Santo Alexandre Sauli
Para dar prova da própria vocação religiosa, aos 17 anos Alexandre,
nascido em Milão, de nobre família genovesa, improvisou-se em pregador,
subindo a um palanque de caixas de hortaliças na praça pública do
mercado milanês. E, diante de um público atônito e curioso, falou de
Deus e da fugacidade existente neste mundo.
Mal deixara para trás uma brilhante carreira no séquito do imperador
Carlos V e se juntara aos clérigos regulares de São Paulo, conhecidos
com o nome de barnabitas.
Entre outros dotes, possuía uma memória formidável. Memorizava tratados
inteiros da Suma teológica, de são Tomás, e as obras dos padres da
Igreja. Tinha sobretudo uma grande devoção à Virgem, à qual se havia
consagrado ainda jovem com um voto particular de castidade.
Ordenado sacerdote em 1556, durante a celebração da missa foi assistido
por um confrade que tinha o encargo de recordar-lhe em que ponto estava
da celebração da Eucaristia — não porque tivesse facilidade de se
distrair, mas sim, para trazê-lo de volta à terra, depois de frequentes
arroubos e êxtases. Com apenas 33 anos foi eleito superior geral da
ordem. Depois o papa são Pio V o nomeou bispo e foi consagrado por um
outro santo, são Carlos Borromeu, bispo de Milão, seu discípulo e amigo,
e destinado à diocese de Aleria, na Córsega.
A pobreza do lugar e a total desorganização da igreja local não o
espantaram. “Aqui ao menos Deus não nos faltará”, foi seu comentário. E
por 20 anos trabalhou sem poupar esforços, reformando, corrigindo,
socorrendo. Muitas vezes se interpôs como pacificador nas frequentes
vinganças entre famílias e entre regiões. Foi um pai solícito pelo bem
material e espiritual e autêntico mestre da vida cristã.
Por sua heroica dedicação mereceu o título de “anjo tutelar, pai dos
pobres, apóstolo da Córsega”. Depois Gregório XIV o destinou à sede de
Pávia. Morreu pouco depois em Caloso d’Asti. Foi canonizado em 1904.
Santo Alexandre Sauli, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Santo do dia - 10 de outubro
São Daniel Comboni
Daniel Comboni era italiano de Limone sul Garda, na Brescia, tendo nascido, em 15 de março de 1831, numa família cristã, unida, humilde e pobre de camponeses. Os pais, Luis e Domenica, dedicavam-lhe um amor incontido, pois era o único sobrevivente de oito filhos.
Por causa da condição econômica, enviaram Daniel para estudar no Instituto dos padres mazzianos em Verona, quando, então, despertou sua vocação para o sacerdócio, especialmente para a missão da África Central, onde os mazzianos atuam. Em 1854, já formado em filosofia e teologia, Daniel é ordenado sacerdote. Três anos depois, recebe as bênçãos dos pais e parte para a África, junto com mais cinco missionários.
Após quatro meses de viagem, padre Comboni chega a Cartum, capital do Sudão. A realidade africana é cruel e choca. As dificuldades começam no clima insuportável, passam pelas doenças, pobreza, abandono do povo e terminam com o índice elevado de mortes entre os jovens companheiros. Mas tudo isso serve de estímulo para seguir avante, sem abandonar a missão e o entusiasmo.
Pela África e seu povo, padre Comboni regressa à Itália, numa tentativa de conseguir uma nova tática para evangelizar naquele continente. Em 1864, rezando junto ao túmulo de são Pedro, em Roma, surge a luz. Elabora seu plano para a regeneração da África, resumido apenas num tema: "Salvar a África com a África", um projeto missionário simples e ousado para a época.
Padre Comboni passa, imediatamente, à ação, pede todo tipo de ajuda espiritual e material à sociedade européia, vai aos reis, bispos, ricos senhores e recorre também ao povo pobre e simples. A missão da África Central precisa de todos engajados no mesmo objetivo cristão e humanitário. Dedica-se com tanto empenho e ânimo que consegue fundar uma revista de incentivo missionário, a primeira na Itália.
Além disso, fundou, em 1867, o Instituto dos Missionários, depois chamados de Padres Missionários Combonianos e, em 1872, o Instituto das Missionárias, mais tarde conhecidas como Irmãs Missionárias Combonianas.
No Concílio Vaticano I, ele participa como teólogo do bispo de Verona, conseguindo que outros setenta bispos assinem uma petição em favor da evangelização da África Central. Em 1877, Comboni é nomeado vigário apostólico da África Central e, em seguida, é também consagrado o primeiro bispo católico da África Central, confirmação de que suas idéias antes contestadas são as mais eficientes para anunciar a Palavra de Cristo aos africanos.
Depois de muito sofrimento no corpo e no espírito, no dia 10 de outubro de 1881 o bispo Comboni morre, em Cartum, em meio ao povo africano, rodeado pelos seus religiosos, com a certeza de que sua obra missionária não morreria.
Chamado de "Pai dos Negros" pelo papa João Paulo II, ao beatificá-lo em 1996, o mesmo pontífice declarou santo Daniel Comboni em 2003. A sua comemoração litúrgica deve ocorrer no dia de sua morte.
São Daniel Comboni, rogai por nós!
São Francisco Borja (ou Bórgia)
Típico exemplo da nobreza espanhola, gentil e refinado, generoso e empreendedor, Francisco de Borja, bisneto do papa Alexandre VI e de Fernando II de Aragão, resume em seus 62 anos de vida o contraditório mundo quinhentista — luzes e sombras de onde emergem figuras de grandes santos, numa época de violentas contestações também no campo religioso.Primogênito de João de Borja, duque de Gandia (Valência), Francisco formou-se na corte de Carlos V, que o adornou do título de marquês aos 20 anos. No ano anterior havia-se casado: um casamento feliz, alegrado por oito filhos em dez anos.
Da prematura morte da mulher e imperatriz, Francisco deduziu o sentido da caducidade de tudo e decidiu dedicar-se ao serviço de um Senhor “que nunca pudesse morrer”. Exerceu por quatro anos o cargo de governador da Catalunha, embora secretamente votado à vida religiosa. A alta posição que ocupava permitiu-lhe nesse tempo estabelecer os filhos.
O encontro com o jesuíta Pedro Fabro foi determinante. Em 1546 fechou definitivamente a porta às honras mundanas e, demitindo-se dos altos cargos, depois de haver feito os exercícios espirituais, emitiu voto de castidade, empenhando-se com outro voto a ingressar na Companhia de Jesus. E o fez, de modo efetivo, em 1548 e, oficialmente, dois anos depois.
Nesse meio-tempo renunciara ao ducado de Gandia. Em Roma foi acolhido pelo próprio santo Inácio de Loyola, e a 26 de maio de 1551 celebrou a primeira missa.
As honrarias — que o haviam perseguido desde a juventude na corte da Espanha — continuaram a persegui-lo também na vida religiosa, a tal ponto que Francisco se apressou em emitir todos os votos da Companhia de Jesus, dos quais um veta a aceitação de dignidades eclesiásticas.
Apenas soube que o imperador Carlos V propusera seu nome ao papa para a púrpura cardinalícia. Mas não pôde subtrair-se, em 1555, à eleição ao mais alto cargo no seio da companhia, cujo capítulo o elegeu geral. Francisco exerceu esse cargo até a morte, que o colheu em Ferrara. Foi canonizado em 1671.
São Francisco Borja, rogai por nós!
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013
9 de outubro - Santo do dia
O santo Dionísio, popularmente conhecido como o são Dênis de Paris, que é comemorado neste dia, foi durante muito tempo venerado como único padroeiro de França, até surgir santa Joana d'Arc para dividir com ele a grande devoção cristã do povo daquele país.
De origem italiana, ele era um jovem missionário enviado pelo papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte no ano 250, portanto no século III. Formou, então, a primeira comunidade católica em Lutécia, atual Paris, sendo eleito o seu primeiro bispo. Alguns anos depois, teria sofrido o martírio, sendo decapitado no local hoje conhecido como Montmartre, isto é, "Colina do Mártir". Ao lado do bispo Dênis, o sacerdote Rústico e o diácono Eleutério, seus companheiros, também testemunharam sua fé cristã.
Sobre o seu túmulo em Montmartre, mais tarde, foi edificada uma basílica, junto à qual, no ano 630, o rei Dagoberto fundou uma abadia. Até esses monges acabaram sofrendo com o efeito de uma enorme confusão que se fez entre este mártir e outros dois Dionísios: o Areopagita, discípulo de são Paulo, e o célebre escritor de Alexandria. Mas esses religiosos foram citados indevidamente.
A estranha e rebuscada confusão que se fez em torno da figura do santo bispo Dênis envolvia nitidamente essas três figuras distintas, que viveram em épocas diferentes, mas que foram unidas num único personagem, o santo celebrado hoje. Contava-se que o mártir original, ou seja, o bispo Dênis de Paris, foi enviado à Gália francesa pelo papa são Clemente I no fim do século I. Por isso ele começou a ser identificado com a figura de Dionísio Areopagita, discípulo do apóstolo Paulo, comemorado no dia 3 de outubro. Por isso, também, passou a ser confundido com um homônimo da Alexandria, autor de uma famosa coletânea de escritos místicos, que desde o século V vinha sendo erroneamente atribuída ao discípulo Areopagita.
Não bastasse toda essa confusão, são Dionísio, ou Dênis, segue sendo aclamado pela mais antiga tradição cristã francesa, que o venera como um mártir cefalóforo, ou seja, carregador de cabeça. E assim ele chegou aos nossos dias sendo o bispo mártir que havia carregado a própria cabeça decepada até o local onde deveria ser enterrado. No caso, a Abadia de Saint-Denis, em Paris, local onde, tradicionalmente, todos os reis da França foram enterrados.
São João Leonardo
O fundador do Instituto dos Clérigos Regulares da Mãe de Deus e da
Congregação De Propaganda Fide foi inexplicavelmente recusado pela ordem
franciscana. Ou melhor, foi uma providencial recusa, pois que este
luquês, filho de Tiago e Joana Lippi — aprendiz de farmácia e estudante
por conta própria, refugiado em Roma durante alguns anos, depois da
ordenação sacerdotal —, teve ocasião de travar amizade com dois grandes
santos: Filipe Néri e José Calasanz, e de fazer-se apreciar pelo papa,
que lhe confiou delicadas missões. No desempenho destas, suas qualidades
de homem prudente e caritativo eram as mais indicadas para que ele
servisse de mediador e restabelecesse a disciplina em antigos conventos
onde se infiltrara o espírito alegre e gozador da vida do Renascimento.Na juventude, João Leonardo, embora longe de casa e dos olhos vigilantes dos pais, estudante de medicina em Lucca, não se perdeu atrás de alegres companhias estudantis, mas, sob a guia do frade dominicano Bernardini, recolheu em torno de si alguns companheiros. Com estes, dedicou-se ao voluntariado para a assistência aos idosos abandonados e aos peregrinos.
Ordenado sacerdote, foi-lhe confiada a igreja de São João della Magione, onde pôs em prática um de seus audaciosos projetos, instituindo uma escola para o ensino da religião — primeiro núcleo da Congregação dos Clérigos Regulares, com sede junto à igreja de Santa Maria da Rosa.
O instituto foi aprovado em 1593, embora, como ficou dito, ele tivesse sido levado a afastar-se de Lucca por causa das manifestações de incompreensão (não raras na vida dos santos).
Em Roma, impelido pelo espírito missionário, excogitou e programou com o espanhol Vives uma congregação de sacerdotes que desenvolvessem seu apostolado entre os infiéis. Nascia assim a Congregação De Propaganda Fide, de Roma, destinada a influir profundamente na história missionária da Igreja universal.
João morreu em Roma a 8 de outubro; beatificado em 1861, foi inscrito no elenco dos santos em 17 de abril de 1938.
São João Leonardo, rogai por nós!
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Santa Joana d'Arc
terça-feira, 8 de outubro de 2013
8 de outubro - Santo do dia
Santa Pelágia Penitente
São duas as santas com este nome — ou quatro, segundo o Martirológio romano. Mas se trata de um desdobramento.
A primeira é uma jovem mártir de Antioquia, que se jogou da janela para evitar a perda da virgindade. E são João Crisóstomo louva sua coragem, dando origem a intermináveis discussões.
O mesmo santo bispo narra as vicissitudes de uma célebre atriz, belíssima tanto quanto dissoluta, que depois da conversão levou vida austera de penitência. Mas não diz seu nome.
Assim, um autor desconhecido, que se nomeia Tiago, julgou bom dar-lhe o nome de Pelágia e escrever um longo relato sobre sua história.
Ao chegar a Antioquia junto com uma companhia de comediantes, a mulher provocou logo escândalo em razão de “costumes vulgares”, virando a cabeça de vários homens, até do irmão do imperador. Mas há mais. Conseguiu distrair o próprio bispo Nono: o bom velho se pôs a olhá-la enquanto se dirigia em procissão para o sínodo.
Desta leviandade o bispo extraiu um útil assunto para seu sermão: se uma mulher se embeleza desse modo para agradar a um simples mortal, como deveremos nós adornar nossa alma destinada às místicas núpcias com Deus? E com a oração e a boa palavra conseguiu realmente recolocar no redil aquela bela criatura.
Pelágia mudou de vida, recebeu o batismo e se retirou para viver como eremita em uma cela escavada junto ao monte das Oliveiras.
O pseudo-Tiago acrescenta que a mulher, para não ser objeto de desejos, travestiu-se de homem e viveu longamente em penitência, purificando-se assim dos passados desregramentos.
Santa Pelágia Penitente, rogai por nós!
Luis Beltran nasceu em Valência (Espanha) em 1526, e foi o tipo de jovem aventureiro, aberto aos desafios. Obediente a voz do Senhor, venceu a oposição do pai e ingressou na Ordem Dominicana para ser sacerdote.
Com passos largos em direção à santidade (tinha apenas 23 anos quando recebeu a ordenação sacerdotal), assumiu a importante função de mestre dos noviços, até que decidiu aventurar-se na evangelização do novo mundo. Na Colômbia, Luis Beltran muito se ocupou com a salvação das almas, sem descuidar de profetizar e denunciar as injustiças cometidas contra os indígenas e posteriormente contra os negros escravos.
O preço da conversão de milhares de indígenas espalhados por toda Colômbia foi o sofrimento promovido por exploradores espanhóis. Por duas vezes procuraram envenená-lo e em outras quatro ocasiões o assaltaram ameaçando-o de morte. São Luis não se deixou amedrontar e só voltou para a Espanha pela obediência aos superiores e com a intenção de melhor recrutar e formar apóstolos para a evangelização da América.
Este bondoso amigo de todos assumiu cargos de direção na Ordem Dominicana, exerceu com grande eficácia o ministério da pregação, chegando a operar inúmeras conversões e alcançar milagres. No ano de 1569 São Luis, já na Espanha como formador de futuros missionários, pôde partilhar com palavras o que viveu nas inúmeras missões. Ensinava que a arma mais eficaz na conversão das almas é uma intensa vida de oração e de muito sacrifício, e que a pregação necessita de ser acompanhada pelas boas obras, caso contrário, o mau exemplo destruiria de maneira fatal a proclamação da Boa Nova.
São Luis Beltran faleceu em Valência no ano de 1581, com 56 anos de idade. A tal ponto enriqueceu o povo e a Igreja com sua vivência missionária que o próprio pai, antes de morrer, declarou-lhe: “Meu filho, uma das coisas que mais me afligiu na vida foi ver-te frade, mas hoje, o que me consola é saber-te frade!”
São Luis Beltran, rogai por nós!
São duas as santas com este nome — ou quatro, segundo o Martirológio romano. Mas se trata de um desdobramento.
A primeira é uma jovem mártir de Antioquia, que se jogou da janela para evitar a perda da virgindade. E são João Crisóstomo louva sua coragem, dando origem a intermináveis discussões.
O mesmo santo bispo narra as vicissitudes de uma célebre atriz, belíssima tanto quanto dissoluta, que depois da conversão levou vida austera de penitência. Mas não diz seu nome.
Assim, um autor desconhecido, que se nomeia Tiago, julgou bom dar-lhe o nome de Pelágia e escrever um longo relato sobre sua história.
Ao chegar a Antioquia junto com uma companhia de comediantes, a mulher provocou logo escândalo em razão de “costumes vulgares”, virando a cabeça de vários homens, até do irmão do imperador. Mas há mais. Conseguiu distrair o próprio bispo Nono: o bom velho se pôs a olhá-la enquanto se dirigia em procissão para o sínodo.
Desta leviandade o bispo extraiu um útil assunto para seu sermão: se uma mulher se embeleza desse modo para agradar a um simples mortal, como deveremos nós adornar nossa alma destinada às místicas núpcias com Deus? E com a oração e a boa palavra conseguiu realmente recolocar no redil aquela bela criatura.
Pelágia mudou de vida, recebeu o batismo e se retirou para viver como eremita em uma cela escavada junto ao monte das Oliveiras.
O pseudo-Tiago acrescenta que a mulher, para não ser objeto de desejos, travestiu-se de homem e viveu longamente em penitência, purificando-se assim dos passados desregramentos.
Santa Pelágia Penitente, rogai por nós!
São Luis Beltran
Luis Beltran nasceu em Valência (Espanha) em 1526, e foi o tipo de jovem aventureiro, aberto aos desafios. Obediente a voz do Senhor, venceu a oposição do pai e ingressou na Ordem Dominicana para ser sacerdote.
Com passos largos em direção à santidade (tinha apenas 23 anos quando recebeu a ordenação sacerdotal), assumiu a importante função de mestre dos noviços, até que decidiu aventurar-se na evangelização do novo mundo. Na Colômbia, Luis Beltran muito se ocupou com a salvação das almas, sem descuidar de profetizar e denunciar as injustiças cometidas contra os indígenas e posteriormente contra os negros escravos.
O preço da conversão de milhares de indígenas espalhados por toda Colômbia foi o sofrimento promovido por exploradores espanhóis. Por duas vezes procuraram envenená-lo e em outras quatro ocasiões o assaltaram ameaçando-o de morte. São Luis não se deixou amedrontar e só voltou para a Espanha pela obediência aos superiores e com a intenção de melhor recrutar e formar apóstolos para a evangelização da América.
Este bondoso amigo de todos assumiu cargos de direção na Ordem Dominicana, exerceu com grande eficácia o ministério da pregação, chegando a operar inúmeras conversões e alcançar milagres. No ano de 1569 São Luis, já na Espanha como formador de futuros missionários, pôde partilhar com palavras o que viveu nas inúmeras missões. Ensinava que a arma mais eficaz na conversão das almas é uma intensa vida de oração e de muito sacrifício, e que a pregação necessita de ser acompanhada pelas boas obras, caso contrário, o mau exemplo destruiria de maneira fatal a proclamação da Boa Nova.
São Luis Beltran faleceu em Valência no ano de 1581, com 56 anos de idade. A tal ponto enriqueceu o povo e a Igreja com sua vivência missionária que o próprio pai, antes de morrer, declarou-lhe: “Meu filho, uma das coisas que mais me afligiu na vida foi ver-te frade, mas hoje, o que me consola é saber-te frade!”
São Luis Beltran, rogai por nós!
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Oração a Nossa Senhora Protetora dos Nascituros
"Maria levantou-se e foi às pressas para as montanhas de Judá" (Lc
1,39)
Senhora e Mãe nossa, é com santa angústia e zelo fraterno que nos dirigimos a ti, amiga e defensora de todas as crianças, nascidas e por nascer.
Tu foste "às pressas" para santificar, por meio do teu Filho, Jesus, a uma criança que estava prestes a nascer no ventre de Isabel. Cuidaste de tudo, com carinho e desvelo de Mãe.
Agora, queremos invocar-te como PROTETORA DOS NASCITUROS, muitos em perigo de serem assassinados, trucidados, antes de verem a luz do dia. É o maior escândalo, o pior crime contra a humanidade toda. O útero materno, querida Mãe, tornou-se o lugar mais inseguro e violento da terra. Tu bem o sabes e, certamente, choras como choraram as mães de Belém, na matança dos seus inocentes filhinhos (Mt 2,16-17).
Vem, depressa, em socorro de todos os NASCITUROS, levando-lhes, com teu Jesus, a certeza e a garantia de VIDA, de sobrevivência digna, de acolhida num lar afetuoso e de merecida educação. Tu o podes fazer, porque levas Jesus contigo, e porque "para Deus nada é impossível" (Lc 1,37).
Antecipadamente, ó Mãe e PROTETORA DOS NASCITUROS, te agradecemos este imenso favor: por Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
DOM EUSÉBIO OSCAR SCHEID, SCJ.
Cardeal Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Senhora e Mãe nossa, é com santa angústia e zelo fraterno que nos dirigimos a ti, amiga e defensora de todas as crianças, nascidas e por nascer.
Tu foste "às pressas" para santificar, por meio do teu Filho, Jesus, a uma criança que estava prestes a nascer no ventre de Isabel. Cuidaste de tudo, com carinho e desvelo de Mãe.
Agora, queremos invocar-te como PROTETORA DOS NASCITUROS, muitos em perigo de serem assassinados, trucidados, antes de verem a luz do dia. É o maior escândalo, o pior crime contra a humanidade toda. O útero materno, querida Mãe, tornou-se o lugar mais inseguro e violento da terra. Tu bem o sabes e, certamente, choras como choraram as mães de Belém, na matança dos seus inocentes filhinhos (Mt 2,16-17).
Vem, depressa, em socorro de todos os NASCITUROS, levando-lhes, com teu Jesus, a certeza e a garantia de VIDA, de sobrevivência digna, de acolhida num lar afetuoso e de merecida educação. Tu o podes fazer, porque levas Jesus contigo, e porque "para Deus nada é impossível" (Lc 1,37).
Antecipadamente, ó Mãe e PROTETORA DOS NASCITUROS, te agradecemos este imenso favor: por Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
DOM EUSÉBIO OSCAR SCHEID, SCJ.
Cardeal Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro
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NOSSA SENHORA do ROSÁRIO - O PODER DO SANTO ROSÁRIO
O PODER DO SANTO ROSÁRIO
Toda graça que é comunicada a esta terra passa por três ordens sucessivas. De Deus é comunicada a Cristo, de Cristo à Virgem, e da Virgem a nós" (S. Bernardino de Sena, Sermo VI in Festis B. M. V., De Annunciatione, a. 1, c. 2).
O Rosário, Instrumento de Salvação.
(Extraído do livro:
A eficácia maravilhosa do Santo Rosário,
de São Luís Maria Grignion de Montfort)
de São Luís Maria Grignion de Montfort)
A Santíssima Virgem revelou ao Beato Alano que, quando São
Domingos pregou o Rosário, pecadores endurecidos foram
tocados e choraram amargamente seus crimes, e até crianças
fizeram penitências incríveis.
O fervor foi tão grande, por toda a parte onde ele pregava,
que os pecadores mudaram de vida e edificaram todo o mundo
por suas penitências.
Se vós sentis vossa consciência carregada de pecados, tomai
o Rosário e rezai uma parte dele em honra de alguns dos
mistérios da vida, da paixão ou da glória de Jesus Cristo.
Convencei-vos de que, enquanto estiverdes meditando e
honrando esses mistérios, no céu Ele mostrará suas chagas
sagradas ao Pai, tomará a vossa defesa e obterá a contrição
e o perdão dos vossos pecados. Ele mesmo disse um dia ao
Beato Alano: "Se
esses míseros pecadores rezassem frequentemente o Rosário,
participariam dos méritos da minha paixão e Eu, como seu
advogado, aplacaria a Justiça divina".
Nossa vida é uma guerra e uma tentação contínuas, na qual
não temos que combater inimigos de carne e de sangue, mas as
próprias potências do inferno.
Armai-vos, pois, com a arma de Deus que é o santo Rosário.
Esmagareis assim a cabeça do demônio e permanecereis
inabaláveis diante de todas as suas tentações.
É por isso que o Rosário, ainda que considerado
materialmente, é tão terrível ao demônio, e os Santos dele
se serviram para expulsá-lo dos corpos de possessos, como
testemunham muitas narrativas.
O Beato Alano atesta que livrou grande número de possessos
colocando o Rosário em seu pescoço.
Santo Agostinho assegura que não há exercício mais
frutuoso e mais útil para a salvação do que pensar
frequentemente nos sofrimentos de Nosso Senhor.
Santo Alberto Magno, mestre de São Tomás, soube por
revelação que a simples lembrança ou meditação da paixão de
Jesus Cristo é mais meritória ao cristão do que jejuar a pão
e água todas as sextas-feiras de um ano inteiro, ou tomar a
disciplina até o sangue todas as semanas, ou recitar todos
os dias os cento e cinqüenta Salmos.
O Padre Dorland conta que a Santíssima Virgem declarou ao
venerável Domingos, cartuxo devoto do santo Rosário, que
residia em Trèves no ano de 1481, que "todas
as vezes que um fiel recita o Rosário com as meditações dos
mistérios da vida e da paixão de Jesus Cristo em estado de
graça, ele obtém plena e inteira remissão de todos os seus
pecados".
Ao Beato Alano, Ela disse: "Grande
quantidade de indulgências foram concedidas ao meu Rosário,
mas fica sabendo que Eu acrescentarei ainda muitas mais, aos
que rezarem o terço em estado de graça, de joelhos e
devotamente. E a quem nas mesmas condições perseverar nessa
devoção, Eu lhe obterei no fim da vida, como recompensa por
esse bom serviço, a plena remissão da pena e da culpa de
todos os seus pecados".
Por que Nossa Senhora insiste tanto na Oração do Rosário?
Em 1945
os americanos lançaram a bomba atômica sobre duas cidades
japonesas: Nagasaki e Hiroshima. Nesta última, num raio de
um quilômetro e meio do centro da explosão, ficou tudo
arrasado e todos os habitantes morreram carbonizados. A casa
paroquial, com oito moradores jesuítas, que distava apenas
800 metros da explosão, ficou de pé e os seus moradores
ficaram ilesos.
O Pe.
Hubert Shiffer era um deles e tinha então 30 anos. Depois
viveu mais 33 completamente com saúde e nenhum dos moradores
da casa sofreu as conseqüências da radioatividade. Ele
contou a sua experiência no Congresso Eucarístico da
Filadélfia (EUA) em 1976. Então todos os membros
daquela comunidade ainda viviam.
O Pe.
Shiffer foi examinado e interrogado por mais de 200
cientistas e não puderam explicar como, no meio de milhares
de mortos, ele e seus companheiros tinham podido sobreviver.
O Pe. Shiffer afirmou que centenas de cientistas e
pesquisadores por vários anos continuaram a investigar
por que a casa paroquial não foi atingida quando tudo ao
redor ficou arrasado. E o padre explicou, dizendo:
"Naquela casa se rezava todos os dias, em comum, o
Santo Rosário. Por isso, foi protegida por Nossa Senhora".
Nossa
Senhora, a partir principalmente de Lourdes, dá uma ênfase
toda especial à oração do Rosário. Em Lourdes aparece sempre
com o ROSÁRIO. Em outras aparições, pede sempre que
se reze o Rosário. Em Fátima, em cada uma das aparições, ela
insiste: "Rezem o ROSÁRIO DIARIAMENTE".
Em
Medjugorje, desde o início, pede que se reze o Rosário. Em
14/08/84, ela diz: "Eu gostaria que cada dia se rezasse pelo
menos o Rosário". Em 27/09/84: "Peço às famílias da
paróquia que rezem o rosário em família".
No dia
25/06/85 a vidente Marija pergunta a Nossa Senhora o que
deseja dizer aos sacerdotes. Ela responde: "Caros
filhos, eu os exorto a convidar todos à Oração do Rosário.
Com o rosário, vencerão todas as dificuldades que Satanás,
neste momento, quer colocar no caminho da Igreja Católica.
Vocês todos, Sacerdotes, Rezem o Rosário. Consagrem tempo ao
Rosário".
O Papa,
no 80º aniversário das aparições em Fátima, disse:
"Caríssimos irmãos, rezai o Rosário todos os dias! Peço
vivamente aos pastores para rezar o Rosário nas suas
comunidades cristãs. Ajudai o povo de Deus a retornar à
oração cotidiana do Rosário".
A Origem da Ave-Maria
É bom
lembrar que, a segunda parte da Ave-Maria
("Santa Maria, Mãe de Deus"), foi introduzida na
oração por ocasião da vitória sobre a heresia nestoriana,
deflagrada no ano de 429.
O bispo
Nestório, Patriarca de Constantinopla, afirmava ser Maria
mãe de Jesus e não Mãe de Deus. O episódio tomou feições
tão sérias que culminou no Concílio de Éfeso convocado pelo
Papa Celestino I. Sob a presidência de São Cirilo (Patricarca
de Alexandria), a heresia foi condenada e Nestório,
recusando a aceitar a decisão do conselho, acabou sendo
excomungado.
(Leia o artigo XVI do livro
Oriente para saber mais sobre a heresia nestoriana).
Conta-se
que no dia de encerramento do Concílio, onde os Padres
Conciliares exaltaram as virtudes e as prerrogativas
especiais da VIRGEM MARIA, o Santo Padre Celestino
ajoelhou-se diante da assembléia e saudou Nossa Senhora,
dizendo: "SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, rogai por nós
pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém."
Na
continuidade dos anos, esta saudação foi unida àquela que o
Arcanjo Gabriel fez a Maria, conforme o Evangelho de Jesus
segundo São Lucas 1,26-38 "Ave cheia de graça, o
Senhor está contigo!" e também, a outra saudação que
Isabel fez a Maria, para auxiliá-la durante os últimos três
meses de sua gravidez:
"Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu
ventre." (Lucas1, 42) Estas três saudações deram
origem a AVE MARIA.
Como surgiu a oração do Santo Rosário
A
oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano
800 à sombra dos mosteiros, como
Saltério dos leigos. Dado que os monges rezavam os
salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler,
aprenderam a rezar 150 Pai Nossos. Com o passar do tempo, se
formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150
louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria.
Posteriormente
fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150
Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início
de cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada
dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria,
e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.
Rosa
das rosas, Rainha das rainhas.
A
palavra Rosário
vem do
latim
Rosarium, que significa 'Coroa de Rosas'.
Nossa Senhora é a Rosa Mística
(como é invocada na Ladainha Lauretana), e em sua homenagem
o nome Rosário, que vem de Rosas. A Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que
rezam uma Ave Maria lhe é entregue uma
Rosa espiritual, e por cada Rosário completo, lhe é entregue uma
Coroa de Rosas.
A rosa é a rainha das flores,
Rosa
das rosas, como é a Rainha
das rainhas. sendo assim o Rosário a Rosa de todas as devoções
e, portanto, a mais importante.
O
Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto
com ele está a majestosa história de nossa salvação. Com o
rosário, meditamos os mistérios de gozo, de dor e de glória
de Jesus e Maria. É uma oração simples, humilde como
Maria. É uma oração que podemos fazer com ela, a Mãe de
Deus. Com o Ave Maria a convidamos a rezar por nós. A Virgem
sempre nos dá o que pedimos. Ela une sua oração à nossa.
Portanto, esta é mais poderosa, porque Maria recebe o
que ela pede, Jesus nunca diz não ao que Sua Mãe lhe pede.
Em cada uma de suas Aparições, nos convida a rezar o
Rosário como uma arma poderosa contra o maligno,
para nos trazer a verdadeira paz.
Santo do dia - 7 de outubro
Nossa Senhora do Rosário
Era chamada Festa do Santíssimo Rosário antes da reforma do calendário, em 1969. A celebração fora instituída por são Pio V para recordar a vitória obtida pela frota cristã em 1571, nas águas de Lepanto, num desigual encontro com a poderosa armada turca. O piedoso pontífice, dominicano, foi advertido miraculosamente do feliz resultado enquanto estava absorto na recitação do santo rosário.
Como bom filho de são Domingos, que havia inculcado tal devoção em seus frades pregadores, o papa recitava cotidianamente o assim chamado Saltério da Virgem, oração simples, mas não monótona — assim como não aborrece uma simples palavra de amor repetida seguida e imutavelmente à pessoa amada. Nos conventos medievais, os irmãos leigos, que tinham pouca familiaridade com o latim, eram dispensados da recitação do Ofício, substituído pelo rosário, de 150 ave-marias e 15 Pai-Nossos, para cuja contagem são Beda, o Venerável, havia sugerido a adoção de um colar de grãos enfiados em um cordão.
Depois da célebre aparição da Virgem a são Domingos, que lhe mostrou a coroa do rosário como arma para derrotar as heresias, surgiram várias confrarias do rosário, em várias nações da Europa. Também as missões dos frades pregadores no Extremo Oriente foram promovidas sob o signo do rosário, porque esta oração, disse-lhes são Domingos, “é uma pedra preciosa no tesouro da Igreja”.
A recitação do rosário, já apoiada pelo santo pontífice Pio V, foi estendida à Igreja universal em 1716, porque ela compreendia, em certo sentido, todas as festas da Virgem e a vida do Redentor, ao qual Maria foi associada como Co-Redentora. Nos 15 mistérios são propostos aos cristãos outros tantos temas de meditação sobre a vida de Jesus e de Maria. O rosário foi chamado também “o breviário do povo de Deus”, que deve ser recitado preferivelmente à noite por toda a família reunida, animada de um único espírito de oração.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
Era o século VII. Osita nascia na Casa dos Essex, nobreza inglesa. Seu pai era o rei Fredevardo, cristão, piedoso e muito caridoso. A menina foi educada na tenra idade pelos pais dentro dos rigores da nobreza e no seguimento de Cristo. Mas depois eles a entregaram aos cuidados das irmãs beneditinas, que cuidaram tanto da formação espiritual como intelectual. Posteriormente, o rei a chamou de volta para a vida da Corte, mundana e frívola, mas necessária.
Costume na época, os casamentos eram arranjados em acordos entre as casas reais, para fortalecer o poder e até mesmo para poder mantê-lo. Tal era o destino da bela e jovem princesa Osita. Obedecendo às regras sociais e políticas da época, deveria casar-se, com o filho do líder dos saxões, o príncipe Sigero, ele também muito piedoso e casto.
Apesar de obrigada a obedecer, ela lutou muito para tentar manter sua virgindade consagrada somente a Cristo, como havia feito em votos particulares, com autorização do seu confessor. Mas a pressão familiar foi maior e ela teve de cumprir aquele contrato entre poderes, títulos e fortunas.
Mesmo assim, não perdeu a fé. Durante a solenidade do pomposo casamento real, Osita rezou para que um milagre acontecesse. E conta a tradição que ela foi ouvida, pois o marido atendeu seu pedido e mantiveram-se casados como irmãos.
Entretanto, na primeira viagem feita pelo marido, que o obrigou a ausentar-se por algum tempo do castelo, Osita o surpreendeu no seu retorno. Ela havia cortado seus belos cabelos, trocado suas roupas por um hábito beneditino e feito do palácio um convento. Sigero, embora surpreso, permitiu que ela continuasse reclusa e mandou construir um novo convento para ela, do qual se tornou abadessa, sendo muito procurado por jovens da nobreza que desejavam ser suas seguidoras.
Osita, porém, não teve sossego. Anos depois, quando piratas dinamarqueses invadiram e saquearam a Inglaterra, Sigero foi morto e o seu convento não foi poupado. O líder dos invasores encantou-se com a sua beleza e, quando soube que ela era uma princesa, insistiu para Osita entregar-se a ele. Depois de seguidas recusas, friamente ele mesmo atravessou seu peito com a espada.
Nos anos seguintes, o túmulo de Osita foi lugar de uma intensa peregrinação, pois milagres aconteciam e foram comprovados. Assim, a Igreja autorizou o seu culto e manteve a data da tradicional celebração em 7 de outubro.
Santa Osita, rogai por nós!
Era chamada Festa do Santíssimo Rosário antes da reforma do calendário, em 1969. A celebração fora instituída por são Pio V para recordar a vitória obtida pela frota cristã em 1571, nas águas de Lepanto, num desigual encontro com a poderosa armada turca. O piedoso pontífice, dominicano, foi advertido miraculosamente do feliz resultado enquanto estava absorto na recitação do santo rosário.
Como bom filho de são Domingos, que havia inculcado tal devoção em seus frades pregadores, o papa recitava cotidianamente o assim chamado Saltério da Virgem, oração simples, mas não monótona — assim como não aborrece uma simples palavra de amor repetida seguida e imutavelmente à pessoa amada. Nos conventos medievais, os irmãos leigos, que tinham pouca familiaridade com o latim, eram dispensados da recitação do Ofício, substituído pelo rosário, de 150 ave-marias e 15 Pai-Nossos, para cuja contagem são Beda, o Venerável, havia sugerido a adoção de um colar de grãos enfiados em um cordão.
Depois da célebre aparição da Virgem a são Domingos, que lhe mostrou a coroa do rosário como arma para derrotar as heresias, surgiram várias confrarias do rosário, em várias nações da Europa. Também as missões dos frades pregadores no Extremo Oriente foram promovidas sob o signo do rosário, porque esta oração, disse-lhes são Domingos, “é uma pedra preciosa no tesouro da Igreja”.
A recitação do rosário, já apoiada pelo santo pontífice Pio V, foi estendida à Igreja universal em 1716, porque ela compreendia, em certo sentido, todas as festas da Virgem e a vida do Redentor, ao qual Maria foi associada como Co-Redentora. Nos 15 mistérios são propostos aos cristãos outros tantos temas de meditação sobre a vida de Jesus e de Maria. O rosário foi chamado também “o breviário do povo de Deus”, que deve ser recitado preferivelmente à noite por toda a família reunida, animada de um único espírito de oração.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
Santa Osita
Era o século VII. Osita nascia na Casa dos Essex, nobreza inglesa. Seu pai era o rei Fredevardo, cristão, piedoso e muito caridoso. A menina foi educada na tenra idade pelos pais dentro dos rigores da nobreza e no seguimento de Cristo. Mas depois eles a entregaram aos cuidados das irmãs beneditinas, que cuidaram tanto da formação espiritual como intelectual. Posteriormente, o rei a chamou de volta para a vida da Corte, mundana e frívola, mas necessária.
Costume na época, os casamentos eram arranjados em acordos entre as casas reais, para fortalecer o poder e até mesmo para poder mantê-lo. Tal era o destino da bela e jovem princesa Osita. Obedecendo às regras sociais e políticas da época, deveria casar-se, com o filho do líder dos saxões, o príncipe Sigero, ele também muito piedoso e casto.
Apesar de obrigada a obedecer, ela lutou muito para tentar manter sua virgindade consagrada somente a Cristo, como havia feito em votos particulares, com autorização do seu confessor. Mas a pressão familiar foi maior e ela teve de cumprir aquele contrato entre poderes, títulos e fortunas.
Mesmo assim, não perdeu a fé. Durante a solenidade do pomposo casamento real, Osita rezou para que um milagre acontecesse. E conta a tradição que ela foi ouvida, pois o marido atendeu seu pedido e mantiveram-se casados como irmãos.
Entretanto, na primeira viagem feita pelo marido, que o obrigou a ausentar-se por algum tempo do castelo, Osita o surpreendeu no seu retorno. Ela havia cortado seus belos cabelos, trocado suas roupas por um hábito beneditino e feito do palácio um convento. Sigero, embora surpreso, permitiu que ela continuasse reclusa e mandou construir um novo convento para ela, do qual se tornou abadessa, sendo muito procurado por jovens da nobreza que desejavam ser suas seguidoras.
Osita, porém, não teve sossego. Anos depois, quando piratas dinamarqueses invadiram e saquearam a Inglaterra, Sigero foi morto e o seu convento não foi poupado. O líder dos invasores encantou-se com a sua beleza e, quando soube que ela era uma princesa, insistiu para Osita entregar-se a ele. Depois de seguidas recusas, friamente ele mesmo atravessou seu peito com a espada.
Nos anos seguintes, o túmulo de Osita foi lugar de uma intensa peregrinação, pois milagres aconteciam e foram comprovados. Assim, a Igreja autorizou o seu culto e manteve a data da tradicional celebração em 7 de outubro.
Santa Osita, rogai por nós!
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domingo, 6 de outubro de 2013
Evangelho do Dia
EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
27º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Lucas 17,5-10.
O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar', e ela havia de obedecer-vos.»
«Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou a apascentar gado, lhe dirá, quando ele regressar do campo: 'Vem cá depressa e senta-te à mesa'?
Não lhe dirá antes: 'Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, enquanto eu como e bebo; depois, comerás e beberás tu'?
Deve estar grato ao servo por ter feito o que lhe mandou?
Assim, também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.'»
Comentário do dia: Jean-Pierre de Caussade (1675-1751), jesuíta
Abandono à providência divina, cap. 9, 122
A fé dos servos humildes, da serva humilde
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
27º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Lucas 17,5-10.
Naquele tempo, os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé.»
O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar', e ela havia de obedecer-vos.»
«Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou a apascentar gado, lhe dirá, quando ele regressar do campo: 'Vem cá depressa e senta-te à mesa'?
Não lhe dirá antes: 'Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, enquanto eu como e bebo; depois, comerás e beberás tu'?
Deve estar grato ao servo por ter feito o que lhe mandou?
Assim, também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.'»
Comentário do dia: Jean-Pierre de Caussade (1675-1751), jesuíta
Abandono à providência divina, cap. 9, 122
Encontrar Deus tanto nas coisas mais simples e insignificantes como nas maiores é ter uma fé fora do comum, grande e extraordinária. Contentar-se com o momento presente é saborear e adorar a vontade divina em tudo o que se tiver de sofrer ou de fazer, naquilo que compõe o momento presente nas suas sucessões. Graças à vivacidade da sua fé, estas almas simples adoram a Deus igualmente nos estados mais humildes; nada derruba a sua fé, […] nada as espanta, nada as desgosta.
Maria verá fugir os apóstolos, mas manter-se-á firme aos pés da cruz e reconhecerá o seu Filho, mesmo desfigurado pelos escarros e pelas chagas. […] A vida da fé mais não é que seguir a Deus através daquilo que O disfarça, O desfigura, O destrói e, por assim dizer, O aniquila. Eis a vida de Maria, do estábulo ao Calvário: ser fiel a um Deus que todos desconhecem, abandonam e perseguem. De igual modo, as almas de fé atravessam uma sucessão contínua de mortes, de véus, de sombras e de aparências que tornam irreconhecível a vontade de Deus; e seguem-na e amam-na até à morte de cruz, e sabem que há que deixar passar as sombras e correr atrás deste Sol divino. Da aurora ao poente, por mais escuras e espessas que sejam as nuvens que O escondem, este Sol ilumina, aquece e inflama os corações fiéis que O bendizem, O louvam, O contemplam.
Maria verá fugir os apóstolos, mas manter-se-á firme aos pés da cruz e reconhecerá o seu Filho, mesmo desfigurado pelos escarros e pelas chagas. […] A vida da fé mais não é que seguir a Deus através daquilo que O disfarça, O desfigura, O destrói e, por assim dizer, O aniquila. Eis a vida de Maria, do estábulo ao Calvário: ser fiel a um Deus que todos desconhecem, abandonam e perseguem. De igual modo, as almas de fé atravessam uma sucessão contínua de mortes, de véus, de sombras e de aparências que tornam irreconhecível a vontade de Deus; e seguem-na e amam-na até à morte de cruz, e sabem que há que deixar passar as sombras e correr atrás deste Sol divino. Da aurora ao poente, por mais escuras e espessas que sejam as nuvens que O escondem, este Sol ilumina, aquece e inflama os corações fiéis que O bendizem, O louvam, O contemplam.
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