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segunda-feira, 25 de março de 2013

Santo do dia - 25 de março

São Dimas


O Evangelho fala pouco deste Santo. Nem mesmo o nome, os evangelistas fixaram. O que sabemos foi trazido pela tradição que são os nomes: Dimas, o Bom Ladrão e Simas, o mau ladrão.

Sem dúvida alguma, se trata de um santo original, único, privilegiado, que mereceu a honra de ser canonizado em vida por Jesus Cristo, na hora solene de nossa Redenção. Os outros santos só foram solenemente reconhecidos, no outro milênio, a partir do ano 999. A Igreja comemorava os mártires e confessores, mas sem uma declaração oficial e formal. Enquanto que, a de São Dimas quem proclamou foi o próprio Fundador da Igreja.

Dimas foi o operário da última hora, o que nos fez ver o mistério da graça derradeira. O mau ladrão resistiu, explodiu em blasfêmias. Rejeitou a graça, visivelmente dada pelo Redentor. O Bom Ladrão, depois de vacilar (Mt 27,44 -Mc 15,32), confessou a própria culpa, reclamou da injustiça contra Aquele que só fez o bem, reconheceu-O como Rei e lhe pediu que se lembrasse dele, quando estivesse no seu Reino.

Segundo a tradição, Dimas não era judeu, mas sim egípcio de nascimento. Dimas e Simas praticavam o banditismo nos desertos de passagem para o Egito. Lá a Sagrada Família, que fugia da perseguição do rei Herodes, foi assaltada por dois ladrões e um deles a protegeu. Era Dimas. Naquela época, entre os bandidos havia o costume de nunca roubar, nem matar, crianças, velhos e mulheres. Assim, Dimas deu abrigo ao Menino Jesus protegendo a Virgem Maria e São José.

Dimas foi um bandido muito perigoso da Palestina. E isso, realmente pode ser afirmado pelo suplício da cruz que mereceu. Essa condenação horrível era reservada somente aos grandes criminosos e aos escravos.

O Martirológio Romano diz apenas no dia 25 de Março: "Em Jerusalém comemoração do Bom Ladrão que na cruz professou a fé de Jesus Cristo". E no mundo todo São Dimas passou a ser festejado neste dia.

O Bom Ladrão ou São Dimas foi o primeiro que entrou no céu: "Ainda hoje estarás comigo no Paraíso". (Lc 23,43). Ele passou a ser popularmente considerado o "Padroeiro dos pecadores arrependidos da hora derradeira, dos agonizantes, da boa morte". Morreu sacramentado pela absolvição do próprio Cristo, e por Ele conduzido ao Paraíso. 


São Dimas, rogai por nós!

Santo Irêneo de Sírmium

Irêneo foi martirizado no século IV, sob a perseguição sangrenta e implacável do imperador Diocleciano. Era bispo de Sírmium, na Panônia. Atualmente Mitrovica, na Hungria. Não há muitos dados sobre sua vida, até ser condenado por ser cristão e levado à presença do governador da Hungria, Probo. Fora casado, mas ao assumir o sacerdócio se tornou celibatário, como era necessário naqueles tempos.

Além destas informações, temos sobre ele o relato do processo e do seu julgamento. Probo, o próprio governador que o interrogou, não se conformava com o fato de o bispo não exprimir vontade alguma de salvar sua vida, sacrificando aos deuses pagãos, como dizia o decreto do imperador romano. Assim, fez de tudo para que ele mudasse de idéia. Depois que Irêneo se recusou ao sacrifício ordenado, foi amarrado a um cavalete e torturado. Como nem ao menos reclamasse, Probo mandou buscar todos os membros de sua família. Vieram mãe, esposa e filhos e todos passaram a chorar por ele, ao redor do instrumento de tortura, pedindo que ele abrisse mão de sua condição de cristão. Igualmente, de nada adiantou. Não renegou a fé em Cristo.

Irêneo foi levado então de volta ao cárcere, onde durante dias permaneceu sendo espancado continuamente. Mais uma vez levado à presença do governador, o bispo novamente se negou a obedecer às ordens do imperador. Probo mandou então que ele fosse jogado no rio. Só então o bispo Irêneo reclamou: não admitia que tivessem dó dele por ser cristão, já que não tiveram do Cristo. Exigia ser passado a fio de espada. Irado com a insolência do religioso, Probo mandou então que fosse decapitado. Era o dia 25 de março de 304.

A Igreja celebra a festa litúrgica de Irêneo de Sírmium, no dia de sua morte. 


Santo Irêneo de Sírmium, rogai por nós!

domingo, 24 de março de 2013

‘Verei vocês no Brasil’, diz Papa Francisco em celebração do Domingo de Ramos

Pontífice Francisco chegou à Praça de São Pedro em um veículo descoberto, neste domingo
Bergoglio anunciou que visitará o Rio em julho, durante a Jornada da Juventude
Cerca de 250 mil pessoas assistiram à cerimônia, que marca o início da Semana Santa
O Papa Francisco celebrou sua primeira missa de Domingo de Ramos na Praça de São Pedro, neste domingo (24). Em seu discurso, o Pontífice incentivou os fiéis a serem humildes e jovens de coração, enquanto dezenas de milhares de fiéis acenaram com ramos de oliveira e folhas de palmeira. O Domingo de Ramos comemora a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, e marca o início da Semana Santa na Igreja Católica.

Durante a missa, o Papa argentino anunciou que visitará o Rio de Janeiro em julho, durante a Jornada da Juventude, que deve atrair centenas de milhares de jovens católicos ao país. “Estou ansioso pelo próximo mês de julho no Rio de Janeiro. Verei vocês naquela fantástica cidade no Brasil”, disse o Papa ao fim de seu discurso, ressaltando que o encontro no Rio será “um sinal de fé para o mundo inteiro”.

Após a cerimônia, Francisco escreveu a mesma frase em seu perfil oficial no Twitter (@Pontifex). Durante a cerimônia, o pontífice argentino disse que irá celebrar uma missa na praia de Copacabana e rezar na estátua do Cristo Redentor, de acordo com o correspondente da rede “BBC” em Roma, David Willey. Seu antecessor, Bento XVI também participou do último festival do gênero, em Madri, em agosto de 2011. Ainda segundo um correspondente da “BBC”, Papa Francisco desviou diversas vezes do texto original durante a missa de Domingo de Ramos, usando um tipo de discurso mais informal e direto.

O novo Papa chegou à praça, que estava cheia, com cerca de 250 mil peregrinos, turistas e italianos, em um veículo descoberto para dar início às cerimônias da Semana Santa, que culminará com a Páscoa no próximo domingo. No passeio pela praça, Bergoglio beijou crianças e cumprimentou os fiéis. Francisco usava um manto vermelho sobre a batina branca e presidiu a missa de um altar protegido por um dossel, sobre os degraus da Basílica de São Pedro. Os cardeais, muitos deles eleitores que, no dia 13 de março, escolheram o primeiro Papa latino-americano da Igreja Católica, se sentaram em fileiras para assistir à cerimônia, realizada sob um céu nebuloso em um dia de muito vento.

O Papa Francisco decidiu modificar algumas tradições do Vaticano durante a Semana Santa. Na quinta-feira, por exemplo, ele visitará uma prisão para jovens delinquentes no subúrbio de Roma, onde, simbolicamente, lavará os pés de 12 jovens detentos. Em anos anteriores, a cerimônia foi realizada pelo Papa em Roma, na Basílica de São João de Latrão, com sacerdotes simbolizando os 12 apóstolos. Conhecido formalmente como Papa emérito desde sua aposentadoria no mês passado, Bento XVI recebeu seu sucessor, pela primeira vez, no sábado, na residência pontifícia de Castelgandolfo, ao sul de Roma.

EVANGELHO DO DIA

EVANGELHO COTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR 

Evangelho segundo S. Lucas 22,14-71.23,1-56.
Quando chegou a hora, Jesus sentou-se à mesa com os seus Apóstolos e disse-lhes:
Disse-lhes: «Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer, pois digo-vos que já não a voltarei a comer até ela ter pleno cumprimento no Reino de Deus.» 
 
Tomando uma taça, deu graças e disse: «Tomai e reparti entre vós,
pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o Reino de Deus.»
 
Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.» 
 
Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós.» 
 
«No entanto, vede: a mão daquele que me vai entregar está comigo à mesa!
O Filho do Homem segue o seu caminho, como está determinado; mas ai daquele por meio de quem vai ser entregue!» 
 
Começaram a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer semelhante coisa. Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles devia ser considerado o maior. Jesus disse-lhes: «Os reis das nações imperam sobre elas e os que nelas exercem a autoridade são chamados benfeitores. Convosco, não deve ser assim; o que fôr maior entre vós seja como o menor, e aquele que mandar, como aquele que serve.
Pois, quem é maior: o que está sentado à mesa, ou o que serve? Não é o que está sentado à mesa? Ora, Eu estou no meio de vós como aquele que serve.
Vós sois os que permaneceram sempre junto de mim nas minhas provações,
e Eu disponho do Reino a vosso favor, como meu Pai dispõe dele a meu favor,
a fim de que comais e bebais à minha mesa, no meu Reino. E haveis de sentar-vos, em tronos, para julgar as doze tribos de Israel.» 
 
E o Senhor disse: «Simão, Simão, olha que Satanás pediu para vos joeirar como trigo.
Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos.»

 
Ele respondeu-lhe: «Senhor, estou pronto a ir contigo até para a prisão e para a morte.»
Jesus disse-lhe: «Eu te digo, Pedro: o galo não cantará hoje sem que, por três vezes, tenhas negado conhecer-me.»  Depois, acrescentou: «Quando vos enviei sem bolsa, nem alforge, nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?» Eles responderam: «Nada.»  E Ele acrescentou: «Mas agora, quem tem uma bolsa que a tome, assim como o alforge, e quem não tem espada venda a capa e compre uma.
Porque, digo-vo-lo Eu, deve cumprir-se em mim esta palavra da Escritura: Foi contado entre os malfeitores. Efectivamente, o que me diz respeito chega ao seu termo.» 
 
Disseram-lhe eles: «Senhor, aqui estão duas espadas.» Mas Ele respondeu-lhes: «Basta!»
Saiu então e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também com Ele. Quando chegou ao local, disse-lhes: «Orai, para que não entreis em tentação.»  Depois afastou-se deles, à distância de um tiro de pedra, aproximadamente; e, pondo-se de joelhos, começou a orar, dizendo: «Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua.» 
 
Então, vindo do Céu, apareceu-lhe um anjo que o confortava. Cheio de angústia, pôs-se a orar mais instantemente, e o suor tornou-se-lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra. Depois de orar, levantou-se e foi ter com os discípulos, encontrando-os a dormir, devido à tristeza. Disse-lhes: «Porque dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.» 
 
Ainda Ele estava a falar quando surgiu uma multidão de gente. Um dos Doze, o chamado Judas, caminhava à frente e aproximou-se de Jesus para o beijar. Jesus disse-lhe: «Judas, é com um beijo que entregas o Filho do Homem?»  Vendo o que ia suceder, aqueles que o cercavam perguntaram-lhe: «Senhor, ferimo-los à espada?»  E um deles feriu um servo do Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus interveio, dizendo: «Basta, deixai-os.» E, tocando na orelha do servo, curou-o. 

Depois, disse aos que tinham vindo contra Ele, aos sumos sacerdotes, aos oficiais do templo e aos anciãos: «Vós saístes com espadas e varapaus, como se fôsseis ao encontro de um salteador!  Estando Eu todos os dias convosco no templo, não me deitastes as mãos; mas esta é a vossa hora e o domínio das trevas.»  Apoderando-se, então, de Jesus, levaram-no e introduziram-no em casa do Sumo Sacerdote. Pedro seguia de longe. 

Tendo acendido uma fogueira no meio do pátio, sentaram-se e Pedro sentou-se no meio deles.  Ora, uma criada, ao vê-lo sentado ao lume, fitandoo, disse: «Este também estava com Ele.»  Mas Pedro negou-o, dizendo: «Não o conheço, mulher.»  Pouco depois, disse outro, ao vê-lo: «Tu também és dos tais.» Mas Pedro disse: «Homem, não sou.»  Cerca de uma hora mais tarde, um outro afirmou com insistência: «Com certeza este estava com Ele; além disso, é galileu.» 
 
Pedro respondeu: «Homem, não sei o que dizes.» E, no mesmo instante, estando ele ainda a falar, cantou um galo.  Voltando-se, o Senhor fixou os olhos em Pedro; e Pedro recordou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse: «Hoje, antes de o galo cantar, irás negar-me três vezes.»  E, vindo para fora, chorou amargamente.  Entretanto, os que guardavam Jesus troçavam dele e maltratavam-no.  Cobriam-lhe o rosto e perguntavam-lhe: «Adivinha! Quem te bateu?»  E proferiam muitos outros insultos contra Ele. Quando amanheceu, reuniu-se o Conselho dos anciãos do povo, sumos sacerdotes e doutores da Lei, que o levaram ao seu tribunal.  Disseram-lhe: «Declara-nos se Tu és o Messias.» Ele respondeu-lhes: «Se vo-lo disser, não me acreditareis  e, se vos perguntar, não respondereis.  Mas doravante, o Filho do Homem vai sentar-se à direita de Deus todo-poderoso.» 
 
Disseram todos: «Tu és, então, o Filho de Deus?» Ele respondeu-lhes: «Vós o dizeis; Eu sou.»  Então, exclamaram: «Que necessidade temos já de testemunhas? Nós próprios o ouvimos da sua boca.»  Levantando-se todos, levaram-no a Pilatos  e começaram a acusá-lo, nestes termos: «Encontrámos este homem a sublevar o povo, a impedir que se pagasse tributo a César e a dizer-se Ele próprio o Messias Rei.»  Pilatos interrogou-o: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus respondeu: «Tu o dizes.»  Pilatos disse, então, aos sumos sacerdotes e à multidão: «Nada encontro de culpável neste homem.»  Mas eles insistiram, dizendo: «Ele amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia até aqui.»  Ao ouvir isto, Pilatos perguntou-se o homem era galileu;  e, ao saber que era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, que também se encontrava em Jerusalém nesses dias. 

Ao ver Jesus, Herodes ficou extremamente satisfeito, pois havia bastante tempo que o queria ver, devido ao que ouvia dizer dele, esperando que fizesse algum milagre na sua presença.
Fez-lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu.  Os sumos sacerdotes e os doutores da Lei, que lá estavam, acusavam-no com veemência.  Herodes, com os seus oficiais, tratou-o com desprezo e, por troça, mandou-o cobrir com uma capa vistosa, enviando-o de novo a Pilatos.  Nesse dia, Herodes e Pilatos ficaram amigos, pois eram inimigos um do outro.
Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo,  e disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como se andasse a revoltar o povo. Interroguei-o diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais. Herodes tão pouco, visto que no-lo mandou de novo. Como vedes, Ele nada praticou que mereça a morte.  Vou, portanto, libertá-lo, depois de o castigar.» 
 
Ora, em cada festa, Pilatos era obrigado a soltar-lhes um preso. E todos se puseram a gritar: «A esse mata-o e solta-nos Barrabás!»  Este último fora metido na prisão por causa de uma insurreição desencadeada na cidade, e por homicídio.  De novo, Pilatos dirigiu-lhes a palavra, querendo libertar Jesus.  Mas eles gritavam: «Crucifica-o! Crucifica-o!» Pilatos disse-lhes pela terceira vez: «Que mal fez Ele, então? Nada encontrei nele que mereça a morte. Por isso, vou libertá-lo, depois de o castigar.»  Mas eles insistiam em altos brados, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência.  Então, Pilatos decidiu que se fizesse o que eles pediam.  Libertou o que fora preso por sedição e homicídio, que eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam. 

Quando o iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de Jesus.  Seguiam Jesus uma grande multidão de povo e umas mulheres que batiam no peito e se lamentavam por Ele. Jesus voltou-se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos;  pois virão dias em que se dirá: 'Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram.'  Hão-de, então, dizer aos montes: 'Caí sobre nós!' E às colinas: 'Cobri-nos!'  Porque, se tratam assim a árvore verde, o que não acontecerá à seca?»  E levavam também dois malfeitores, para serem executados com Ele.  Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-no a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.  Jesus dizia: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem.» Depois, deitaram sortes para dividirem entre si as suas vestes. 

O povo permanecia ali, a observar; e os chefes zombavam, dizendo: «Salvou os outros; salve-se a si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito.»  Os soldados também troçavam dele. Aproximando-se para lhe oferecerem vinagre,  diziam: «Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!»  E por cima dele havia uma inscrição: «Este é o rei dos judeus.»  Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-o, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também.»  Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício?  Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam; mas Ele nada praticou de condenável.»  E acrescentou: «Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.»
Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.»  Por volta do meio-dia, as trevas cobriram toda a região até às três horas da tarde.  O Sol tinha-se eclipsado e o véu do templo rasgou-se ao meio.  Dando um forte grito, Jesus exclamou: «Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.» Dito isto, expirou. 

Ao ver o que se passava, o centurião deu glória a Deus, dizendo: «Verdadeiramente, este homem era justo!»  E toda a multidão que se tinha aglomerado para este espectáculo, vendo o que acontecera, regressava batendo no peito.  Todos os seus conhecidos e as mulheres que o tinham acompanhado desde a Galileia mantinham-se à distância, observando estas coisas.  Um membro do Conselho, chamado José, homem recto e justo,  não tinha concordado com a decisão nem com o procedimento dos outros. Era natural de Arimateia, cidade da Judeia, e esperava o Reino de Deus.  Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.  Descendo-o da cruz, envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro talhado na rocha, onde ainda ninguém tinha sido sepultado.  Era o dia da Preparação e já começava o sábado.  Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia acompanharam José, observaram o túmulo e viram como o corpo de Jesus fora depositado.  Ao regressar, prepararam aromas e perfumes; e, durante o sábado, observaram o descanso, conforme o preceito.


Comentário ao Evangelho do dia feito por: São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
«Hossana! Bendito seja O que vem em nome do Senhor!» (Mc 11,9-10)
Irmãos, celebremos hoje a vinda do nosso Rei, vamos ao Seu encontro, porque Ele também é o nosso Deus. [...] Elevemos o coração até Deus, não apaguemos o Espírito (1Ts 5,19), aprontemos alegremente as candeias (Mt 25,7), mudemos as vestes da alma. Quais vencedores, peguemos em palmas e, quais pessoas simples, aclamemo-Lo com o povo. Com as crianças, cantemos, com um coração infantil: «Hossana! Bendito seja O que vem em nome do Senhor!» (Mt 21,15) [...] Hoje mesmo Ele entra em Jerusalém, de novo se prepara a cruz, o documento de acusação de Adão foi abolido (Col 2,14); de novo se abre o Paraíso, e o ladrão nele entra (Lc 23,43); de novo a Igreja está em festa. [...]

Ele não vem acompanhado pelas forças invisíveis do céu e pelas legiões de anjos; não está sentado num trono alto e sublime, protegido pelas asas dos serafins, por um carro de fogo e por seres vives de múltiplos olhos, que tudo fazem tremer com prodígios e com o som das trombetas (Ez 1,4ss). Ele vem escondido na natureza humana. É uma exaltação de bondade, não de justiça; de perdão, não de vingança. Ele não aparece na glória do Seu Pai (Ex 19,16ss), mas na humildade da Sua mãe. Já outrora o profeta Zacarias nos anunciara esta aparição; e convidava toda a criação ao júbilo [...]: «Exulta de alegria, filha de Sião!» (Za 9,9) As mesmas palavras que o anjo Gabriel pronunciara à Virgem: «Salve, ó cheia de graça» (Lc 1,28), e a mesma mensagem que o Salvador anunciou às santas mulheres após a Sua ressurreição : «Salve!» (Mt 28,9) [...]

«Exulta de alegria, filha de Jerusalém! Aí vem o teu Rei, ao teu encontro, manso e montado num jumentinho, filho de uma jumenta». [...] Que significa isto? Ele não não vem com pompa e esplendor, como é próprio dos reis. Vem na condição de servo (Fl 2,7), de esposo cheio de ternura, de Cordeiro dulcíssimo (Jo 1,29), fresco orvalho no Seu velo (Jz 6,36ss), ovelha que é levada ao matadouro (Jr 11,19), manso cordeiro arrastado para o sacrifício (Is 53,7). [...] Hoje, os filhos dos hebreus correm à Sua frente, oferecendo ramos de oliveira Àquele que é misericordioso e, em júbilo, recebem com palmas o Vencedor da morte. «Hossana! Bendito seja O que vem em nome do Senhor!»

Santo do dia - 24 de março

Santa Catarina da Suécia

 

Catarina foi ao mesmo tempo filha, discípula e companheira inseparável da mãe, Santa Brígida, a maior expressão religiosa feminina da história da Suécia. Nascida num berço nobre e cristão, Catarina nasceu em 1331 e recebeu educação e cultura com sólida base religiosa. Aos sete anos de idade, foi entregue às Irmãs do convento de Risberg, que souberam desenvolver totalmente sua vocação, cristalizando os ensinamentos cristãos que já vinha recebendo desde o berço.

Mas, circunstâncias políticas e sociais fizeram com que a jovem tivesse que se casar com um nobre da corte, Edgar, que além de fervoroso cristão era doente. Assim, decidiu aceitar o voto de castidade que Catarina fizera e ele mesmo resolveu adota-lo, vivendo tranqüilos como irmãos. Quando Edgard, ficou paralítico, Catarina passou a cuidar dele com todo carinho e generosidade.

Por ocasião da morte do pai de Catarina, sua mãe Brígida resolveu se voltar totalmente para a vida religiosa, iniciando-a com uma romaria aos túmulos dos apóstolos, em Roma. Pouco tempo depois Catarina conseguiu a autorização do marido para encontrar-se com a ela. Mas, quando estavam em Roma receberam a notícia da morte de Edgard. Então, ambas fizeram os votos e vestiram o hábito de religiosas e não se separaram mais. Catarina ajudou e acompanhou todo o trabalho de caridade e evangelização desenvolvido pela mãe. Fundaram juntas o duplo mosteiro de Vadstena, na Suécia, do qual Brígida foi abadessa, criando a Ordem de São Salvador, cujas religiosas são chamadas de brigidinas.

Catarina, como sua assistente, seguiu-a em todas as viagens perigosas, em seu país e no exterior, sendo muita vezes salvas por um cervo selvagem que sempre aparecia para socorrer Catarina. Foi após uma peregrinação à Terra Santa, que Brígida veio a falecer, em Roma. Catarina acompanhou o corpo de volta para a Suécia e foi recebida com aclamação popular, junto com os restos mortais da mãe, que já era venerada por sua santidade.

Os registros relatam mais fatos prodigiosos, ocorridos com a nova abadessa, pois Catarina foi eleita sucessora da mãe no convento. Eles contam que alguns pretendentes queriam que ela abandonasse os votos e o hábito depois a morte de Edgard. Um, mais audacioso, ao tentar atacá-la, teria ficado cego e só recuperado a visão depois de se ajoelhar aos seus pés e pedir perdão, quando abriu os olhos viu ao lado de Catarina um cervo selvagem. Por isso, nas suas representações sempre há um cervo junto dela.

Entretanto, a rainha-mãe Brígida, depois de falecida passou a operar prodígios, segundo muitos devotos e peregrinos que afirmavam ter alcançado graças por sua intercessão. Por isso, a pedido do povo e das autoridades da corte, a abadessa Catarina foi a Roma requerer do Sumo Pontífice a canonização da mãe, em nome da população do seu país. Alí viveu por cinco anos, interna de um convento onde ficaram registrados sua extrema disciplina, o senso de caridade e a humildade com que tratava os doentes e necessitados.

Catarina, quando voltou para a Suécia, já era portadora de grave enfermidade, talvez pelas horas de duras penitências que praticava. Tinha cinqüenta anos de idade quando faleceu, no dia 24 de março de 1381.

O papa Inocente VIII, confirmou o culto de Santa Catarina da Suécia, em 1484. Mas o seu culto já era muito vigoroso em toda a Europa, uma vez que segundo a população romana ela teria salvado a cidade da inundação do rio Tevere cuja cheia já havia derrubado os diques que o continham. 


Santa Catarina da Suécia, rogai por nós!

sábado, 23 de março de 2013

Papa Francisco é recebido por Bento XVI para almoço

Bento XVI recebe Papa Francisco para um almoço neste sábado
 Encontro acontece na residência de verão da Santa Fé, em Castelgandolfo
 “Somos irmãos”, teria dito o Papa Francisco a Bento XVI, ao convidá-lo para orar ao seu lado
Os dois pontífices conversaram por 45 minutos na biblioteca do palácio
 A multidão começou a se reunir na praça central de Castelgandolfo ainda na manhã deste sábado (23) para acompanhar um momento histórico: dois papas se encontrariam para um almoço e, provavelmente, para discutir o futuro da Igreja Católica.

 Papa Francisco se encontra com Bento XVI, em Castelgandolfo, em foto divulgada pelo jornal do Vaticano "L'Osservatore Romano" AP

Papa Francisco levantou voo às 12h (horário local) deste sábado no helicóptero rumo à residência papal de verão em Alban Hills, ao sul ​​de Roma, onde o Papa emérito Bento XVI vive desde a renúncia, em 28 de fevereiro. Dez minutos depois, Francisco chegou a Castelgandolfo, onde o Papa emérito o aguardava no heliporto. Ambos, vestidos de batina branca, se abraçaram calorosamente no local.

O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que, ao chegarem à capela de Castelgandolfo, o Papa Francisco fez questão se sentar-se no mesmo banco de Bento XVI para orar. — Somos irmãos — teria dito Francisco, segundo Lombardi.

A helicóptero do papa Francisco voou baixo sobre o centro de Castegandolfo, arrancando aplausos da multidão de fiéis reunidos na Praça da Liberdade, que aguarda a aparição dos dois papas na sacada da residência de verão. Segundo o jornal italiano “Corriere della Sera”, logo após a chegada de Francisco ao local, começou uma reunião privada na biblioteca do palácio, que durou 45 minutos, entre o atual Papa e Bento XVI. À portas fechadas, os dois religiosos, provavemente, discutiram o caso Vatileaks, entre outros assuntos. No fim do encontro, os dois pontífices almoçarão juntos.

Ainda não há a confirmação se Francisco saudará os fiéis da varanda da residência de verão, a mesma sacada da qual Ratzinger, em fevereiro passado 28, disse adeus ao mundo para se aposentar da vida pública.

Francisco retornará ao Vaticano na parte da tarde.
Bento XVI foi o primeiro papa a renunciar em 600 anos, e sua partida dramática no dia 28 de fevereiro — sobrevoando de helicóptero a Praça de São Pedro, com seu secretário chorando ao seu lado, em um último adeus — é uma das imagens mais marcantes da transição papal.
O Vaticano, porém, está tentando não fazer um grande alarde em torno do almoço, para preservar o desejo de Bento XVI de se manter “escondido do mundo”.

Santo do dia - 23 de março

Santa Rafka (Rebeca)


No dia 20 de junho de 1832, na cidade de Himlaya, Líbano, nasceu a menina Boutroussyeh, que em português significa: Pedrinha. Quando se tornou religiosa adotou o nome de Rafka, ou Rebeca que era o nome de sua mãe, falecida quando ela tinha sete anos.

Rebeca era filha única e seu pai empobreceu muito após a morte da esposa. Aos onze anos ela foi servir uma família libanesa na, na Síria. Após quatro anos voltou para casa, pois seu pai havia se casado novamente. Pedrinha ficou muito confusa e angustiada com o seu possível matrimonio. Uma tarde foi a igreja rezar para que Nossa Senhora a ajudasse na decisão do caminho a seguir. A noite sonhou e ouviu uma voz que lhe dizia para entregar sua vida a Cristo. Decidiu ser religiosa. Saiu de casa contrariando a família e se apresentou à congregação das Irmãs Filhas de Maria em Bifkaya.

A congregação a acolheu como postulante, era o ano de 1853. Rebeca, três anos depois, completava o noviçado pronunciando os votos e se formando professora. Foi enviada como missionária e professora nos povoados pobres para catequizar e alfabetizar crianças e adultos carentes. Ela foi uma missionária dócil, caridosa, penitente, evangelizando pelo exemplo e pela palavra.

Em 1871, a congregação da Filhas de Maria que era diocesana, passava por uma crise e seria fechada. Rebeca, ouvindo novamente a voz que a guiava, foi ser noviça no convento de São Simão na cidade de Aitou, onde fez sua profissão de fé e dos votos em 1872, tomando o nome de Rafka.

Assim, iniciou uma outra fase de sua vida à serviço de Deus. Rafka começou a sentir dores terríveis na cabeça e nos olhos. Após os exames médicos foi submetida a várias cirurgias. Durante a última o médico errou e ela ficou sem chance de cura. Rafka aceitou toda aquela lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava da Paixão de Jesus Cristo e no sofrimento da Virgem Maria.

Foram vinte e seis anos de sofrimento na cidade de Aitou. Depois, com outras cinco religiosas Rafka foi transferida para o novo convento dedicado a São José, em Grabta. Neste período ficou completamente cega e paralítica. Mesmo assim se manteve feliz porque podia usar as mãos, fazendo meias e malhas de lã.

Rafka ainda vivia e a população falava dela como santa. Depois da sua morte em 23 de março de 1914 a sua fama se difundiu por todo o Líbano, Europa, e nas Américas. Os prodígios e milagres foram se acumulando e seu processo de canonização foi concluído em 2001, quando o papa João Paulo II a proclamou santa.

O seu corpo repousa na igreja do mosteiro de São José em Grabta, Líbano. Santa Rafka, ou Rebeca continua sendo reverenciada no dia 23 de março pelos seus devotos em todo o mundo. 


 Santa Rafka, rogai por nós!

 

São Turíbio de Mongrovejo

Turíbio Alfonso de Mongrovejo nasceu na cidade de Majorca de Campos, Leon, na Espanha, em 1538, no seio de uma família nobre e rica. Estudou em Valadolid, Salamanca e Santiago de Compostela, licenciado em direito e foi membro da Inquisição. Sua vida era pautada pela honestidade e lisura, mas, jamais poderia suspeitar que Deus o chamaria para um grande ministério. Quando então foi nomeado Arcebispo para a América espanhola, pelo Papa Gregório XIII, atendendo um pedido do rei Felipe II, da Espanha, que tinha muita estima por Turíbio.

O mais curioso é que ele teve de receber uma a uma todas as ordens de uma só vez até finalizar com a do sacerdócio, para em 1580, ser consagrado Arcebispo da Cidade dos Reis, chamada depois Lima, atual capital do Peru, aos quarenta anos de idade. Isso ocorreu porque apesar de ser tonsurado, isto é, ter o cabelo cortado como os padres, ainda não pertencia ao clero. E, foi assim que surgiu um dos maiores apóstolos da Igreja, muitas vezes comparado a Santo Ambrósio.

Chegando à América espanhola em 1581, ficou espantado com a miséria espiritual e material em que viviam os índios. Aprendeu sua língua e passou a defendê-los contra os colonizadores, que os exploravam e maltratavam. Era venerado pelos fiéis e considerado um defensor enérgico da justiça, diante dos opressores.

Apoiado pela população, organizou as comunidades de sua diocese e depois reuniu assembléias e sínodos, convocando todos os habitantes para a evangelização. Sob sua direção, foram realizados dez concílios diocesanos e os três provinciais que formaram a estrutura legal da Igreja da América espanhola até o século XX. Inclusive, o Sínodo Provincial de Lima, em 1582, foi comparado ao célebre Concílio de Trento. Conta-se que neste sínodo, com fina ironia, Turíbio desafiou os espanhóis, que se consideravam tão inteligentes, a aprenderem uma nova língua, a dos índios.

Quando enviou um relatório ao rei Felipe II, em 1594, dava conta de que havia percorrido quinze mil quilômetros e administrado o sacramento da crisma a sessenta mil fiéis. Aliás, teve o privilégio e a graça de crismar três peruanos, que depois se tornaram santos da Igreja: Rosa de Lima, Francisco Solano e Martinho de Porres.

Turíbio fundou o primeiro seminário das Américas e pouco antes de morrer doou suas roupas, inclusive as do próprio corpo, aos pobres e aos que o serviram, gesto, que revelou o conteúdo de toda sua vida. Faleceu no dia 23 de março de 1606, na pequena cidade de Sanã, Peru. Foi canonizado em 1726, pelo Papa Bento XIII, que declarou São Turíbio de Mongrovejo "apóstolo e padroeiro do Peru", para ser celebrado no dia do seu trânsito. 


São Turíbio de Mongrovejo, rogai por nós!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Santo do dia - 22 de março

Santa Léia 
 

Pouco se conhece sobre a vida de Léia, uma rica romana que quando ficou viúva, ainda jovem, recusou um novo casamento, como era o costume da época, para se juntar à Marcela, abadessa de uma comunidade, criada em sua própria residência em Aventino, Roma. O local, depois se tornou um dos mosteiros fundados e dirigidos por Jerônimo, que se tornou santo, doutor da Igreja e bispo de Hipona, na África do Norte, e que viveu também nesse período, na cidade eterna.

Léia recusara ninguém menos que Vécio Agorio Pretestato, cônsul romano designado prefeito da Urbe, que lhe proporcionaria uma vida ainda mais luxuosa, pelo prestigio e privilégios que envolviam aquele cargo. Teria uma vila inteira como moradia e incontáveis criados para atendê-la. Entretanto, Léia preferiu viver numa cela pequena, fria e escura, com simplicidade e dedicada à oração, à caridade e à penitência.

A jovem abandonou os finos vestidos para usar uma roupa tosca de saco rude e fazia questão de realizar as tarefas mais humildes, assumindo uma atitude de escrava para as outras religiosas. Passava noites inteiras em oração e quando fazia obras beneméritas, o fazia escondido, para não chamar a atenção de ninguém e não receber nenhuma recompensa ou reconhecimento pelos seus atos. Por isso, Léia foi eleita Madre superiora, trabalho que exerceu durante o resto de seus dias com alegria, tranqüilidade e a mesma humildade.

Esses poucos dados sobre Léia estão contidos numa carta escrita pelo bispo Jerônimo, quando soube da sua morte, em 384. Curiosamente, ela morreu em Roma, no mesmo ano em que faleceu Vécio, o consul, rejeitado por ela .

Na ocasião dessas mortes, Jerônimo já havia se retirado de Roma para viver solitariamente perto de Belém, depois de ter sido caluniado. Retirou-se para um mosteiro e continuou dirigindo o que havia fundado, na residência romana. Na carta, que ele enviou à essas religiosas, fez um paralelo entre as duas mortes, mostrando que antes o riquíssimo cônsul usava as mais finas vestes púrpuras e agora estava envolto em escuridão, enquanto, Léia, antes vestida de rude roupa de saco, agora vivia na luz e na glória, por ter percorrido o caminho da santidade.

Logo foi venerada pelo povo que trazia Santa Léia, no coração e na memória. Até porque era difícil compreender, mesmo depois de passado tanto tempo, a troca que fizera do posto de primeira dama romana pela de abnegação de monja. Contudo, foi assim que Santa Léia escolheu viver, na entrega total ao Senhor ela encontrou a maneira de alcançar seu lugar ao lado de Deus na eternidade. 


Santa Léia, rogai por nós!  



São Zacarias 
 

 Filho de pai grego, residente na Calábria, foi eleito Papa em 741 e morreu em 752.

Ao contrário do seu predecessor Gregório III, relativamente a Liutprando, rei dos Lombardos, julgou ser melhor partido inaugurar com ele relações amistosas. Concluiu assim um acordo bastante vantajoso, recuperando quatro fortalezas e vários patrimônios; estipulou também com ele uma trégua de trinta anos. Mas não conseguiu impedir os Lombardos de tirarem aos Bizantinos o exarcado de Ravena.

Zacarias soube tornar favorável à Igreja romana o imperador Constantino V e recebeu mesmo territórios como dádiva. Em 747 aprovou a mudança de regime na França, com a proclamação de Pepino, o Breve.

Foi bom administrador das terras da Igreja, as quais progrediram no seu tempo. Restaurou o palácio de Latrão e embelezou, no sopé do Palatino, a igreja de Santa Maria Antiga, onde se conserva ainda o seu retrato, pintado quando ele ainda vivia.

São Zacarias, rogai por nós!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Governos bolsistas - tipo Argentina, Bolívia, Brasil, Venezuela consideram atuação do Papa junto aos pobres motivos de preocupação

A missão latino-americana do Papa

Ao demonstrar sua vontade de abrir novos caminhos para a Igreja, o Papa Francisco inspira enorme interesse. Chama a atenção sua clara opção pelos pobres, pela humildade e a simplicidade, a visível disposição de reformar a Cúria e enfrentar problemas espinhosos, como o da pedofilia entre o clero católico.

O Papa Francisco tem sobre os ombros a monumental tarefa de resgatar a credibilidade da Igreja, abalada também por problemas financeiros do Banco do Vaticano. Mas apenas a disposição de fazê-lo já lhe rendeu uma ampla frente de boa vontade. A América Latina tem 42% dos católicos do mundo e grande número de pobres ainda não resgatados pela atuação dos líderes dos diversos países. Essa massa se tornou campo fértil para políticos populistas que garantem sua permanência no poder com manobras antidemocráticas e forte assistencialismo. É o caso do chavismo, na Venezuela (e de seus discípulos em Bolívia, Equador, Nicarágua), e do kirchnerismo, na Argentina.

Ao revalorizar a atuação da Igreja junto aos pobres, o Papa — ainda que tenha em mente mais a atuação pastoral e espiritual — torna-se uma preocupação para esses governos. As multidões que seguiram o funeral de Chávez e os peronistas que batem bumbos por Cristina Kirchner são, em grande parte, formados por católicos. Na Venezuela e na Argentina, mais de 90% da população se dizem católicos.

Os argentinos conhecem a atuação do cardeal arcebispo Jorge Bergoglio, visitante frequente das “vilas miséria” (favelas) na periferia de Buenos Aires, para levar ajuda à população marginalizada. Conhece-a também o governo. Bergoglio tem sido um crítico contumaz dos descaminhos kirchneristas, e o ex-presidente Néstor Kirchner já o chamou de “líder da oposição”.

Cristina adota uma mise-en-scène de reaproximação com o Pontífice, mas a Casa Rosada não escondeu o desconforto com a decisão do conclave. E setores do kirchnerismo montaram campanha para denegrir o Pontífice devido à já desmentida ligação com a ditadura militar, protagonizada pelo jornalista Horacio Verbitsky, do “Página 12”, veículo sob influência da Casa Rosada.

A missão de Francisco apenas começa, e sua atuação deve ser posta na perspectiva correta de líder espiritual. Mas é impossível não fazer uma relação com o papel do Papa João Paulo II no desmonte do comunismo em sua Polônia natal, um capítulo no efeito dominó na Europa Oriental, a queda do Muro de Berlim e, em última análise, o fim da URSS.

Esta relação é feita por Roberto Guareschi, ex-diretor do “Clarín”, jornal perseguido por Cristina K., em artigo publicado no “Valor”. Lembra as desavenças entre Bergoglio e o então presidente argentino Néstor Kirchner, e afirma que a corrente kirchenista teme o Papa. Afinal, os dois trabalham com o mesmo público, os pobres. Os peronistas, manipulando-os. Práticas demagógicas e autoritárias do populismo serão acompanhadas de Roma por quem conhece o assunto.