram ainda mais: «Crucifica-o!» Pilatos, desejando agradar à multidão, soltou-lhes Barrabás; e, depois de mandar flagelar Jesus, entregou-o para ser crucificado.
Os soldados levaram-no para dentro do pátio, isto é, para o pretório, e convocaram toda a coorte.
Revestiram-no de um manto de púrpura e puseram-lhe uma coroa de espinhos, que tinham entretecido. Depois, começaram a saudá-lo: «Salve! Ó rei dos judeus!» Batiam-lhe na cabeça com uma cana, cuspiam sobre Ele e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. Depois de o teremescarnecido, tiraram-lhe o manto de púrpura e revestiram-no das suas vestes. Levaram-no, então, para o crucificar.

Para lhe levar a cruz,requisitaram um homem que passava por ali ao regressar dos campos, um tal Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo. E conduziram-no ao lugar do Gólgota, que quer dizer 'lugar do Crânio’. Queriam dar-lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não quis beber.
Depois, crucificaram-no e repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para ver o que cabia a cada um. Eram umas nove horas da manhã, quando o crucificaram. Na inscrição com a condenação, lia-se: «O rei dos judeus.»
Com Ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita e o outro à sua esquerda. Deste modo, cumpriu-se a passagem da Escritura que diz: Foi contado entre os malfeitores. Os que passavam injuriavam-no e, abanando a cabeça, diziam:«Olha o que destrói o templo e o reconstrói em três dias!
Salva-te a timesmo, descendo da cruz!»

Da mesma forma, os sumos sacerdotes e osdoutores da Lei troçavam dele entre si: «Salvou os outros mas não podesalvar-se a si mesmo! O Messias, o Rei de Israel! Desça agora da cruz para nós vermos e acreditarmos!» Até os que estavam crucificados com Ele o injuriavam.
Ao chegar o meio-dia, fez-se trevas por toda a terra, até às três da tarde. E às três da tarde, Jesus exclamou em alta voz: «Eloí,Eloí, lemá sabachtáni?», que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, porque meabandonaste?
Ao ouvi-lo, alguns que estavam ali disseram: «Está a chamar por Elias!»

Um deles correu a embeber uma esponja em vinagre, pô-la numa cana e deu-lhe de beber, dizendo: «Esperemos, a ver se Elias vem tirá-lo dali.» Mas Jesus, com um grito forte, expirou.
E o véu do templo rasgou-se em dois, de alto a baixo. O centurião que estava em frente dele, ao vê-lo expirar daquela maneira, disse: «Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!»
Também ali estavam algumas mulheres a contemplar de longe; entre elas, Maria de Magdala, Maria, mãe de Tiago Menor e de José, e Salomé, que o seguiam e serviam quando Ele estava na Galileia; e muitas outras que tinham subido com Ele a Jerusalém.

Ao cair da tarde, visto ser a Preparação, isto é, véspera do sábado, José de Arimateia, respeitável membro do Conselho que também esperava o Reino de Deus, foi corajosamente procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos espantou-se por Ele já estar morto e, mandando chamar o centurião, perguntou-lhe se já tinha morrido há muito. Informado pelo centurião,Pilatos ordenou que o corpo fosse entregue a José. Este, depois de comprar um lençol, desceu o corpo da cruz e envolveu-o nele. Em seguida,depositou-o num sepulcro cavado na rocha e rolou uma pedra sobre a entrada do sepulcro.
Maria de Magdala e Maria, mãe de José, observavam onde o depositaram.

Comentário ao Evangelho do dia feito por: Homilia atribuída a Santo Epifânio de Salamina (? - 403), bispo
Homilia para o Domingo de Ramos


«Aí vem o noivo, ide ao seu encontro» (Mt 25,6)

«Exulta de alegria, filha de Sião!» (Za 9,9), alegra-te e exulta, Igreja deDeus, pois eis que o teu Rei vem a ti, eis o Esposo que chega, sentado numburro como num trono! Vamos depressa ao Seu encontro para contemplar a Sua glória. Eis a salvação do mundo: Deus avança para a cruz. Também nós, os povos, gritamos hoje com o povo: «Hossana ao Filho de David! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Hossana nas alturas!» (Mt 21,9; Sl 118,26)[...]

A Igreja celebra um dia de festa à sombra de Cristo, oliveira carregada de azeitonas na casa de Deus (Sl 52,10); celebra um dia de Festa com Cristo,lírio primaveril do Paraíso em flor. Porque Cristo está no meio da Igreja comoverdadeiro lírio florido, raiz de Jessé que não julga o mundo mas o serve (Is11,1.3). Ele está no meio da Igreja, fonte eterna donde jorram, não já os riosdo paraíso (cf. Gn 2,10), mas Mateus, Marcos, Lucas e João, que regam osjardins da Igreja de Cristo. Hoje, nós, que somos novos e fecundos rebentos(cf Sl 128,3), levando nas mãos os ramos da oliveira, supliquemos amisericórdia de Cristo. «Plantados na casa do Senhor», florescendo naPrimavera nos «átrios do nosso Deus», celebremos um dia de festa: «que oInverno já passou!» (Sl 92,14; Ct 2,11) [...]

Clamo com São Paulo, com voz santa e forte: «O que era antigo passou; eis quesurgiram coisas novas» (2Co 5,17). [...] Um profeta, olhando para este rei,grita: «Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo» (Jo 1,29) [...];e David, olhando para Cristo, saído da sua raça segundo a carne diz: «O Senhoré Deus; Ele tem-nos iluminado!» (Sl 118,27). Dia de festa admirável, pela suanovidade, surpreendente e estupenda: as crianças aclamam a Cristo como Deus eos sacerdotes maldizem-n'O, as crianças adoram-n'O e os doutores da leidesprezam-n'O e caluniam-n'O. As crianças dizem: «Hossana!» e os Seus inimigosgritam: «Crucifica-O!» Aquelas juntam-se ao redor de Cristo com palmas, estes atiram-se a Ele com espadas; aquelas cortam os ramos, estes preparam uma cruz.

1º de abril - Santo do dia

São Valério
Valério nasceu no ano 565, em Auvergne, na França. Sua família era muito pobre e ele trabalhava no campo. Ainda pequeno, tinha uma enorme sede de saber e, para aprender a ler e escrever, ele mesmo foi procurar um professor, e pediu que lhe ensinasse o alfabeto.

Mais depressa do que qualquer outro de sua idade, Valério já dominava a escrita e a leitura. Após conhecer a Sagrada Escritura, procurou um parente sacerdote que vivia num mosteiro próximo. Passou ali alguns dias, percebeu sua vocação para a vida religiosa e pediu seu ingresso naquela comunidade. Depois de um bom tempo realizando várias tarefas internas, foi aceito e recebeu as ordens sacerdotais.

Pouco depois, mudou-se para um mosteiro sob a direção espiritual de Columbano, o grande evangelizador da Gália, atual França, que depois foi canonizado, onde aconteceu seu primeiro prodígio. Designado para cuidar da horta do convento, sem nenhum produto a não ser com o trabalho de suas próprias mãos, acabou com as pragas que assolavam anualmente as plantações. Tornou-se tão conhecido na região e tão respeitado internamente que foi testado em sua humildade. Com autorização do abade Columbano, procurou o rei Clotário, conseguindo dele um grande terreno para construir um mosteiro, em Leuconai, na França. Logo depois o local já contava, também, com uma igreja e várias celas para religiosos.

A fama do sacerdote Valério se propagou ainda mais, de modo que dezenas de homens, jovens e idosos, procuravam o convento para ingressarem na vida religiosa sob a sua orientação. Mas novamente sentiu-se impelido ao trabalho de evangelização. Na companhia de seu auxiliar Valdolem, viajou por todo o país pregando e convertendo pagãos.

Diz a tradição que o monge Valério possuía o dom da cura e há vários relatos sobre elas. Como a de um paralítico que voltou a andar ao toque de suas mãos e muitos doentes desenganados que se curavam na hora, na presença da população. Além disso, tinha o dom da profecia e um dom especial sobre os animais. Conta-se que, quando passava pela floresta, os pássaros vinham ao seu encontro, seguiam-no, pousavam em suas mãos, braços e ombros, parecia que "conversavam" com ele.

Valério morreu no dia 1o de abril de 619, no mosteiro de Leuconai, depois de converter milhares de pagãos, ter feito muitos discípulos e ter entregado sua vida à Deus, através do seu vigoroso e intenso apostolado. O culto de são Valério se propagou rapidamente, até mesmo porque o rei Hugo, seu devoto, dizia que o santo costumava orientá-lo em sonho, sendo muito festejado, além da França, na Itália, Alemanha e Inglaterra, no dia de sua morte.

São Valério, rogai por nós!

sábado, 31 de março de 2012

Santo do dia - 31 de março

São Benjamim

Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato.

Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo.

Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado.

Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam.

Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus.

Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo.

E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422.

São Benjamim, rogai por nós!

sexta-feira, 30 de março de 2012

30 de março - Santo do dia

São João Clímaco

O Monte Sinai está historicamente ligado ao cristianismo. Foi o lugar indicado por Deus para entregar a Moisés as tábuas gravadas com os Dez Mandamentos. É uma serra rochosa e árida que, não só pela sua geografia, mas também pelo significado histórico, foi escolhida pelos cristãos que procuravam a solidão da vida eremítica.

Assim, já no século IV, depois das perseguições romanas, vários mosteiros rudimentares foram ali construídos por numerosos monges que se entregavam à vida de oração e contemplação. Esses mosteiros tornaram-se famosos pela hospitalidade para com os peregrinos e pelas bibliotecas que continham manuscritos preciosos. Foi neste ambiente que viveu e atuou o maior dos monges do Monte Sinai, João Clímaco.

João nasceu na Síria, por volta do ano 579. De grande inteligência, formação literária e religiosa, ainda muito jovem, aos dezesseis anos, optou pelo deserto e viajou para o Monte Sinai, tornando-se discípulo num dos mais renomados mosteiros, do venerável ancião Raiuthi. Isso aconteceu depois de renunciar a fortuna da família e a uma posição social promissora. Preferiu um cotidiano feito de oração, jejum continuado, trabalho duro e estudos profundos. Só descia ao vale para recolher frutas e raízes para sua parca refeição e só se reunia aos demais monges nos fins de semana, para um culto coletivo.

Sua fama se espalhou e muitos peregrinos iam procura-lo para aprender com seus ensinamentos e conselhos. Inicialmente eram apenas os que desejavam seguir a vida monástica, depois eram os fiéis que queriam uma benção do monge, já tido em vida como santo. Aos sessenta anos João foi eleito por unanimidade abade geral de todos os eremitas da serra do Monte Sinai.

Nesse período ele escreveu muito e o que dele se conserva até hoje é um livro importantíssimo que teve ampla divulgação na Idade Média, "Escada do Paraíso". Livro que lhe trouxe também o sobrenome Clímaco que, em grego, significa "aquele da escada". No seu livro ele estabeleceu trinta degraus necessários à subir para alcançar a perfeição da alma.

Trata-se de um verdadeiro manual, a síntese da doutrina monástica e ascética, para os noviços e monges, onde descreveu, degrau por degrau, todas as dificuldades a serem vividas, a superação da razão e dos sentidos, e que as alegrias do Paraíso perfeito serão colhidas no final dessa escalada, após o transito para a eternidade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

João Clímaco morreu no dia 30 de março de 649, amado e venerado por todos os cristãos do mundo oriental e ocidental, sendo celebrado por todos eles no mesmo dia do seu falecimento.

São João Clímaco, rogai por nós!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Santo do dia - 29 de março

São Segundo de Asti
Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século I e profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos, quantos pudesse. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo, aprendendo especialmente com o mártir Calógero de Bréscia, com o qual se identificou, procurando-o para conversar inúmeras vezes.

Além disso, Segundo era muito amigo do prefeito de Asti, Saprício, e com ele viajou para Tortona, onde corria o processo do bispo Marciano, o primeiro daquela diocese. Sem que seu amigo político soubesse, Segundo teria estado com o mártir e este encontro foi decisivo para a sua conversão.

Entretanto, esta só aconteceu mesmo durante outra viagem, desta vez a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Tudo o que se sabe dessa conversão está envolto em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão.

Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo, que conta como ele conseguiu atravessar a cavalo o Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia, que lhe fora entregue por Faustino e Jovita para ser dada ao bispo Marciano, antes do martírio. O Pó é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas, minúsculo apenas no nome formado por duas letras, possui mil e quinhentos metros cúbicos de volume d'água por segundo, nos seiscentos e cinqüenta e dois quilômetros de extensão, um dos mais longos da Itália.

Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas, não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 30 de março do ano 119.

No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti e de Ventimilha, cujo culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico que o celebra no dia 29 de março.

São Segundo de Asti, rogai por nós!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Aborto - Legislando sobre o direito de matar

ABORTO - Jornalista da Folha, que é cadeirante, se espanta com fala eugenista de procurador. Ou: Reacionário é legislar sobre a morte; progressista é a vida

Jairo Marques, jornalista da Folha, é cadeirante. Ele escreve hoje um artigo no jornal sobre proposta encaminhada ao Senado por “juristas”, de que um procurador da República foi o relator. É aquele texto que defende, abertamente, o aborto caso se constate a deficiência do feto. O procurador em questão, cujo nome não é citado no artigo, é Luiz Carlos dos Santos Gonçalves. Segundo ele, caso se verifique que a criança por nascer é portadora de “graves e incuráveis anomalias que inviabilizem sua vida independente”, o aborto tem de ser permitido. Ocorre que eu, segundo os “progressistas” e “modernos”, tenho um grave defeito: sou católico! Quando se é católico, você necessariamente tem de ser a favor do aborto (!) ou se calar a respeito para que não o acusem de estar tentando impor a sua religião aos outros. Se você é católico, não tem nem mesmo autonomia para contestar uma fala boçal e perigosa, como a desse procurador.

Jairo, um cadeirante, se espanta com a afirmação, como me espantei. É bem verdade que ele parece flertar com o aborto, mas não estou certo. Escreve: “Dar o devido poder à mulher sobre seu corpo me parece ir ao encontro de uma sociedade moderna e justa, assim como poupá-la de gerar uma cria com chance nula de sobrevivência.” Não sei exatamente o que pretende dizer com isso. No Brasil e mundo afora, a expressão “poder da mulher sobre seu corpo” (quem é tão cretino a ponto de negá-lo?) é só uma forma eufemística e perifrástica para falar “aborto”.

Os portadores de deficiências físicas — ou de “necessidades especiais”, como se diz no universo politicamente correto — do Brasil e do mundo inteiro fiquem atentos. Uma das formas de ser do suposto “progressismo”, hoje em dia, REDUZ, NA PRÁTICA, A HUMANIDADE DOS DEFICIENTES. No tal artigo em que aquela dupla defendia o infanticídio, a Síndrome de Down, por exemplo, era tratada como motivo mais do que suficiente para abortar. Muito bem: não sou mulher, não sou cadeirante, não sou “minoria”… Eu pertenço àquela que já foi uma saudável maioria: a que RECONHECIA o direito que qualquer ser humano tem à vida; a que CONSIDERAVA que a vida do homem era inviolável e que preservar esse princípio nos PROTEGIA das eventuais e mutáveis vontades do poder.

Hoje em dia, não obstante, gente como Vladimir Safatle, também articulista da Folha, entende que a vida humana é histórica e socialmente determinada. Se, num determinado momento, a história e a sociedade, então, convergirem para a eliminação dos deficientes, por que não? Leiam o artigo de Marques. Volto para encerrar.

*
Estava com o pé do ouvido no rádio, quando o locutor começou a entrevistar um defensor de mudanças nas regras de não punição ao aborto, hoje restritas a salvar a vida da gestante ou para preservar a honra da mulher após um estupro.

Em um dos pontos da fala, encafifei: dar direito a retirar o feto nos casos em que houver comprovação de que ele padece de “graves e incuráveis anomalias que inviabilizem sua vida independente”.

O procurador da República que defendia a proposta foi categórico ao dizer que não há subjetividade possível no conceito e que ninguém irá morrer a troco de nada (uia!).

Catei meu bloquinho de repórter e fui atrás de doutores ninjas sobre o tema. Se for pela objetividade, minha turma “mal-acabada” está na roça sem jegue e sem enxada.

O conceito de vida independente na medicina é “a realização de atividades -motoras ou cognitivas- sem a necessidade de outras pessoas ou de instrumentos de apoio, desde que de forma segura”.

De maneira empírica, digo que a perspectiva do que seja “independência” é fatalmente contaminada e imposta por experiências alheias àquelas de quem aprende a se virar, a criar mecanismos de compensação de não conseguir desenvolver uma tarefa física, sensorial ou intelectual.

Digo isso a bordo de uma cadeira de rodas, veículo onde já me despejam fracassos e impossibilidades diversas que, para mim, são risíveis. O mesmo atrevo a estender às pessoas com síndrome de Down, paralisadas cerebrais, vítimas de doenças raras, prejudicados dos cromossomos e demais “anômalos”.

Qual a expectativa de autonomia para gente que nasce só o “cotoco”? Há más-formações de nascença que fazem bebês darem as caras ao mundo sem as pernocas e sem os bracinhos.

Ligeiramente, a tendência é achar que ficarão a vida toda em caixas de sapato recebendo papinha da mamãe e bilu, bilu do papai. Mas nada mais espetacular do que o poder da natureza, que cria atalhos no sentido lógico de viver.

Há “cotocos” que, com o apoio da tecnologia, da reabilitação, do estímulo familiar, se transformam em mestres, em procuradores, em jornalistas, em plenos cidadãos.

Mara Gabrilli, primeira deputada federal tetraplégica do Brasil, tem uma frase “maraviwonderful”: “Quanto mais tecnologia se oferece para a pessoa com deficiência, menos deficiências ela tem”.

A medicina genética galopa em um puro-sangue na descoberta de genes que vão determinar até quantas vezes na vida a gente vai ter dor de cabeça, se o indivíduo vai gostar de coelhinho da Páscoa.

Penso que os avanços são salvaguardas para preparar o porvir, para buscar soluções antecipadas. Não servem para determinar quem deve viver, quem deve morrer.

Dar o devido poder à mulher sobre seu corpo me parece ir ao encontro de uma sociedade moderna e justa, assim como poupá-la de gerar uma cria com chance nula de sobrevivência.

Mas assusta o bumbo do discurso pró-aborto para caminhos em que só os perfeitinhos serão aceitos. Ter um bebê fora da curva da normalidade é de chorar pelado no asfalto, mas diversidade humana tem de ser defendida além da cor da pele ou do tamanho do pé.

Voltei
É evidente que concordo com quase no tudo o que vai no artigo de Marques, exceção feita ao flerte que, entendo, ele ainda faz com o aborto. Não sei se entendi direito. Não especulo sobre motivações subjetivas, mas há uma possibilidade de que, afinal, ele não queira ser reconhecido como um “reacionário”, que não reconhece o “direito da mulher ao corpo”. Pensar na contramão do “consenso progressista” é um fardo enorme. Nem todo mundo topa a parada.

O que sei, Marques, por um império da lógica, é que, se estabelecermos em que condições um feto está ou não apto a continuar vivo, um marco estará sendo criado. Como todo marco, ele é móvel. Como marco móvel, está sujeito às mudanças propugnadas por grupos de pressão. Pronto! A vida passou a ser um valor sob especulação!

A única coisa, Marques, que nos protegebrancos, pretos, vermelhos, mulheres, homens, bichas, cadeirantes é a vida como cláusula pétrea.

Progressista é a vida! O resto é legislar sobre o direito de matar.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

Santo do dia - 28 de março

São Guntrano

Guntrano teve muitos descaminhos, muitas opções erradas. Teve muitas mulheres e muitos filhos. Como todo ser humano buscou a felicidade, porém, em lugares errados.

Um homem social, político e de grande influência, mas com o coração inquieto e desejoso de algo maior.

Deu toda sua herança para um sobrinho e se decidiu a viver uma radicalidade cristã, ou seja, viver o chamado à santidade.

Então, Guntrano passou a ouvir a Palavra de Deus e a acolher os conselhos dos bispos. Governou na justiça, a partir dos bons conselhos recebidos. Viveu a renúncia de si mesmo para abraçar a cruz e fazer a vontade de Deus.

Faleceu com 68 anos, depois de consumir-se no amor a Deus e aos irmãos, sendo cristão na sociedade.

São Guntrano, rogai por nós!

terça-feira, 27 de março de 2012

São Ruperto

Ruperto era um nobre descendente dos condes que dominavam a região do médio e do alto Reno, rio que percorre os Alpes europeus. Os Rupertinos eram parentes dos Carolíngios e o centro de suas atividades estava em Worms, onde Ruperto recebeu sua formação junto aos monges irlandeses.

No ano 700, sua vocação de pregador se manifestou e ele dirigiu-se à Baviera, na Alemanha, com este intuito. Com o apoio do conde Téodo da Baviera, que era pagão e foi convertido por Ruperto, fundou uma igreja dedicada a São Pedro, perto do lago Waller, a dez quilômetros de Salzburgo. Mas, o local não condizia ainda com os objetivos de Ruperto, que conseguiu do conde outro terreno, próximo do rio Salzach, nos arredores da antiga cidade romana de Juvavum.

Nesse terreno, o mosteiro que o bispo Ruperto construiu é o mais antigo da Áustria e veio a ser justamente o núcleo de formação da nova cidade de Salzburgo. Teve para isso o apoio de doze concidadãos, dois dos quais também se tornaram santos: Cunialdo e Gislero. Fundou, ao lado deste, um mosteiro feminino, que entregou a direção para sua sobrinha, a abadessa Erentrudes. Foi o responsável pela conversão total da Baviera e, é claro, de toda a Áustria.

Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua sobrinha, e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal.

São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo, cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da cidade. Foi seu primeiro bispo e sua influência alastrou-se tanto, que é festejado nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na Irlanda, onde estudou, porque alí foi tomado como modelo pelos monges irlandeses.

São Ruperto, rogai por nós!