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domingo, 4 de novembro de 2012

4 de novembro - Santo do dia

São Carlos Borromeu
A obra de são Borromeu, um dos santos mais importantes e mais queridos da Igreja, poderia ser resumida em duas palavras: dedicação e trabalho. Mas para fazer justiça, como ele sempre pregou, temos de acrescentar mais uma, sem dúvida a mais importante: humildade. Oriundo da nobreza, Carlos Borromeu utilizou a inteligência notável, a cultura e o acesso às altas elites de Roma para posicionar-se na frente, ao lado e até abaixo dos pobres, doentes e, principalmente, das crianças.

Nasceu no castelo da família em Arona, próximo de Milão, em 2 de outubro de 1538. O pai era o conde Gilberto Borromeu e a mãe era Margarida de Médicis, da mesma casa da nobreza de grande influência na sociedade e na Igreja. Carlos era o segundo filho do casal, e aos doze anos a família o entregou para servir a Deus, como era hábito na época. Com vocação religiosa acentuada, penitente, piedoso e caridoso como os pobres.

Levou a sério os estudos diplomando-se em direito canônico, aos vinte e um anos de idade. Um ano depois, fundou uma Academia para estudos religiosos, com total aprovação de Roma. Sobrinho de Pio IV, aos vinte e quatro anos já era sacerdote e bispo de Milão. Na sua breve trajetória, deixou-se guiar apenas pela fé, atuando tanto na burocracia interna da Igreja quanto na evangelização, sem fazer distinção para uma ou para a outra. Talvez tenha sido o primeiro secretário de Estado no sentido moderno da expressão. Formado pela Universidade de Pávia, liderou uma reforma radical na organização administrativa da Igreja, que naquele período era alicerçada no nepotismo, abusos de influências e sintomas graves de corrupção e decadência moral.

Para isso conquistou a colaboração de instituições, das escolas, dos jesuítas, dos capuchinhos e de muitos outros. Foi um dos maiores fundadores que a Igreja já teve. Criou seminários e vários institutos de utilidade pública para dar atendimento e abrigo aos pobres e doentes, o que lhe proporcionou o título de "pai dos pobres". Orientou muitas Ordens e algumas que surgiram depois de sua morte o escolheram para padroeiro, dando continuidade à grandiosa obra de amparo aos mais pobres que nos deixou. Contudo tudo foi muito difícil, porque encontrou muita resistência de Ordens conservadoras. Aliás, foi até vítima de um covarde atentado enquanto rezava na capela. Mas saiu ileso e humildemente perdoou seu agressor.

Chegou 1576 e com ele a peste. Milão foi duramente assolada e mais de cem padres pagaram com a própria vida as lágrimas que enxugaram de casa em casa. Um dos mais ativos era Carlos Borromeu. Visitava os contaminados, levando-lhes o sacramento e consolo sem limites nem precauções, num trabalho incansável que lhe consumiu as energias. Chegou a flagelar-se em procissões públicas, pedindo perdão a Deus em nome de seu povo.

Até que um dia foi apanhado, finalmente, pela febre, que minou seu organismo lentamente. Morreu anos depois, dizendo-se feliz por ter seguido os ensinamentos de Cristo e poder encontrar-se com ele de coração puro. Tinha apenas quarenta e seis anos de idade, quando isso aconteceu no dia 4 de novembro de 1584, na sua sede episcopal, na Itália. O papa Paulo V canonizou-o em 1610 e designou a festa em homenagem à memória de são Carlos Borromeu para o dia de sua morte.


São Carlos Borromeu, rogai por nós! 

sábado, 3 de novembro de 2012

3 de novembro - Santo do dia

São Humberto de Liége
 
Muito pouco se sabe sobre a vida de Humberto, que nasceu no ano 656. Pertencia a uma família da nobreza, pois seu pai, Beltrão, era rei da Aquilânia, hoje França. Desde a infância mostrou prazer pela caça, crescendo forte e muito valente neste esporte. Conta a tradição que ele, na juventude, salvou a vida do rei, seu pai, que fora atacado por uma fera, numa de suas habituais caçadas.

Depois disso, foi enviado para estudar na Bélgica, mas seu pai, temendo que a corrupção daquela Corte pudesse envolver o jovem príncipe herdeiro, enviou-o aos cuidados do rei Pepino de Lotaríngia, Alemanha, que o preparou na carreira militar. Carreira tão cheia de sucessos que foi recompensado com um casamento. Para esposa, escolheu a filha do conde Dagoberto de Louvânia. Da união nasceu um filho, Floriberto.

Segundo uma antiga tradição cristã, a conversão de Humberto ocorreu de maneira surpreendente. Numa Sexta-feira da Paixão, dia de recolhimento cristão, ele resolveu ir caçar. Durante a perseguição de um veado, este parou diante do príncipe, que viu, entre os chifres do animal, um crucifixo iluminado. No mesmo instante, ouviu uma voz dizendo: "Se não voltares para Deus, cairás eternamente no inferno".

Foi procurar seu confessor, o bispo Lamberto, que dirigia a sede episcopal de Liège, na Bélgica, e converteu-se sinceramente, tornando-se católico fervoroso. Pouco tempo depois, sua mulher morreu e seu pai agonizou em seus braços. A partir desses fatos, Humberto desistiu da vida da Corte. Abriu mão do trono em favor do irmão, mas deixou-lhe a tarefa de educar seu filho Floriberto, que mais tarde ordenou-se sacerdote. Entregou ao menino parte da herança e o restante doou aos pobres, indo dedicar-se à vida espiritual, recolhendo-se num mosteiro beneditino, entregando-se ao estudo da religião e trabalhando como horteleiro e pastor. Nessa ocasião, foi a pé, em peregrinação, para Roma, visitar os túmulos de são Pedro e são Paulo.

Ao retornar, Humberto procurou o bispo Lamberto, que o ordenou sacerdote e o enviou para evangelizar as populações que viviam nos bosques de Ardene. Mas pouco depois, Lamberto, que havia transferido a sede episcopal para Maastrich, Holanda, foi assassinado pelos inimigos do cristianismo. Humberto, então, foi convocado pelo papa Sérgio I, que, em Roma,o consagrou sucessor daquele bispo no ano 71.

Anos depois, por sua conduta de homem justo, reto na fé em Cristo, na obediência ao papa, e austero na pertinência e caridade cristã, recebeu do Espírito Santo o dom dos milagres e da sabedoria. O seu bispado foi de transformação, pois fundou e reformou igrejas, mosteiros, e instituiu vasta assistência aos pobres e doentes abandonados. Os pagãos que habitavam os bosques foram batizados e a região tornou-se uma grande comunidade cristã. A sua fama de santidade espalhou-se e, em 722, pôde retornar a sede episcopal para Liège.

Ficaram célebres os milagres operados por Deus através de suas mãos, como ele mesmo apregoava. Mas certo dia do ano 727, Humberto ouviu uma voz que anunciava a aproximação de sua morte. Entregou todas as atividades nas mãos dos seus sacerdotes e dedicou-se ao jejum, às orações e à penitência, falecendo no mesmo ano.

Sepultado na Catedral de São Pedro, em Liège, teve sua festa indicada para o dia 3 de novembro, data em que suas relíquias foram trasladadas para o altar maior dessa catedral em 743. O seu culto, muito difundido na Europa, espalhou-se para todo o mundo cristão ocidental, que venera são Humberto de Liège como o padroeiro dos caçadores.

São Humberto de Liége, rogai por nós!
  

São Martinho de Porres

Martinho de Lima, ou melhor, Martinho de Porres, conviveu com a injustiça social desde que nasceu, em 9 de dezembro de 1579, em Lima, no Peru. Filho de Juan de Porres, um cavaleiro espanhol, e de uma ex-escrava negra do Panamá, foi rejeitado pelo pai e pelos parentes por ser negro. Tanto que na sua certidão de batismo constou "pai ignorado". O mesmo aconteceu com sua irmãzinha, filha do mesmo pai. Mas depois Juan de Porres regularizou a situação e viveu ainda algum tempo com os filhos, no Equador. Quando foi transferido para o Panamá como governador, deixou a menina aos cuidados de um parente e Martinho com a própria mãe, além de meios de sustento e para que estudasse um pouco.

Aos oito anos de idade, Martinho tornou-se aprendiz de barbeiro-cirurgião, duas profissões de respeito na época, aprendendo numa farmácia algumas noções de medicina. Assim, estava garantido o seu futuro e dando a volta por cima na vida.

Mas não demorou muito e a vocação religiosa falou-lhe mais alto. E ele, novamente por ser negro, só a muito custo conseguiu entrar como oblato num convento dos dominicanos. Tanto se esforçou que professou como irmão leigo e, finalmente, vestiu o hábito dominicano. Encarregava-se dos mais humildes trabalhos do convento e era barbeiro e enfermeiro dos seus irmãos de hábito. Conhecedor profundo de ervas e remédios, devido à aprendizagem que tivera, socorria todos os doentes pobres da região, principalmente os negros como ele.

A santidade estava impregnada nele, que além do talento especial para a medicina foi agraciado com dons místicos. Possuía muitos dons, como da profecia, da inteligência infusa, da cura, do poder sobre os animais e de estar em vários lugares ao mesmo tempo. Segundo a tradição, embora nunca tenha saído de Lima, há relatos de ter sido visto aconselhando e ajudando missionários na África, no Japão e até na China. Como são Francisco de Assis, dominava, influenciava e comandava os animais de todas as espécies, mesmo os ratos, que o seguiam a um simples chamado.
A fama de sua santidade ganhou tanta força que as pessoas passaram a interferir na calma do convento, por isso o superior teve de proibi-lo de patrocinar os prodígios. Mas logo voltou atrás, pois uma peste epidêmica atingiu a comunidade e muitos padres caíram doentes. Então, Martinho associou às ervas a fé, e com o toque das mãos curou cada um deles.

Morreu aos sessenta anos, no dia 3 de novembro de 1639, após contrair uma grave febre. Porém o padre negro dos milagres, como era chamado pelo povo pobre, deixou sua marca e semente, além da vida inteira dedicada aos desamparados. Com as esmolas recebidas, fundou, em Lima, um colégio só para o ensino das crianças pobres, o primeiro do Novo Mundo.

O papa Gregório XVI beatificou-o em 1837, tendo sido canonizado em 1962, por João XXIII, que confirmou sua festa no dia 3 de novembro. Em 1966, Paulo VI proclamou são Martinho de Porres padroeiro dos barbeiros. Mas os devotos também invocam sua intercessão nas causas que envolvem justiça social.


São Martinho de Porres, rogai por nós!
 

Santa Silvia

Sílvia era italiana, nascida em Roma em torno de 520, numa família de origem siciliana de cristãos praticantes e caridosos. Os dados sobre sua infância não são conhecidos. Porém a sua adolescência coincidiu com um difícil e turbulento período histórico, o declínio do Império Romanoe a tomada do mesmo pelos bárbaros góticos.

Ela entrou para a família dos Anici em 538, quando se casou com o senador Jordão. Essa família romana era muito rica e influente, e muitos nomes forneceu para a história do senado italiano. Sílvia foi residir na casa do marido, um palácio que ficava nas colinas do monte Célio, onde ele vivia com suas duas irmãs, Tarsila e Emiliana.

O casal logo teve dois filhos. O primeiro foi Gregório, nascido em 540, e o segundo, que o próprio irmão citava com freqüência, nunca teve citado o nome. As cunhadas Tarsila e Emiliana tornaram-se santas, incluídas no calendário da Igreja, E seu primogênito foi o grande papa Gregório Magno, santo, doutor da Igreja e a glória de Roma do século VI.

Sílvia soube conduzir essa família de verdadeiros cristãos e romanos autênticos. Não permitiu que a o ambiente da Corte que freqüentavam impedisse a santificação pela fé, mantendo sempre a pureza dos costumes separada da notoriedade pública. As cunhadas são um exemplo da figura de Sílvia, mãe providente e benfeitora, que soube conciliar as exigências de uma família de político atuante, como era o marido Jordão, com o desejo de perfeição espiritual representado pelas duas cunhadas.

Por falta de notícias precisas, a santidade de Sílvia aparece refletida através daquela de seu filho. Sem dúvida, sobre são Gregório Magno o exemplo e o ensinamento da mãe foi um peso que não se pode ignorar. Embora ele tenha escrito muito pouco sobre a mãe e as tias, nas pregações costumava citar-lhes o exemplo.

Dados encontrados sobre a vida de Silvia relatam que, quando o senador Jordão morreu em 573, ela tratou de uma doença grave do filho Gregório, que já adulto atuava no clero, levando pessoalmente as refeições até sua pronta recuperação. Depois disso, entregou o palácio onde residia para que o filho o transformasse num mosteiro.

Quando Gregório não precisou mais da sua ajuda e nem de sua orientação, Sílvia retirou-se para a vida religiosa num dos mosteiros existentes fora dos muros de Roma. No qual, com idade avançada, ela morreu serenamente, num ano incerto, mas depois de 594.

O Martirológio Romano indica o dia 3 de novembro para o culto litúrgico em lembrança da memória de santa Sílvia. Em 1604, suas relíquias foram levadas para a igreja de santos André e Gregório, construída no antigo mosteiro e palácio de monte Célio, onde o papa São Gregório Magno nasceu e santa Sílvia viveu com as duas cunhadas santas.


Santa Silvia, rogai por nós!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Santo do dia - 2 de novembro

Finados

Os cristãos batizados são convidados a santificar-se e os que decidem viver plenamente o mistério pascal de Cristo não têm medo da morte. Porque ele disse: "Eu sou a ressurreição e a vida".

Para todos os povos da humanidade, seja qual for a origem, cultura e credo, a morte continua a ser o maior e mais profundo dos mistérios. Mas para os cristãos tem o gosto da esperança. Dando sua vida em sacrifício e experimentando a morte, e morte na cruz, ele ressuscitou e salvou toda a humanidade. Esse é o mistério pascal de Cristo: morte e ressurreição. Ele nos garantiu que, para quem crê, for batizado e seguir seus ensinamentos, a morte é apenas a porta de entrada para desfrutar com ele a vida eterna no Reino do Pai.

Enquanto para todos os seres humanos a morte é a única certeza absoluta, para os cristãos ela é a primeira de duas certezas. A segunda é a ressurreição, que nos leva a aceitar o fim da vida terrena com compreensão e consolo. Para nós, a morte é um passo definitivo em direção à colheita dos frutos que plantamos aqui na terra.

Assim sendo, até quando Nosso Senhor Jesus Cristo estiver na glória de seu Pai, estará destruída a morte e a ele serão submetidas todas as coisas. Alguns são seus discípulos peregrinos na terra, outros que passaram por esta vida estão se purificando e outros, enfim, gozam da glória contemplando Deus.

Os glorificados integram a Igreja triunfal e são Todos os Santos, os quais, nós, os integrantes da Igreja militante, cristãos peregrinos na terra, comemoramos no dia 1o de novembro. Os Finados integram a Igreja da purificação e são todos os que morreram sem arrepender-se do pecado.

O culto de hoje é especialmente dedicado a esses. Embora todos os dias, em todas as missas rezadas no mundo inteiro, haja um momento em que se pede pelas almas dos que nos deixaram e aguardam o tempo profetizado e prometido da ressurreição.

A Igreja ensina-nos que as almas em purificação podem ser socorridas pelas orações dos fiéis. Assim, este dia é dedicado à memória dos nossos antepassados e entes que já partiram. No sentido de fazer-nos solidários para com os necessitados de luz e também para reflexão sobre nossa própria salvação.

Encontramos a celebração da missa pelos mortos desde o século V. Santo Isidoro de Sevilha, que presidiu dois concílios importantes, confirmou o culto no século VII. Tempos depois, em 998, por determinação do abade santo Odilo, todos os conventos beneditinos passaram, oficialmente, a celebrar "o dia de todas as almas", que já ocorria na comunidade no dia seguinte à festa de Todos os Santos. A partir de então, a data ganhou expressão em todo o mundo cristão.

Em 1311, Roma incluiu, definitivamente, o dia 2 de novembro no calendário litúrgico da Igreja para celebrar "Todos os Finados". Somente no inicio do século XX, em 1915, quando a morte, a sombra terrível, pairou sobre toda a humanidade, devido à I Guerra Mundial, o papa Bento XIV oficiou o decreto para que os sacerdotes do mundo todo rezassem três missas no dia 2 de novembro, para Todos os Finados.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

1º de novembro - Santo do dia

Todos os Santos

"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão."

A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje. A Igreja de Cristo possui muitos santos canonizados e a quantidade de dias do calendário não permite que eles sejam homenageados com exclusividade. Além desses, a Igreja tem, também, muitos outros santos sem nome, que viveram no mundo silenciosamente e na nulidade, carregando com dignidade a sua cruz, sem nunca ter duvidado dos ensinamentos de Jesus.

Enfim, santos são todos os que foram canonizados pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não foram e nem sequer a Igreja conhece o nome e que nos precederam em vida na terra perseverando na fé em Cristo.

Portanto, são mesmo multidões e multidões, porque para Deus não existe maior ou menor santidade. Ele ama todos do mesmo modo. O que vale é o nosso testemunho de fidelidade e amor na fé em seu Filho, o Cristo, e que somente Deus conhece.

Como mesmo entre os canonizados muitos santos não têm um dia exclusivo para sua homenagem, a Igreja reverencia a lembrança de todos, até os sem nome, numa mesma data. A celebração começou no século III, na Igreja do Oriente, e ocorria no dia 13 de maio.

A festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609, quando o papa Bonifácio IV transformou o Panteão, templo dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a Todos os Santos.

A mudança do dia começou com o abade inglês Alcuíno de York, professor de Carlos Magno, perto do ano 800. Os pagãos celtas entendiam o dia 1o de novembro como um dia de comemoração que anunciava o início do inverno. Quando eles se convertiam, queriam continuar com a tradição da festa. Assim, a veneração de Todos os Santos lembrando os cristãos que morreram em estado de graça foi instituída no dia 1o de novembro.

O papa Gregório IV, em 835, fixou e estendeu para toda a Igreja a comemoração em 1o de novembro. Oficialmente, a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para 1o de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do papa Xisto IV. Mas o importante é que a solenidade de Todos os Santos enche de sentido a homenagem de Todos os Finados, que ocorre no dia seguinte.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PF prende suspeitos de criar igreja para desviar R$ 400 milhões



A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (31) uma operação para prender suspeitos de utilizarem uma igreja de fachada para cometer crimes contra o sistema financeiro, lavar dinheiro e sonegar impostos. Foram cumpridos seis mandados de prisão e 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Atibaia e Valinhos, todas no Estado de São Paulo. Segundo a PF, os acusados foram descobertos pela grande movimentação financeira da pequena igreja que criaram, que chegou a quase R$ 400 milhões.
Segundo estimativas realizadas durante as investigações, o prejuízo total à União e ao Estado de São Paulo, pelo não recolhimento dos tributos devidos e pelas fraudes detectadas passam de R$ 150 milhões ao ano. "Constatou-se que se tratava de uma empresa que jamais teve existência física e que a associação religiosa foi criada por gozar de imunidade tributária, o que,  diminuiria as probabilidades de fiscalização, na visão dos integrantes do grupo", disse a PF em nota.

Estratégias diferentes

A PF afirma que durante as investigações que os acusados utilizavam duas estratégias para sonegar impostos.

"No primeiro, empresas de fachada eram criadas para que atuassem ficticiamente, recebendo recursos de empresas reais e depois remetendo os valores para o exterior por meio de “doleiros”, ou seja, de maneira ilegal. Essas empresas de fachada eram utilizadas por um período curto para melhor desviar a atenção da fiscalização. No segundo modo de atuação, o grupo atuava para empresas devedoras do fisco estadual, que já haviam sido autuadas ou que haviam tido seus recursos administrativos julgados improcedentes. Eles contavam com a colaboração de servidores públicos vinculados à área tributária, que atuariam principalmente no 'desaparecimento de procedimentos fiscais”, afirma a PF.

Enquanto os processos eram fisicamente subtraídos das instalações da repartição pública, de acordo com as investigações da Polícia, havia também o apagamento dos registros nos sistemas de informática. A investigação aponta que eles eram levados em partes, escondidos em bolsas ou mochilas. "Ao final, eram entregues aos chefes da quadrilha, que os entregavam para os empresários envolvidos. Há evidências de que cada procedimento continha valores de multas fiscais que variam entre R$ 1 milhão e R$ 35 milhões".
Os investigados responderão pelos crimes contra o sistema financeiro, subtração de processos, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, formação e quadrilha, falsidade ideológica e sonegação fiscal, cujas penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.

Fonte: UOL – Notícias

31 de outubro - Santo do dia

Santo Afonso Rodrigues

A Companhia de Jesus gerou padres e missionários santos que deixaram a assinatura dos jesuítas na história da evangelização e na história da humanidade. Figuras ilustres que se destacaram pela relevância de suas obras sociais cristãs em favor das minorias pobres e marginalizadas, cujas contribuições ainda florescem no mundo todo.

Entretanto de suas fileiras saíram também santos humildes e simples, que pela vida entregue a Deus e servindo exclusivamente ao próximo, mostraram o caminho de felicidade espiritual aos devotos e discípulos. Valorosos personagens quase ocultos, que formam gerações e gerações de cristãos e, assim, sedimentam a sua obra no seio das famílias leigas e religiosas.

Um dos mais significativos desses exemplos é o irmão leigo Afonso Rodrigues, natural de Segóvia, Espanha. Nascido em 25 de julho de 1532, pertencia a uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé.

Tudo começou quando Afonso tinha dezesseis anos. Seu pai, um simples comerciante de tecidos, morreu de repente. Vendo a difícil situação de sua mãe, sozinha para sustentar os onze filhos, parou de estudar. Para manter a casa, passou a vender tecidos, aproveitando a clientela que seu pai deixara.

Em 1555, aconselhado por sua mãe, casou e teve dois filhos. Mas novamente a fatalidade fez-se presente no seu lar. Primeiro, foi a jovem esposa que adoeceu e logo morreu; em seguida, faleceram os dois filhos, um após o outro. Abatido pelas perdas, descuidou dos negócios, perdeu o pouco que tinha e, para piorar, ficou sem crédito.

Sem rumo, tentou voltar aos estudos, mas não se saiu bem nas provas e não pôde cursar a Faculdade de Valência.

Afonso entrou, então, numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou, meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente a serviço de Deus, servindo aos semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571. E foi um noviciado de sucesso, pois foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas em Palma, na ilha de Maiorca, onde encontrou a plena realização da vida e terminou seus dias.

No colégio, exerceu somente a simples e humilde função de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura.

E assim, apesar de porteiro, foi orientador espiritual de muitos religiosos e leigos, que buscavam sua sabedoria e conselho. Mas um se destacava. Era Pedro Claver, um dos maiores missionários da Ordem, que jamais abandonou os seus ensinamentos e também ganhou a santidade. Outro foi o missionário Jerônimo Moranto, martirizado no México, que seguiu, sempre, sua orientação.

Afonso sofreu de fortes dores físicas durante dois anos, antes de morrer em 31 de outubro de 1617, lá mesmo no colégio. Foi canonizado em 1888, pelo papa Leão XIII, junto com são Pedro Claver, seu discípulo, conhecido como o Apostolo dos Escravos. Santo Afonso Rodrigues deixou uma obra escrita resumida em três volumes, mas de grande valor teológico, onde relatou com detalhes a riqueza de sua espiritualidade mística. A sua festa litúrgica é comemorada no dia de sua morte.


Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!
 

São Wolfgang

No final do século I surgiu o novo contorno político dos países da Europa. Entre os construtores desse novo mapa europeu está o bispo são Wolfgang, também venerado como padroeiro dos lenhadores.

Nascido no ano 924, na antiga Suábia, região do sudoeste da Alemanha, aos sete anos foi entregue à tutela de um sacerdote. Cresceu educado no Convento beneditino de Constança. Considerado um exemplo, nos estudos e no seguimento de Cristo, era muito devoto da eucaristia e tinha vocação para a vida religiosa.

Saiu do colégio em 956, sem receber ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves. Cargo que associou ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua sabedoria e empolgante maneira de ensinar.

Com a morte do bispo em 965, decidiu retirar-se no Mosteiro beneditino da Suíça. Três anos depois, terminado o noviciado, ordenou-se sacerdote e foi evangelizar a Hungria. Na época, esses povos bárbaros tentavam firmar-se como nação, mas continuavam a invadir e saquear os reinos alemães, promovendo grandes matanças de cristãos.

Wolfgang foi bem aceito e iniciou com sucesso a cristianização dos húngaros, organizando esses povos a se firmarem na terra como agricultores. Assim, começou a mostrar seu valor de pregador, pacificador e diplomata político também. Pouco tempo depois, em 972, era nomeado bispo de Ratisbona.

Ratisbona, cidade da Baviera, cujos vales dos rios Reno e Naab ligam as terras da Boêmia, que dependiam daquela diocese, ou seja, do bispo Wolfgang. Lá, ele, novamente, foi mestre e discípulo, professor e aprendiz. Mas foi, principalmente, o grande evangelizador e coordenador político. Caminhava de paróquia em paróquia dando exemplos de religiosidade e caridade, pregando e ensinando a irmãos, padres e leigos.

Sua fé e dedicação ao trabalho trouxeram-lhe fama, e até o próprio duque da Baviera confiou-lhe os filhos para educar. Foi a atitude acertada, porque Henrique, o filho mais velho do duque, tornou-se imperador da Baviera. Bruno, o segundo filho, foi bispo exemplar, como seu mestre. A filha, Gisela, foi um modelo de rainha católica na história da Hungria. E finalmente, a outra filha, Brígida, tornou-se abadessa de um mosteiro fundado pelo bispo Wolfgang.

Mas esse não foi o único mosteiro que criou, foram vários, além dos restaurados, das igrejas, hospitais, casas de repouso para velhos e creches para crianças, também fundados e administrados sob sua orientação. Sua visão evangelizadora era tão ampla que passava pelo curso político da história. Assim, surpreendeu os poderosos da época e até os superiores do clero quando decidiu separar da diocese de Ratisbona as terras da Baviera, para criar uma nova, com sua sede episcopal em Praga. Apesar das reclamações, agiu corretamente e fundou a diocese de Praga, que em 976 teve seu primeiro bispo, Tietemaro, depois sucedido pelo grande santo Alberto, doutor da Igreja.

Desse modo, robusteceu a missão evangelizadora e o cristianismo firmou raízes nas terras germânicas. Em 974, devido à luta entre Henrique II da Baviera e o imperador Oto II da Alemanha, refugiou-se num mosteiro em Salzburg. E não perdeu tempo, erguendo, ali perto, uma igreja dedicada a são João Batista, que depois foi aumentada, reformada e, em sua memória, recebendo o seu nome.

Wolfgang fazia uma viagem evangelizadora pela Áustria quando adoeceu. Morreu alguns dias depois, em Pupping, no dia 31 de outubro de 994. Foi canonizado em 1052, pelo papa Leão IX. A festa de são Wolfgang, celebrada no dia de sua morte, é uma das mais tradicionais da Igreja, especialmente entre os povos cristãos de língua germânica.


São Wolfgang, rogai por nós! 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

50 anos do Concílio Vaticano II - Avanços e retrocessos



O pontificado mais longo da história da Igreja Católica Apostólica Romana foi o de Giovanni Maria Mastai Ferretti: 31 anos, 7 meses e 23 dias. Ao assumir o trono de São Pedro, onde imperou de até sua morte em 7 de fevereiro de 1878, Mastai Ferretti adotou o nome de Pio IX, deixou 41 encíclicas, assistiu a unificação do vizinho estado italiano em 1860 e, por ato de João Paulo II, restou beatificado de modo a alcançar a glória doas altares, como se diz nos ambientes eclesiásticos e escrevem os jornalistas italianos especializados em Vaticano (vaticanistas).

Mastai Ferretti escreveu um dos anátemas, - sentença de excomunhão da Igreja, mais pesados da história da Igreja e de matriz obscurantista: “Seja anátema quem afirma a possibilidade de mudar de religião para seguir o convencimento pessoal” (Pio IX, em Sillabo, 1864). Tal maldição papal foi cassada pelo humanizado e ecumênico Concílio Vaticano II, que completou 50 anos no dia 11 de outubro deste ano.

O Concílio Vaticano II, de iniciativa do então papa João XXIII, promoveu profundas reformas nos campos (1) ecumênico, (2) bíblico, (3) litúrgico. Mais ainda, reorganizou a vida interna na Igreja. Ele foi o 21º.concílio da Igreja católica e durou de outubro de 1962 a dezembro de 1965. Coube ao papa Paulo VI, nascido Giovanni Battista Montini, concluí-lo como sucessor de João XXIII, que faleceu em 3 de junho de 1963.

Inicialmente considerado um papa de transição pela idade provecta, João XXIII reuniu em assembléia 2.540 clérigos da mais alta hierarquia eclesiástica para sair do conservadorismo resistente e ingressar num mundo globalizado e a exigir posturas liberais, de aproximação com os fiéis e com os outros credos. Para muitos teólogos, o papa Roncalli, apelidado de ‘papa-bom’ pelos fiéis, logrou com o Vaticano II “antecipar, na Igreja, a modernidade do mundo globalizado”.

Para se ter idéia das mudanças introduzidas - e apesar do pé no freio de Montini e Wojtyla para reduzir a velocidade nas mudanças -  pela primeira vez o papa Bento XVI, na véspera dos 50 anos do fundamental Vaticano II, pregou fraternamente às pessoas de língua árabe: - “Il papa prega per tutte Le persone di língua araba e Dio vi benedica tutti”.

Quando se fala em Vaticano II, logo se pensa na introdução da missa falada na língua dos países dos fiéis. O latim cedeu lugar para que os fiéis entendessem o que se estava a dizer nos altares. Os missais e os folhetos das missas foram traduzidos e impressos na língua moderna falada e tornaram mais eficientes e produtivas as interlocuções.  Por evidente, os reacionários liderados pelo fundamentalista cardeal Marcel Lefebvre reagiram ao Vaticano II. Os chamados lefebvrianos promoveram uma irrelevante ruptura, que os jornais chamaram de cisma católico. No mundo laico, esse cisma repercutiu como algo que não passou de uma insistência em se celebrar em latim e manter as trevas.

Enquanto os protestantes, nas chamadas escolas dominicais, colocavam os textos sagrados à disposição dos fiéis, os ensinavam a interpretá-los e difundiam a leitura da Bíblia, a Igreja, até o Vaticano II, era fiel ao estabelecido no Concílio de Trento, o 19º. da história eclesiástica e realizado no arco temporal de 1545 a 1563. Pelo Concílio de Trento, a ampliação dada pelos protestantes era vedada e o velho e o novo Testamento ficavam como leituras exclusivas, ou melhor, prerrogativas do clero. Com o Concílio Vaticano II, ampliou-se o uso comunitário da Bíblia, dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos. Nas missas, os fiéis passaram a subir aos altares para leituras de textos bíblicos e dos ensinamentos do apóstolo Paulo.

A reforma ecumênica foi profunda e voltada à unidade cristã mediante e, assim, permitiu aproximações e diálogos com os cristãos não católicos e membros de outras religiões monoteístas. A O papa Wojtyla, por exemplo, referiu-se aos de religião judaica como irmãos mais velhos e em conformidade com o Vaticano II que condenou o antissemitismo. Ratzinger, como Wojtyla, visitaram sinagogas e pregaram em Jerusalém, em 2000 e 2009, no Muro das Lamentações. Sobre isso, conseguiu-se melhorar o relacionamento sem se olvidar o silêncio sepulcral do papa Pio XII quando tropas de Hitler, na margem romana do rio Tevere e, portanto vizinha ao Vaticano, retiraram os judeus dos guetos para os encaminhar, em precários trens estacionados na Tiburtina, à morte em campos nazistas de concentração distantes. Sob Ratzinger, o diálogo se complicou depois do episódio na universidade de Ratisbona em 2006, em aula magna e ao ofender gratuitamente os islâmicos. Por outro lado, não se pode esquecer, no campo das evoluções, as jornadas interreligiosas para a paz, no santuário de Assis.

Deve ser lembrado, na chamada aproximação recomendada pelo Vaticano II, a troca da batina por roupas iguais as vestidas pelos comuns dos mortais e leigos assumiram co-atribuições delegadas de “ministros da eucaristia”.  Além do reconhecimento da liberdade religiosa, ficou assentado o princípio da igualdade entre todos os pertencentes à religião católica. Quanto a isso, no entanto, continua a resistência a impedir que as religiosas se ordenem sacerdotisas e possam celebrar as missas. No 50º. aniversário do Vaticano II, o Bento XVI abriu o chamado “Ano da Fé”. Quando ainda jovem e padre, Ratzinger, aos 38 anos de idade, foi convocado para participar, como “perito”, dos trabalhos de elaboração de um dos textos conciliares, o decreto Ad Gentes, voltado a dar um novo conceito às missões e evangelizações. A convocação partiu do respeitado cardeal Johanes Schitte, que tinha sido expulso da China maoísta dada a condição de clérigo.

Com efeito, Bento XVI conhece bem o espírito que inspirou o Vaticano II, mas, no seu pontificado, tem recaídas e se mostra mais conservador do que o seu antecessor Wojtyla. Muitas vezes, Ratzinger embarca no túnel do tempo e assume posturas do tempo pré-conciliar O recém falecido, respeitado e progressista cardeal Carlo Maria Montini, que nos legou o exemplo de como morrer com dignidade ao não desejar, sem ser caso de eutanásia, o alongamento do seu estado terminal, criticou o atraso na modernização da Igreja, algo levado adiante pelo humilde e iluminado papa Roncalli, idealizador do fundamental Concílio Vaticano II.

Fonte: Wálter Fanganiello Maierovitch - IBGF

Santo do dia - 30 de outubro

                                       
                                            
São Marcelo, o centurião


Marcelo, o Centurião, morreu em 298 martirizado. Era um oficial romano em Tingis, hoje Marrocos. Ele denunciou as cerimonias pagãs planejadas para a celebração do aniversário do imperador e foi trazido a presença de Aurélius, o deputado pretoriano. Marcelo debateu a causa da sua fé com eloquência durante a audiência. O debate entre Marcellus e Aurelius e a ata do martírio de Marcelo é extensa.

Ele foi condenado a morte pela espada. O notário do julgamento, São Cassiano recusou-se a produzir uma ata do jeito que o imperador queria e foi tambem martirizado e morto.


A festa de São Marcelo, o centurião, é celerada em 30 de outubro.

São Marcelo, o centurião, rogai por nós!