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terça-feira, 5 de setembro de 2023

5 de setembro - Santo do Dia

Santa Teresa de Calcutá

Santa Teresa de Calcutá dedicou toda sua vida aos mais pobres dos pobres

“Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz”.  Mais do que falar e escrever, Santa Teresa de Calcutá viveu este seu pensamento.

Nascida no dia 27 de agosto de 1910 em Skopje, na Albânia, foi batizada um dia depois de nascer. A sua família pertencia à minoria albanesa que vivia no sul da antiga Iugoslávia. Seu verdadeiro nome era Agnes Gonxha Bojaxhiu.

Pouco se sabe sobre sua infância, adolescência e juventude, porque ela não gostava de falar de si mesma. Aos dezoito anos, sentiu o chamado de consagrar-se totalmente a Deus na vida religiosa. Obtido o consentimento dos pais, e por indicação do sacerdote que a orientava, no dia 29 de setembro de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, situada na Irlanda.

O seu sonho, no entanto, era o trabalho missionário com os pobres na Índia. Cientes disso, suas superioras a enviaram para fazer o noviciado já no campo do apostolado. Agnes então partiu para a Índia e, no dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa tomando o nome de Teresa. Houve na escolha deste nome uma intenção, como ela própria dissera: a de se parecer com Teresa de Jesus, a humilde carmelita de Lisieux.
 

Santa Teresa de Calcutá, dedicou sua vida aos mais pobres 

Santa Teresa de Calcutá afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais pobres dos pobres


“Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz”.  Mais do que falar e escrever, Madre Teresa de Calcutá viveu este seu pensamento.
 

Foi transferida para Calcutá, onde seguiu a carreira docente e, embora vivesse cercada de meninas filhas das famílias mais tradicionais de Calcutá, impressionava-se com o que via ao sair às ruas: os bairros pobres da cidade cheios de crianças, mulheres e idosos cercados pela miséria, pela fome e por inúmeras doenças. No dia 10 de setembro de 1946, dia que ficou marcado na história das Missionárias da Caridade – congregação fundada por Madre Teresa – como o “Dia da Inspiração”, durante uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, Madre Teresa deparou com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. A partir disso, ela afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais pobres dos pobres.

Após um tempo de discernimento, com o auxílio do Arcebispo de Calcutá e de sua madre superiora, ela saiu de sua antiga congregação para dar início ao trabalho missionário nas ruas de Calcutá. Começou por reunir um grupo de cinco crianças, num bairro pobre, aos quais começou a ensinar numa escola improvisada. Pouco a pouco, o grupo foi crescendo. Dez dias depois, eram cerca de cinquenta crianças.

O início foi muito desafiador e exigente, mas Deus foi abençoando sua obra e as vocações começaram a surgir entre suas antigas alunas. Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação fundada por ela foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro anos mais tarde.

No ano de 1979 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Neste mesmo ano, o Papa João Paulo II a recebeu em audiência privada e a tornou sua melhor “embaixadora” em todas as nações, fóruns e assembléias de todo o mundo. Com saúde debilitada e após uma vida inteira de amor e doação aos excluídos e abandonados – reconhecida e admirada por líderes de outras religiões, presidentes, universidades e até mesmo por alguns países submetidos ao marxismo – Madre Teresa foi encontrar-se com o Senhor de sua vida e missão no dia 5 de setembro de 1997. Sua despedida atraiu e comoveu milhares de pessoas de todo o mundo durante vários dias.

Foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 19 de outubro de 2003, Dia Mundial das Missões. No dia 04 de setembro de 2016, foi canonizada pelo Papa Francisco. A canonização da missionária foi decidida após a Igreja Católica ter aprovado seu segundo milagre, a “cura extraordinária” de um brasileiro.


Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós!

Santo Eleutério

 Era homem de enorme simplicidade e compunção. Seus discípulos contavam que ele, com a oração, tinha ressuscitado um morto

Santo Eleutério (nome de origem grega que significa “livre”), nos é conhecido pelos Diálogos de S. Gregório Magno. Eleutério viveu no Séc. VII, religioso, era abade do mosteiro de S. Marcos Evangelista junto aos muros de Espoleto, lugar onde viveu também S. Gregório Magno que, antes de tornar-se Papa, tinha a Santo Eleutério na condição de “Pai venerável”.

Viveu em Roma muito tempo. Lá morreu também. Os seus discípulos contavam que ele, com a oração, tinha ressuscitado um morto. Era homem de enorme simplicidade e compunção. S. Gregório conta-nos o epísódio em que Santo Eleutério orou, juntamente com os outros irmãos do mosteiro, por uma criança que era atormentada pelo demônio. A criança foi liberta. 

Também o próprio S. Gregório narra em seus escritos as graças que alcançou para si, a partir da oração de intercessão de Santo Eleutério: “Mas eu pude experimentar pessoalmente a força da oração deste homem(…) Ouvindo a sua bênção, o meu estômago recebeu tal força que esqueceu totalmente a alimentação e a doença. Fiquei pasmado: como tinha estado! Como estava agora!”


Santo Eleutério, rogai por nós!

 

 São Lourenço Justiniano


 

Filho da nobre família Justiniano, Lourenço nasceu em Veneza, no dia 1º de julho de 1380. Desde cedo, já manifestava seu repúdio ao orgulho, à ganância e à corrupção que havia em sua terra natal. Na adolescência, teve uma visão da Sabedoria Eterna e decidiu dedicar-se à vida religiosa.

Sua única ambição era amar e servir a Deus. Procurando o aprimoramento espiritual, tornou-se um mendigo em sua cidade, chegando a esmolar na porta da casa de seus próprios pais. A vanguardista Veneza do século XV era um efervescente laboratório de reforma católica, destinado a produzir frutos preciosos. Um deles foi Lourenço Justiniano.

Aos dezenove anos de idade ele era considerado um modelo de virtude, austeridade e humildade. Em 1404, já diácono, uniu-se a outros sacerdotes e ingressou no Mosteiro de São Jorge, em Alga, para viver em comunidade com eles, depois reconhecidos como "Companhia dos Cônegos Seculares", pioneiros do esforço reformador. Tornou-se sacerdote em 1407 e dois anos depois foi eleito superior da Comunidade de São Jorge, em Alga.

Não era um bom orador, em contrapartida tornava sua pregação eficiente com sua dedicação ao mistério do confessionário, seu exemplo de humilde mendicante e seu trabalho de escritor incansável. Sua obra inclui livros para doutores e leigos, incluindo tratados teológicos e simples manuais de catequese. Os seus escritos trazem a matriz da idéia da "Sabedoria Eterna", eixo da sua mística, tanto para a perfeição interior como para a retidão da vida episcopal.

A contragosto, em 1433, foi consagrado bispo de Castelo, uma pequena diocese. Em 1451, o papa Nicolau V extinguiu essa diocese e consagrou Lourenço Justiniano primeiro patriarca de Veneza. Nessas administrações, deixou sua marca singular impressa com suas virtudes, sendo considerado um homem sábio, piedoso e caridoso, principalmente com os mais pecadores. Nesses cargos ergueu mais de quinze conventos e muitas igrejas, aumentando, assim, seu já enorme rebanho. Tornou-se um exemplo de pastor, amado por todos os fiéis, que obedeciam à sua pregação e ao seu exemplo no seguimento de Cristo.

Rodeado por seus amigos do clero em seu leito de morte, no dia 8 de janeiro de 1456, Lourenço Justiniano deixou, como mensagem aos cristãos, observar os mandamentos da lei de Deus. Depois de sua morte, muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão, por isso foi canonizado, no ano de 1690, pelo papa Alexandre VIII. Sua festa foi indicada para ser celebrada no dia 5 de setembro.

 São Lourenço Justiniano, rogai por nós


segunda-feira, 5 de setembro de 2022

5 de setembro - Santo do Dia

Santa Teresa de Calcutá

Santa Teresa de Calcutá dedicou toda sua vida aos mais pobres dos pobres

“Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz”.  Mais do que falar e escrever, Santa Teresa de Calcutá viveu este seu pensamento.

Nascida no dia 27 de agosto de 1910 em Skopje, na Albânia, foi batizada um dia depois de nascer. A sua família pertencia à minoria albanesa que vivia no sul da antiga Iugoslávia. Seu verdadeiro nome era Agnes Gonxha Bojaxhiu.

Pouco se sabe sobre sua infância, adolescência e juventude, porque ela não gostava de falar de si mesma. Aos dezoito anos, sentiu o chamado de consagrar-se totalmente a Deus na vida religiosa. Obtido o consentimento dos pais, e por indicação do sacerdote que a orientava, no dia 29 de setembro de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, situada na Irlanda.

O seu sonho, no entanto, era o trabalho missionário com os pobres na Índia. Cientes disso, suas superioras a enviaram para fazer o noviciado já no campo do apostolado. Agnes então partiu para a Índia e, no dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa tomando o nome de Teresa. Houve na escolha deste nome uma intenção, como ela própria dissera: a de se parecer com Teresa de Jesus, a humilde carmelita de Lisieux.
 

Santa Teresa de Calcutá, dedicou sua vida aos mais pobres 

Santa Teresa de Calcutá afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais pobres dos pobres


“Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz”.  Mais do que falar e escrever, Madre Teresa de Calcutá viveu este seu pensamento.
 

Foi transferida para Calcutá, onde seguiu a carreira docente e, embora vivesse cercada de meninas filhas das famílias mais tradicionais de Calcutá, impressionava-se com o que via ao sair às ruas: os bairros pobres da cidade cheios de crianças, mulheres e idosos cercados pela miséria, pela fome e por inúmeras doenças. No dia 10 de setembro de 1946, dia que ficou marcado na história das Missionárias da Caridade – congregação fundada por Madre Teresa – como o “Dia da Inspiração”, durante uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, Madre Teresa deparou com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. A partir disso, ela afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais pobres dos pobres.

Após um tempo de discernimento, com o auxílio do Arcebispo de Calcutá e de sua madre superiora, ela saiu de sua antiga congregação para dar início ao trabalho missionário nas ruas de Calcutá. Começou por reunir um grupo de cinco crianças, num bairro pobre, aos quais começou a ensinar numa escola improvisada. Pouco a pouco, o grupo foi crescendo. Dez dias depois, eram cerca de cinquenta crianças.

O início foi muito desafiador e exigente, mas Deus foi abençoando sua obra e as vocações começaram a surgir entre suas antigas alunas. Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação fundada por ela foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro anos mais tarde.

No ano de 1979 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Neste mesmo ano, o Papa João Paulo II a recebeu em audiência privada e a tornou sua melhor “embaixadora” em todas as nações, fóruns e assembléias de todo o mundo. Com saúde debilitada e após uma vida inteira de amor e doação aos excluídos e abandonados – reconhecida e admirada por líderes de outras religiões, presidentes, universidades e até mesmo por alguns países submetidos ao marxismo – Madre Teresa foi encontrar-se com o Senhor de sua vida e missão no dia 5 de setembro de 1997. Sua despedida atraiu e comoveu milhares de pessoas de todo o mundo durante vários dias.

Foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 19 de outubro de 2003, Dia Mundial das Missões. No dia 04 de setembro de 2016, foi canonizada pelo Papa Francisco. A canonização da missionária foi decidida após a Igreja Católica ter aprovado seu segundo milagre, a “cura extraordinária” de um brasileiro.


Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós!

Santo Eleutério

 Era homem de enorme simplicidade e compunção. Seus discípulos contavam que ele, com a oração, tinha ressuscitado um morto

Santo Eleutério (nome de origem grega que significa “livre”), nos é conhecido pelos Diálogos de S. Gregório Magno. Eleutério viveu no Séc. VII, religioso, era abade do mosteiro de S. Marcos Evangelista junto aos muros de Espoleto, lugar onde viveu também S. Gregório Magno que, antes de tornar-se Papa, tinha a Santo Eleutério na condição de “Pai venerável”.

Viveu em Roma muito tempo. Lá morreu também. Os seus discípulos contavam que ele, com a oração, tinha ressuscitado um morto. Era homem de enorme simplicidade e compunção. S. Gregório conta-nos o epísódio em que Santo Eleutério orou, juntamente com os outros irmãos do mosteiro, por uma criança que era atormentada pelo demônio. A criança foi liberta. 

Também o próprio S. Gregório narra em seus escritos as graças que alcançou para si, a partir da oração de intercessão de Santo Eleutério: “Mas eu pude experimentar pessoalmente a força da oração deste homem(…) Ouvindo a sua bênção, o meu estômago recebeu tal força que esqueceu totalmente a alimentação e a doença. Fiquei pasmado: como tinha estado! Como estava agora!”


Santo Eleutério, rogai por nós!

 

 São Lourenço Justiniano


 

Filho da nobre família Justiniano, Lourenço nasceu em Veneza, no dia 1º de julho de 1380. Desde cedo, já manifestava seu repúdio ao orgulho, à ganância e à corrupção que havia em sua terra natal. Na adolescência, teve uma visão da Sabedoria Eterna e decidiu dedicar-se à vida religiosa.

Sua única ambição era amar e servir a Deus. Procurando o aprimoramento espiritual, tornou-se um mendigo em sua cidade, chegando a esmolar na porta da casa de seus próprios pais. A vanguardista Veneza do século XV era um efervescente laboratório de reforma católica, destinado a produzir frutos preciosos. Um deles foi Lourenço Justiniano.

Aos dezenove anos de idade ele era considerado um modelo de virtude, austeridade e humildade. Em 1404, já diácono, uniu-se a outros sacerdotes e ingressou no Mosteiro de São Jorge, em Alga, para viver em comunidade com eles, depois reconhecidos como "Companhia dos Cônegos Seculares", pioneiros do esforço reformador. Tornou-se sacerdote em 1407 e dois anos depois foi eleito superior da Comunidade de São Jorge, em Alga.

Não era um bom orador, em contrapartida tornava sua pregação eficiente com sua dedicação ao mistério do confessionário, seu exemplo de humilde mendicante e seu trabalho de escritor incansável. Sua obra inclui livros para doutores e leigos, incluindo tratados teológicos e simples manuais de catequese. Os seus escritos trazem a matriz da idéia da "Sabedoria Eterna", eixo da sua mística, tanto para a perfeição interior como para a retidão da vida episcopal.

A contragosto, em 1433, foi consagrado bispo de Castelo, uma pequena diocese. Em 1451, o papa Nicolau V extinguiu essa diocese e consagrou Lourenço Justiniano primeiro patriarca de Veneza. Nessas administrações, deixou sua marca singular impressa com suas virtudes, sendo considerado um homem sábio, piedoso e caridoso, principalmente com os mais pecadores. Nesses cargos ergueu mais de quinze conventos e muitas igrejas, aumentando, assim, seu já enorme rebanho. Tornou-se um exemplo de pastor, amado por todos os fiéis, que obedeciam à sua pregação e ao seu exemplo no seguimento de Cristo.

Rodeado por seus amigos do clero em seu leito de morte, no dia 8 de janeiro de 1456, Lourenço Justiniano deixou, como mensagem aos cristãos, observar os mandamentos da lei de Deus. Depois de sua morte, muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão, por isso foi canonizado, no ano de 1690, pelo papa Alexandre VIII. Sua festa foi indicada para ser celebrada no dia 5 de setembro.

 São Lourenço Justiniano, rogai por nós


domingo, 25 de abril de 2021

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano 

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

4º Domingo da Páscoa

Anúncio do Evangelho (Jo 10, 11-18)
 
— O Senhor esteja convosco
— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a Vós, Senhor
 
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

Naquele tempo, disse Jesus: 11 “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. 12 O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. 13 Pois ele é apenas um mercenário que não se importa com as ovelhas.

14 Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15 assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas.16 Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.

17 É por isso que meu Pai me ama, porque dou a minha vida, para depois recebê-la novamente. 18 Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi de meu Pai”.

Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Ato de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus

Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai os vossos olhares sobre nós, humildemente prostrados diante de vosso altar. Nós somos e queremos ser vossos; e para que possamos viver mais intimamente unidos a Vós, cada um de nós neste dia se consagra espontaneamente ao vosso Sacratíssimo Coração.



Muitos nunca Vos conheceram; muitos desprezaram os vossos mandamentos e Vos renegaram. Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração.


Senhor, sede o Rei não somente dos fiéis que nunca de Vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei que eles tornem, quanto antes, à casa paterna, para que não pereçam de miséria e de fome.


Sede o Rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de Vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que em breve haja um só rebanho e um só pastor.


Sede o Rei de todos aqueles que estão sepultados nas trevas da idolatria e do islamismo, e não recuseis conduzi-los todos à luz e ao Reino de Deus.


Volvei, enfim, um olhar de misericórdia aos filhos do que foi outrora vosso povo escolhido; desça também sobre eles, num batismo de redenção e vida, aquele sangue que um dia sobre si invocaram.


Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que de um a outro pólo do mundo, ressoe uma só voz: Louvado seja o Coração divino, que nos trouxe a salvação! A Ele, honra e glória por todos os séculos dos séculos. 

Amém.

sábado, 12 de outubro de 2019

Igreja Católica quer recuperar rebanho perdido com recorde de canonizações

Neste domingo, 13, a freira baiana irmã Dulce se tornará a primeira santa nascida no Brasil — processo foi o terceiro mais rápido da história

Nota dos responsáveis pelo Blog Catolicismo Brasil: ' lembramos que ser católico não é um favor feito à Igreja Católica;

Ao contrário, é uma oportunidade que DEUS nos concede para a nossa Salvação eterna.'

“Beatíssimo Pai, a Santa Mãe Igreja pede a Vossa Santidade que inscreva a beata Dulce Pontes no Catálogo dos Santos e como tal seja venerada por todos os fiéis cristãos.” Com essa frase, dita em latim, o cardeal italiano Angelo Becciu, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, inaugurará, no Vaticano, às 10h15 (hora de Roma) do domingo 13, um momento histórico para o catolicismo brasileiro. Em seguida, o papa Francisco dará rápida anuência, oficializando a canonização da baiana Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes (1914-1992), a irmã Dulce, a primeira santa nascida no Brasil. Uma relíquia será levada ao altar — fragmentos do osso da costela da freira, cuidadosamente guardados num tubo transparente, colado numa pedra ametista em formato de coração. A missa, então, celebrará o nascimento de Santa Dulce dos Pobres, o epíteto pelo qual será conhecida. A consagração do “anjo bom da Bahia” terá sido a terceira mais rápida da história, apenas 27 anos depois de sua morte — perde para a santificação de Madre Tereza de Calcutá (dezenove anos após o falecimento da religiosa albanesa) e de João Paulo II (nove anos). A título de comparação, o processo do jesuíta espanhol José de Anchieta, o “apóstolo do Brasil”, vagou mais de 400 anos pelas gavetas da burocracia romana.

Para Francisco, a canonização de domingo, de irmã Dulce e outras quatro pessoas, é um gesto de coerência de seu pontificado, o da celebração da Igreja que se aproxima dos desvalidos — tanto a brasileira quanto a freira italiana Giuseppina Vannini, a indiana Mariam Thresia, a suíça Marguerite Bays e o inglês John Henry Newman, sacerdote anglicano convertido ao catolicismo no fim do século XIX, ostentaram em vida o permanente contato com as vozes humildes. Levá-los aos céus, para a veneração em terra, é uma tentativa de recuperação do rebanho perdido para o avanço das denominações evangélicas. Diz o sociólogo Francisco Borba, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da PUC de São Paulo: “Desde o Concílio Vaticano II, nos anos 60, há um esforço da Igreja de mostrar a ideia de que todos podem ser santos”. Francisco leva essa ideia, que alguns consideram populista, ao apogeu.
Não por acaso, o papa argentino é o que mais fez santos (veja o quadro) — são 898 em apenas seis anos de pontificado, incluindo uma canonização coletiva de 813 pessoas no terceiro mês de seu mandato. No documento Gaudete et Exsultate (Alegrai-vos e Exultai), de 2018, ele decretou: “Ser pobre no coração — isto é santidade”. Para Geraldo Hackmann, professor de teologia da PUC do Rio Grande do Sul, “do ponto de vista prático, a canonização fortalece a Igreja Católica, aproximando os fiéis”. Outra maneira de fortalecimento proposta por Francisco é a que está em discussão no Sínodo para a Amazônia, que se realiza em Roma até a próxima semana: a ordenação de homens casados, atalho para expandir o alcance da fé católica nos grotões.
DEVOÇÃO – O túmulo da freira, em Salvador: o número de visitantes saltou de 3 000 para 15 000 neste ano (PEDRO SILVEIRA/.)
No Brasil, o recente movimento de migração religiosa, de encolhimento do catolicismo, foi acachapante. Nas periferias, sobretudo, os líderes pentecostais se aproveitaram da ausência do Estado e da Igreja Católica para atuar como guias espirituais e promotores do assistencialismo. O Brasil ainda é a maior nação católica do mundo, com 123 milhões de seguidores, mas, mantida a tendência atual, em no máximo trinta anos católicos e evangélicos poderão estar empatados em tamanho na população. Em 1970, 92% dos brasileiros eram católicos — hoje, são 64%. Quem mais cresce são os evangélicos, que, em quase cinquenta anos, saltaram de 5% da população para 22%. “O impacto dessa mudança é grande para a Igreja Católica”, diz José Eustáquio Diniz, demógrafo da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. “A Rússia teve revolução e permaneceu ortodoxa. Os Estados Unidos, mesmo com a Guerra Civil, se mantiveram protestantes. Entre os países grandes, mudanças desse tipo só ocorreram em consequência de guerras e revoluções. No Brasil, a revolução é silenciosa.” Santa Dulce dos Pobres pode vir a ser o ímã de recuperação católica, e sua inspiradora trajetória tem força inigualável, capaz de reunir, num só personagem, humildade e perseverança, delicadeza e aspereza.

Em nome dos pobres e dos doentes, a mulher de 1,48 metro era gigante. Criou um dos maiores complexos de saúde do Brasil, o Hospital Santo Antônio, em Salvador, que hoje faz 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano, gratuitamente. Ela atraía atenção, carinho e dinheiro de políticos e empresários como Antonio Carlos Magalhães e Norberto Odebrecht. Nascida numa família de classe média (filha de dentista e professor), tinha uma afeição espantosa pelos miseráveis. Certa vez, foi alimentar um morador de rua. Na primeira colherada, ele cuspiu a comida na cara da religiosa. Dulce reagiu: “A primeira colher era para mim mesmo, agora coma você”. Invadiu casas para abrigar gente que morava nas ruas. Foi afastada de sua congregação, a das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em razão de suas atividades, que não seguiam regras tradicionais.

LIBERAL – O papa no Sínodo para a Amazônia: atalho para atrair mais gente (Remo Casilli/Reuters)
Era natural, quase vocacional, que o mundo ao redor de Dulce a levasse ao vestibular da Congregação para a Causa dos Santos. Seus seguidores sabem, de cor e salteado, os dois milagres que a tornaram santa — a hemorragia subitamente estancada da funcionária pública sergipana Claudia Cristina dos Santos, que sofreu durante dezoito horas depois do parto e se salvou ao ouvir orações de seguidores de irmã Dulce, e a cegueira rapidamente solucionada do maestro baiano José Mauricio Moreira, que conviveu catorze anos com um glaucoma e recuperou a visão ao esfregar a imagem da freira nos olhos. A dupla de eventos, reconhecida pelo Vaticano, é apenas a pequena ponta de um imenso iceberg. “Desde a morte de irmã Dulce, cerca de 13 000 relatos de supostos milagres chegaram às Obras Sociais Irmã Dulce”, diz Osvaldo Gouveia, museólogo da entidade inaugurada pela freira. Eles são enviados por e-mail ou cartas de todo o país. Bahia, Minas Gerais e São Paulo são os estados que mais encaminham testemunhos de fé. Alguns foram rapidamente descartados no processo de canonização, por improváveis — outros seguiram adiante, para o escrutínio oficial, e, por alguma impossibilidade de confirmação religiosa, permaneceram apenas no coração e nas lembranças dos salvados.

 A reportagem de VEJA selecionou quatro histórias, entre as dezenas de milhares propostas, de pessoas que acreditam ter recebido um milagre ao rezar a irmã Dulce, relatos colhidos nas cidades paulistas de Santo André, Santa Bárbara d’Oeste e Jaguariúna, que abriga a primeira paróquia dedicada a Dulce no país (leia abaixo).
Não é fácil ser santo, e irmã Dulce entrou numa engrenagem que talvez seja a mais severa (e fascinante) da Igreja. Na Antiguidade, quase todo mártir cristão era alçado à condição de santo. Não havia regras, daí o número de 27 000 santos listados. No século XVI, o papa Sisto V determinou que apenas o sumo pontífice poderia conceder o definitivo nihil obstat (nenhuma objeção, em latim).

Um único processo de santificação poderia custar 750 000 euros, para análise de postulados, pagamento de traduções, contratação de médicos — sim, todo milagre só é aceito desde que a medicina seja incapaz de explicar recuperações do corpo humano — e, em casos escandalosos, o pagamento de pareceres. Quatro meses depois das denúncias, o papa Francisco criou novas regras para o rito. Em 2016, ele definiu que toda contribuição para qualquer processo de canonização tem de ser depositada numa única conta e gerenciada por um único administrador, que deve “escrupulosamente respeitar as intenções dos contribuintes”. Irmã Dulce foi canonizada sem nenhum atalho irregular. Em depoimento ao jornalista Graciliano Rocha, no livro Irmã Dulce, a Santa dos Pobres (Editora Paralela), o banqueiro Ângelo Calmon de Sá estima que a causa tenha custado 1 milhão de reais entre 1999 e dezembro de 2010, momento da beatificação anunciada por Bento XVI. O dinheiro veio de doações.

A iniciativa de Francisco, moralizadora, segue a trilha inaugurada por João Paulo II — de simplificação e transparência na estrada que vai dar nos santos (embora, ressalve-se, nem sempre bem-sucedida). Na Constituição Apostólica Divinus Perfectionis Magister, de 1983, o papa polonês determinou mudanças fundamentais. A principal: o número de milagres para a beatificação caiu de dois para um, e o da canonização, de quatro para dois. Além disso, dentro da estrutura da Santa Sé, a definição dos santos deixou de ser a briga eterna entre os defensores das causas e os chamados “advogados do diabo” e passou a se espelhar nos processos acadêmicos, de concessão de doutorados. Nas palavras do padre americano Richard Gribble, “era um julgamento e agora é uma investigação”. Longa, mas necessária — e interessante demais para ser desdenhada.

Depois da morte do candidato, uma petição formal é submetida a Roma para os passos inaugurais da beatificação (no caso de irmã Dulce, os primeiros papéis pousaram em Roma em janeiro de 2000). Com a aprovação, a diocese local indica um postulador, o encarregado de reunir os testemunhos, de reconstruir a vida do pretendente (o advogado de Dulce foi o teólogo calabrês Paolo Vilotta, de 37 anos, sempre muito bem-vestido e permanentemente calado). O passo seguinte é a exumação do corpo, modo de garantir que a pessoa existiu (dali foram extraídos os fragmentos ósseos da baiana levados a Francisco). Com o material reunido, o relator finaliza o positio, peça derradeira de defesa da postulação, submetida aos cardeais da Congregação para a Causa dos Santos, que então se debruçam sobre os supostos milagres, convocando médicos especialistas — pelo menos sete. Um milagre tem de ser preternatural (quando a ciência não é capaz de explicá-lo), instantâneo (acontecer imediatamente após a oração), duradouro e perfeito.

Na visão do Vaticano e dos fiéis, os santos e as santas levam a Deus as súplicas de seus semelhantes. Feita santa, Irmã Dulce dos Pobres tem pela frente um desafio, que, se não pode ser considerado milagroso, porque seria desrespeitoso imaginá-lo assim, é árduo: iluminar os caminhos para a Igreja Católica no Brasil. Essa talvez seja sua grande missão a partir deste domingo, 13, dia em que Francisco, o papa simples, vai canonizá-la.

“irmãzinha, me livre dessa dor”

 (Egberto Nogueira/ímã Foto Galeria/.)
“Eu tinha a síndrome do túnel do carpo, doença que incapacita os movimentos do braço pela dor que causa. Os sintomas iam de formigamento a uma dor lancinante, que vinha e voltava. Um dia, o médico disse que não havia mais solução, só operando. Mas tive de me submeter antes a uma outra cirurgia. Em recuperação desse procedimento, senti a pior dor da minha vida. Chorava como criança. Por uma razão inexplicável, me veio à cabeça a beata Dulce: “Por favor, irmãzinha Dulce, me livre dessa dor”, rezei, e rezei. Nunca tinha rezado a ela. A dor sumiu na hora. Isso foi há treze anos, e a dor nunca mais voltou. Hoje eu participo de grupos de pescaria, pesco peixe de 2,5 quilos. Foi um milagre.”

Carmelita Bedin, 81 anos. Santo André (SP)

“Ela apareceu para mim”

 (Egberto Nogueira/ímã Foto Galeria/.)
“Em 2014, minha mulher teve de se submeter a uma cirurgia arriscada. Ela podia ter uma inflamação no pâncreas. Decidimos pela operação. Durante o procedimento, tive a forte sensação de que eu iria perdê-la. Coloquei as mãos no rosto e vi, de olhos fechados, a imagem de uma mulher baixinha com um pano na cabeça. Ela me falou: “Pode ficar tranquilo, estou cuidando dela”. Minutos depois, soube que operação tinha sido bem-sucedida. Após alguns dias, ao ver uma foto de irmã Dulce no jornal, percebi que a pessoa que havia aparecido para mim era ela. Foram dois milagres: ela salvou minha mulher e me deu uma fé inabalável.”

Pedro Florentino, 58 anos, e a mulher, Aparecida, 52. Santa Bárbara d’Oeste (SP)

“Meu neto tem uma vida normal”

 (Egberto Nogueira/ímã Foto Galeria/.)
“Quando minha filha engravidou pela terceira vez, fiquei muito preocupada. Seu útero tinha varizes. Ela poderia ter hemorragias. O médico havia desaconselhado a gestação, inclusive. Mas o problema que aconteceu foi outro. Ao ver meu neto, Luís Otavio, minutos depois do nascimento, percebi que ele estava um pouco mais roxinho que o normal. Conversei com os médicos, e eles disseram que ele tinha nascido sem um pedaço grande do intestino e que a única solução seria operá-lo. Disseram também que dificilmente ele suportaria a cirurgia. Tinha apenas doze horas de vida. Na hora fui à capelinha do hospital e pedi à beata Dulce que tivesse misericórdia do meu netinho. Ele não só sobreviveu como tem uma vida normal. Os médicos ficaram impressionados. Ele foi abençoado por um milagre. Não consigo dizer o nome da minha santa sem chorar.”

Ieda Vilma da Silva Borgognoni, 75 anos, com a filha Daniele, 37, e o neto Luís Otavio, 1 ano e 7 meses. Jaguariúna (SP)

“As bonecas espalham fé”



“Meu pai tinha Parkinson. Cheguei a deixar minha cidade para ficar com ele, em São Paulo. Durante uma internação, ouvi dos médicos que não havia mais nada a fazer. Eles me pediram autorização para dar uma injeção que o levasse ao fim. Não entendo de medicina, sabia que seu estado era grave, mas senti que não era a hora de ele ir embora. Eu não disse nada. Simplesmente rezei à irmã Dulce, de quem sou devota há muito tempo, com todo o fervor. Pedi simplesmente que meu pai nos deixasse apenas na hora certa. No dia seguinte, o médico que cuidava dele foi substituído no hospital — e o novo doutor teve outra postura. Meu pai viveu por mais dois anos. Hoje passo o dia fazendo bonecas da minha santinha para dar de presente a amigos e parentes.”
Isaura Nogueira, 63 anos. Jaguariúna (SP)

Transcrito da  Revista VEJA, edição nº 2656

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Ato de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus


Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai os vossos olhares sobre nós, humildemente prostrados diante de vosso altar. Nós somos e queremos ser vossos; e para que possamos viver mais intimamente unidos a Vós, cada um de nós neste dia se consagra espontaneamente ao vosso Sacratíssimo Coração.

 


Muitos nunca Vos conheceram; muitos desprezaram os vossos mandamentos e Vos renegaram. Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração.

 

Senhor, sede o Rei não somente dos fiéis que nunca de Vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei que eles tornem, quanto antes, à casa paterna, para que não pereçam de miséria e de fome.

 

Sede o Rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de Vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que em breve haja um só rebanho e um só pastor.

 

Sede o Rei de todos aqueles que estão sepultados nas trevas da idolatria e do islamismo, e não recuseis conduzi-los todos à luz e ao Reino de Deus.

 

Volvei, enfim, um olhar de misericórdia aos filhos do que foi outrora vosso povo escolhido; desça também sobre eles, num batismo de redenção e vida, aquele sangue que um dia sobre si invocaram.

 

Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que de um a outro pólo do mundo, ressoe uma só voz: Louvado seja o Coração divino, que nos trouxe a salvação! A Ele, honra e glória por todos os séculos dos séculos. 

Amém.


 

domingo, 3 de junho de 2018

Ato de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus

Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai os vossos olhares sobre nós, humildemente prostrados diante de vosso altar. Nós somos e queremos ser vossos; e para que possamos viver mais intimamente unidos a Vós, cada um de nós neste dia se consagra espontaneamente ao vosso Sacratíssimo Coração.

 


Muitos nunca Vos conheceram; muitos desprezaram os vossos mandamentos e Vos renegaram. Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração.

 

Senhor, sede o Rei não somente dos fiéis que nunca de Vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei que eles tornem, quanto antes, à casa paterna, para que não pereçam de miséria e de fome.

 

Sede o Rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de Vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que em breve haja um só rebanho e um só pastor.

 

Sede o Rei de todos aqueles que estão sepultados nas trevas da idolatria e do islamismo, e não recuseis conduzi-los todos à luz e ao Reino de Deus.

 

Volvei, enfim, um olhar de misericórdia aos filhos do que foi outrora vosso povo escolhido; desça também sobre eles, num batismo de redenção e vida, aquele sangue que um dia sobre si invocaram.

 

Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que de um a outro pólo do mundo, ressoe uma só voz: Louvado seja o Coração divino, que nos trouxe a salvação! A Ele, honra e glória por todos os séculos dos séculos. 

Amém.


 

sábado, 16 de abril de 2016

É Deus quem nos santifica!

Deus nos criou para Ele; somos as ovelhas do Seu rebanho, diz o Salmista (Sl 99,3). São Paulo disse aos Efésios que “Cristo Deus nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e íntegros diante Dele, no amor” (Ef 1,4).
 
E mais ainda: “Nos predestinamos à adoração como filhos, por obra de Jesus Cristo, para o louvor de sua graça gloriosa, em que nos agraciou no seu amado” (v.6).
Não foi sem razão que Santo Irineu de Lião disse, no segundo século, que “o homem é a glória de Deus”.

Fomos criados para a Sua glória (“Laudem gloriae”). Por isso fomos criados à imagem e semelhança de Deus; à imagem de Jesus Cristo. Mas infelizmente, o pecado original desfigurou em nós essa bela imagem humana e divina.

E o Cristo veio a Terra para que ela possa ser restaurada em cada um de nós.
Para isso Jesus “armou a Sua tenda entre nós”, e vive entre nós. Ele continua a caminhar conosco pela Igreja, pelos Sacramentos, e está em toda parte nos Sacrários para continuar essa obra de refazer a Sua imagem em cada um de Seus irmãos feridos pelo pecado.

Só Deus nos conhece profundamente e, por isso, só Ele pode ser o nosso restaurador. O salmista fala com toda clareza:
“Senhor, Tu me examinas e me conheces, sabe quando me sento e me levanto.
Penetras de longe os meus pensamentos, distingues meu caminho e meu descanso, sabe todas as minhas trilhas…
Por trás e pela frente me envolves e pões sobre mim a Tua mão.
Para onde irei longe do Teu espírito? Para onde fugirei de Tua presença?…
Foste Tu que criaste minhas entranhas e me tecestes no seio de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste maravilhoso; são admiráveis as Tuas obras; e Tu me conheces por inteiro…
Ainda embrião, os Teus olhos me viram, e tudo estava escrito em Teu livro… (Sl 13).


Porque nos conhece completamente, só Deus pode restaurar em nós a Sua imagem em nós danificada pelos pecados. E Ele faz isso porque nos ama. Nós não somos capazes, não temos poder e sabedoria, para operar a nossa santificação; só Deus.

Então, o que nos resta fazer? Entregar-se dócil nas Suas mãos; e silencioso deixar que o Artista possa esculpir nossa pedra bruta a Sua imagem novamente. Só o homem recebeu de Deus o maravilhoso e assustador privilégio de atingir o seu fim pela livre escolha da sua vontade. Os animais e plantas não tem essa liberdade.

Se o homem, livremente, se abandonar nas mãos do Seu Criador e se conformar com Sua disposição divina, alcançará o fim para o qual foi criado: participar da vida bem aventurada de Deus (Cat. nº1).

Deus nos conduz para o nosso destino Nele. Não é uma glória para nós saber que Deus se ocupa de nós, débil criatura? Devo, então, reconhecer o Seu soberano domínio sobre mim, e entregar-me a Ele sem reservas. Ele é o meu fim. Devo viver em relação a meu Deus numa dependência absoluta e universal. É previsto que eu o siga em cada instante de minha vida, que me abandona à sua direção, que o deixa despir de mim como bem desejar.

Deus já traçou o caminho para cada um de nós chegar ao Céu, mas só Ele pode nos conduzir por esse caminho. Cada pormenor de nossa vida Ele já conhecia desde toda a eternidade.
Basta-me deixar que Ele me conduza por esse caminho suave. São eternos os desígnios de Deus sobre mim. Às vezes a gente se ilude querendo traçar o próprio caminho da santidade, às margens do desígnio de Deus. Ficamos sonhando com uma perfeição ou cruzes que não são para nós. É no decorrer do tempo, no dia a dia de nossa vida, lentamente, que Deus vai nos revelando o destino que Ele concebeu para nós.

Todos os acontecimentos, doenças, fracassos e vitórias, são guiados pela divina Providência amorosamente. A mim cabe, amar o meu Deus, aceitar seu trabalho em mim, e adorá-lo no abandono da fé.  Não me cabe lamentar e nem lamuriar, amaldiçoar ou blasfemar, mas apenas obedecer humildemente e alegremente. Que alegria saber que Deus cuida de mim.
Não me compete perguntar a Ele as razões da Sua conduta para comigo. A criança não pergunta ao pai para onde ele a está levando.

Deus não me deve explicação alguma! Por que eu nasci nesta data, neste lugar, neste país, desses pais, com esta cor e com este físico. Ele sabe que a minha beleza está na alma invisível e imortal; o corpo é apenas uma casca que um dia vai deixá-la. Não posso me agarrar a esta casca, senão perecerei rapidamente com ela. Deus tem eternos desígnios sobre mim. Devo aceitá-los e santificar-me nessas circunstâncias.

Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Santo do dia - 17 de outubro

Santo Inácio de Antioquia

Inácio, “o teóforo” (aquele que conduz a Deus, como ele mesmo gostava de ser chamado), bispo do coração ardente (Inácio — Ignatius — quer dizer precisamente “fogo”) —, ficou na memória dos cristãos de todos os tempos por causa das inusitadas expressões de amor dirigidas a Cristo e à Igreja, as quais se leem nas cartas escritas durante a viagem que, de Antioquia, devia levá-lo a Roma, para ser dado como pasto às feras — vítima ilustre da perseguição de Trajano.

Inácio ocupava desde o ano 79 a sede episcopal de Antioquia — a metrópole síria, terceira em ordem de grandeza no vasto Império Romano —, e o historiador Eusébio de Cesaréia o tem na conta de sucessor imediato de são Pedro.

Informa-nos de que “Inácio foi mandado da Síria a Roma para ser lançado como alimento às feras, por causa do testemunho dado por ele de Cristo. Realizando sua viagem pela Ásia, sob a custódia rígida de uma guarda numerosa, nas cidades onde parava, ia consolidando as igrejas com pregações e admoestações...”

De Esmirna, onde era bispo seu jovem amigo Policarpo, escreveu às igrejas de Éfeso, Magnésia e Tralli, confiando as cartas aos respectivos bispos — Onésimo, Dama e Políbio —, que haviam acorrido a fim de o encontrar para uma última saudação.

Chegado a Trôade, Inácio escreveu outras cartas, entre as quais uma a Policarpo, para confiar-lhe seus fiéis de Antioquia, a fim de que a grei não ficasse muito tempo sem pastor: “Onde está o bispo, aí esteja a comunidade, assim como onde está Cristo Jesus, aí está a Igreja católica”.


Esta última expressão, destinada a passar para a história, parece ter sido cunhada por ele, juntamente com a palavra “cristianismo”.

A viagem, depois da travessia de Durazo a Bríndisi, prosseguiu pela via Ápia até Roma, onde terminou seus dias no anfiteatro, devorado pelas feras, apesar de a comunidade cristã ter-se empenhado em poupar-lhe a pena capital. Mas ele desejava ardentemente o martírio: “Deixai-me ser alimento das feras, pelas quais me será dado desfrutar Deus. Eu sou o trigo de Deus: é preciso que ele seja triturado pelos dentes das feras a fim de ser considerado puro pão de Cristo”.

Para não ser incômodo a ninguém, almejava encontrar sepultura no ventre de alguma fera esfaimada. É provável que os fiéis tenham conseguido subtrair os restos de seu corpo martirizado até o extremo ultraje, pois desde a Antiguidade os cristãos de Antioquia veneram seu sepulcro, situado às portas da cidade, e celebram sua memória em 17 de outubro (dia adotado no novo calendário em lugar de 1º de fevereiro).



Santo Inácio de Antioquia, rogai por nós!


São Rodolfo
 
Rodolfo nasceu no ano 1034, em Perugia, Itália. A sua família pertencia à nobreza local e era muito influente na Corte. Mas motivada pelas pregações do monge Pedro Damião, decidiu abandonar os hábitos mundanos e retornar o caminho do seguimento de Cristo. Esse monge fundara um mosteiro de eremitas na vizinhança de Fonte Avelana e a fama de sua santidade corria veloz no meio do mundo cristão.

Com a morte do pai, Rodolfo e seu irmão Pedro abriram mão da herança em favor da mãe e de João, o irmão caçula, para ingressarem no mosteiro de Pedro Damião. Porém, algum tempo depois, mãe e irmão caçula também optaram pela vida religiosa daquela comunidade, que os acolheu após doarem toda a fortuna da família para a Igreja.

Fonte Avelana tornara-se um verdadeiro viveiro de eremitas, pois desse mosteiro saíram os grandes renovadores da Igreja. Dentre eles, os três irmãos: Rodolfo, Pedro e João, discípulos de Pedro Damião, hoje celebrado como santo e doutor da Igreja. Nessa nova comunidade religiosa, a vida era simples, voltada apenas ao trabalho, à caridade aos pobres e doentes, dedicada à penitência e à oração contemplativa. No período medieval, foi um verdadeiro oásis que surgiu para a revitalização da vida monástica, uma vez que a Igreja ocidental vivia um grande desgaste com os conflitos internos, causados pela ambição e a ganância dos bispos e sacerdotes, mais interessados nos bens mundanos do que na condução do rebanho do Senhor.

Aos vinte e cinco anos de idade, Rodolfo recebeu a ordenação sacerdotal e, mesmo a contragosto, foi consagrado bispo de Gubio, cidade próspera e rica da região. Porém era uma diocese muito problemática para a Igreja. Os bispos anteriores haviam instituído o que se chamou de "ressarcimento", isto é, os sacramentos eram condicionados a pagamentos e não aos méritos ou à vocação religiosa. Enquanto alguns sacerdotes pediam dinheiro para a absolvição dos pecados, outros queriam comissões para ordenar os sacerdotes.

Rodolfo assumiu o posto e combateu tudo com firmeza, dentro do exemplo de fiel pastor. Vestia-se sempre com as mesmas roupas, velhas e surradas, fosse qual fosse o tempo ou a estação. Comia pouco, impondo-se um severo jejum. Dormia quase nada, mantendo-se em vigília constante, na oração e penitência. Percorria toda a diocese, e mantinha-se incansável, sempre pronto a atender os pobres, doentes e abandonados. Tornou-se o exemplo de humildade e de caridade cristã, um verdadeiro sacerdote da Igreja. Apenas com seu comportamento ele conseguiu recolocar Gubio no verdadeiro caminho do amor a Cristo e à Virgem Santíssima.

Foram cinco anos dedicados à diocese de Gubio, durante os quais participou do Concílio Romano, em 1059, como seu bispo. Rodolfo morreu jovem, com apenas trinta anos de idade, em 26 de junho de 1064, consumido pela fadiga e vida excessivamente austera. Entretanto a sua obra não chegou a ser interrompida, pois foi substituído por seu irmão João, que seguiu o seu exemplo de bispo benevolente com o rebanho, mas rigoroso consigo mesmo.

A figura do bispo Rodolfo tornou-se conhecida através da carta escrita por seu mestre, Pedro Damião, para comunicar sua morte ao papa Alexandre II. Nela, foi descrito como um homem de profundo espírito religioso e possuidor de grande cultura teológica e bíblica. A única pessoa a quem confiava seus escritos para serem corrigidos de possíveis distorções da doutrina católica e para a correta interpretação do Evangelho.

As relíquias de são Rodolfo, guardadas na Catedral de Gubio, foram destruídas durante as reformas executadas em 1670. Entretanto isso nada significou para seus devotos, que continuam a comemorá-lo no dia 17 de outubro, data oficial da sua festa. 


São Rodolfo, rogai por nós!
 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Santo do dia - 28 de maio

São Germano de Paris


Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão.

Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.

Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.

Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. 

Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.

Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.

Entrementes não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Freqüentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade. 

São Germano de Paris, rogai por nós!