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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68



1º Domingo da Quaresma

Evangelho segundo S. Lucas 4,1-13. 

Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-Se das margens do Jordão.  Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado pelo Diabo. Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome. 
O Diabo disse-lhe: «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão».
Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem’». 
O Diabo levou-O a um lugar alto e mostrou-Lhe num instante todos os reinos da terra  e disse-Lhe: «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos, porque me foram confiados e os dou a quem eu quiser.
Se Te prostrares diante de mim, tudo será teu».

Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’». 
Então o Diabo levou-O a Jerusalém, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo, porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que Te guardem’;
e ainda: ‘Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra’».

Jesus respondeu-lhe: «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».
Então o Diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo.

Comentário do dia:  São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre Mateus 

Fortalecidos pelas tentações

«Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo.» [...] Tudo o que Jesus fez e padeceu foi para nos instruir. Por isso, quis ser conduzido a esse lugar a fim de lutar com o demônio, para que ninguém, de entre os batizados, se sinta perturbado se, depois do seu batismo, sofre as maiores tentações, como se fosse uma coisa extraordinária; deve, antes, suportar tudo isso como se fizesse parte da ordem natural das coisas. Foi para isso que recebestes as armas: não para ficardes ociosos, mas para combaterdes.

Estes são alguns motivos pelos quais Deus não impede que tenhais tentações. Em primeiro lugar, para vos ensinar que vos tornastes muito mais fortes. Depois, para que vos conserveis prudentes, em lugar de vos orgulhardes dos grandes dons recebidos, porque as tentações têm o dom de vos humilhar. Além disso, sereis tentados para que o espírito do mal, perguntando-se se verdadeiramente renunciastes a ele, fique convencido, pela experiência das tentações, de que o abandonastes totalmente. Em quarto lugar, sois tentados para vos fortalecerdes e vos tornardes mais sólidos do que o aço. Em quinto lugar, para que tenhais a certeza absoluta de que vos foram confiados tesouros; porque o demônio não vos assaltaria se não tivesse visto que recebíeis uma honra maior. 




Santo do dia - 14 de fevereiro

São Cirilo


Constantino nasceu em 826 na Tessalonica, atualmente Salonico, Grécia. Seu pai era Leão, um rico juiz grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e Miguel o mais velho, que mudaram o nome para Cirilo e Metódio respectivamente, ao abraçarem a vida religiosa.

Cirilo tinha catorze anos quando o pai faleceu. Um amigo da família, professor Fócio, que mais tarde ajudou seu irmão acusado de heresia, assumiu a educação dos órfãos em Constantinopla, capital do Império Bizantino. Cirilo aproveitou para aprender línguas, literatura, geometria, dialética e filosofia. De inteligência brilhante, se formou em tudo.

Rejeitando um casamento vantajoso, ingressou para a vida espiritual, fazendo votos particulares, se tornou bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi cartorário e recebeu o diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar, indo para um mosteiro, em Bosforo. Seis meses depois foi descoberto e designado para lecionar filosofia. Em seguida, convocado como diplomata para a polemica questão sobre o culto das imagens junto ao ex-patriarca João VII, o Gramático. Depois foi resolver outra questão delicada junto aos árabes sarracenos que tratava da Santíssima Trindade. Obteve sucesso em ambas.

Seu irmão mais velho, que era o prefeito de Constantinopla, abandonou tudo para se dedicar à vida religiosa. Em 861, Cirilo foi se juntar a ele, numa missão evangelizadora, a pedido do imperador Miguel III, para atender o rei da Morávia. Este rei precisava de missionários que conhecessem a língua eslava, pois queria que o povo aprendesse corretamente a religião. Os irmãos foram para Querson aprender hebraico e samaritano.

Nesta ocasião, Cirilo encontrou um corpo boiando, que reconheceu ser o papa Clemente I, que tinha sido exilado de Roma e atirado ao mar. Conservaram as relíquias numa urna, que depois da missão foi entregue em Roma. Assim, Cirilo continuou estudando o idioma e criou um alfabeto, chamado "cirílico", hoje conhecido por "russo". Traduziu a Bíblia, os Livros Sagrados e os missais, para esse dialeto. Alfabetizou a equipe dos padres missionários, que começou a evangelizar, alfabetizar e celebrar as missas em eslavo.

Isto gerou uma grande divergência no meio eclesiástico, pois os ritos eram realizados em grego ou latim, apenas. Iniciando o cisma da Igreja, que foi combatido pelo então patriarca Fócio com o reforço de seu irmão. Os dois foram chamados por Roma, onde o papa Adriano II, solenemente recebeu as relíquias de São Clemente, que eles transportavam. Conseguiram o apoio do Sumo Pontífice, que aprovava a evangelização e tiveram os Livros traduzidos abençoados.

Mas, Cirilo que estava doente, piorou. Pressentido sua morte, tomou o hábito definitivo de monge e o nome de Cirilo, cinqüenta dias depois, faleceu em Roma no dia 14 de fevereiro de 868. A celebração fúnebre foi rezada na língua eslava, pelo papa Adriano II, sendo sepultado com grande solenidade na igreja de São Clemente. Cirilo e Metódio foram declarados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos". O papa João Paulo II, em 1980, os proclamou junto com São Bento de "Patronos da Europa".


São Cirilo, rogai por nós!


São Metódio
Miguel, primogênito dos sete filhos do juiz grego Leão, nasceu em 814 na Tessalonica, atual Salonico, Grécia. Tinha vinte e seis anos e era prefeito de Constantinopla, capital do Império Bizantino, quando seu pai morreu. Irmão de Constantino, foi aluno de Fócio, que assumiu a educação dos órfãos. Miguel e Constantino mudaram o nome para Metódio e Cirilo, ao se consagrarem sacerdotes.

Com a morte do pai, em 840, abandonou tudo e se recolheu no convento de Policron, no monte Olímpio, e se fez monge. Foi o imperador Miguel III quem o convocou para a missão evangelizadora da Morávia, da qual participou também seu irmão. Depois os dois foram para Roma, onde Cirilo, doente, acabou falecendo.

Metódio foi ordenado sacerdote pelo papa Adriano II em 868 e, depois da cerimônia do sepultamento do irmão, foi nomeado delegado apostólico, consagrado bispo, e estabelecido como arcebispo para a Iugoslávia e Morávia. Uma carta, que o credenciava junto aos principados eslavos, continha a aprovação sem reservas para a liturgia na língua eslava.

Os acontecimentos políticos impediram que Metódio retornasse a Morávia. Ficou, então nos domínios do principado iugoslavo, que tinham sido evangelizados até Áustria. Alí foram inevitáveis os desencontros entre o clero latino e o novo clero eslavo. Inclusive, Metódio foi preso, traído diante do concílio de Ratisbona e condenado ao exílio na Suécia.
O então papa João VIII, em 878, interveio energicamente e ele foi solto, mas reprovou as suas novidades lingüísticas na liturgia. Porém, Metódio, estava fortalecido pela aprovação do papa anterior, podendo dar continuidade à evangelização iniciada. Depois de um ano de tranqüilidade, novos protestos se elevaram contra ele, sendo acusado de heresia.

Convocado a se apresentar em Roma pelo papa João VIII, não só se justificou como o convenceu a lhe dar seu apoio. Com uma carta oficial da Santa Sé, ele foi confirmado nas funções, e autorizado a usar o eslavo na liturgia, mas pedindo que o Evangelho fosse lido em latim antes que em eslavo. Porém o imperador germânico preferia outro bispo, que celebrava a liturgia em latim. A confusão estava formada. Tudo se complicou quando surgiu uma falsa carta do papa, que dizia o oposto da anterior apresentada por Metódio.

Em 881 a Santa Sé, negou formalmente a falsa carta. Mas isto não pôs fim à dificuldade, o clero alemão continuou sua oposição. Nesta época, Metódio, foi para Constantinopla a convite do imperador, para se juntar ao então patriarca Fócio, seu antigo professor e amigo da família. Assim, continuou com seus discípulos o seu apostolado e a tradução da Bíblia e dos Livros Litúrgicos a quem precisasse.

Morreu em 6 de abril de 885 em Velehrad, Tchecoslováquia, onde foi sepultado na igreja da Catedral. Atualmente se ignora o local exato onde foram colocadas suas relíquias. Metódio e Cirilo são considerados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos" e venerados no dia 14 de fevereiro, dia da morte de Cirilo. Em 1980, o papa João Paulo II os proclamou "Patronos da Europa" ao lado de São Bento. 


São Metódio, rogai por nós!

São Valentim
O mártir, quer dizer os dois mártires, de nome Valentim, que viveram no mesmo período da História e são comemorados em 14 de fevereiro, deram o nome a uma simpática tradição, chamada de "dia dos valentins" significando "dia dos namorados". Ainda esta tradição, indicava a festa de São Valentim como o início da primavera, estação do despertar da vida e também do romance, quando os pássaros começam a preparar seus ninhos.

Mas, São Valentim se tornou o protetor dos namorados, ou melhor, os dois se tornaram, por outro motivo, além desta tradição dos devotos. Vejamos porque. O primeiro mártir, um soldado romano, foi incluído no Martirológio Romano com o nome de Valentim. O segundo foi inserido como Valentim de Terni, pois era o bispo dessa diocese. O registro sobre sua vida pode ser encontrado por esse nome, em outra página.

No século III, em Roma, Valentim, era um sacerdote e o imperador era Cláudio II,o Gótico. O Império enfrentava muitos problemas, com inúmeras batalhas perdidas. O imperador deduziu que a culpa era dos soldados solteiros, que segundo ele, eram os menos destemidos ou ousados nas lutas. E, mais, que depois de se ferirem levemente, pediam dispensa das frentes. Mas, o que era pior, retornavam para o exército, casados e nesta condição queriam voltar vivos, enfraquecendo os exércitos. Por isto, proibiu a celebração dos casamentos.

Valentim, que considerava essa medida injusta, continuou a celebrar os casamentos, mas secretamente. Quando soube das ações do sacerdote, Cláudio mandou que fosse preso e o interrogou publicamente. Suas respostas foram elogiadas pelo soberano que disse: "Escutem a sábia doutrina deste homem". E, de fato, parece que a pregação de Valentim, o tinha impressionado, pois o mandou para uma prisão domiciliar, indicando a residência do prefeito romano Asterio, onde todos eram pagãos.

Logo que chegou na casa, o sacerdote ficou sabendo que o prefeito tinha uma filha cega. Disse aos familiares que iria rezar e pedir para Jesus Cristo pela cura da jovem, o que ocorreu alguns dias depois. Mas, nesta altura dos fatos, Valentim havia convertido a família inteira do prefeito. Isto agravou sua pena, sendo condenado a morte.

A antiga lenda acrescentou que após curar a jovem, ele teria se enamorado dela, platonicamente, mas preferiu o seu ministério. Antes de morrer teria escrito uma carta para a jovem e a entregou ao pai dela. No dia 14 de fevereiro de 286 foi levado para a chamada via Flaminia, onde foi morto a pauladas e depois decapitado.

A sepultura de Valentim foi encontrada em 346, numa capela subterrânea na via Flaminia. Dez séculos depois, antigos registros o indicaram como irmão de São Zenão Hoje, as suas relíquias estão na Igreja de São Praxedes num Oratório dedicado a São Zenão e Valentim.

O mártir Valentim, se tornou santo porque morreu pelo testemunho de seu sacerdócio. A Igreja o considera padroeiro dos namorados por ter defendido com sua vida o Sacramento do Casamento e não pelo motivo acrescentado pela lenda.
 
 
São Valentim, rogai por nós! 

São Valentim de Terni
 Tudo na vida tem um início e portanto sua explicação ou história. Como aconteceu com o "Dia de São Valentim", que tem de tudo: fé, política e romance. Além do interessante fato de serem dois os santos mártires festejados neste dia, com o mesmo nome e ambos declarados pela Igreja, protetores dos namorados. Cada um por sua justa razão, como se pode verificar no texto da página de São Valentim, o sacerdote mártir.

Conforme os registros da diocese de Terni, Valentim foi consagrado em 197, sendo seu primeiro bispo e considerado fundador da cidade. Consta que ao lado de sua casa e da igreja havia um imenso prado e um belo jardim. Quanto não estava trabalhando na igreja ou tratando de algum doente, podia ser visto cuidando das rosas que cultivava. À tarde ele abria os portões para as crianças brincarem e correrem livremente. Ao entardecer ele abençoava cada uma entregando uma flor, para ser entregue às suas mães. A sua intenção era fazer as crianças irem direto para casa e alimentar o amor e respeito pelos pais.

Valentim, tinha o dom do conselho, sua fama de reconciliador dos casais de namorados era muito difundida. Tudo começou assim: certo dia, ouvindo dois jovens namorados brigando, que pararam ao lado da cerca do seu jardim, foi ao encontro deles levando na mão uma linda rosa. O capuz caído, a figura serena e sorridente do bom velho e aquela rosa que ele parecia lhes oferecer, tiveram o mágico poder da acalmar os dois namorados em briga. Depois, quando ele, entregando realmente a rosa vermelha, pediu que os dois juntos apertassem o cabo com cuidado para não se espetarem e explicou o "cor unum", que em latim significa "união de corpos" de duas pessoas casadas, o amor retornou como antes.

Algum tempo depois, os dois procuraram Valentim para marcar o casamento, que celebrou e abençoou a união do casal. Na cerimônia compareceram quase todos da cidade, querendo participar do final feliz do casal reconciliado. A história se espalhou e sua fama se criou.

Além do dom do conselho, Valentim possuía o da cura, que aumentava conforme sua idade. Muitas vezes viajava, a pedido de outras dioceses, para atender os enfermos. Em 272, foi chamado para cuidar de um doente em Roma. Durante sua estadia na cidade, Valentim converteu o famoso filósofo grego Crato e três de seus jovens discípulos atenienses. Este zelo o expôs aos delatores pagãos. Nesta época o imperador era Aureliano, ardiloso e cruel. Os discípulos de Crato foram ao julgamento em defesa do bispo, mas nada puderam fazer. Valentim foi condenado à morte e decapitado em 14 de fevereiro de 273. Os três jovens recém convertidos resgataram seu corpo e o transportaram para Terni onde foi sepultado.

A sua festa no dia 14 de fevereiro e a sua fama ganharam força em toda a Itália. Na Idade Média, foi ganhando reforços e hoje é festeja em todo o planeta por todos os casais devotos.
A Igreja o incluiu no Calendário Litúrgico como São Valentim de Terni, o bispo mártir, protetor dos jovens e dos namorados. As suas relíquias estão na Igreja das Carmelitas, na cidade de Terni, em Roma. Ao lado de sua urna de prata, coberta por uma redoma de cristal, existe a seguinte inscrição: "São Valentim, patrono do amor". Há também um belo vitral com a imagem do santo bispo abençoando um casal ajoelhado que segura uma rosa.


São Valentim de Terni, rogai por nós!
 

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Santo do dia - 13 de fevereiro

São Gregório II

Gregório nasceu no ano de 669. Pertencia a uma família cristã da nobreza romana, o pai era senador e a mãe uma nobre, que se dedicava à caridade. Ele teve uma educação esmerada junto à cúria de Roma. Muito culto, era respeitado pelo clero Ocidental e Oriental. Além da conduta reta, sabia unir sua fé inabalável com as aptidões inatas de administrador e diplomata. Tanto que, o papa Constantino I pediu que ele o acompanhasse à capital Constantinopla, para tentar resolver junto ao imperador do Oriente, Leão II, que se tornara iconoclasta, a grave questão das imagens.

Escolhido para o pontificado em 19 de maio de 715, Gregório II governou a Igreja durante dezesseis anos. Neste longo período, administrou seu rebanho com generosidade e sabedoria, consolidando a posição da Igreja no cenário político e religioso. Em 719, enviou são Bonifácio à Alemanha e nos anos seguintes encorajou e apoiou a sua missão apostólica.

Incentivou a vida monástica e enfrentou com firmeza, o imperador Leão II, que com um decreto proibia o culto das imagens, o qual, provocou um levante das províncias da Itália contra o exército que marchava para Roma. Gregório não se intimidou, mas para evitar um confronto com os muçulmanos, mandou consertar as muralhas de Roma.

Desde os primeiros tempos, o cristianismo venerou as imagens de Cristo, da Virgem e dos santos. Esta maneira, típica do Oriente, de expressar a religiosidade chegou e se difundiu por todo o Ocidente a partir dos séculos VI e VII. A seita iconoclasta não entendia o culto como legítimo, baseando-se no Antigo Testamento e também porque numa imagem de Cristo não se pode representar as suas duas naturezas: terrena e divina, que são inseparáveis. Mas, a legitimidade foi comprovada através dos argumentos da Sagrada Escritura e essencialmente do fato da própria encarnação.

O papa Gregório II expulsou a seita dos iconoclastas, antes de falecer no dia 11 fevereiro de 731. A Igreja sempre condenou a idolatria com rigidez e como reza o Evangelho, por isto mesmo nunca prestou adoração a imagem alguma. O culto tradicional de veneração sim, pois nele não se adora uma imagem , este ato é dirigido à memória e à lembrança, daqueles que ela resgata e reproduz. São Gregório II faz parte do calendário litúrgico se sua festa foi designada para o dia 13 de fevereiro. 




São Gregório II, rogai por nós!
 


São Benigno

Muito interessante a história do culto deste Santo de nome Benigno, até porque o seu próprio nome é um adjetivo que significa "bom", "benevolente", "benéfico", portanto, um atributo concedido a todos os Santos.

No Calendário Litúrgico da Igreja, são vários os personagens festejados com este nome, cerca de dezoito, entre mártires, bispos, sacerdotes, monges e ermitãos. Entretanto, o primeiro Benigno a ser venerado, foi o que nasceu e viveu em Todi, na região da Úmbria, próxima de Roma, no início do Cristianismo. Os registros confirmam que era um sacerdote muito querido, sendo considerado por sua retidão de caráter e bondade. Padre Benigno enfrentou corajosamente o martírio durante a última perseguição do imperador Maximiano.

Segundo a tradição, ele estava sendo conduzido à Roma para ser jogado às feras, quando morreu, em conseqüência das incessantes torturas a que foi submetido. O fato teria ocorrido na estrada vizinha à cidade de Vicus Martis, onde seu corpo que alí fora abandonado, foi recolhido e sepultado secretamente pelos cristãos, que o acompanhavam à distância e assistiram ao seu testemunho.

Anos depois, quando os cristãos puderam deixar a clandestinidade, no lugar onde Benigno esteve sepultado, foi construída uma igreja e um mosteiro beneditino, e com o passar dos tempos a região se tornou uma pequena cidade chamada Priorado de São Benigno. O local acabou se tornando num ponto de peregrinação obrigatória para os seus devotos, que estão espalhados no mundo inteiro, graças a sua memória sempre reverenciada pelos beneditinos fixados nos cinco continentes. Assim, as peregrinações aumentaram e se mantiveram, mesmo após o mosteiro ter sido desativado, alguns séculos mais tarde.

O Priorado conservou os restos mortais de São Benigno, na igreja à ele dedicada, até 1904, quando foram trasladados para a de São Silvestre, na cidade do Vaticano, onde foram colocados ao lado do altar maior, recolhidos numa preciosa urna de prata. Mas, a Igreja deixou um fragmento para ser guardado naquele lugar onde Benigno, o sacerdote de Todi, prestou o seu testemunho do amor incondicional à Paixão de Jesus Cristo.

O Papa Pelágio II, em 589 incluiu o culto de São Benigno, no Martirológio Romano, cuja festa litúrgica indicou para o dia 13 de fevereiro, que segundo a tradição foi quando ele morreu. No início do século XX, a Santa Sé desejou reunir todas as relíquias dos mártires das perseguições dos primeiros tempos nas igrejas situadas no Estado do Vaticano, por este motivo ele também foi trasladado para lá. 


São Benigno, rogai por nós! 


São Martiniano
 
Martiniano era um monge eremita, mas acabou se tornando um andarilho para que o pecado nunca o achasse "em endereço fixo".

Martiniano era natural da Cesaréia, na Palestina, nasceu no século quatro. Desde a tenra idade decidiu ligar sua vida à Deus e aos dezoito anos ingressou numa comunidade de eremitas, não muito distante da sua cidade, onde se entregou à vida reclusa e viveu durante sete anos. A fama de sua sabedoria percorreu a Palestina e Martiniano passou a ser procurado por gente de todo o país que lhe pedia conselhos, orientação espiritual, a cura de doenças e até a expulsão de maus espíritos. Ganhou fama de santidade e essa fama atraiu Cloé, uma jovem cortesã.

Cloé era milionária, bela e conhecida como uma mulher de costumes arrojados e pouco recomendáveis. Fez uma espécie de aposta em seu círculo de amizades e afirmou que faria o casto monge se perder. Trocou suas roupas luxuosas por farrapos e procurou Martiniano, pedindo abrigo. Ele deixou que entrasse, acomodou-a e foi para os aposentos do fundo da casa, onde rezou entoando cânticos de louvor ao Senhor, antes de se recolher para dormir.

Mesmo assim, Cloé não desistiu. Pela manhã trocara os farrapos por uma roupa muito sensual, aguardando o ingresso do monge nos aposentos internos da casa. Ela, então, utilizou argumentos espertos tentando seduzir Martiniano, mas, ao invés disso, acabou sendo convertida por ele. Cloé a partir de então, se recolheu ao convento de Santa Paula, em Belém, passando ali o resto de seus dias. E se santificou na vida religiosa consagrada a Deus.

Por sua vez, Martiniano, que chegou a sentir-se tentado, mudou-se dali para uma ilha. Porém, certa vez, naquelas águas que rodeavam a ilha ocorreu um naufrágio de um navio e uma jovem passageira chamada Fotinia que se salvou lhe pediu abrigo. Ele consentiu que ela ficasse, mas para não sentir a tentação novamente abandonou o lugar a nado, apesar do continente ficar muito distante. A tradição diz que ele não nadou, mas que Deus mandou dois delfins para apanhá-lo e levá-lo à terra firme, são e salvo.

O fato é que, depois disso, tomou uma decisão radical, tornou-se andarilho para nunca mais ter de abrigar ninguém e ser tentado pelo pecado. Vivia da caridade alheia e morreu em Atenas, no ano 400, depois de parar a caminhada numa igreja da cidade. Sabia que o momento chegara, recebeu os sacramentos e partiu para a Casa do Pai serenamente e na santa paz.


São Martiniano, rogai por nós!

 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Santo do dia - 12 de fevereiro

Santa Eulália

Eulália, nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. Cobriam a menina Eulália com todo amor, carinho e mimos, quase sufocando a pequena que já na tenra idade resplandecia em caráter.

Humilde, sábia, prudente e muito inteligente era a caridade em pessoa. Dedicava um extremo amor à Jesus Cristo, para o qual despendia muitas horas do dia em virtuosas orações. Costumava ficar no seu modesto quarto, reunida com suas amiguinhas, entoando cânticos e hinos de louvor ao Senhor, depois saíam para distribuir seus melhores pertences às crianças pobres das imediações, que sempre batiam à sua porta.

Entrou para a adolescência, aos treze anos, no mesmo período em que chegava à Barcelona a notícia da volta à terrível perseguição contra os cristãos, decretada para todos os domínios do Império. Quando os sanguinários dos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano souberam da rápida e veloz propagação da fé cristã, nas longínquas terras espanholas, onde até então era rara esta fé, decidiram e mandaram o mais cruel e feroz de seus juízes, chamado Daciano, para acabar com aquela "superstição".

Temendo pela vida de Eulália, seus pais decidiram levá-la para uma outra propriedade mais afastada, onde poderia ficar longe dos soldados que andavam pelas ruas caçando os cristãos denunciados.

Eulália considerou covardia fugir do poder que exterminava os irmãos cristãos. Assim, altas horas da noite e sem que sua família soubesse, fugiu e se apresentou espontaneamente ao temido juiz, como cristã. Consta inclusive que teria dito: "Querem cristãos? Eis uma".

Como queria, na impetuosidade da adolescência, foi levada a julgamento. Ordenaram novamente que ela adorasse um deus pagão, dando-lhe sal e incenso, para que depositasse ao pé do altar. Eulália, ao invés, derrubou a estátua do deus pagão, espalhando para longe os grãos de incenso e sal. A sua recusa a oferecer os sacrifícios deixou furioso Daciano, que mandou chicoteá-la até que seu corpo todo ficasse em chagas e sangrando. Depois foi queimada viva com as tochas dos carrascos. Era 12 de fevereiro de 304.

Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria das Arenas, mais tarde destruída durante um incêndio. Mas suas relíquias se mantiveram intactas e foram ocultadas durante a dominação dos árabes muçulmanos, quando o culto cristão era proibido.

O culto à Santa Eulália foi mantido principalmente em Barcelona onde é muito antigo. De lá, acabou se estendendo por toda Espanha atravessando as fronteiras, para além da França, Itália, África enfim atingiu todo o mundo cristão, oriental e ocidental. Ela costuma ser festejada na diocese de Mérida em 10 de dezembro, cidade de seu martírio. Santa Eulália é co-padroeira da cidade de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês.


Santa Eulália, rogai por nós!

São Julião Hospitaleiro
Conta a tradição que os pais de Julião eram nobres e viviam num castelo. No dia do seu batizado, seus pais tiveram um sonho idêntico. Nele, um ermitão lhes dizia que o menino seria um santo. O menino foi educado como um nobre, apreciando a caça como esporte, e apesar do caráter violento, era caridoso com os pobres.

Na adolescência, foi a vez de Julião. Ele sonhou com um grande veado negro que lhe disse: "Você será o assassino de seus pais". Impressionado, fugiu para nunca mais voltar. Ficou famoso como soldado mercenário. Casou-se com uma princesa e foi morar num castelo. Certa noite, saiu para caçar, avisando que voltaria só ao nascer do sol. Algumas horas depois, seus pais, já idosos, chegaram para revê-lo. Foram bem acolhidos pela nora que lhes cedeu o seu quarto para aguardarem o filho, repousando.

Julião regressou irritado porque não conseguira nenhuma caça. Mas a lembrança da esposa a sua espera acalmou seu coração. Na penumbra do quarto, percebeu que na cama havia duas pessoas. Possuído pela cólera matou os dois com seu punhal. Ao tentar sair, viu o vulto de sua mulher na porta do quarto. Então, ele compreendeu tudo. Desesperado abriu as janelas e viu que tinha assassinado os pais. Após os funerais, colocou a esposa num mosteiro, doou os bens aos pobres e partiu para cuidar da alma.

Tornou-se outro homem, calmo, humilde e pacífico. Andou pelos caminhos do mundo, esmolando. Por espírito de sacrifício contava a sua história e, então, todos se afastavam fazendo o sinal da cruz. Foi renegado por homens e animais. Vivia afastado, remoendo sua culpa, rezando em penitência, amargando suas visões fúnebres e os soluços da alma. Mas, Julião sentia necessidade de salvar vidas, ajudar os velhos e as crianças doentes e pobres. Decidiu então ajudar os leprosos na travessia de um rio, que pela violência da correnteza fazia muitas vítimas.

Julião, construiu sozinho um caminho para descer até ao rio. Em seguida reparou um velho barco e ergueu uma grande cabana. A travessia passou a ser conhecida por todos os leprosos, pois além de conduzi-los de graça, eram tratados por ele, na cabana. Ficou conhecido por "Julião Hospitaleiro". Costumava ir esmolar para distribuir o que ganhava com os que já não podiam caminhar.A cabana se tornou um verdadeiro hospital para leprosos. A fama de sua santidade começou a se espalhar, mas Julião continuava a sentir o tormento de sua alma, que só era aplacado quando cuidava dos seus leprosos. Até que uma noite, após um leproso morrer nos seus braços, Julião sentiu sua alma inundada por uma alegria infinita e caminhou para se encontrar face a face com Nosso Senhor Jesus Cristo, que o chamou para a glória do céu.

Esta é a história de Julião Hospitaleiro, e se encontra descrita, num dos vitrais da Catedral de Notre Dame, na França, que guarda suas relíquias. A diocese de Macerata, na Itália, onde dizem que ele permaneceu durante anos mendigando e ajudando as pessoas com seus prodígios de santidade, também recebeu algumas delas. A Igreja o comemora no dia 12 de fevereiro, data que a tradição indicou como sendo a de sua morte.

 
São Julião Hospitaleiro, rogai por nós!  

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Nossa Senhora de Lourdes

Consagre sua vida a Nossa Senhora de Lourdes

No dia 8 de dezembro de 1854 o Papa Pio XI proclamou solenemente no Vaticano o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, concebida sem pecado original. Algo que em 1830 Nossa Senhora já tinha mostrado a Santa Catarina Labourè, quando mandou que ela cunhasse a chamada “Medalha Milagrosa”, na aparição a ela na rua De Lubac, em Paris. Em torno da medalha, santa Catarina viu em letras de ouro a expressão: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.

Pois bem, no dia 11 de fevereiro de 1858, quatro anos depois, Nossa Senhora começou a aparecer a uma menina de 14 anos, Bernardete Soubirous, simples e humilde, que não sabia ler e escrever direito, nem falava o francês, mas um dialeto da região. Ela estava com uma irmã e uma vizinha pegando lenha perto da gruta de Massabielle. Tinham que passar descalças por um córrego, e Bernadete, que sofria de asma não queria por o pé na água fria. Nisso ouviu um barulho nas árvores e viu uma senhora muito bonita, radiante, vestida de branco, com uma faixa azul, sorrindo para ela. Em seguida rezou o Terço com Bernadete.


A irmã de Bernadete contou o ocorrido aos pais. Eles proibiram que ela voltasse à gruta. De tanto ela chorar os pais deixaram ela voltar. Uma nova aparição aconteceu no dia 18 de fevereiro. Bernadete aspergia a rocha com água benta onde a Senhora apareceu e esta lhe sorria. Depois lhe disse: “Quer ter a bondade de vir aqui durante quinze dias? Não lhe prometo a felicidade neste mundo, mas no outro.” Durante as aparições a Senhora pediu para que se rezasse pelos pecadores e convidou os fiéis à penitência.


Leia também: Aparições Marianas




No dia 25 de fevereiro Nossa Senhora fez brotar uma fonte de água no chão, e convidou Bernadete a beber nesta fonte; surgiu do chão que ela cavou com as mãos. Esta fonte se tornou a fonte milagrosa onde os peregrinos do mundo todo se banham e muitos já foram ali curados. Há uma equipe de médicos de várias especialidades que já confirmou muitas curas milagrosas.


Nossa Senhora pediu a Bernadete que queria ali uma igreja para dali distribuir suas bênçãos. Ela, então, foi falar com o pároco de Lourdes, mas este não acreditou nela e pediu que Bernadete dissesse o nome desta Senhora que estava lhe aparecendo, sem o que ele não faria nada.


oracoesdetodosostemposdaigrejaNa última aparição, então, Nossa Senhora disse a Bernadete em francês: “Je sui le immaculè concepcion” (Eu sou a Imaculada Conceição). Bernadete não entendeu nada, pensou que ela fosse dizer: “Eu sou Maria”. Para não esquecer foi até o pároco repetindo a frase em francês para não esquecer, até ser atendida pelo pároco e contar a ele. Este levou um susto quando Bernadete disse o nome da Senhora, porque ele sabia que Bernadete não tinha condições de inventar isso. Acabou que ele acreditou, o bispo acreditou e hoje temos ali um dos mais belos e concorridos Santuários marianos do mundo, com muitos milagres e muitas conversões.



Apenas há quatro anos o Papa Pio XI tinha proclamado o dogma da Imaculada Conceição, e Nossa Senhora veio, em pessoa, confirmar o dogma e nos dar a certeza de que o Papa não erra quando pronuncia uma sentença definitiva de fé.


No início houve uma proibição da parte das autoridades para que o povo visitasse o lugar, mas depois o imperador Napoleão III consentiu no acesso à gruta. Peregrinos de todas as partes do mundo vão buscar e Lourdes não só o milagre para a cura das doenças do corpo, mas a cura da alma e a paz de espirito.


Nossa Senhora é Mãe de Jesus e nossa Mãe, por isso se preocupa com seus filhos no mundo todo. Por isso ela aparece onde Jesus permite, não para nos trazer novas revelações, mas para nos pedir que vivamos conforme a vontade de Deus, afastados dos pecados, e que tenhamos uma vida de oração e de penitência pela nossa conversão e pela conversão dos pecadores afastados de Deus.


Que neste seu dia, ela nos conceda a sua Paz e a sua Bênção! Nos consagremos a ela uma vez mais com toda a nossa vida, com tudo o que somos, temos e fazemos, colocando em suas mãos inexpugnáveis todos os nossos queridos.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!


Os milagres de Lourdes

A ofensiva das críticas, calúnias e detração contra os milagres de Lourdes favoreceu o aparecimento de um órgão que tinha como encargo constatar, com todo rigor científico, a autenticidade e a natureza dos milagres acontecidos em Massabielle. 

Era a Comissão Médica de Lourdes, criada por Dom Laurence, Bispo diocesano de Tarbes-Lourdes, em 28 de julho de 1858.

Anualmente, milhares de pessoas deixam suas casas e seguem até o Santuário, erguido em honra a Nossa Senhora para pedir graças, a cura de uma doença ou agradecer por ter conseguido superar uma enfermidade. Muitos acreditam que se operou um milagre em suas vidas, mas para a Igreja reconhecer que realmente houve a "assinatura de Deus" nesta cura, existe um longo e minuncioso processo.

Tudo começa no Escritório de Constatações Médicas, um organismo criado em 1880 que tem como principal objetivo, avaliar todos os casos que se apresentam como uma cura milagrosa. Dr. Thales Gouveia Limeira é médico hematologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo. Ele é um dos muitos médicos espalhados pelo mundo inscritos no escritório de Lourdes e que recebe informações sobre os casos que são apresentados e que estão sendo avaliados. Ele explica que se uma pessoa vai à Lourdes e "acha que obteve a cura de uma doença, ela se apresenta e relata o que aconteceu. Muitas vezes essa cura é uma coisa que não há como investigar como por exemplo: a cura de uma dor de cabeça tomando água da fonte de Lourdes".

Quando o escritório recebe uma pessoa que se diz curada de uma enfermidade graças a um milagre, imediatamente é emitido um aviso a todos os hotéis e pousadas de Lourdes, convocando os médicos que estão na cidade para comparecerem ao Bureau para conhecerem e examinarem a pessoa.

"Todos os médicos que estão em Lourdes são convidados, independente de sua convicção religiosa. A única coisa que se pede é que sejam honestos e atestem o que realmente viram. A pessoa fica à disposição e pode ser examinada, pode-se medir a pressão e fazer o exame de olho de fundo e ao final, o médico deve escrever o que realmente presenciou", explica Dr. Thales. Passada esta primeira avaliação é necessário observar se a doença não apresenta uma recaída, ou seja, a cura tem que ser estável. Se os médicos decidirem pela continuação do processo, ele fica arquivado pelo período de um ano. Durante este tempo, a pessoa tida como "curada", fica sob a observação de um médico designado pela comissão. Caberá a este especialista colher testemunhas e solicitar ao investigado, a realização ou não de novos exames para constatar se de fato, a cura é definitiva.

Apesar de todo este processo, esta ainda é considerada a fase mais fácil. Isso porque em se dando continuidade a investigação, a fase seguinte é mais criteriosa: a investigação canônica.

Dr. Thales explica que todo este processo que foi estudado até o momento, é encaminhado ao bispo da diocese onde o miraculado reside que vai instituir uma Comissão Canônica composta por alguns padres - muitos deles bem rigorosos - para se verificar a vida deste indivíduo. "Eles querem saber tudo, desde se a pessoa está procurando a auto-promoção como esta suposta cura, se a sua situação de família é estável, se sua vida familiar é correta, se a relação com os filhos, com a esposa, com os parentes funciona, muitas vezes, comparando o antes e o depois, se este indivíduo comparece a Missa, se ajuda os pobres, enfim, saber se aquela cura aconteceu num contexto em que se possa dizer que houve um milagre".
  
Calcula-se que anualmente cerca de três milhões de pessoas vão a Lourdes em peregrinação. Desde o início das aparições em 1858, 300 milhões de peregrinos foram até o Santuário sendo 20 milhões de doentes que passaram pelos nove hospitais especializados na cidade. No entanto, até agora, apenas 67 curas foram reconhecidas pela Igreja como milagrosas, embora duas mil tenham sido reconhecidas pelos médicos. Pode-se dizer que a cada dois anos, acontece um milagre em Lourdes.

Os milagres reconhecidos são:

Acesse:  http://www.arautos.org/especial/24116/os-milagres-de-lourdes.html

 Santa Bernardete Soubirous

Na vida apagada e silenciosa de um convento, Santa Bernadete ratifica com sua santidade a veracidade das aparições de Lourdes, local tão prodigioso em curas de corpos. Mas, de Nossa Senhora devemos esperar também, e com maior razão, a cura das almas.


É universal a fama do Santuário de Lourdes, local onde Nossa Senhora apareceu por 18 vezes a Santa Bernadete Soubirous, em 1854, e que se tornou nos anos sucessivos um dos maiores centros de peregrinações do mundo. Sobre o intenso amor que a piedosa vidente nutriu para com a Mãe de Deus ao longo de sua vida, escreve o Pe. Trochu:

"Eu A levo no coração!"

A devoção à Santíssima Virgem tinha de ser particularmente terna e filial. Maria, seu ideal vivo, ocupava em seu coração um lugar muito próximo a Nossa Senhora, declarou sua enfermeira, Irmã Marta. "Era preciso ouvi-la quando pronunciava a Ave-Maria. Que acento de piedade, especialmente quando pronunciava as palavras ‘pobres pecadores'! E quando dizia ‘Minha Mãe celestial', nada mais podia acrescentar."

Alguém se atreveu a perguntar-lhe se a lembrança da aparição se tinha apagado em sua memória. "Apagado? - exclamou em tom de censura. Oh! não, jamais!". E levando a mão direita sobre sua fronte, dizia: "Está aqui". "Deveria nos fazer - lhe sugeriu uma companheira - uma descrição de como era a Virgem, posto que a senhora sabe como era Ela". "Não poderia nem saberia fazê-lo - foi a única resposta que deu. Eu para mim não necessito, pois A levo no coração".

A devoção mariana encheu de certo modo toda sua vida. Tinha necessidade de meditar sobre a Virgem. Via Maria em tudo e por tudo com seu coração e entendimento. Quando rezava à Santíssima Virgem, atesta Irmã Gonzaga, parecia ainda que A estava vendo. Se alguém lhe pedia alcançasse alguma graça, imediatamente respondia que rogaria à Santíssima Virgem.

Santa Bernadete se comprazia em louvá-La, fazê-La conhecer, amá-La e servi-La. Esforçava-se em imitar suas virtudes, especialmente sua humildade e renúncia. Dedicou-se, para sua devoção, a compor acrósticos - escritos poéticos em que as letras iniciais, reunidas, formam verticalmente uma palavra ou frase - em homenagem a Nossa Senhora, e o primeiro deles tinha o nome de MARIA, a partir dos termos: mortificação, amor, regularidade, inocência, abandono.

Toda sua vida desfiou o Rosário como tinha feito em Lourdes. Esta era sua devoção preferida, disse uma superiora geral. Mais de uma vez, na enfermaria, a Irmã Gonzaga Champi alternou as Ave-Marias com ela. "Então, recorda essa freira, os olhos escuros, profundos e brilhantes de Bernadete, pareciam como se estivessem vendo Nossa Senhora". Pela noite,quando se ia dormir, recomendava a uma companheira: "Toma o Rosário e durma rezando. Farás o mesmo que fazem as crianças pequenas que adormecem dizendo ‘mamãe, mamãe'...".

As virtudes da vidente abonam a autenticidade das aparições 
Essas notas sobre Santa Bernadete atestam sua ardente devoção a Nossa Senhora, e nos mostram como seu filial e terno relacionamento com a Santíssima Virgem era motivo de grande edificação para suas irmãs de hábito.

É interessante observar que Santa Bernadete teve uma vocação bastante similar à da Irmã Lúcia. A esta foi confiada a missão de revelar ao mundo as aparições de Fátima, e àquela, as de Lourdes. Uma vez cumprida a tarefa, Bernadete - assim como Lúcia - prestigiou as aparições de Massabielle tornando-se freira, santificando-se no convento e, posteriormente, sendo elevada à honra dos altares.

Embora a Igreja não determine, sob pena de pecado, acreditar-se nas aparições de Lourdes - pois são de caráter privado, e em matéria de fatos sobrenaturais somos obrigados apenas a crer nos oficiais -, na realidade roça pela heresia quem as conteste. Porque seria preciso admitir que uma santa canonizada tivesse tido tais ilusões.

Ora, isso não se pode fazer. De maneira que a vida e as virtudes de Santa Bernadete de algum modo atestam a autenticidade das aparições de Lourdes. Aliás, elas estão também exuberantemente corroboradas pelos milagres que ali se operam, os quais constituem uma prova de que em Lourdes realmente é a graça que atua.

Durante uma das visões de Santa Bernadete, a Santíssima Virgem lhe disse: "Revolva a terra com suas mãos, que dela nascerá uma fonte". A menina, uma camponesa, não teve dificuldade em escavar o solo no local indicado por Nossa Senhora. E ali, onde ninguém supunha existir água, esta começou a brotar. Assim surgiu a fonte de Lourdes, manancial de curas e conversões miraculosas, conforme prometera a Rainha do Céu. Portanto, a santidade de vida de Bernadete atesta a sinceridade de suas visões, seu equilíbrio mental e contribui, de certa forma, para demonstrar a veracidade dos fatos milagrosos ocorridos em Lourdes.

Fora desses acontecimentos públicos, ela permaneceu silenciosa, cumprindo sua missão privada. E nisso podemos aquilatar a beleza e a riqueza extraordinárias da Igreja, em cujo universo a Providência suscita diferentes vocações. Este tem uma tarefa, aquele outra, e aquele outra. Nossa Senhora distribui a cada pessoa uma determinada missão, que ela deve cumprir inteiramente, sem se imiscuir na função para a qual não foi chamada.

Em três grandes aparições, importantes mensagens
A propósito desses breves comentários, seja-me permitido ainda fazer notar um pormenor interessante. Em Lourdes Nossa Senhora comunicou também a Santa Bernadete um segredo, que deveria chegar ao Papa Pio IX.

Continuar lendo, acesse: http://www.arautos.org/artigo/45984/santa-bernardete-soubirous.html

Nossa Senhora de Lourdes

 



11 de fevereiro - Santo do dia

Nossa Senhora de Lourdes


A Virgem Maria se apresentou como a Imaculada Conceição, confirmando assim o dogma decretado anos antes.

No dia 11 de fevereiro de 1858, três meninas saem da humilde casa de um desempregado, o moleiro Soubirous, e vão apanhar lenha às margens do rio Gave. São elas: Bernadete, uma irmã e uma amiga.

O tempo está nublado, faz frio e elas precisam atravessar um riacho raso para chegar ao penhasco rochoso de Massabielle. Bernadete sofre de asma, detém-se ao longo da margem, enquanto as outras duas atravessam o rio.


Nisso, um súbito sussurro entre as árvores desperta a atenção de Bernadete, que ergue o olhar e vê na cavidade da rocha uma “Senhora” jovem, belíssima, vestida de branco, que lhe sorri. A menina encontra-se com as duas companheiras e conta-lhes o que viu. 


Os pais, informados pela irmãzinha, proíbem Bernadete de voltar à gruta; depois, vendo-a em lágrimas, cedem e, no domingo, 18 de fevereiro, 20 pessoas para lá se dirigem em companhia da vidente.


A “Senhora” já está esperando por ela. Sorri quando Bernadete borrifa a rocha com água benta: “Tu me queres fazer o favor”, disse-lhe, “de vir aqui a cada 15 dias? Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro”.


No dia 21 de fevereiro, entre a multidão, acham-se disfarçados três policiais e alguns funcionários do governo. De repente, o rosto de Bernadete se ilumina e os homens descobrem a cabeça quando dos lábios da menina ouvem sair este grito: “Penitência!”
No dia seguinte a Senhora manda beber da fonte... que naquele momento esguicha aos pés da pedra. É a fonte milagrosa! 


No dia 27 de fevereiro convida a menina a beijar a terra como sinal de penitência pelos pecadores. E diz: “Tu mandarás o sacerdote construir aqui uma capela”. Mas o padre Peyramale não é amável com Bernadete: “Pergunta àquela Senhora como se chama”. 


Na noite entre 24 e 25 de março, Bernadete transmite à Senhora o pedido do pároco. “Eu sou a Imaculada Conceição”, responde a Senhora. Uma resposta inesperada, ao menos nessa formulação, e o pároco, tocado, crê. Quatro anos antes, Pio IX proclamara solenemente o dogma da Imaculada, mas Bernadete — “a mais ingênua” dentre as adolescentes da paróquia, que não sabia nem ler nem escrever — o ignorava.


Lourdes torna-se o centro para onde convergem os doentes de corpo e alma, à procura do milagre mais cobiçado: a serenidade. A Bernadete ficou reservado, entre as quatro paredes do convento de Nevers, o privilégio do sofrimento, como penhor da conversão dos pecadores.


Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu, nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho que entrou para o ofício das leituras do dia de hoje.

“Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.

Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, e, em virtude dos méritos de Cristo Jesus, Nossa Senhora, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu que rezássemos pela conversão deles com oração, conversão, penitência.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!


São Castrense
 Castrense viveu no século V, era cristão e bispo de Cartagine, atual Tunísia, África. Durante a invasão dos Vândalos, comandados pelo rei Genserico, ele foi lançado ao mar, junto com outros sacerdotes e fiéis, dentro de um velho navio desprovido de velas, remos e leme. Com certeza, o intuito era que morressem afogados, mas milagrosamente ele sobreviveu, desembarcando na costa italiana, próxima a Nápolis.

Pelos registros, ele retomou sua missão apostólica e logo se tornou bispo de Castel Volturno. Depois, de acordo com o antiqüíssimo "Calendário Marmóreo" de Nápolis, ele também foi eleito bispo de Sessa, aceitando a difícil tarefa de conduzir os dois rebanhos, os quais guiou com amor e zelo paternal. Castrense era humilde e carismático, penitente e caridoso, durante a sua vida patrocinou dois episódios prodigiosos, registrados nos arquivos da Igreja: libertou um homem possesso pelo demônio e salvou um navio cheio de passageiros de uma grande tempestade.

Assim, a fama de santidade já o acompanhava, quando morreu como mártir de Jesus Cristo, em 11 de fevereiro de 450, em Sessa, Nápolis. Logo passou a ser venerado pela população em toda Campânia e em muitas outras cidades, inclusive na África.

As relíquias do Santo, foram transferidas, antes do século XII, de Sessa para Cápua e depois por determinação de Guilherme II o Bom, último rei normando da Sicília, foram enviadas para Monreale. Em 1637, foram transladadas para a Capela anexa à Catedral de Monreale, em uma urna de prata com uma placa onde se pode ler "São Castrense, eterno baluarte da cidade de Monreale".

As mais recentes informações sobre este Santo de origem africana, datam de 1881, e foram encontradas durante as escavações arqueológicas na gruta de Calvi, próximas de Monreale. São pinturas do século VII que retratam o bispo Castrense, nas duas dioceses e ao lado de outros mártires da mesma época e região.

Mas ainda hoje encontramos o efeito da sua presença na Catânia, seja na pequena região que leva o nome de São Castrense, seja nas diversas igrejas e no convento feminino beneditino erguido ao lado da Catedral, sendo tudo dedicado à sua memória. Inclusive nas manifestações de sua devoção quando da comemoração de sua passagem no dia 11 de fevereiro. Data oficializada pela Igreja, quando reconheceu o seu martírio e declarou o bispo Castrense, Santo e padroeiro da cidade de Monreale. Neste dia a sua estátua segue em procissão da Catedral de Monreale, indo para a de Sessa e retornando após o culto litúrgico. Dizem os devotos que durante este trajeto muito graças são alcançadas por sua intercessão.


São Castrense, rogai por nós!