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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Santo do dia - 18 de abril

Santo Apolônio

Santo do século II, era uma figura pública, um senador. Pôde assistir e se deixar tocar pelo testemunho de inúmeros mártires no tempo de Nero. Ele percebia naqueles cristãos, que viviam dentro de um contexto pagão, o único e verdadeiro Deus presente naqueles martírios por amor a Cristo.

Já adulto, com a ajuda do Papa Eleutério, ele quis ser cristão e foi muito bem formado até chegar à graça do Batismo. Apolônio, como muitos, ao se deparar com a lei de Nero, teve que se dizer, pois também foi denunciado.

Ele não renunciou a Jesus, mesmo ocupando uma alta posição na sociedade. Seu amor a Deus foi concreto. Santo Apolônio é exemplo, para que sejamos testemunhas do amor de Deus, onde quer que estejamos, na profissão que exerçamos, com a idade que tenhamos.

Santo Apolônio, rogai por nós!

domingo, 17 de abril de 2016

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

4º Domingo da Páscoa

Evangelho segundo S. João 10,27-30. 
Naquele tempo, disse Jesus: «As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.
Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos, e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.
Eu e o Pai somos um só». 

Comentário do dia: São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilia 14 sobre o Evangelho 


«Dou-lhes a vida eterna»

Aquele que é bom, não por um dom recebido mas por natureza, diz-nos: «Eu sou o bom Pastor.» E continua, para que imitemos o modelo de bondade que nos deixou: «O bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas» (Jo 10.11). No seu caso, Ele realizou o que tinha ensinado; mostrou o que tinha ordenado. Bom Pastor, deu a vida pelas suas ovelhas, para mudar o seu corpo e sangue em nosso sacramento, e saciar com o alimento da sua carne as ovelhas que tinha resgatado. Mostrou-nos o caminho a seguir, desprezando a morte. Eis diante de nós o modelo a que temos de nos conformar: em primeiro lugar, gastar-nos exteriormente com ternura pelas suas ovelhas; em seguida, se for necessário, oferecer-lhes a nossa morte.

Ele acrescenta: «Eu conheço - quer dizer, amo - as minhas ovelhas e elas conhecem-Me.» É como se dissesse, agora de uma forma mais clara: «Quem Me ama, siga-Me!», porque quem não ama a verdade é porque ainda a não conhece. Vede, irmãos caríssimos, se sois verdadeiramente as ovelhas do bom Pastor, vede se O conheceis, vede se vos apropriais da luz da verdade. Não falo da apropriação pela fé, mas pelo amor; vede se vos apropriais, não pela vossa fé, mas pelo vosso comportamento. Porque o mesmo evangelista João, que nos transmitiu esta palavra, afirma ainda: «Quem diz que conhece Deus e não guarda os seus mandamentos é mentiroso» (1Jo 2,4). Por isso, Jesus acrescenta: «Assim como o Pai Me conhece, Eu conheço o Pai, e dou a vida pelas minhas ovelhas», o que equivale a dizer claramente: o fato de Eu conhecer o meu Pai e ser conhecido por Ele consiste em que Eu dou a vida pelas minhas ovelhas. Por outras palavras: este amor que me leva a morrer pelas minhas ovelhas mostra até que ponto amo o Pai. 

Santo do dia - 17 de abril

Santo Aniceto
 Aniceto nasceu na Síria e foi sucessor do papa são Pio I, em 155, no tempo em que Antonio era o imperador romano. Entretanto, além da perseguição sistemática por parte do Império, o papa Aniceto teve de enfrentar, também, cismas internos que abalaram o cristianismo.

A começar por Valentim, passando por Marcelina, que fundou a seita dos carpocratitas, considerada muito imoral pela Igreja, e chegando a Marcion, um propagador, com dotes de publicitário, que arregimentou muita gente, e muitos outros.

Sem contar a questão da celebração da Páscoa. Todos eles formaram seitas paralelas dentro do catolicismo, dividindo e confundindo os fiéis e até colocando-os contra a autoridade do papa, desrespeitando a Igreja de Roma. Contudo o papa Aniceto tinha um auxiliar excepcional, Policarpo, que depois também se tornou um santo pelo testemunho da fé, e o ajudou a enfrentar todas essas dificuldades. Policarpo exerceu, também, um papel fundamental para que pagãos se convertessem, por testemunhar que a Igreja de Roma era igual à de Jerusalém.

Outro de seus auxiliares foi Hegesipo, que escreveu um livro defendendo o papa Aniceto e provando que ele, sim, seguia a doutrina cristã correta, e não os integrantes das seitas paralelas. Mesmo com tão excelente ajuda, o papa Aniceto teve uma árdua missão durante os quase onze anos de seu pontificado, morrendo no ano 166, quase aniquilado pela luta diária em favor da Igreja.

Embora tenha morrido num período de perseguição aos cristãos, a Igreja não cita a sua morte como a de um mártir. Mas pelo sofrimento que teve ao enfrentar, durante todo o seu governo, os inimigos do cristianismo e da Igreja de Roma, por si só se explica o porquê da reverência a seu nome.

O seu corpo - aliás, foi a primeira vez que ocorreu com um bispo de Roma -, foi sepultado nas escavações que depois se transformaram nas catacumbas de São Calisto, na Itália. 


Santo Aniceto, rogai por nós!

sábado, 16 de abril de 2016

É Deus quem nos santifica!

Deus nos criou para Ele; somos as ovelhas do Seu rebanho, diz o Salmista (Sl 99,3). São Paulo disse aos Efésios que “Cristo Deus nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e íntegros diante Dele, no amor” (Ef 1,4).
 
E mais ainda: “Nos predestinamos à adoração como filhos, por obra de Jesus Cristo, para o louvor de sua graça gloriosa, em que nos agraciou no seu amado” (v.6).
Não foi sem razão que Santo Irineu de Lião disse, no segundo século, que “o homem é a glória de Deus”.

Fomos criados para a Sua glória (“Laudem gloriae”). Por isso fomos criados à imagem e semelhança de Deus; à imagem de Jesus Cristo. Mas infelizmente, o pecado original desfigurou em nós essa bela imagem humana e divina.

E o Cristo veio a Terra para que ela possa ser restaurada em cada um de nós.
Para isso Jesus “armou a Sua tenda entre nós”, e vive entre nós. Ele continua a caminhar conosco pela Igreja, pelos Sacramentos, e está em toda parte nos Sacrários para continuar essa obra de refazer a Sua imagem em cada um de Seus irmãos feridos pelo pecado.

Só Deus nos conhece profundamente e, por isso, só Ele pode ser o nosso restaurador. O salmista fala com toda clareza:
“Senhor, Tu me examinas e me conheces, sabe quando me sento e me levanto.
Penetras de longe os meus pensamentos, distingues meu caminho e meu descanso, sabe todas as minhas trilhas…
Por trás e pela frente me envolves e pões sobre mim a Tua mão.
Para onde irei longe do Teu espírito? Para onde fugirei de Tua presença?…
Foste Tu que criaste minhas entranhas e me tecestes no seio de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste maravilhoso; são admiráveis as Tuas obras; e Tu me conheces por inteiro…
Ainda embrião, os Teus olhos me viram, e tudo estava escrito em Teu livro… (Sl 13).


Porque nos conhece completamente, só Deus pode restaurar em nós a Sua imagem em nós danificada pelos pecados. E Ele faz isso porque nos ama. Nós não somos capazes, não temos poder e sabedoria, para operar a nossa santificação; só Deus.

Então, o que nos resta fazer? Entregar-se dócil nas Suas mãos; e silencioso deixar que o Artista possa esculpir nossa pedra bruta a Sua imagem novamente. Só o homem recebeu de Deus o maravilhoso e assustador privilégio de atingir o seu fim pela livre escolha da sua vontade. Os animais e plantas não tem essa liberdade.

Se o homem, livremente, se abandonar nas mãos do Seu Criador e se conformar com Sua disposição divina, alcançará o fim para o qual foi criado: participar da vida bem aventurada de Deus (Cat. nº1).

Deus nos conduz para o nosso destino Nele. Não é uma glória para nós saber que Deus se ocupa de nós, débil criatura? Devo, então, reconhecer o Seu soberano domínio sobre mim, e entregar-me a Ele sem reservas. Ele é o meu fim. Devo viver em relação a meu Deus numa dependência absoluta e universal. É previsto que eu o siga em cada instante de minha vida, que me abandona à sua direção, que o deixa despir de mim como bem desejar.

Deus já traçou o caminho para cada um de nós chegar ao Céu, mas só Ele pode nos conduzir por esse caminho. Cada pormenor de nossa vida Ele já conhecia desde toda a eternidade.
Basta-me deixar que Ele me conduza por esse caminho suave. São eternos os desígnios de Deus sobre mim. Às vezes a gente se ilude querendo traçar o próprio caminho da santidade, às margens do desígnio de Deus. Ficamos sonhando com uma perfeição ou cruzes que não são para nós. É no decorrer do tempo, no dia a dia de nossa vida, lentamente, que Deus vai nos revelando o destino que Ele concebeu para nós.

Todos os acontecimentos, doenças, fracassos e vitórias, são guiados pela divina Providência amorosamente. A mim cabe, amar o meu Deus, aceitar seu trabalho em mim, e adorá-lo no abandono da fé.  Não me cabe lamentar e nem lamuriar, amaldiçoar ou blasfemar, mas apenas obedecer humildemente e alegremente. Que alegria saber que Deus cuida de mim.
Não me compete perguntar a Ele as razões da Sua conduta para comigo. A criança não pergunta ao pai para onde ele a está levando.

Deus não me deve explicação alguma! Por que eu nasci nesta data, neste lugar, neste país, desses pais, com esta cor e com este físico. Ele sabe que a minha beleza está na alma invisível e imortal; o corpo é apenas uma casca que um dia vai deixá-la. Não posso me agarrar a esta casca, senão perecerei rapidamente com ela. Deus tem eternos desígnios sobre mim. Devo aceitá-los e santificar-me nessas circunstâncias.

Prof. Felipe Aquino

Santo do dia - 16 de abril

São Bento José Labre

O cigano de Cristo", este também é seu apelido, que demonstra claramente o que foram os trinta e cinco anos de vida de Bento José Labre, treze deles caminhando e evangelizando pelas famosas e seculares estradas de Roma. Aliás, o antigo ditado popular que diz que "todos os caminhos levam a Roma" continua sendo assim para todos os cristãos. Entretanto, principalmente no século XVII, em qualquer um deles era possível cruzar com o peregrino Bento José e nele encontrar o caminho que levava a Deus.

Ele era francês, nasceu em Amettes, próximo a Arras, no dia 27 de março de 1748, o mais velho dos quinze filhos de um casal de agricultores pobres. Frequentou a modesta escola local, mas aprendeu latim com um tio materno. Ainda muito jovem, quis tornar-se monge trapista, mas não conseguiu o consentimento dos pais.

Com dezoito anos, pediu ingresso no convento trapista de Santa Algegonda, mas os monges não aprovaram sua entrada. Percorreu a pé, então, centenas de quilômetros até a Normandia, debaixo de um inverno extremamente rigoroso, onde pediu admissão no Convento Cisterciense de Montagne. Também foi recusado ali, tentando, ainda, a entrada nos Cartuchos de Neuville e Sept-Fons, com o mesmo resultado. Foi então que, com vinte e dois anos, tomou a decisão mais séria da sua vida: seu mosteiro, já que não encontrava guarida em nenhum outro, seriam as estradas de Roma.

No embornal de peregrino carregava apenas o Novo Testamento e um breviário, além de um terço nas mãos. Durante a noite, dormia nas ruínas do Coliseu e, de dia, percorria as estradas peregrinando nos lugares sagrados e evangelizando sem pedir esmolas. Quando recebia a caridade alheia, mesmo sem pedir, ainda dividia o que ganhava com os pobres. Isso lhe valeu, certa vez, algumas pancadas de um certo cidadão que encarou sua atitude como um insulto. Na maior parte dos dias, comia um pedaço de pão e ervas colhidas no caminho.

Os maus tratos do cotidiano, ou seja, a maneira insatisfatória de higiene a que se submetera durante muitos anos e as penitências que se autoimpusera, acabaram por causar o seu fim. Um dia, ainda muito jovem, seu corpo foi encontrado nos fundos da casa de um amigo arquiteto, perto da igreja de Santa Maria dos Montes. Houve uma grande aglomeração de populares que admiravam e até veneravam o singelo peregrino.

Bento José acabou sendo sepultado ali mesmo, próximo daquela igreja, local que logo passou a ser procurado pelos devotos e peregrinos. Imediatamente, tornou-se palco de muitas graças e prodígios, por intercessão daquele que em vida percorreu o caminho da santidade. O papa Leão XIII canonizou são Bento José Labre em 1881, determinando sua festa para o dia 16 de abril, data de sua morte no ano 1783.
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Para Benezet, ou pequeno Bento, como era chamado, ter ouvido aquela voz não seria nada se não fosse a natureza da ordem que veio com ela. Deveria erguer uma ponte sobre o rio Ródano, do qual nunca tinha ouvido falar, além de ter de abandonar a profissão que tanto amava. Porém o chamado tinha sido tão real que Benezet não pensou duas vezes e se pôs a caminho. Ele também não estranhou quando, centenas de metros adiante, um jovem veio a seu encontro e simplesmente lhe comunicou que o acompanharia em sua empreitada na construção da ponte.

Ao chegar, finalmente, às margens do rio determinado, na cidade de Avignon, Benezet assustou-se com o seu volume d'água. Orientado pelo novo amigo, que na verdade era um anjo que depois desapareceria, procurou o bispo, contando-lhe a missão que recebera. Foi ignorado. Procurou, então, o prefeito, e este, julgando tratar-se de um louco, disse que o ajudaria se removesse uma pedra que atrapalhava a cidade e a usasse como alicerce para a gigantesca obra a ser erguida.

Dizem os devotos que tudo mudou a partir desse momento. Benezet apenas fez o sinal da cruz sobre a pedra e, depois de levantá-la com facilidade, levou-a nos ombros até onde deveria ficar. Enquanto fazia isso, dezoito doentes teriam tocado a sua túnica e se curado imediatamente. Diante desse prodígio e graças, tanto o prefeito quanto o bispo assumiram a construção da obra que ajudou o desenvolvimento de toda a região. O pequeno Bento acabou falecendo antes da conclusão da ponte, que levou onze anos para terminar.

A ponte resistiu quinhentos anos antes de ruir. Foi reconstruída e trata-se do marco da cidade de Avignon, que tem, como seu padroeiro, são Benezet, ou o pequeno Bento, como querem os devotos, que nunca mais deixaram de pedir por sua intercessão e de festejá-lo no dia 14 de abril.


São Bento José Labre, rogai por nós!



Santa Bernadete Soubirous
"Maria é tão bela que, quando a vejo, gostaria de morrer para vê-la novamente", era a resposta da vidente de Lourdes a quantos a confortavam durante a longa enfermidade que por nove anos lhe causou sofrimentos indizíveis. A Virgem a tinha preparado para esta prova: "Não te prometo fazer-te feliz neste mundo, mas no outro". O privilérgio de ter sido escolhida pela Virgem, aos 14 anos, para confirmar a verdade dogmática da Imaculada Conceição, proclamada por Pio IX em 1854, valeu-lhe bem pouca glória humana.

Concluído o ciclo das visões na gruta de Massabielle, iniciadas em 11 de fevereiro de 1858, Bernardete permaneceu o resto da vida na sombra. Foi acolhida no Instituto das Irmãs da Caridade de Nevers, onde passou seis anos, sempre na casa de Lourdes, para ser depois admitida ao noviciado de Nevers. E enquanto junto da milagrosa fonte ocorriam os primeiros prodígios e de toda a parte acorriam multidão de devotos, ela só pedia para permanecer escondida e esquecida de todos.


Na profissão religiosa tinha assumido o nome de irmã Bernarda e durante 15 anos de vida conventual suportou em silêncio sofrimentos físicos e morais, como a indiferença das próprias irmãs, de acordo com o desígnio providencial que priva as almas escolhidas da compreensão e frequentemente também do respeito das almas medíocres. Em comunidade exerceu as funções de enfermeira e de sacristã, até que o agravamento de seu mal a obrigou a permanecer no leito durante todos os nove anos que precederam sua santa morte. Foi canonizada em 8 de dezembro de 1933.


Santa Bernadete Soubirous, rogai por nós!
 

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Jesus misericordioso, eu confio em Vós!

Rezemos como a Santa irmã Faustina…
Jesus misericordioso, eu confio em Vós!
Nada me trará medo ou inquietação.
Eu confio em Vós, de manhã e à noite, na alegria e no sofrimento,
Na tentação e no perigo, na felicidade e no infortúnio,
Na vida e na morte, agora e para sempre.


Eu confio em Vós e na oração e no trabalho,
Na vitória e no fracasso, acordada ou a descansar,
Na tribulação e na tristeza, nos meus próprios erros e pecados
Eu quero ter inabalável confiança em Vós.

Sois a âncora da minha esperança,
A estrela da minha peregrinação,
O apoio da minha fraqueza,
O perdão dos meus pecados,

oracoesdetodosostemposdaigrejaA força da minha bondade,
A perfeição da minha vida,
O consolo na hora da minha morte,
A alegria e bênção do meu Céu.

Jesus misericordioso, Vós, forte tranquilidade
E fortaleza segura da minha alma,
Aumentai a minha confiança e tornai perfeita a minha fé
No Vosso poder e bondade.

Se eu for a mais pobre das Vossas devotas, e a última das Vossas servas,
Desejo, porém, tornar-me grande e perfeita, confiando
Que Vós sois a minha Salvação pelos séculos dos séculos.

Que esta minha confiança seja uma referência para Vós,
Agora e em todos os tempos, sobretudo na hora da minha morte!
Amém.

Santa Faustina
(Irmã Faustina Kowalska)

quinta-feira, 14 de abril de 2016

14 de abril - Santo do dia

Santa Liduína (Lidvina)
 Lidvina ou Liduína, como costuma ser chamada por nós, nasceu em Schiedan, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança, recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados. Até os quinze anos, Liduína era uma menina como todas as demais. Porém, no inverno daquele ano, sua vida mudou completamente. Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e, em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Estava quase morta com a coluna vertebral partida e com lesões internas. Imediatamente, foi levada para casa e colocada sobre a cama, de onde nunca mais saiu, até morrer.

Depois do trágico acidente, apareceram complicações e outras doenças, numa seqüência muito rápida. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família.

Os anos se passavam e Liduína não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot, pároco da igreja. Com conversas serenas, o sacerdote recordou a ela que: "Deus só poda a árvore que mais gosta, para que produza mais frutos; e aos filhos que mais ama, mais os deixa sofrer". E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para ele e refletisse: se Jesus sofreu tanto, foi porque o sofrimento leva à glória da vida eterna.

Liduína entendeu que sua situação não foi uma fatalidade sem sentido, ao contrário, foi uma benção dada pelo Senhor. Do seu leito, podia colaborar com a redenção, ofertando seu martírio para a salvação das almas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser esse o seu caminho. E ela o obteve, naquela mesma hora. Na sua fronte apareceu uma resplandecente hóstia eucarística, vista por todos, inclusive pelo padre Pot.

A partir daquele momento, Liduína nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos; pedia, sim, que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos. Após doze anos de enfermidade, também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria.

Em 1421, as autoridades civis publicaram um documento atestando que nos últimos sete anos Liduína só se alimentava da sagrada eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida, seu sofrimento foi terrível. Ficou reduzida a uma sombra e uma voz que rezava incessantemente. No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Liduína morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam, pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito.

Em 1890, o papa Leão XII elevou santa Liduína ao altar e autorizou o seu culto para o dia da sua morte. A igreja de Schiedan, construída em sua homenagem, tornou-se um santuário, muito procurado pelos devotos que a consideram padroeira dos doentes incuráveis. 


Santa Liduína, rogai por nós!

 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Santo do dia - 13 de abril

São Hermenegildo

Hermenegildo talvez seja a vítima mais conhecida da invasão da Espanha católica pelos visigodos, por volta do ano 459. Era filho do rei visigodo, mas despertou a ira do pai ao tornar-se católico por causa de sua esposa, uma princesa francesa.

Seu pai era Leovigildo, um impiedoso rei, conquistador de nações e exterminador de inimigos. Após conquistar a terra, ele tratava de acabar com a cultura e a fé locais, para dominar completamente os povos submetidos ao seu poder.

Hermenegildo foi educado, junto com o irmão Recaredo, para pôr em prática esse plano do pai e, para isso, foram ambos nomeados príncipes de Sevilha e Toledo, respectivamente. Mas Hermenegildo casou-se com Ingonda, uma princesa católica de origem francesa, e esta mudou os planos traçados para ele.

Ingonda era profundamente cristã. Suas orações e explicações do Evangelho converteram Hermenegildo. Leovigildo, irado, ameaçou cassar seu cargo se não abandonasse a nova fé, porém ele não se dobrou. Sua resposta está registrada para a posteridade: "Nada me custa renunciar à coroa terrestre, se já tenho garantida a celeste".
O pai dirigiu, pessoalmente, o cumprimento da ameaça, liderando enorme exército que marchou contra Sevilha.

Prendeu o filho, esperando que os suplícios do cárcere o fizessem abandonar o catolicismo, mas nada conseguiu. Mandou decepar a cabeça de Hermenegildo, que pouco antes se recusara a receber a santa eucaristia das mãos de um bispo ariano, em 13 de abril de 585.

Entretanto o crime contra o próprio filho acabou por encher Leovigildo de profundo remorso. Revendo suas posições anos depois, converteu-se também, e a Igreja da Espanha alcançou, definitivamente, a paz.

Em 1586, o papa Sixto V declarou a festa de são Hermenegildo para o dia do seu martírio e o indicou como padroeiro da Espanha. 


São Hermenegildo, rogai por nós!

Santa Ida

Ida nasceu em 1040, descendente do grande conquistador francês Carlos Magno, filha de Godofredo, duque de Lorraine, e de Doda, também oriunda da nobreza católica reinante. Assim sendo, recebeu educação cristã, mas também teve de cumprir obrigações sociais da corte, e só por esse motivo não seguiu a vida inteiramente dedicada à Deus, vestindo o hábito de religiosa.

Por vontade dos pais, teve de casar-se aos dezessete anos com Eustáquio II, conde de Bolonha, também católico praticante. Juntos, tiveram muitos filhos: Eustáquio III, herdeiro do condado de Bolonha; Godofredo de Bulhões, , que conquistou e foi rei de Jerusalém; e Balduíno, que sucedeu o irmão no trono da Terra Santa. Tiveram também filhas, uma das quais tornou-se imperatriz ao casar-se com o imperador Henrique IV.

Entretanto, além da formação nas atividades políticas e sociais, Ida e seu marido educaram todos os filhos dentro dos rigorosos preceitos cristãos. O que surtiu um bom efeito, pois, tornaram-se bons exemplos, promoveram dezenas de obras de caridade, à altura das posses que tinham, socorrendo doentes, pobres abandonados, estrangeiros, viúvas e órfãos.

O grande passatempo de Ida era fazer, com as próprias mãos, as toalhas e enfeites dos altares e ornamentos sacros para os sacerdotes. Enquanto Eustáquio era vivo, o casal restaurou quase todas as igrejas de seus estados e domínios, inclusive o célebre santuário de Nossa Senhora de Bolonha. Seu diretor espiritual era o sacerdote Alberto, naquela época chamado, ainda, de monge de Bec, região da Normandia, porque, mais tarde, também foi elevado aos altares da Igreja.

Ao se tornar viúva, Ida diminuiu sua participação nas atividades sociais, porém na vida da Igreja só fez aumentá-la. Ela vendeu parte de seus bens e fundou vários mosteiros com o dinheiro arrecadado, como o de Santo Wulner de Bolonha; o de Wast, a duas milhas da cidade; o de Nossa Senhora da Capela, perto de Calais; e o mosteiro de Samer, que se encontrava praticamente destruído e arruinado, mas foi totalmente recuperado, voltando à franca atividade nas mãos dos beneditinos.



Há relatos de muitas graças realizadas por ela ainda em vida. Sentindo aproximar-se o fim, santa Ida previu a data exata de sua morte: 13 de abril de 1113. Os milagres e graças por intercessão de seu nome continuaram a acontecer com as crescentes romarias ao seu túmulo. Seu culto foi autorizado para o dia do seu trânsito, em 1808, quando suas relíquias foram transferidas da catedral de Arras para a de Bayeux. 


Santa Ida, rogai por nós!

 
São Martinho I

O papa Martinho I sabia que as conseqüências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado. Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas.

Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador.

Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento "Tipo", que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo. Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II.

Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I. Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio papa daria a santa comunhão aos fiéis. Na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado. Impressionado, Olímpio aliou-se a Martinho e projetou uma luta armada contra Constantinopla. Mas o papa perdeu sua defesa militar porque Olímpio morreu em seguida, vitimado pela peste que se alastrava naquela época.

Com o caminho livre, o imperador Constante II ordenou a prisão do papa Martinho I pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo, estreito que separa a Europa da Ásia, próximo a Istambul, na Turquia. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício, que durou quinze meses e acabou com a saúde do papa. Mesmo assim, ao chegar à cidade, ficou exposto, desnudo, sobre um leito no meio da rua, para ser execrado pela população. Depois, foi mantido incomunicável num fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação.

Ao fim do julgamento, o papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia, e levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril. 


São Martinho I, rogai por nós!