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domingo, 10 de julho de 2016

Santo Terço: rezando (e vivendo) mais intensamente

Dicas para rezar (e viver) o Santo Terço mais intensamente

Acredite: você nunca mais vai rezar o terço de maneira monótona depois de ler isso


Como católico, confesso que Maria é o meu ponto fraco. Sempre que preciso pedir reforços para alcançar graças do céu, Ela é sem dúvida minha mediadora favorita.

Mesmo sendo capaz de conceber perfeitamente em minha mente que Maria é um ser humano como seu, às vezes no meu coração sinto como se ela estivesse em uma categoria muitíssimo superior à minha, e é difícil imaginar como Ela poderia entender o que acontece no meu dia a dia.

O terço já me confortou enormemente em incontáveis momentos de intenso sofrimento, mas também já me deu a sensação de estar, às vezes, muito distante de Maria. Graças a Deus, como sou um hipster católico em busca constante das esquisitices mais alucinantes da nossa fé, acabei encontrando uma oração meditativa alternativa que significou para mim um giro de 180 graus: o Terço Servita ou Terço das Sete Dores – era justamente aquilo de que eu precisava!

Este terço tem sua origem na Ordem dos Servitas e se centra nas Sete Dores da Santíssima Virgem Maria. A viagem na qual embarcamos à medida em que vamos passando as contas do terço pelos dedos tem uma capacidade incrível de nos aproximar profundamente da Santa Mãe de Deus, para que Ela nos acompanhe durante a vida diária.

1ª dor: Profecia de Simeão
Poucos dias após o nascimento do meu primeiro filho, minha esposa passou uma noite extremamente difícil, que acabou em uma visita urgente ao nosso médico. Uma vez lá, nos deram a notícia de que nosso filho seria internado no hospital para passar a noite em observação. Escutar estas palavras foi algo assustador.

A Bíblia não documenta nenhuma das batalhas de Jesus com as doenças da infância, mas sim registra como Simeão conta a Maria que seu bebê seria causa de queda e levantamento para muitos em Israel, e que sua própria alma, a de Maria, seria atravessada por uma espada de dor por causa dele. Maria com certeza conhece os temores dos pais e mães.

2ª dor: Fuga ao Egito
Você já viveu algum desses momentos nos quais está sozinho no frio, seja literal ou emocionalmente? Sabe esses momentos em que você sente que não é bem-vindo, inclusive entre seus amigos e familiares mais próximos, simplesmente porque seus passos o levam numa direção diferente? Maria passou pela mesma coisa: isolada e sem apoios, a não ser o consolo de Deus, do seu marido e do seu filho.

3ª dor: Jesus perdido no templo
Pense naquele frio na barriga, naquele medo vertiginoso que você sente quando perde seu filho de vista em um lugar público, mesmo que seja somente por alguns segundos, seguido desse vazio e dessa culpa que substituem inevitavelmente o pânico uma vez que você verifica onde seu filho está. Isso certamente foi apenas um instante, coisa de nada, mas o remorso dura muito: “Como eu pude ser tão descuidado(a)?”. Maria passou pela mesma situação, durante longos 3 dias, e num contexto muito mais grave.

4ª dor: Encontro de Jesus e Maria no caminho do calvário
Como profissional de saúde mental, já ofereci meu apoio a muitos pais na hora de enfrentar certas situações dos seus filhos: perceber que os filhos ainda não chegaram ao fundo do poço e não estão preparados para receber a ajuda necessária; ver que chegou a hora de deixá-los partir; permitir que tenham a liberdade de fracassar por completo, com a esperança de poder voltar a levantar-se renovados.

A confrontação nestes casos é muito difícil, porque é assustador, desgarrador sentir-se impotente frente aos problemas de um filho. Não há nada pior que isso. Maria sabe o que significa ser uma testemunha impotente da dor nos olhos do seu Filho. Assim, não existe companhia melhor que a sua quando chegam a nós momentos terríveis desse tipo.

5ª dor: Crucificação
Você já teve de suportar alguma vez a insuportável e indescritível dor de perder um filho ou uma filha, por morte, distanciamento ou perda? Não há nada que nos console humanamente. Mas Maria está aí, chorando ao seu lado.

6ª dor: Jesus é retirado da cruz
Esse dia chega para todos: o dia do sofrimento mais obscuro, quando você precisa enfrentar algo e carregá-lo sobre os ombros; algo tão pesado que você acha que não vai conseguir seguir em frente; um dia no qual não há nada além de uma dor lacerante e um futuro que parece vazio e sem sentido. Maria, após receber o frágil corpo ensanguentado do seu Filho, entende muito bem o que é isso.

7ª dor: Sepultura de Jesus
Todos nós conhecemos o final: “Vocês terão sofrimento no mundo, mas sejam corajosos: eu venci o mundo!”. Jesus ganha, é verdade. Mas mesmo assim acabamos nos esquecendo disso; mortes, dificuldades financeiras, abortos espontâneos, conflitos no casamento, problemas no trabalho… É difícil encontrar esperança em meio a tão árduos momentos, e a única vontade que temos é de nos render.

Maria certamente se sentiu assim também enquanto carregava o corpo do seu Filho. Não sabemos se nesse momento Ela sabia que a Páscoa da Ressurreição estava a ponto de chegar; mas o que Ela certamente sabia melhor que ninguém era o quão difícil pode ser para nossos corações enxergar algo além da Sexta-Feira Santa.

Conclusão
Certamente, Maria pode parecer estar tão acima de nós, que fica fora do nosso alcance. Mas se dedicarmos um momento a refletir sobre tudo o que Ela padeceu durante a vida, começaremos a ver com clareza que Nossa Senhora realmente entende tudo o que estamos vivendo e sofrendo.

O Terço Servita me ajudou a ver isso com clareza, e a confiar em que, se eu persistir, Ela virá com carinho, segurará minha mão e me guiará de volta para casa.
(Tommy Tighe é um hipster católico, esposo e pai de quatro filhos)

Fonte: Aleteia

 

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

15º Domingo do Tempo Comum 

Evangelho segundo S. Lucas 10,25-37.
Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei e perguntou a Jesus para O experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para receber como herança a vida eterna?».
Jesus disse-lhe: «Que está escrito na Lei? Como lês tu?».
Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo».
Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás». 
Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: «E quem é o meu próximo?».
Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio-morto.
Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante.
Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou também adiante.
Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão.
Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei quando voltar’.
Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?».

O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: Então vai e faz o mesmo».

Comentário do dia:  São Severo de Antioquia (c. 465-538), bispo
Homilia 89
Cristo sara a humanidade ferida

Passou por ali um samaritano. […] É propositadamente que Cristo dá a Si próprio o nome de Samaritano, Ele a quem tinham dito, para O insultarem: «Tu és um samaritano e estás possesso do demônio» (Jo 8,4). […] O viajante samaritano que era Cristo – porque Ele era de fato um viajante – viu a humanidade caída por terra. E não passou ao largo, porque a razão pela qual empreendera essa viagem era «visitar-nos» (Lc 1,68, 78), a nós, por causa de quem Ele desceu à terra e entre quem habitou. Porque Ele «fez a sua aparição na terra, onde permaneceu entre os homens» (Bar 3,38). […]

Sobre as nossas chagas derramou vinho, o vinho da Palavra, e, como a gravidade dos ferimentos não suportava toda a força desse vinho, misturou-o com o óleo da sua ternura e do «seu amor pelos homens» (Tit 3,4). Em seguida, conduziu o homem à estalagem, ou seja, à Igreja, que se tornou o lugar de habitação e de refúgio de todos os povos. Uma vez chegados à estalagem, o bom samaritano teve para com aquele que tinha salvado uma solicitude ainda maior; o próprio Cristo ficou na Igreja, concedendo-lhe todas as graças. […] E, ao partir – isto é, ao subir ao céu –, deixou ao dono da estalagem, que é símbolo dos apóstolos, dos pastores e dos doutores que Lhe sucederam, duas moedas de prata, para que ele cuidasse do doente. Estas duas moedas são os dois Testamentos, o Antigo e o Novo, o da Lei e dos profetas, e aquele que nos foi dado pelos Evangelhos e pelos escritos dos apóstolos. Ambos provêm do mesmo Deus, exibindo ambos a imagem deste único Deus das alturas, tal como as moedas de prata exibem a imagem do rei, e imprimem nos nossos corações a mesma imagem real por meio das santas palavras, dado que foi um só e mesmo Espírito que as pronunciou. Trata-se de duas moedas de um único rei, deixadas ao mesmo tempo e a título igual por Cristo ao dono da estalagem.

No último dia, os pastores das igrejas santas dirão ao Senhor que há de vir: «Senhor, confiaste-me dois talentos, aqui estão outros dois que ganhei», por via dos quais fiz aumentar o rebanho. E o Senhor há de responder-lhes: «Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor» (Mt 25,22-23). 

Santo do dia - 10 de julho

Santo Antônio Percierskij

Antônio, que antes se chamava Antipas, nasceu na Ucrânia no ano de 983. Percierskij, na realidade, não é o seu sobrenome, mas sim um apelido e tem um significado: "da gruta". Trata-se de uma referência à cela, escavada por ele mesmo, no vale de Dnjepr, próximo a Kiev, que deu origem à vida monástica russa.

Antônio "da gruta", desde a adolescência, sempre buscou a solidão das cavernas, típicas de sua região, para suas orações contemplativas. Depois viveu, até os quarenta e cinco anos de idade, peregrinando solitário pelos inúmeros mosteiros do monte Athos, na Grécia. Os registros indicam que ele permaneceu alguns anos no mosteiro de Esphigmenon, quando decidiu continuar a vida de penitência e oração na sua pátria. Foi assim que escavou a primeira gruta em Kiev.

Logo surgiram muitos seguidores, e curiosos, que se sentiam atraídos pelos ensinamentos e pela fama de santidade daquele homem de oração e penitência. Todos queriam aprender com o monge sábio e justo, que nunca se mostrava irritado. Era um homem manso e silencioso, pleno de misericórdia com todos. Essa sua personalidade foi muito bem retratada pelo fiel discípulo Nestor, ao escrever "Histórias dos tempos passados".

Contudo Antônio insistia em viver solitário, enquanto os seus seguidores formavam uma comunidade. Com sua permissão, foram construindo várias celas pela região e, depois, uma primeira igreja. Assim, em 1051, surgiu o "Mosteiro das Grutas", cuja arquitetura foi projetada integrando as grutas escavadas por esses monges primitivos.

Esse mosteiro se tornou um dos centros religiosos mais importantes de toda a Rússia. A sua comunidade se tornou famosa pela caridade, instrução, prestígio cultural e pelo esplendor da liturgia ortodoxa cristã. Além das belas igrejas que iam surgindo, consideradas verdadeiras obras de arte da arquitetura eslava. Antônio não desejava dirigir todo esse movimento, mas tinha noção exata do que ocorria. Por isso manteve-se como o exemplo da comunidade e a direção ele confiou ao seu discípulo Teodósio, que sedimentou e estabeleceu as regras da vida monástica.

Por perseguição política, Antônio foi obrigado a abandonar Kiev em 1055. Foi refugiar-se próximo a Cernigov, onde criou um outro mosteiro, conservando a regras de vida do anterior, imprimindo a sua marca pelo exemplo na oração, penitência e caridade. Mas no mosteiro de Kiev, haviam permanecido alguns religiosos, guiados pelo discípulo Teodósio, que é considerado co-fundador do mosteiro. Por isso Antônio conseguiu retornar clandestinamente e lá permaneceu recluso até a sua morte, no dia 10 de julho de 1073.

Do Mosteiro da Gruta de Kiev original restou uma parte não muito grande, pois nos anos de 1299 e 1316 foi quase destruído pelas invasões dos tártaros. Em1926, foi fechado pelo regime comunista. Só em 1988 ele foi reaberto definitivamente. Hoje, ele faz parte do patrimônio da humanidade, como um monumento tombado e conservado pela Unesco.


Santo Antônio Percierskij, rogai por nós!


Santo Olavo

Hoje a Igreja nos convida a contemplar a vida de Santo Olavo, o santo rei da Noruega.

Nascido em 995 numa família real, Olavo mostra-nos com sua vida que a santidade não escolhe profissão, nem posição social, pois ela não vêm sobre classes, mas sim em corações abertos à Graça de Cristo. Aconteceu que o jovem Olavo foi para a Inglaterra numa expedição e assim pôde conhecer Jesus, o Cristianismo e ser batizado, isto em 1014. Ao voltar para a casa, Olavo, que era herdeiro do trono, encontrou o falecimento do pai e usurpadores do reino.

Assim teve Olavo de assumir o trono e submeter os inimigos pelo combate. Quando esteve no poder, Santo Olavo buscou a santidade como rei; sem deixar de fazer de tudo para levar Deus aos súditos, por isso, procurou acabar com o paganismo, construir igrejas e trazer sacerdotes da Inglaterra para evangelizar seu povo. Todos os esforços de Olavo para submeter a Noruega ao Rei dos reis e Senhor dos senhores encontraram êxitos e barreiras, ao ponto do santo rei ter que ficar por um tempo exilado e ao voltar foi vítima de um conflito armado em 1030.

Santo Olavo, rogai por nós!

sábado, 9 de julho de 2016

Santo do dia - 9 de julho

Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus

 Amábile Lúcia Visintainer nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, província de Trento, no norte da Itália. Foi a segunda filha do casal Napoleão e Anna, que eram ótimos cristãos, mas muito pobres.

Nessa época, começava a emigração dos italianos, movida pela doença e carestia que assolava a região. Foi o caso da família de Amábile, que em setembro de 1875 escolheu o Brasil e o local onde muitos outros trentinos já haviam se estabelecido no estado de Santa Catarina, em Nova Trento, na pequena localidade de Vigolo.

Assim que chegou, Amábile conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e tornaram-se grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a primeira comunhão no mesmo dia, quando Amábile já tinha completado doze anos de idade.

Logo em seguida, o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial, encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a são Jorge. Mas mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile para o serviço do Senhor.

Amábile incluía, sempre, Virgínia nas atividades para ampliar o campo de ação. Dedicava-se de corpo e alma à caridade, servia consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as crianças. As obras já eram reconhecidas e notadas por todos, embora não soubesse que já se consagrava a Deus.

Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num terreno doado por um barão, próximo à capela, para lá rezar, cuidar dos doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com Amábile e Virgínia atuando como enfermeiras.

Essa também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro, tendo sido aprovada pelo bispo de Curitiba, em agosto 1895. Quatro meses depois, Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule, outra jovem que se juntou a elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também foi nomeada superiora, passando a ser chamada de madre Paulina.

A santidade e a vida apostólica de madre Paulina e de suas irmãzinhas atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que viviam. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para poderem sobreviver.

Em 1903, com o reconhecimento de sua obra, madre Paulina foi convidada a transferir-se para São Paulo. Fixando-se junto a uma capela no bairro do Ipiranga, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravatura, ocorrida em 1888. Em 1918, madre Paulina foi chamada à Casa-geral, em São Paulo, com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação. Nesse período, destacou-se pela oração constante e pela caridosa e contínua assistência às irmãzinhas doentes.

Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande sofrimento, iniciando com a amputação do braço direito, até a cegueira total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 9 de julho de 1942, na Casa-geral de sua congregação, em São Paulo.

Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II em 1991, quando o papa visitou, oficialmente, o Brasil. Depois, o mesmo pontífice canonizou-a em 2002, tornando-se, assim, a primeira santa do Brasil.


Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus, rogai por nós!


Santa Verônica Giuliani
Úrsula Giuliani nasceu em Mercatello, perto de Urbino, no ano de 1660. Foi a sétima filha do casal Francisco e Benta, profundamente católico. Quatro de suas filhas já eram clarissas quando apoiaram a sua caçula, que, aos dezessete anos, desejou ingressar no mosteiro da Ordem na cidade de Castello. Lá ela vestiu o hábito e tomou o nome de Verônica.

No convento, ela trabalhou muito, sem distinção de cargos: foi camareira, cozinheira, encarregada da despensa, enfermeira, professora das noviças e, finalmente, abadessa. Transformou o mosteiro numa verdadeira e especial escola de perfeição com o seu próprio exemplo de amor ao Redentor, à sua Paixão na cruz e à Virgem Maria, deixando para a posteridade um legado instigante de sua prolongada e rica experiência mística.

Os registros de manifestações místicas na vida dos santos da Igreja não são poucos. E consideram-se místicos os fenômenos extraordinários que vivem algumas pessoas escolhidas por Deus para mostrar sua intervenção na existência terrena de seus filhos. São eles os milagres, as profecias, o domínio sobre fenômenos da natureza, as visões, os êxtases e as aparições dos estigmas de Cristo no corpo. Entretanto o que ocorreu com Verônica não teria chegado até nós se não fosse a inspiração de seu diretor espiritual.

Tudo começou a partir de 1697, quando lhe apareceram no corpo os estigmas de Jesus, ou seja, passou a conviver com as mesmas chagas que martirizaram o Cristo. Na ocasião, Verônica pediu a Jesus que os escondesse aos olhos de todos, não desejava que absolutamente ninguém soubesse o que lhe ocorria. Também não queria ser vista como uma escolhida, preferia viver na humildade. Ela conseguiu, mantendo-se reclusa em sua cela e sem contato com nenhuma pessoa fora do convento, pelo resto da vida.

E teria permanecido assim, sem que ninguém soubesse de sua história, não fosse uma ordem que lhe impôs seu confessor e diretor espiritual. Verônica teria de escrever todas as experiências místicas que vivenciava e sentia nos seus contatos com Jesus. Porém, depois, não poderia reler o que havia registrado. Desse modo, ficaram para a posteridade quarenta e quatro volumes de uma fantástica vivência de trinta anos com o extraordinário.

Um dos relatos mais impressionantes trata-se da descrição que ela fez de como lhe surgiram os estigmas. "Vi sair das santas chagas do Cristo cinco raios resplandecentes e todos vieram perto de mim. Em quatro estavam os pregos, e no quinto a lança que, candente, me transpassou o coração de fora a fora", descreveu ela. Era uma Sexta-Feira Santa, de madrugada.

Foi numa sexta-feira também que Verônica Giuliani morreu, em 1727, depois de trinta e três dias de doença e agonia em seu corpo, onde se viam, ainda, as chagas da Paixão. Para corroborar seus escritos, a autópsia constatou que, realmente, seu coração estava vazado de lado a lado.


Santa Verônica Giuliani, rogai por nós!

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Santo do dia - 8 de julho

Santo Eugênio

Zelava pela salvação das almas 

Um dado importante é que de cada três Papas, praticamente, um foi oficialmente declarado santo. Assim aconteceu com Santo Eugênio, que se tornou para a Igreja o homem certo para o tempo devido. Eugênio III nasceu no fim do século XI, em Pisa na Itália e, depois de ordenado, consagrou-se a Deus como sacerdote, até que abandonou todas suas funções para viver como monge.

O grande reformador da vida monástica – São Bernardo – o acolheu a fim de ajudá-lo na busca da santidade, assim como no governo da Igreja, pois inesperadamente o simples monge foi eleito para sucessor na Cátedra de Pedro. A Roma da época sofria com a agitação de Arnaldo de Bréscia, que reclamava instituições municipais com eleições diretas dos senadores, talvez por isso chegou a impedir a ordenação e posse de Eugênio, já que tinha sido eleito pelo Espírito Santo numa instituição de origem divina.

O Papa Eugênio teve muitas dificuldades no governo da Igreja, tanto assim que, teve de sair várias vezes de Roma, mas providencialmente aproveitou para evangelizar em outras locais como Itália e França. Além de promover quatro Concílios e lutar pela restauração dos santos costumes, Santo Eugênio zelou pela salvação das almas, com tanta dedicação, que passou por inúmeros sofrimentos.

Santo Eugênio, rogai por nós!



quinta-feira, 7 de julho de 2016

Santo do dia - 7 de julho

Santo Adriano, rogai por nós!


Adriano viveu no século IV. Era casado com Natália. Recebia oração e via o testemunho de sua esposa nas pequenas coisas, na fidelidade, no amor a Deus e a ele. 

Adriano pertencia à chefia da guarda romana, onde o Imperador Diocleciano perseguia duramente os cristãos. Numa ocasião, foram presos 22 cristãos, que testemunharam Jesus perante os tribunais. O coração de Adriano se decidiu por Cristo naquele momento e quis pertencer ao número daqueles heróis do Senhor. Decidiu-se por Cristo, foi preso, sofreu todas as pressões para negar a fé em Cristo e na Igreja.

Natália acompanhou tudo e orava pela fidelidade de seu esposo a Cristo. Adriano teve uma última chance de declarar seu amor à esposa e foi martirizado, queimado vivo, juntamente com os outros 22 cristãos.

Santo Adriano, rogai por nós!


São Vilibaldo
 Vilibaldo nasceu em 22 de outubro de 700, na cidade de Wessel, na Inglaterra. Pertencia à casa real dos Kents, seu pai era o rei Ricardo I e os irmãos eram Vunibaldo e Valburga. Todos eles, mais tarde, inscritos no livro dos santos da Igreja.

Ainda criança, ele foi confiado aos monges beneditinos da Abadia de Waltham, que cuidaram se sua formação intelectual e religiosa. Foi ali, entre eles, que decidiu ser também um monge. Mas, em 720, saiu do mosteiro e da Inglaterra, antes de fazer os votos definitivos, e nunca mais voltou para sua pátria. Na companhia de seu pai e seu irmão, seguiu para uma longa peregrinação, cuja meta final era Jerusalém. A viagem foi interrompida em 722, quando seu pai, o rei, morreu na Itália. Assim, ele e o irmão resolveram ficar em Roma.

Dois anos depois, sem Vunibaldo, continuou a peregrinação percorrendo toda a Palestina, que estava sob o domínio árabe. Os peregrinos, em geral, eram bem acolhidos, entretanto, por causa das tensões políticas com o Império do Oriente, Vilibaldo e outros peregrinos quase foram presos, mas puderam prosseguir o caminho em paz. Cinco anos depois, em 729, retornou para Roma.

Nesse mesmo ano, o papa Gregório II o enviou para o Mosteiro de Montecassino, que havia sido reerguido das ruínas e carecia de um novo quadro de monges. Vilibaldo deu, então, novo fôlego a esse celeiro de homens dedicados à santificação, restabelecendo as regras beneditinas, de acordo com o Livro do fundador, que permanecera a salvo em Roma. Assim, este "quase-monge" inglês, que ainda continuava sem os votos definitivos, recebeu a relíquia do papa e com ela organizou e formou uma nova geração de monges, dentro da verdadeira tradição e do estilo de vida espiritual instituído pelo fundador. A essa obra dedicou outros dez anos de sua vida.

Novamente foi a Roma, para encontrar-se com o papa sucessor, Gregório III, que lhe pediu ajuda para a evangelização da Germânia. Assim, Vilibaldo tornou a partir, viajando por todos os recantos da Europa. Até ser requisitado por seu tio, o arcebispo da Alemanha, que alicerçava uma estrutura diocesana na região e precisava do seu auxilio. Só em 740 Vilibaldo recebeu a ordem sacerdotal definitiva, para ser consagrado bispo de Eichestat, pelo próprio tio, Bonifácio, hoje santo e chamado "apóstolo da Alemanha".

O bispo Vilibaldo construiu sua catedral, fundou um mosteiro e, sobretudo, controlou rigorosamente todos os outros que ali existiam, por determinação de Bonifácio. A partir de então, iniciou uma experiência nova: a de evangelizador itinerante, colocando-se frente a frente com os fiéis que aos poucos iam se convertendo ao cristianismo.

À obra dedicou-se até morrer, no dia 7 de julho de 787, no seu mosteiro de Eichestat, na Alemanha. Com fama de santidade ainda em vida, logo passou a ser venerado num culto espontâneo e vigoroso, muito antes do seu reconhecimento canônico, em 1256. 


São Vilibaldo, rogai por nós!
 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Santo do dia - 6 de julho

Santa Maria Goretti


Santa Maria Goretti manteve-se pura e santa por causa do seu amor a Deus



 Maria Goretti, humilde camponesa, nasceu em 16 de outubro de 1890 na cidade de Corinaldo, província de Ancona, Itália. Seus pais, Luiz e Assunta, criavam os sete filhos em meio à penúria de uma vida de necessidades, mas dentro dos preceitos ditados por Jesus Cristo.

A menina Maria, por ser a mais velha, cresceu cuidando dos irmãos pequenos em casa, enquanto os pais labutavam no campo. Uma de suas irmãs, mais tarde, tornou-se freira franciscana. As dificuldades financeiras eram tantas que a família migrou de povoado em povoado até fixar-se num povoado inóspito chamado Ferrieri. Nessa localidade, a família passou a residir na mesma propriedade de João Sereneli, ancião de sessenta anos de idade que tinha dois filhos, Gaspar e Alexandre, este com dezoito anos de idade. Assim, todos trabalhavam na lavoura enquanto a jovem Maria cuidava da casa e dos irmãos pequenos.

Desse modo, Maria nunca pôde estudar, mas ao lado da família sempre freqüentou a igreja. Ela só estudou o catecismo para fazer a primeira comunhão, aos doze anos de idade, um ano após a morte de seu pai. Quando isto ocorreu, o senhor João, compadecido, manteve tudo como estava, contando apenas com a viúva para o trabalho na lavoura. Porém o problema era seu filho Alexandre, que passara a assediar Maria. Apesar da pouca idade, ela era bonita e bem desenvolvida, já atraindo os olhares masculinos. Como recusasse todas as aproximações do rapaz, este se irritou ao extremo. Até que, no dia 5 de julho de 1902, ele perdeu a razão e a tragédia aconteceu.

Naquele dia, Alexandre trabalhava ao lado de Assunta quando inventou um pretexto, deixou a lavoura. Foi para o lar dos Goretti portando uma barra de ferro com ponta afiada, sabia que Maria estaria sozinha e indefesa. Primeiro insinuou, depois exigiu, por fim ameaçou a jovem de morte se não satisfizesse seus desejos. Mesmo temendo o pior, Maria resistiu dizendo que aquilo era um pecado mortal. Alexandre, transtornado por não alcançar seu intento, passou a golpear violentamente o corpo da menina.

Ela ainda foi levada com vida a um hospital, após ser vitimada com quatorze perfurações. E teve tempo de perdoar seu agressor, pedindo a sua mãe e seus irmãos que fizessem o mesmo, por amor a Jesus. Maria Goretti morreu no dia seguinte ao ataque, no dia 6 de julho de 1902. Quanto a Alexandre, foi preso, quase linchado e condenado a trabalhos forçados. Porém, depois de vinte e sete anos de prisão, foi solto por bom comportamento. Depois de ir a Corinaldo pedir perdão à mãe de Maria Goretti, ingressou num convento capuchinho, onde viveu sua sincera conversão até morrer.


 A Igreja, neste dia, celebra a virgem e mártir que encantou e continua enriquecendo os cristãos com seu testemunho de “sim” a Deus e “não” ao pecado. Nascida em Corinaldo, centro da Itália, era de família pobre, numerosa e camponesa, mas muito temente a Deus.
Com a morte do pai, Maria Goretti, com os seus, foram morar num local perto de Roma, sob o mesmo teto de uma família composta por um pai viúvo e dois filhos, sendo um deles Alexandre. Aconteceu que este jovem por várias vezes tentou seduzir Goretti, que ficava em casa para cuidar dos irmãozinhos. E por ser uma menina temente a Deus, sua resposta era cheia de maturidade: “Não, não, Deus não quer; é pecado!”

Santa Maria Goretti, certa vez, estava em casa e em oração, por isso quando o jovem, que era de maior estatura e idade, tentou novamente seduzi-la, Goretti resistiu com mais um grande não. A resposta de Alexandre foram 14 facadas, enquanto da parte de Goretti, percebemos a santidade, na confidência à sua mãe: “Sim, o perdôo… Lá no céu, rogarei para que ele se arrependa… Quero que ele esteja junto comigo na glória eterna”.

O martírio desta adolescente, de apenas 12 anos, foi a causa da conversão do jovem assassino, que depois de sair da cadeia esteve com as 400 mil pessoas, na Praça de São Pedro, na ocasião da canonização dessa santa, e ao lado da mãe dela, que o perdoou também.

Santa Maria Goretti manteve-se pura e santa por causa do seu amor a Deus, por isso na glória reina com Cristo.

Muitos milagres passaram a acontecer por intercessão da pequena menina virgem. A fé na sua santidade cresceu e espalhou-se de tal forma no mundo cristão que, em 1950, ela foi canonizada. Na solenidade, estava presente a sua mãe Assunta, então com oitenta e quatro anos, ao lado de quatro de seus filhos e Alexandre Sereneli, o agressor sinceramente convertido. O papa Pio XII declarou santa Maria Goretti padroeira das virgens cristãs. Até hoje continuam as romarias ao Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno, onde se encontra a sepultura da santa, há dez quilômetros do povoado onde tudo aconteceu.

Santa Maria Goretti, rogai por nós!

terça-feira, 5 de julho de 2016

Santo do dia - 5 de julho

Santo Antônio Maria Zacarias


Antônio Maria nasceu na rica família Zacarias, da tradicional nobreza italiana, na cidade de Cremona, em 1502. Era o filho único de Lázaro e Antonieta, e seu pai morreu quando ele tinha apenas dois anos de idade. Nessa ocasião não faltaram os pretendentes à mão da jovem viúva, que contava com dezoito anos de idade. Mas Antonieta preferiu afastar-se de todos. Tornou-se exemplo de vida austera, séria e voltada para a fé, dedicando-se exclusivamente à educação e formação do filho. E seu empenho ilustra a alma do homem que preparou para o mundo e para a Igreja.

Em pouco tempo, Antônio Maria era conhecido por sua inteligência precoce e, ao mesmo tempo, pela disposição à caridade e humildade. Contam os escritos que era comum chegar do colégio sem seu caro manto de lã, pois o deixava sobre os ombros de algum mendigo que estava exposto ao rigor do frio.

Ao completar dezoito anos de idade, doou toda sua herança para sua mãe, e foi estudar filosofia em Pávia e medicina em Pádua. Ao contrário dos demais estudantes, que pouco aprendiam e mais se dedicavam à vida de diversões das metrópoles, como em todas as épocas, Antônio Maria usava todo o seu tempo para estudar e meditar. Em vez de vestir-se como fidalgo, preferia as roupas simples e comportava-se com humildade.

Depois de formado, exerceu a medicina junto ao povo, cuidando principalmente dos que não tinham recursos. Conta a tradição que, além de curar os males do corpo, ele confortava as tristezas da alma de seus pobres pacientes.

Distribuía os remédios científicos juntamente com o conforto, a esperança e a paz de espírito. Finalmente, sua espiritualidade venceu a ciência e, em 1528, Antônio Maria ordenou-se sacerdote.

Com as bênçãos da mãe, que ficou feliz, mas sozinha, ele foi exercer seu apostolado em Milão. Ali, na companhia de Tiago Morigia e Bartolomeu Ferrari, fundou a Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, cujos membros ficaram conhecidos como "barnabitas", pois a primeira Casa da Ordem foi erguida ao lado da igreja de São Barnabé, em Milão. Depois, com apoio da condessa de Guastalla, Ludovica Torelli, fundou também a Congregação feminina das Angélicas de São Paulo e criou o Grupo de Casais, para os leigos. Toda a sua Obra se voltou à reforma do clero e dos leigos, reaproximando-os dos legítimos preceitos cristãos.

Tendo como modelo são Paulo, era também um devoto extremado da santa eucaristia. Foi o padre Antônio Maria que instituiu as "quarenta horas de adoração ao Santíssimo Sacramento", e também o soar dos sinos às quinze horas para indicar a Paixão de Jesus na cruz.

Durante uma de suas numerosas missões de oração e pregação que efetuava na Itália meridional, foi acometido pela epidemia que se alastrava na região. Não tinha ainda completado os trinta e sete anos de idade quando isto aconteceu. Como médico que era, sabia que a morte se aproximava, voltou então para os braços da dedicada mãe Antonieta.

Ele morreu, sob o teto da mesma casa onde nasceu, em 5 de julho de 1539, e foi canonizado em 1897. Tendo em vista a criação do Grupo de Casais, santo Antônio Maria Zacarias é considerado o pioneiro da Pastoral Familiar na história da Igreja. 


Santo Antônio Maria Zacarias, rogai por nós!