Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

terça-feira, 11 de junho de 2013

O Casamento gay e a norma emanada da Resolução n.º 175 do CNJ é ato inexistente.



O casamento 'gay' é ato inexistente
As decisões judiciais que reconhecem a união civil entre pessoas do mesmo sexo e a recente resolução do CNJ atentam, elas sim, contra a laicidade do Estado.
Causa estarrecimento a recente resolução do Conselho Nacional de Justiça, de n.º 175, que obriga os cartórios a celebrar o casamento de pessoas do mesmo sexo. Até pouco tempo, não havia dúvidas de que o casamento havido entre pessoas do mesmo sexo era negócio jurídico inexistente. Já atropelavam a Constituição as decisões judiciais, inclusive do Supremo Tribunal Federal, que reconheciam a existência e atribuíam efeitos jurídicos à união civil entre pessoas do mesmo sexo. Tais decisões, como a recente resolução do CNJ, causam perplexidade e suscitam o questionamento sobre os limites da atuação do Poder Judiciário. Poderá ele reescrever a Constituição, atribuindo-se funções de legislador constituinte, invocando princípios para solapar a letra expressa do texto constitucional? Está correto do ponto de vista técnico fazer prevalecer princípios, cujo conteúdo é sempre maleável, em detrimento da letra expressa do texto constitucional?

Ora, o art. 226, § 3.º, da Lei Maior é de clareza meridiana:
“§ 3.º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar a sua conversão em casamento”.

Em outras palavras, nem mesmo a união civil pode se dar entre pessoas do mesmo sexo. Também ela é inexistente aos olhos do direito, por mais que se invoquem princípios de discutível conteúdo, quanto mais o casamento. A dualidade de sexos é elemento essencial da união civil, diz o Constituinte. Coisa diversa é a sociedade de fato, que não constitui entidade familiar, pode ser formada por pessoas do mesmo sexo e ter consequências jurídicas. Casamento gay e união civil entre pessoas do mesmo sexo são construções de vento, ficções, mas não ficções jurídicas, pois nem sequer penetram no mundo do direito. O Poder Judiciário envereda por caminho perigoso, antidemocrático, totalitário, manietando a ampla discussão que o tema deve ter. Introduz, manu militari, com desprezo da opinião pública e ignorando a atuação do Parlamento, inovações graves no ordenamento jurídico, tão somente com base em princípios,  repita-se, de conteúdo discutível, de forte carga ideológica, e contrariamente a texto expresso promulgado pelo Poder Constituinte Originário.

O direito não pode ficar refém de ideologias. Não pode se curvar e estar a serviço de crenças liberalizantes em matéria sexual. Ideologia não se impõe no tapetão. Crenças materialistas não detém, na Constituição, qualquer privilégio em relação a crenças de outra ordem. Na Constituição, materialismo e espiritualismo equivalem-se. Não se impõe materialismo por sentença. Será que nos apercebemos da gravidade da situação?

Invoca-se a laicidade do Estado, apesar de geralmente haver abuso no emprego desse argumento. Agora, é jurídico decidir com base em princípios quando há texto constitucional expresso, emanado do Poder Constituinte Originário? E os outros princípios expressos da república, do estado de direito, da separação de poderes, da liberdade de pensamento e de crença, da soberania popular? Qual é a sua extensão? Ou invocar a república e o estado de direito comprometem a laicidade do Estado? A separação de poderes é dogma jurídico ou de que natureza? O poder emana do povo ou dos juízes? 

É o povo quem dá o poder aos juízes, não o contrário. Tenho para mim que as decisões judiciais que reconhecem a união civil entre pessoas do mesmo sexo e a recente resolução do CNJ atentam, elas sim, contra a laicidade do Estado. Explico.
De um lado, elas não têm assento na lei, na Lei Maior, no texto constitucional, portanto, não têm substrato jurídico. De outro, não se assentam na natureza humana, pois diz-se que o gênero é uma construção social. De outro ainda, não se assentam na soberania popular, senhora do seu destino. Assentam-se, ao revés, em princípios que, infelizmente, estão sujeitos a manipulações ou servem a construções ideológicas

Comprometem-se, portanto, tais atos com uma visão de mundo segundo a qual os homossexuais são vítimas da sociedade, e o homossexualismo é um supervalor humano.

A pergunta, pois, que não quer calar é se estado confessional é apenas aquele que professa uma fé religiosa ou se o é aquele que impõe uma ideologia oficial. Para mim, a resposta à indagação é óbvia. Não se pode proscrever uma fé oficial de cunho metafísico e tornar obrigatório um credo materialista, ainda que travestido de direitos humanos. Outra questão que se põe é a seguinte: existe liberdade absoluta em matéria sexual? 

Se nenhum direito é absoluto, por que o seria o de contrair casamento contrariamente à lei natural? A sociedade inteira não tem o direito de opinar e influir nas decisões do Estado em matéria familiar? Por que razão deteria o Poder Judiciário mais legitimidade ou autoridade do que o povo, do qual se diz que o poder emana e que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos, para determinar, com base em princípios de questionável conteúdo e alcance, forjados nos laboratórios da ideologia, e não em texto constitucional expresso, o desenho, a moldura, o caráter da sociedade ou entidade familiar?

A norma emanada da Resolução n.º 175 do CNJ é ato inexistente. Tanto quanto a união civil e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, não encontra suporte no ordenamento jurídico brasileiro, no estado de direito, na soberania popular, na separação de poderes, na laicidade do Estado e no art. 226, § 3.º, da Constituição.

Não vale a tinta com que foi escrita. É uma ficção e não merece cumprimento.

11 de junho - Santo do dia

Santa Paula Frassinetti

Paula Ângela Maria Frassinetti nasceu em 3 de março de 1809, na cidade de Gênova, Itália. Com a morte da sua mãe, seu pai e seus quatro irmãos assumem sua educação. Seu pai incutiu nos filhos um forte sentido cristão e todos seguiram a vida sacerdotal. O mais velho foi o fundador da Congregação dos Filhos de Maria Imaculada.

Paula tinha uma inteligência aguçada e uma preferência para o estudo da filosofia e da teologia. Em 1827, ela foi residir com seu irmão José, que era o pároco da aldeia de Quinto, perto de Gênova. Junto com ele, Paula apressou-se em fundar uma escola paroquial, iniciando uma ação fecunda de apostolado com um pequeno grupo de fiéis seguidoras. Depois, em 1834, com elas Paula fundou uma congregação religiosa, com o nome de Filhas da Santa Fé, com o propósito de "estar plenamente disponíveis nas mãos de Deus para evangelizar por meio da educação, com preferência pelos jovens e pelos mais pobres".

Em visita a Gênova, o sacerdote Luca de Passi, que criava na Itália comunidades apostólicas de Santa Dorotéia, convidou a congregação recém-fundada para executar os trabalhos de sua instituição. Paula aceitou e o antigo Instituto das Filhas da Santa Fé passou a ser chamado de Irmãs de Santa Dorotéia. Sucessivamente, foram abertos novos colégios pelas religiosas. Primeiro em Gênova, depois em Roma, sendo que o de Santo Onofre, instituído em 1844, em Roma, foi mais tarde escolhido para ser a Casa-mãe da instituição.

Inspirada nas regras de santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, dos célebres padres jesuítas, Paula elaborou os estatutos das Irmãs de Santa Dorotéia à semelhança das religiosas francesas do Sagrado Coração. Estabelecida em Roma com seu instituto, madre Paula foi recebida pela primeira vez pelo papa Gregório XVI, por quem foi abençoada, recebendo novo estímulo para sua obra.

Muito cedo a força de sua ação evangelizadora foi reconhecida e difundiu-se com a criação de novas casas por toda a Itália. Em 1866, chegou ao Brasil e logo depois a Portugal. Daí por diante se propagou por todos os continentes, com suas missionárias animadas por suas palavras, que ainda ecoam entre elas: "O Senhor as encha do seu Espírito e as converta em outras tantas chamas ardentes que, onde tocarem, acendam o fogo do amor de Deus".

No dia 11 de junho de 1882, aos setenta e três anos de idade, madre Paula morreu em Roma, sendo enterrada no cemitério de São Lourenço. Em 1903, quando da exumação do seu corpo, este foi encontrado intacto. Três anos depois, foi transferido para a capela da Casa-mãe do Instituto de Santo Onofre, em Roma.

Muitas foram as graças e milagres atribuídos à intercessão de madre Paula, e sua veneração tornou-se vigorosa entre os fiéis. Em 1930, foi beatificada pelo papa Pio XI. Depois, em 1984, Paula Frassinetti foi declarada santa pelo papa João Paulo II, durante uma comovente cerimônia solene em Roma.

Santa Paula Frassinetti, rogai por nós!


São Barnabé

Barnabé não fez parte dos primeiros doze apóstolos escolhidos por Jesus. Mas acompanhou o Senhor e os apóstolos naqueles primeiros dias. Quando assistiu a um milagre realizado por Jesus Cristo, que diante de seus olhos curou um paralítico, aquele bondoso judeu resolveu pedir admissão entre seus discípulos. Aceito, vendeu um campo de plantações que possuía para doar seu dinheiro aos apóstolos, como conta Lucas nos Atos. Assim era Barnabé, homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé, segundo narram as Sagradas Escrituras.

Ele era da tribo de Levi e veio ao mundo na ilha de Chipre. Foi ali que estudou, na companhia de Paulo, com o célebre mestre Gamaliel, com quem aprendeu a firmeza de caráter, as ciências e as virtudes. Chamava-se José e, quando foi admitido entre os apóstolos, recebeu o nome de Barnabé, que significa "filho da consolação", devido ao seu maravilhoso dom de acalmar e de consolar os aflitos. No quarto capítulo do Ato dos Apóstolos, Barnabé também é chamado de o "filho da exortação".

Foi pelas mãos de Barnabé que Paulo de Tarso, o terrível perseguidor dos cristãos, ingressou nos círculos judeo-cristãos, sendo apresentado a Pedro, Tiago e aos fiéis de Jerusalém depois de sua conversão. Barnabé também o acompanhou em sua primeira viagem apostólica e foram parceiros na grande obra de conversão realizada em Antioquia, onde estabeleceram e firmaram a primeira comunidade a chamar de cristãos aos fiéis seguidores de Cristo. Depois, aos dois se juntou João Marcos, e viajaram por Salamina, Patos, Chipre, Panfília, Pisídia, Icônio e Listra, pregando e realizando milagres como testemunho da presença do Espírito Santo.

Todo esse trabalho foi reconhecido pelo Concílio de Jerusalém, bem como o trabalho que realizou depois de passar a pregar separado de João Marcos e de Paulo, deste último por decisão pessoal, após uma divergência. Barnabé estava em Chipre quando foi martirizado no ano 61.

Segundo uma antiga tradição, Barnabé pregava na sinagoga da Salamina quando foi interrompido por uma multidão de judeus fanáticos. O apóstolo foi seqüestrado, levado para fora da cidade e apedrejado. Entretanto existe uma outra, tão antiga quanto esta, que narra Barnabé pregando em Alexandria e em Roma, e que diz, ainda, que teria sido consagrado o primeiro bispo de Milão, cidade que o tem como seu padroeiro até hoje.

São Barnabé, rogai por nós!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

10 de junho - Santo do dia

Santo Anjo da Guarda de Portugal

Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia. As 3 aparições deste anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima.

Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Esta oração acompanhou os pastorinhos sempre.

A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”. 

Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”.

Depois disso, o Anjo da Eucaristia, entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.” 

Esta oração nos une com Maria, ao reparador Jesus Cristo, no mistério da Eucaristia para a glória da Santissima Trindade.

Santo Anjo da Guarda de Portugal, rogai por nós!

domingo, 9 de junho de 2013

Evangelho do Dia

EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 09 de Junho de 2013

10º Domingo do Tempo Comum

Evangelho segundo S. Lucas 7,11-17.
Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão.
Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade.
Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.»
Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!»
O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe.
O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!»
E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região.




Comentário do dia:   Concílio Vaticano II
Constituição da Igreja no mundo deste tempo «Gaudium et spes», § 22

«O Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: 'Não chores'»

«Imagem de Deus invisível» (Col 1,15), Ele é o homem perfeito, que
restitui aos filhos de Adão a semelhança divina, deformada desde o
primeiro pecado. Já que, nele, a natureza humana foi assumida, e não
destruída, por isso mesmo também em nós foi ela elevada a sublime
dignidade. Porque, pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-Se de
certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas, pensou com uma
inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração
humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós,
semelhante a nós em tudo, excepto no pecado (Hb 4, 15).

Cordeiro inocente, mereceu-nos a vida com a livre efusão do seu sangue;
nele nos reconciliou Deus consigo e uns com os outros e nos arrancou da
escravidão do demónio e do pecado. De maneira que cada um de nós pode
dizer com o Apóstolo: o Filho de Deus «amou-me e entregou-se por mim»
(Gal 2,20). Sofrendo por nós, não só nos deu exemplo, para que sigamos
os seus passos, mas também abriu um novo caminho (Hb 10, 20)), em que a
vida e a morte são santificadas e recebem um novo sentido.

O cristão, tornado conforme à imagem do Filho que é o primogénito entre
a multidão dos irmãos, recebe «as primícias do Espírito» (Rm
8,29.23). [...] Por meio deste Espírito, «penhor da herança» (Ef 1,14),
o homem todo é renovado interiormente, até à «redenção do corpo»:
«Se o Espírito d'Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita
em vós, Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos dará também a
vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita» (Rm
8,23.11). [...] Tal é, e tão grande, o mistério do homem, que a
revelação cristã manifesta aos que crêem. E assim, por Cristo e em
Cristo, esclarece-se o enigma da dor e da morte, o qual, fora do seu
Evangelho, nos esmaga. Cristo ressuscitou, destruindo a morte com a
própria morte, e deu-nos a vida, para que, tornados filhos no Filho,
exclamemos no Espírito: Abba, Pai (Rm 8,15).

9 de junho - Santo do dia

Santo Efrém


Efrém nasceu no ano 306, bem no início do século IV, na cidade de Nisibi, atual Turquia. Cresceu em meio a graves conflitos de ordem religiosa, além das heresias que surgiam tentando abalar a unidade da Igreja. Mas todos eles só serviram de fermento para que sua fé em Cristo e sua ardente devoção à Virgem Maria vigorassem e se firmassem.

O pai de Efrém era sacerdote pagão, embora sua mãe, cristã, defendesse a liberdade religiosa educando o filho dentro dos preceitos da palavra de Cristo. Ele foi educado na infância entre a dualidade do paganismo do pai e do cristianismo da mãe, pois o Edito de Milão, autorizando a liberdade de culto, só entrou em vigor quando ele já tinha sete anos de idade. Mas o patriarca da família jamais aceitou a fé professada pelo filho. Como não o venceu nem com a força, nem com argumentos, expulsou-o de casa. Efrém foi batizado aos dezoito anos e viveu do seu próprio sustento, trabalhando num balneário local.

No ano 338, Nisibi foi invadida pelos persas. Efrém, então diácono, deslocou-se para a cidade de Edessa, também atual Turquia. Os poucos registros sobre sua vida contam-nos que era muito austero. Ele dirigiu e lecionou uma escola que pregava e defendia os princípios cristãos, escrevendo várias obras sobre o tema. Como não sabia grego, sua obra ficou isenta da influência dos teólogos seus contemporâneos, inclinados à controvérsia da Trindade. Efrém foi um ardente defensor da genuína doutrina cristã antiga.

Com veia poética, seus sermões atraiam multidões e sua escola era muito concorrida pelo conteúdo didático simples e exortativo, atingindo diretamente o povo mais humilde. Na sua época estava-se organizando o canto religioso alternado nas igrejas. Esse movimento foi iniciado pelos bispos Ambrósio de Milão e Diodoro da Antioquia. A colaboração do diácono Efrém de Nisibi foram poesias na língua nativa próprias para o canto coletivo, o que permitiu uma rápida divulgação.

Por sua linguagem poética recebeu o apelido carinhoso de "Harpa do Espírito Santo". Somente a Nossa Senhora dedicou mais de vinte poemas, transformados em hinos. Suas poesias eram tão populares e empolgantes que da Síria espalharam-se e chegaram até o Oriente mediterrâneo, graças a uma cuidadosa e fiel tradução em grego.

Efrém morreu no dia 9 de junho de 373, em Edessa, sem ter sido ordenado sacerdote. Desde então, é venerado neste dia por sua santidade, tanto pelos católicos do Oriente como do Ocidente. O papa Bento XV declarou-o doutor da Igreja em 1920.

Santo Efrém, rogai por nós!

sábado, 8 de junho de 2013

Santo do dia - 8 de junho

São Medardo

Medardo nasceu no ano 457 em Salency, norte da França. Sua mãe era descendente de uma antiga e tradicional família romana, seu pai era um nobre da corte francesa e seu irmão Gildardo foi bispo de Rouen, mais tarde canonizado pela Igreja. Essa posição social garantiu-lhe uma educação de primeiro nível. Desde criança foi colocado sob a tutela do bispo de Vermand, para receber uma aprimorada formação intelectual e religiosa.

Piedoso e inteligente, logo se evidenciaram seus dons de caridade e humildade, com atitudes que depois eram comentadas por toda a cidade. Ele chegava a ficar sem comer para alimentar os famintos e, certa feita, tirou a roupa do corpo para dá-la a um velhinho cego e quase despido que lhe pediu uma esmola.

Medardo ordenou-se sacerdote aos trinta e três anos e imediatamente começou uma carreira de pregador que ficaria famosa pelos séculos seguintes. No ano 530, sucedeu o bispo de Noyon, sendo consagrado pelas mãos do bispo de Reims, Remígio, hoje santo, o qual era também conselheiro do rei Clotário, embora este ainda não tivesse se convertido, mas tolerava o cristianismo.

Foi pelas mãos do bispo Medardo que a rainha Radegunda tomou o hábito beneditino. Ela que abandonara o próprio rei Clotário, acusado de fratricídio. Aquela situação delicada não intimidou Medardo, que colocou sua vida em jogo para amparar a rainha cristã, que por motivos políticos fora obrigada a coabitar com um rei pagão. A história conta que Radegunda fundou um mosteiro beneditino, aliás o primeiro a cuidar de doentes, no caso os leprosos.

Mais tarde, quando Medardo já era conhecido como eficiente e contagiante pregador, recebeu do rei Clotário, então convertido, e do conselheiro, o bispo Remígio, o pedido de socorrer uma comunidade vizinha, ainda impregnada de paganismo, a diocese de Tournay.

Dirigiu as duas ao mesmo tempo, de forma perfeita, e converteu tanta gente de Tournay que, pelos quinhentos anos seguintes, elas seguiram sendo uma só diocese.

Mas não parou por aí. A província de Flandres, altamente influenciada pela filosofia dos gregos, tinha um índice de pagãos maior ainda. Novamente, Medardo foi solicitado. Quando morreu em Noyon, no dia 8 de junho em 545, toda aquela província também era católica.

A sua morte foi muito sentida e imediatamente seu culto foi difundido por toda a França, espalhando-se por todo o mundo católico. O rei Clotário mandou trasladar suas relíquias de Noyon para a capital, Soisson, onde, sobre sua sepultura, o sucessor mandou erguer uma abadia, que existe até hoje na França.

São Medardo, rogai por nós!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Está intimamente ligada ao Sacrifício da Missa

SACRATÍSSIMO CORAÇÃO DE JESUS - NÓS CONFIAMOS EM VÓS

Embora o Sacratíssimo Coração de Jesus seja honrado na primeira sexta-feira de cada mês do ano, hoje (sexta-feira) nós celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.


A Igreja celebra a Festa do Sagrado Coração de Jesus na sexta feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi.


A Devoção ao Sagrado Coração de Jesus remonta ao século XI, depois ao longo do século XVI,  havia uma devoção particular ao Sagrado Coração muitas vezes ligada à devoção às Cinco Chagas de Nosso Senhor. A Primeira Festa do Sagrado Coração foi comemorada no dia 31 de agosto de 1670, em Rennes, na França, graças aos esforços do Padre Jean Eudes (1602-1680). De Rennes, a propagação da devoção espalhou-se, mas tão sómente depois das visões de Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690) é que se tornou universal.

Em todas essas visões, o Sagrado Coração de Jesus desempenhou um papel central. Nas aparições Nosso Senhor deu à Margarida Maria Doze Promessas àqueles que venerassem Seu Sagrado Coração.  No dia 16 de junho de 1675, durante a oitava da Festa de Corpus Christi, numa aparição, Jesus Cristo pediu a Santa Margarida Maria , que pedisse para que a Festa do Sagrado Coração fosse celebrada na sexta-feira após a oitava (ou oitavo dia) da Festa de Corpus Christi,ou 19 dias após o domingo de Pentecostes, em reparação pela ingratidão dos homens para com o Seu Santo Sacrifício .   
      
Esta devoção está, pois, intimamente ligada ao Santo Sacrifício da Missa.

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus tornou-se bastante popular após a morte de Margarida Maria, em 1690.  Embora inicialmente a Igreja tivesse dúvidas sobre a validade das visões,  antes ainda de 1765 a Festa já era celebrada oficialmente na França. Quase 100 anos depois, em 1856, o Papa Pio IX, a pedido dos Bispos Franceses, estendeu a festa à Igreja Universal.

“Na linguagem Bíblica” , embora a palavra coração “indique o centro da pessoa, onde os seus sentimentos e intenções habitam”, o Coração do Redentor representa além de tudo o Seu Amor por toda a humanidade, a Sua Misericórdia Infinita. Praticar a devoção ao Sagrado Coração de Cristo, portanto , significa adorar aquele Coração que nos amou até o fim, que foi trespassado por uma lança e do alto da Cruz derramou sangue e água, uma fonte inesgotável de vida nova.

A Festa do Sagrado Coração de Jesus  é antes de tudo uma chamada Eucaristica, porque na Hóstia Sagrada , Nosso Senhor está verdadeiramente presente e Ele oferece a cada um de nós Seu Coração, Seu Amor Misericordioso. Passar o tempo na presença Eucarística do Senhor , adorá-LO, é a melhor expressão da Devoção ao Seu Sagrado Coração.
“Eís o Coração que amou a humanidade!”

O mais profundo desejo do Coração de Jesus é que descubramos o quanto Ele nos ama, e a extensão de Seu terno Amor por todas as criaturas que, arrefecidas por seu egoísmo, olham somente para dentro de si, e  parecem ter até medo de se deixarem ser  amados incondicionalmente por Seu Criador, que nada  pede e ama por pura gratuidade.
Muitas vezes, ao longo de toda história, os Sumos Pontifices lembraram a humanidade que, sem Nosso Senhor, a vida não tem significado real, e o homem ainda tateia no escuro para encontrar a si mesmo!

Como a sociedade, a cultura, a economia, a política hoje precisam abrir-se a este Sagrado Coração! Quanto necessita redescobrir o Coração Misericordioso, o Amor Infinito de Deus que se revela em nossas vidas quando nos abrimos para Ele.
É verdade que quanto mais o homem se cerca de mil coisas, mais ele perde o principal, mais ele se distancia de Deus,  menos ele corresponde a este Amor amando-O.

Nesta festa devemos ter atenção em Jesus presente na Santíssima Eucaristia e devemos refletir sobre o Amor incondicional de Deus e sobre a Misericórdia Infinita simbolizada pelo Seu Coração.È preciso aproximar-mos de Jesus e é por meio da Adoração Eucarística que somos “abertos” apartir de dentro pelo Seu trabalho invisível em nós. A Santíssima Eucaristia, celebrada e adorada, como a Igreja nos ensina, é o maior e mais eficaz tesouro da nossa salvação, um tesouro infinito que deve ser salvaguardado com profundo  respeito e profunda devoção.

È extremamente necessário lembrarmos aqui que perto do Coração do Filho é o Coração da Mãe a quem a Igreja celebra  no dia após a solenidade do Sagrado Coração de Jesus.
Diz o Santo Padre : “ O Coração que se assemelha ao de Cristo  mais do que qualquer outro é, sem dúvida, o Coração de Maria, Sua Mãe Imaculada, e por isso mesmo a liturgia os detém juntos para a nossa veneração”.

Confiemos o mundo inteiro, o Santo Padre, nossa Santa Igreja, todo o Clero, nossa Diocese, nossa comunidade, nossa família , nosso coração, todo nosso ser e  missão aos Sacratíssimos Corações de Jesus e Maria, para que todos juntos possam  experimentar o Amor misericordioso de Deus e conheçam a verdadeira Paz.

                                ORAÇÃO
“Ó Coração de Jesus, vimos consagrar-Lhe as nossas pessoas e nossas vidas. Entregamos as nossas ações, nossos desejos, nossos problemas e os nossos sofrimentos. Entregamos-Lhe nossa Santa Igreja, o Santo Padre, todo o Clero,nossas Dioceses, nossas Comunidades, nossos benfeitores, nossos amigos e inimigos, nossas famílias , nossa missão e todo nosso ser. Queremos viver somente para honrá-LO , amá-LO e trazer-Lhe Glória.
Fizemos uma decisão e não queremos mudar: o de  pertencermos totalmente a Vós, fazer tudo por Vosso Amor, e renunciar de todo o coração  a tudo que possa desagradá-LO.
Tú serás sempre o coração do nosso desejo. E o objetivo dos nossos esforços será sempre para Te amar cada vez mais e torná-LO também conhecido, amado e servido pelas almas às quais nos enviar.
Por isso , Vos levamos , Ó Sagrado Coração de Jesus, como o principal objeto do nosso amor, como Aquele que protege nossas vidas, guarda nossos apostolados, nossa missão e como Aquele que prevê um remédio para a nossa incompetência, nossa infidelidade, e nossa instabilidade. Vós também sois a nossa satisfação diante de todas as deficiências em nossas ações, porque Tú és Aquele que responde por nós, És também nosso poderoso auxílio durante toda a vida e nosso refúgio seguro na hora da nossa morte.
 Vós sois o amigo fiel e íntimo do nosso coração. O único que não nos engana nem trai. Vós sois também nossa riqueza”.


SACRATÍSSIMO CORAÇÃO DE JESUS,


                          NÓS CONFIAMOS EM VÓS!

7 de junho - Santo do dia

Santo Antônio Maria Gianelli

Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, perto de Chiavari, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. A seu modo, foi também um revolucionário, pois sacudiu as instituições da Igreja no período posterior ao "furacão" Napoleão Bonaparte.

Sua família era de camponeses pobres e nesse ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. Desde pequeno era muito assíduo à sua paróquia e foi educado no seminário de Genova, onde ingressou em 1807.

Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital organizado para recepcionar o novo bispo de Genova, monsenhor Lambruschini. Intitulou o recital de "Reforma do Seminário". Assim, tranqüilo, direto e com poucos rodeios; defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes. A repercussão foi imediata e frutificou durante todo o período da restauração pós-napoleônica.

Entre os anos de 1826 e 1838 foi o pároco da igreja de Chiavari, onde continuou intervindo com inovações pastorais e a fundação de várias instituições, entre elas seu próprio seminário. Em 1827, criou uma pequena congregação missionária para sacerdotes, que colocou sob a proteção de santo Afonso Maria de Ligório, destinada a aprimorar o apostolado da pregação ao povo e à organização do clero.

Depois, fundou uma feminina , de caráter beneficente, cultural e assistencial, para a qual deu um nome pouco comum, "Sociedade Econômica", e entregou-a às damas da caridade, destinada à educação gratuita das meninas carentes. Era, na verdade, o embrião da congregação religiosa que seria fundada em 1829, as "Filhas de Maria Santíssima do Horto", depois chamadas de "Irmãs Gianellinas".

Em 1838, foi nomeado bispo de Bobbio. Com a ajuda dos "padres ligorianos", reorganizou sua própria diocese, punindo padres pouco zelosos e até mesmo expulsando os indignos.

Também reconstituiu a pequena congregação com o nome de "Oblatos de Santo Afonso Maria de Ligório".
Aos cinqüenta e sete anos, morreu no dia 7 de junho de 1846, em Piaceza. Na obra escrita que deixou, expõe seu pensamento "revolucionário": a moralidade do clero na vida simples e reta de trabalho no seguimento de Cristo.

Reacionária para aqueles tempos tão corrompidos pelo fausto napoleônico das cortes que oprimiam o povo cada vez mais miserável. Portanto um tema atual, que deve ser lembrado, sempre, nas sociedades de qualquer tempo.
Antônio Maria Gianelli foi canonizado por Pio XII em 1951 e suas instituições femininas ainda hoje florescem, principalmente na América Latina. Por esse motivo é chamado de o "Santo das Irmãs".

Santo Antônio Maria Gianelli, rogai por nós!


São Pedro de Córdova


O santo de hoje viveu num tempo de grande perseguição. Foi no século IX, no ano de 851: um rei de outra religião estava impondo para os cristãos a renúncia de Cristo e a adesão a tal outra religião. Claro que muitos optaram pela fidelidade a Jesus, mesmo em meio às ameaças e perseguições.

Pedro, fiel leigo, que foi para Córdova junto com outro amigo por causa dos estudos, deparou-se com aquela perseguição. Eles se apresentaram a um juiz, que questionou a fé daqueles cristãos. E Pedro respondeu testemunhando Jesus Cristo, falando sobre a verdadeira religião, da Salvação, do único Salvador. Aquele juiz não aceitou os argumentos e condenou Pedro e seus companheiros ao martírio.

Eles foram com alegria, testemunhando a esperança da ressurreição. Foram degolados e depois tiveram seus corpos dependurados e queimados, e ainda tiveram suas cinzas lançadas num rio, para que ninguém os venerasse.

Diante do testemunho desses mártires, peçamos a Deus a graça da fidelidade.

São Pedro de Córdova e companheiros, rogai por nós!