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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Santo do dia - 7 de novembro

São Prosdócimo

Bispo (+100)

São muitos os nomes que soam familiares e típicos de certas localidades italianas, mesmo parecendo insólitos, estranhos ou exclusivos. Tais nomes estão ligados ao culto de um santo local, em muitos casos de um antigo bispo e, em outros, de um mártir.

O nome Prosdócimo, pouco frequente atualmente, para os familiarizados, imediatamente mostra sua origem da região do Vêneto, da cidade de Pádua e, mais tarde, também de Rieti. Isso porque o culto a este santo vem de uma tradição muito antiga, do século II, que homenageia o primeiro bispo de Pádua, de Rieti e, também, padroeiro dessas duas cidades. Segundo narram os registros oficiais da Igreja, Prosdócimo teria evangelizado também toda a Veneza ocidental, numa grande obra de difusão que fixou, definitivamente, o cristianismo no coração daquelas populações.

Até a mais bela imagem dedicada a ele acabou sendo feita por um ilustre artista italiano, faz parte de um conjunto dedicado a santa Justina, outra mártir célebre daquela região. Na tela, Prosdócimo aparece com o típico atributo do jarro, símbolo da sua incansável atividade de batizador, ou seja, formador do rebanho do Senhor.

Nas várias regiões de Rieti e Pádua, o bispo Prosdócimo teria patrocinado prodígios e milagres, que as mais antigas tradições descrevem com toda a liberdade de expressão, reforçando ainda mais seus exemplos edificantes de fé em Cristo. Às vezes, porém, os poucos documentos tornam mais redundantes as tradições. Como foi o caso deste bispo. Depois de sua morte, encontrou-se o registro citando que a comunidade erguera, fora das muralhas de Pádua, a igreja de Santo Prosdócimo, que mais tarde tornou-se a Basílica de Santa Justina, uma das mais belas da cidade.

A glória do bispo Prosdócimo teria sido, de fato, Justina ter sido convertida por ele. Essa nova cristã soube manter intacta a sua fé, enfrentando o martírio na perseguição de Nero. Entretanto Prosdócimo foi poupado, não havendo nenhum registro, ou tradição, que explique o porquê.

O bispo Prosdócimo morreu naturalmente, carregado de merecimentos e de anos. O seu culto ainda é vigoroso, sendo venerado pelos fiéis, que rezam por sua paternal intercessão nas situações de aflição e desânimo. A Igreja confirmou a sua celebração e, no calendário litúrgico, são Prosdócimo deve ser homenageado no dia 7 de novembro.

O nome Prosdócimo, em grego, significa "esperado". Ele foi o primeiro evangelizador dessas cidades. De fato, verdadeiramente, o esperado por elas, que ainda eram pagãs. A tradição diz que ele teria sido enviado para atendê-las pelo próprio são Pedro, que para isso o consagrou primeiro bispo de lá.


São Prosdócimo, rogai por nós!



São Vilibrardo


Bispo (658-739)

Um monge beneditino, de pequena estatura, olhos profundos e vivos, mas de franzina e delicada constituição, compartilha com são Bonifácio o mérito de ter evangelizado a Germânia transrenana: é Vilibrardo, inglês da Nortúmbria, formado espiritualmente na Irlanda, na escola do abade Egberto, e em Ripon, uma verdadeira forja de santos.

Depois do insucesso da primeira missão, Vilfrido enviou à Frísia um grupo de 11 missionários, encabeçados pelo enérgico e corajoso Vilibrardo. O primeiro impacto com a região germânica teria desencorajado quem a ela tivesse chegado com outros fins que não fossem os de levar a mensagem evangélica aos pagãos.

Os 12 missionários desembarcaram na confluência do Escaut, entre brejos malsãos e guerreiros em debandada depois do vitorioso avanço de Pepino de Heristal, que, ao derrotar o rei Radbod, apossou-se da hostil região nórdica. Uma vitória providencial também para Vilibrardo, que pôde dirigir-se ao interior da Germânia e estabelecer contato com as populações pagãs.

Antes, porém, de dar início à evangelização, Vilibrardo quis ter o beneplácito do papa. A devoção ao papa será um sinal distintivo deste tenaz e leal “apóstolo”.

Ao voltar de Roma com o encorajamento de Sérgio I, Vilibrardo escolheu Antuérpia como ponto de partida para a irradiação das futuras missões. Antes de coordenar uma importante fundação, como criar uma nova diocese na Frísia, Vilibrardo dirigiu-se uma vez mais a Roma. E encontrou desta vez um novo papa, Gregório II, que o ordenou bispo com o nome de Clemente. Em 698, Vilibrardo fundou em Luxemburgo o mosteiro de Echternach, como ponto avançado das futuras expedições missionárias, que a partir daquele momento seria difícil enumerar.

Homem de ação e de oração, ele encarna o típico monge-abade-bispo beneditino, excelente organizador, com um acentuado senso da autoridade central. A ele se deve, de fato, a criação de bispos auxiliares que evitassem o fracionamento das várias Igrejas, com prejuízo de uma conjunta e mais incisiva atividade missionária. Morreu na abadia de Echternach, onde são venerados os seus restos mortais.


São Vilibrardo, rogai por nós!

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Santo do dia - 6 de novembro

São Leonardo de Noblac


Eremita (+559)

As notícias sobre a vida deste santo, popularíssimo na Europa centro-setentrional, chegaram até nós por meio de uma biografia escrita cinco séculos depois de sua morte, com os inevitáveis embelezamentos legendários.

Leonardo, de nobre estirpe franca, teve o rei Clóvis como padrinho. Com tal apoio teria facilitada qualquer carreira, mas Leonardo preferiu militar sob o estandarte do santo bispo Remígio.

Valeu-se de qualquer modo da amizade do rei para ter um privilégio, do qual fez amplo uso porque inspirado na caridade — qual seja, o de poder conceder a liberdade a todos os prisioneiros que encontrasse pelo caminho. É lastimável que Leonardo tenha escolhido viver como eremita no meio de um denso bosque, no qual poucos prisioneiros teriam transitado...

Mas a santidade tem muitos outros recursos. Assim, espalhado o rumor sobre este santo eremita e sobre suas capacidades taumatúrgicas, bastava aos prisioneiros invocar seu nome para que as correntes caíssem de seus pulsos e tornozelos.

Bem no meio da floresta de Pavum, perto de Limoges, onde o eremita havia fixado a sua morada, passou, em vez dos prisioneiros, o casal real com todo o seu séquito de cortesãos para uma partida de caça. Inútil perguntar o que foi fazer aí a rainha no último mês de gravidez. Para lá foi ela, narra o autor da Vita sancti Leonardi, por um desígnio providencial. Com efeito, a nobre soberana, colhida pelas dores do parto, teve a assistência do santo e, graças sobretudo as suas orações, o evento foi verdadeiramente alegre.

O rei mostrou-se reconhecido e prometeu doar-lhe o terreno para que construísse um mosteiro. Que área? Toda aquela que ele conseguisse delimitar percorrendo-a no dorso de um asno, em um só dia, obviamente. Leonardo, já rodeado de muito discípulos, alguns dos quais tinham sido libertados das cadeias por sua intercessão, construiu um primeiro oratório e aí escavou um poço; depois os devotos estabeleceram-se ao lado do mosteiro com suas famílias, dando origem à aldeia que leva seu nome: Saint-Leonard-de-Noblac. E o santuário continua ainda hoje a ser lugar de peregrinações.

O santo é invocado como padroeiro dos prisioneiros, mas também dos fabricantes de cadeias, de cepos, de fechos e afins. É invocado contra os bandidos, os quais, por sua vez, postos sob cadeias, poderiam recorrer a seu generoso patrocínio. Mas o invocam sobretudo as parturientes para ter um parto indolor.


São Leonardo de Noblac, rogai por nós!



São Nuno de Santa Maria 

Impelido pelo amor, abandona as armas e o poder para revestir-se da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo

Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal a 24 de Junho de 1360, e recebeu a educação cavalheiresca típica dos filhos das famílias nobres do seu tempo.

Aos treze anos torna-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser pouco depois cavaleiro. Aos dezesseis anos casa-se, por vontade de seu pai, com uma jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim.

Da sua união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem em tenra idade, e uma do sexo feminino, Beatriz, a qual mais tarde viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.

Quando o rei D. Fernando I morreu a 22 de Outubro de 1383 sem ter deixado filhos varões, o seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter desposado a filha do falecido rei.

Nuno tomou o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, comandante supremo do exército. Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até se ter consagrado na batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), a qual acaba por determinar à resolução do conflito.

Os dotes militares de Nuno eram no entanto acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela Eucaristia e pela Virgem Maria são os alicerces da sua vida interior.
O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros S. Tiago e S. Jorge. Fez ainda construir às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de S. Maria da Vitória, na Batalha.

Com a morte da esposa, em 1387, Nuno recusa contrair novas núpcias, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente alcançou a paz, distribui grande parte dos seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acaba por se desfazer totalmente daqueles em 1423, quando decide entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria.

Impelido pelo amor, abandona as armas e o poder para revestir-se da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo: era a opção por uma mudança radical de vida em que sela o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado.

O Condestável do rei de Portugal, o comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao entrar no convento recusa todos os privilégios e assume como própria a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor, de Maria — a sua terna Padroeira que sempre venerou—, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.

Significativo foi o dia da morte de frei Nuno de Santa Maria, aos 71 anos de idade. Era o Domingo de Páscoa, dia 1 de Abril de 1431. Após sua morte, passou imediatamente a ser reputado de “santo” pelo povo, que desde então o começa a chamar “Santo Condestável”.

Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV através do Decreto “Clementíssimus Deus” e foi consagrado o dia 6 de Novembro ao, então, beato.

O Santo Padre, Papa Bento XVI, durante o Consistório de 21 de Fevereiro de 2009 determina que o Beato Nuno seja inscrito no álbum dos Santos no dia 26 de Abril de 2009

São Nuno de Santa Maria, rogai por nós!

domingo, 5 de novembro de 2017

Evangelho do Dia


EVANGELHO COTIDIANO


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

31º Domingo do Tempo Comum

 Evangelho segundo S. Mateus
(Mt 5,1-12a)

O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós!
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los:
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 
Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Santo do dia - 5 de novembro

Santa Isabel e São Zacarias

Recordamos a vida do casal que teve na Palavra de Deus o principal testemunho de sua santidade,  já que eram os pais de João Batista, o precursor de Jesus Cristo

Pelo próprio relato bíblico descobrimos que viviam na aldeia de Ain-Karim e que tinham laços de parentesco com a Sagrada Família de Nazaré.

“Havia no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Ábias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel” (Lc 1, 6).

Conta-nos o evangelista São Lucas que eram anciãos e não tinham filhos, o que acabava sendo vergonhoso e quase um castigo divino para a sociedade da época. Sendo assim recorreram à força da oração, por isso conseguiram a graça que superou as expectativas. Anunciado pelo Anjo Gabriel e assistido por Nossa Senhora nasceu João Batista; um menino com papel singular na História da Salvação da humanidade: “pois ele será grande perante o Senhor…e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe (Santa Isabel). Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus” (Lc1, 15s).

Depois do Salmo profético de São Zacarias, onde ele, repleto do Espírito Santo, profetizou a missão do filho, perdemos o contato com a vida do casal, que sem dúvida permaneceram fiéis ao Senhor até o fim de suas vidas. Assim, a Igreja, tanto do Oriente quanto do Ocidente, reconhecem o exemplo deste casal para todos os casais, já que “ambos eram justos diante de Deus e cumpriram todos os mandamentos e observâncias do Senhor” (Lc 1, 6).
Pais de são João Batista (século I)

"Ambos eram justos diante de Deus e seguiam todos os mandamentos e estatutos do Senhor".

A história deste santo casal é narrada no primeiro capítulo do evangelho de Lucas, que em poucas palavras sintetiza os títulos da sua santidade: "Ambos eram justos diante de Deus e [...] seguiam todos os mandamentos e estatutos do Senhor".


A prima de Nossa Senhora teve o privilégio de trazer em seu seio o precursor do Messias, evento extraordinário mesmo no plano humano, dada a avançada idade e a esterilidade da santa mulher. Zacarias, cujo cântico (o Benedictus) foi definido como a última profecia messiânica do Antigo Testamento e a primeira do Novo, rende louvor a Deus por ter mantido a promessa feita aos pais, com o advento do Messias.


A obra da salvação havia feito seu caminho na surdina, no silêncio e na oração feita na casa de Maria, em Nazaré, e em Ain Karim, pouco distante de Jerusalém, onde o nascimento do precursor havia soltado a língua do sacerdote ancião. Entre as paredes de sua casa, Maria, a humilde serva do Senhor, elevou a Deus o cântico do Magníficat. Então, depois do alegre evento do nascimento de João, os dois santos cônjuges desapareceram na sombra, para reaparecerem mais tarde na tradição apócrifa e, o que mais conta, no grande livro dos santos.


 Santa Isabel e São Zacarias, rogai por nós!

sábado, 4 de novembro de 2017

Oração de São João Paulo II para consagração do mundo a Maria

Assim como o Papa João Paulo II consagrou o mundo a Maria, consagremos hoje nossa vida a Ela!

Oração:

«Ó Mãe dos homens e dos povos, vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos diretamente ao vosso coração. Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, esse nosso mundo, o qual vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.


De modo especial, entregamos a Ti aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade. “À vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus! Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação!” “Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: ‘Eu consagro-Me por eles — foram as Suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade’” (Jo 17, 19).


Queremos nos unir ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e conseguir a reparação.

Neste Ano Santo, bendita sejais acima de todas as criaturas, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento divino. Louvada sejais vós, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho!


Mãe da Igreja, iluminai o povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade. Iluminai, de modo especial, os povos dos quais vós esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana do mundo contemporâneo.


Confiando-vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no vosso coração materno.


Leia também: A mediação de Maria






Oh, Imaculado Coração, ajudai-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar os caminhos do futuro.  Da fome e da guerra, livrai-nos! Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável, e de toda a espécie de guerra, livrai-nos!
a_mulher_apocalipse  Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!
  Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!
  De todo o gênero de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!
  Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!


Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!
  Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!  Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos! Acolhei, ó Mãe de Cristo, esse clamor carregado do sofrimento de todos os homens. Carregado do sofrimento de sociedades inteiras.  Ajudai-nos, com a força do Espírito Santo, a vencer todo o pecado: o pecado do homem e o pecado do mundo; enfim, o pecado em todas as suas manifestações.


Que se revele uma vez mais, na história do mundo, a força salvífica infinita da Redenção: a força do amor misericordioso. Que ele detenha o mal, transforme as consciências e manifeste para todos, no vosso Imaculado Coração, a luz da esperança!


Amém!

Santo do dia - 4 de novembro

São Carlos Borromeu
São Carlos Borromeu procurava os pobres doentes dos quais ninguém lembrava, consolava-os e dava-lhes os santos sacramentos

Bispo (1538-1584)

A obra de são Borromeu, um dos santos mais importantes e mais queridos da Igreja, poderia ser resumida em duas palavras: dedicação e trabalho. Mas para fazer justiça, como ele sempre pregou, temos de acrescentar mais uma, sem dúvida a mais importante: humildade. Oriundo da nobreza, Carlos Borromeu utilizou a inteligência notável, a cultura e o acesso às altas elites de Roma para posicionar-se na frente, ao lado e até abaixo dos pobres, doentes e, principalmente, das crianças.

Nasceu no castelo da família em Arona, próximo de Milão, em 2 de outubro de 1538. O pai era o conde Gilberto Borromeu e a mãe era Margarida de Médicis, da mesma casa da nobreza de grande influência na sociedade e na Igreja. Carlos era o segundo filho do casal, e aos doze anos a família o entregou para servir a Deus, como era hábito na época. Com vocação religiosa acentuada, penitente, piedoso e caridoso como os pobres.

Levou a sério os estudos diplomando-se em direito canônico, aos vinte e um anos de idade. Um ano depois, fundou uma Academia para estudos religiosos, com total aprovação de Roma. Sobrinho de Pio IV, aos vinte e quatro anos já era sacerdote e bispo de Milão. Na sua breve trajetória, deixou-se guiar apenas pela fé, atuando tanto na burocracia interna da Igreja quanto na evangelização, sem fazer distinção para uma ou para a outra. Talvez tenha sido o primeiro secretário de Estado no sentido moderno da expressão. Formado pela Universidade de Pávia, liderou uma reforma radical na organização administrativa da Igreja, que naquele período era alicerçada no nepotismo, abusos de influências e sintomas graves de corrupção e decadência moral.

Para isso conquistou a colaboração de instituições, das escolas, dos jesuítas, dos capuchinhos e de muitos outros. Foi um dos maiores fundadores que a Igreja já teve. Criou seminários e vários institutos de utilidade pública para dar atendimento e abrigo aos pobres e doentes, o que lhe proporcionou o título de "pai dos pobres". Orientou muitas Ordens e algumas que surgiram depois de sua morte o escolheram para padroeiro, dando continuidade à grandiosa obra de amparo aos mais pobres que nos deixou. Contudo tudo foi muito difícil, porque encontrou muita resistência de Ordens conservadoras. Aliás, foi até vítima de um covarde atentado enquanto rezava na capela. Mas saiu ileso e humildemente perdoou seu agressor.

Chegou 1576 e com ele a peste. Milão foi duramente assolada e mais de cem padres pagaram com a própria vida as lágrimas que enxugaram de casa em casa. Um dos mais ativos era Carlos Borromeu. Visitava os contaminados, levando-lhes o sacramento e consolo sem limites nem precauções, num trabalho incansável que lhe consumiu as energias. Chegou a flagelar-se em procissões públicas, pedindo perdão a Deus em nome de seu povo.

Até que um dia foi apanhado, finalmente, pela febre, que minou seu organismo lentamente. Morreu anos depois, dizendo-se feliz por ter seguido os ensinamentos de Cristo e poder encontrar-se com ele de coração puro. Tinha apenas quarenta e seis anos de idade, quando isso aconteceu no dia 4 de novembro de 1584, na sua sede episcopal, na Itália. O papa Paulo V canonizou-o em 1610 e designou a festa em homenagem à memória de são Carlos Borromeu para o dia de sua morte.


São Carlos Borromeu, rogai por nós!

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

3 de novembro - Santo do dia

São Humberto de Liège 


Bispo (656-727)

Muito pouco se sabe sobre a vida de Humberto, que nasceu no ano 656. Pertencia a uma família da nobreza, pois seu pai, Beltrão, era rei da Aquilânia, hoje França. Desde a infância mostrou prazer pela caça, crescendo forte e muito valente neste esporte. Conta a tradição que ele, na juventude, salvou a vida do rei, seu pai, que fora atacado por uma fera, numa de suas habituais caçadas.

Depois disso, foi enviado para estudar na Bélgica, mas seu pai, temendo que a corrupção daquela Corte pudesse envolver o jovem príncipe herdeiro, enviou-o aos cuidados do rei Pepino de Lotaríngia, Alemanha, que o preparou na carreira militar. Carreira tão cheia de sucessos que foi recompensado com um casamento. Para esposa, escolheu a filha do conde Dagoberto de Louvânia. Da união nasceu um filho, Floriberto.

Segundo uma antiga tradição cristã, a conversão de Humberto ocorreu de maneira surpreendente. Numa Sexta-feira da Paixão, dia de recolhimento cristão, ele resolveu ir caçar. Durante a perseguição de um veado, este parou diante do príncipe, que viu, entre os chifres do animal, um crucifixo iluminado. No mesmo instante, ouviu uma voz dizendo: "Se não voltares para Deus, cairás eternamente no inferno".

Foi procurar seu confessor, o bispo Lamberto, que dirigia a sede episcopal de Liège, na Bélgica, e converteu-se sinceramente, tornando-se católico fervoroso. Pouco tempo depois, sua mulher morreu e seu pai agonizou em seus braços. A partir desses fatos, Humberto desistiu da vida da Corte. Abriu mão do trono em favor do irmão, mas deixou-lhe a tarefa de educar seu filho Floriberto, que mais tarde ordenou-se sacerdote. Entregou ao menino parte da herança e o restante doou aos pobres, indo dedicar-se à vida espiritual, recolhendo-se num mosteiro beneditino, entregando-se ao estudo da religião e trabalhando como horteleiro e pastor. Nessa ocasião, foi a pé, em peregrinação, para Roma, visitar os túmulos de são Pedro e são Paulo.

Ao retornar, Humberto procurou o bispo Lamberto, que o ordenou sacerdote e o enviou para evangelizar as populações que viviam nos bosques de Ardene. Mas pouco depois, Lamberto, que havia transferido a sede episcopal para Maastrich, Holanda, foi assassinado pelos inimigos do cristianismo. Humberto, então, foi convocado pelo papa Sérgio I, que, em Roma,o consagrou sucessor daquele bispo no ano 71.

Anos depois, por sua conduta de homem justo, reto na fé em Cristo, na obediência ao papa, e austero na pertinência e caridade cristã, recebeu do Espírito Santo o dom dos milagres e da sabedoria. O seu bispado foi de transformação, pois fundou e reformou igrejas, mosteiros, e instituiu vasta assistência aos pobres e doentes abandonados. Os pagãos que habitavam os bosques foram batizados e a região tornou-se uma grande comunidade cristã. A sua fama de santidade espalhou-se e, em 722, pôde retornar a sede episcopal para Liège.

Ficaram célebres os milagres operados por Deus através de suas mãos, como ele mesmo apregoava. Mas certo dia do ano 727, Humberto ouviu uma voz que anunciava a aproximação de sua morte. Entregou todas as atividades nas mãos dos seus sacerdotes e dedicou-se ao jejum, às orações e à penitência, falecendo no mesmo ano.

Sepultado na Catedral de São Pedro, em Liège, teve sua festa indicada para o dia 3 de novembro, data em que suas relíquias foram trasladadas para o altar maior dessa catedral em 743. O seu culto, muito difundido na Europa, espalhou-se para todo o mundo cristão ocidental, que venera são Humberto de Liège como o padroeiro dos caçadores.


São Humberto de Liège, rogai por nós! 



São Martinho de Porres

Religioso (1579-1639)
Este humilde “filho de pai desconhecido”, recusado pelo pai porque de pele escura (sua mãe era uma negra do Panamá, de origem africana), representa a desforra da santidade sobre os preconceitos humanos. Mesmo sendo filho de um fidalgo espanhol, Martinho foi criado em pobreza extrema pela mãe até os 8 anos, quando o pai, arrependido de o ter abandonado, levou-o consigo, ainda que por pouco tempo, para viver no Equador.

Abandonado de novo a si mesmo, recebeu todavia do pai uma magra pensão para poder pagar a mensalidade da escola. Aos 15 anos foi aceito no convento dominicano do Rosário, em Lima, mas apenas na qualidade de oblato, isto é, como terciário, ou melhor, como doméstico, visto que só teve a missão de manter limpo o convento. Martinho é de fato representado com uma vassoura. Teve ainda o encargo de cortar os cabelos dos frades e por este seu serviço prestado à comunidade Paulo VI o proclamou, em 1966, padroeiro dos barbeiros e cabeleireiros.

Finalmente, seus superiores deram-se conta de que Martinho tinha outros dotes e o admitiram ao noviciado e depois à profissão solene, como irmão cooperador. Não mudaram, entretanto, suas funções, e Martinho continuou a ser a gata-borralheira do convento, até que o eco de sua santidade se difundiu por todo o país.

Entre os outros extraordinários carismas, como os êxtases e as profecias, teve o dom da bilocação. Foi visto na China, no Japão, na África, confortando missionários extenuados ou perseguidos, sem nunca, entretanto, se ter afastado de Lima. Operou autênticos milagres durante a epidemia de peste, curando todos os que acorriam a ele pedindo ajuda. Curou os 60 confrades atingidos pelo morbo. Voltava sua atenção a todas as criaturas, incluindo os animais.

Continuou, com inalterada simplicidade, a desempenhar os serviços reservados aos irmãos leigos, mesmo quando a ele recorriam teólogos e autoridades civis, para pedir conselho. Morreu em 3 de novembro de 1639. Foi canonizado por João XXIII em 6 de maio de 1962.



São Martinho de Porres, rogai por nós! 


Santa Sílvia

Mãe de são Gregório Magno (520-572)


Sílvia era italiana, nascida em Roma em torno de 520, numa família de origem siciliana de cristãos praticantes e caridosos. Os dados sobre sua infância não são conhecidos. Porém, a sua adolescência coincidiu com um difícil e turbulento período histórico, o fim do Império Romano e a tomada do mesmo pelos bárbaros góticos.

Ela entrou para a família dos Anici em 538, quando se casou com o senador Jordão. Essa família romana era muito rica e influente, e muitos nomes forneceu para a história do senado romano. Sílvia foi residir na casa do marido, um palácio que ficava nas colinas do monte Célio, onde ele vivia com suas duas irmãs, Tarsila e Emiliana.

O casal logo teve dois filhos. O primeiro foi Gregório, nascido em 540, e o segundo, que o próprio irmão citava com frequência, nunca teve citado o nome. As cunhadas Tarsila e Emiliana tornaram-se santas, incluídas no calendário da Igreja. Seu primogênito foi o grande papa Gregório Magno, santo, doutor da Igreja e a glória de Roma do século VI.

Sílvia soube conduzir essa família de verdadeiros cristãos e romanos autênticos. Não permitiu que o ambiente da Corte que frequentavam impedisse a santificação pela fé, mantendo sempre a pureza dos costumes separada da notoriedade pública. As cunhadas são um exemplo da figura de Sílvia, mãe providente e benfeitora, que soube conciliar as exigências de uma família de político atuante, como era o marido Jordão, com o desejo de perfeição espiritual representado pelas duas cunhadas.

Por falta de notícias precisas, a santidade de Sílvia aparece refletida através daquela de seu filho. Sem dúvida, sobre são Gregório Magno, o exemplo e o ensinamento da mãe foi um peso que não se pode ignorar. Embora ele tenha escrito muito pouco sobre a mãe e as tias, nas pregações costumava citar-lhes o exemplo.

Dados encontrados sobre a vida de Silvia relatam que, quando o senador Jordão morreu em 573, ela tratou de uma doença grave do filho Gregório, que já adulto atuava no clero, levando pessoalmente as refeições até sua pronta recuperação. Depois disso, entregou o palácio onde residia para que o filho o transformasse num mosteiro.

Quando Gregório não precisou mais da sua ajuda e nem de sua orientação, Sílvia retirou-se para a vida religiosa num dos mosteiros existentes fora dos muros de Roma, no qual, com idade avançada, ela morreu serenamente, num ano incerto, mas depois de 594.

O Martirológio Romano indica o dia 3 de novembro para o culto litúrgico em lembrança da memória de santa Sílvia. Em 1604, suas relíquias foram levadas para a Igreja dos Santos André e Gregório, construída no antigo mosteiro e palácio de monte Célio, onde o papa são Gregório Magno nasceu e santa Sílvia viveu com as duas cunhadas santas.


Santa Sílvia, rogai por nós!