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sábado, 31 de dezembro de 2022

Papa emérito Bento XVI morre aos 95 anos

Joseph Ratzinger teve a trajetória marcada pela renúncia ao posto, atitude que fez dele o primeiro em 600 anos da Igreja Católica a abdicar do papado

Pope Bento XVI em Veneza, na Itália, em 2011 -

 Pope Bento XVI em Veneza, na Itália, em 2011 -  Barbara Zanon/Getty Images

Morreu neste sábado, 31, o papa Bento XVI, aos 95 anos. “É com pesar que informo que o papa emérito Bento XVI morreu hoje às 9h34 no mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano”, escreveu o perfil de notícias do Vaticano no Twitter. O corpo de Bento XVI será velado na Basílica de São Pedro a partir de segunda-feira, 2. O funeral está marcado para a manhã de quinta-feira, 5, na Praça São Pedro, presidido pelo papa Francisco

Lembrado por sua renúncia em 2013, Bento XVI, o alemão Joseph Ratzinger, vivia recluso nos últimos anos no mosteiro no interior dos Jardins do Vaticano. Reportagem de VEJA de junho de 2018 revelou que Bento sofria de Parkinson e já sentia os sinais da doença quando renunciou.

Renúncia
No dia 11 de fevereiro de 2013, o papa Bento XVI apresentou, durante uma reunião com as Cardeais da Cúria Romana, sua renúncia. O motivo alegado para deixar o Trono de Pedro era que, aos 85 anos, depois de quase oito de pontificado, ele já não tinha mais forças para levar adiante o governo da Igreja.

Eram principalmente três as razões da amargura de Bento XVI, segundo concordavam na época os mais argutos vaticanistas da Itália. Em primeiro lugar, casos de pedofilia afundavam a Igreja na época e colocavam o pontífice em posição cada vez mais difícil.

O segundo motivo que embaraça o papa tem a ver com um escândalo de corrupção envolvendo o Instituto de Obras Religiosas – o banco do Vaticano. A Justiça italiana abriu uma investigação sobre o IOR e bloqueou 23 milhões de euros de suas contas, por suspeita de violação das normas do sistema financeiro contra lavagem de dinheiro.

O terceiro motivo foi originado pelo roubo de documentos comprometedores da Santa Sé, no episódio batizado de Vatileaks que veio à tona no início do ano passado – Paolo Gabriele, que foi mordomo pessoal do papa desde 2006, é acusado de ter vazado as informações para um jornalista italiano. Os documentos eram, basicamente, cartas de um ex-administrador da sede da Igreja que informava o papa sobre corruptos que haviam assinado contratos superfaturados e, desse modo, causado um prejuízo de milhões de euros às finanças da Santa Sé. Gabriele, apelidado de “O Corvo”, foi condenado, preso e perdoado por Bento XVI.

O roubo dos documentos contribuiu para amargurar um papa já cansado de decepções e intrigas, mas os papéis em nada o maculavam do ponto de vista moral. O que, de fato, pesou em sua decisão de renunciar foi o derradeiro relatório da investigação sobre o roubo dos documentos, que revelou conexões de gente muito próxima a ele com o esquema de lavagem de dinheiro no IOR.

Papado
Nascido Joseph Ratzinger, sua trajetória pessoal de antes de chegar ao trono de São Pedro foi cheia de lances surpreendentes, desde sua participação na II Guerra Mundial (quando foi forçado a se juntar aos nazistas) até a batalha ideológica da Guerra Fria. Testemunha de alguns dos fatos mais marcantes do século XX, ele ajudou a moldar a Igreja Católica neste início de século XXI, ao
transformar-se no homem forte do pontificado de João Paulo II.

Seu poder dentro do Vaticano era tão avassalador que, na ausência de um papa tão carismático e marcante, foi escolhido para ocupar o posto, mesmo com a idade avançada. Sua escolha como sucessor de João Paulo II, em 2005, foi o auge de um longo caminho desde o seminário, a carreira acadêmica e a entrada na estrutura de poder da Santa Sé.

Quando Joseph Ratzinger foi escolhido no conclave que o tornou papa, suas primeiras palavras foram: “Depois do grande papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram-me, um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor”.

Em pouco menos de oito anos de pontificado, Bento XVI protagonizou triunfos e fracassos, acumulou tropeços e façanhas, errou e acertou – como quase todos os outros ocupantes do trono de Pedro. Mesmo sem a perspectiva histórica necessária para dimensionar sua importância dentro da extensa lista de pontífices do Vaticano, já é possível dizer que o legado de Bento XVI deixou pelo menos uma pessoa decepcionada: o cardeal Joseph Ratzinger, que entrou no conclave de sucessão de João Paulo II como decano do colégio cardinalício e saiu dele, em 19 de abril de 2005, como novo chefe da Igreja Católica. Como papa, o alemão foi, em linhas gerais, o que a maioria já previa: um líder mais discreto e menos midiático que o antecessor, um defensor ferrenho da doutrina católica, um protetor da liturgia da Igreja.

Papa Francisco saúda o Papa emérito Bento XVI após 2 meses de sua renúncia, no mosteiro Mater Ecclesiae, no Castelo de Gandolfo, Vaticano
Papa Francisco saúda o Papa emérito Bento XVI após 2 meses de sua renúncia, no mosteiro Mater Ecclesiae, no Castelo de Gandolfo, Vaticano Osservatore Romano/AFP/VEJA/VEJA

Ratzinger não desejava ser papa. Uma vez escolhido, porém, queria mais do que apenas confirmar as impressões que todos tinham sobre ele. O alemão tinha alguns objetivos muito claros. Ao renunciar, em 2013, teve de sofrer não apenas com o peso dessa controversa decisão, mas também com a impressão de que não atingiu nenhuma de suas grandes metas – e com a conclusão inescapável de que deixa inacabado seu extenso trabalho a serviço da Igreja.

A própria escolha de seu nome papal, uma referência ao padroeiro da Europa, já indicava uma de suas intenções mais fortes: a de reforçar as estruturas da Igreja no continente onde o catolicismo foi construído. Isso não significava necessariamente arrebanhar novos fiéis e expandir a presença da Igreja nos países europeus, mas sim solidificar sua posição e se reaproximar dos seguidores que andavam se desgarrando.

Para Ratzinger, de nada adiantava sair à caça de novos simpatizantes mundo afora se a Igreja perdia espaço e relevância em seu próprio berço. As circunstâncias, no entanto, foram as piores possíveis para que Bento XVI levasse adiante essa reevangelização. Durante quase todo o papado, a revelação de mais escândalos de abusos sexuais cometidos por integrantes da Igreja – na maioria dos casos, em países europeus – foram uma barreira intransponível para seus planos. O número de fiéis nas paróquias europeias não aumentou – e a revolta dos seguidores que restaram, cada vez mais desiludidos por causa da longa lista de escândalos, só cresceu. Em países como Áustria, Holanda, Noruega, Bélgica e a própria Alemanha, a terra do papa, a imagem da Igreja continuou sendo manchada pela revelação dos abusos. A decepção do papa não se resumia aos escândalos em si, mas também ao fato de ele ter sido o principal responsável por conduzir a reação da Igreja aos abusos.

Em 2001, João Paulo II entregou à Congregação para a Doutrina da Fé, comandada por Ratzinger, a responsabilidade de lidar com o assunto. O cardeal, que sempre sofreu muito com os relatos e testemunhos que teve de ouvir, estava convicto de que era um imperativo moral agir contra os pedófilos – ainda que a estrutura da Igreja não facilitasse o processo de investigação e punição. O assunto marcou profundamente o futuro papa. “Quanta imundície há na Igreja”, disse, pouco antes do conclave. Ainda como cardeal, ele tomou medidas inequívocas no sentido de combater o problema. De acordo com os críticos, entretanto, faltou firmeza ao alemão, apesar de apelidos como “papa panzer” e “o rottweiler de Deus”.

A ausência de reformas específicas e eficazes para impedir que pedófilos entrassem no clero foi uma das principais queixas dos grupos que reúnem as vítimas de abusos. Esperava-se ainda que Bento XVI conduzisse uma reorganização da Cúria Romana, que administra a Igreja. Se João Paulo II não tinha o perfil ideal para reformar a estrutura administrativa do Vaticano, o alemão, metódico e profundo conhecedor dessa máquina, seria perfeito para a tarefa. Poucos lembraram, porém, que Bento XVI é essencialmente um acadêmico – e, portanto, não tem nas relações pessoais e no carisma seus pontos fortes. Fazer política não era com ele. Diante da resistência dos integrantes da Cúria, sempre avessos às tentativas de modernização das engrenagens do Vaticano, o papa foi ficando isolado e impotente. Ele fracassou em duas tentativas práticas de reduzir a burocracia interna através da fusão de diferentes departamentos. A criação de um novo Conselho Pontifício, dedicado à “nova evangelização”, fez com que a máquina administrativa do Vaticano ficasse ainda maior do que já era quando seu pontificado começou.

Ainda assim, Bento XVI deixa um legado admirável. Mais do que pelas três encíclicas, ele notabilizou-se, no que se refere à difusão da fé, pela trilogia magistral que escreveu sobre a vida de Jesus – o terceiro tomo, a respeito da infância do Nazareno, ratifica a hipótese de que Ele nasceu antes do que veio a ser datado como o primeiro ano da era cristã – e pelas entrevistas que concedeu publicadas em forma de livro. Dono de uma cultura vasta, que vai muito além da teologia, ele era capaz de ser didático sobre temas espinhosos.

A rainha Elizabeth durante encontro com o Papa Bento XVI, no Reino Unido - 16/09/2010
A rainha Elizabeth durante encontro com o Papa Bento XVI, no Reino Unido – 16/09/2010 Dylan Martinez - WPA/Getty Images
Vida até o papado
Bento nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn, no estado da Baviera, Alemanha. Seu pai, Joseph Ratzinger, um comissário de polícia alemã, encontrou a sua esposa por meio de um anúncio no jornal. A mensagem dizia que policial procurava por uma moça virtuosa para se casar.

Ao anúncio, respondeu aquela que seria então, a mãe de Ratzinger, a senhora Maria Peintner. Desse casamento nasceram 3 filhos: Georg, Joseph e Maria. Joseph e Georg se encaminharam desde muito cedo à vocação sacerdotal. Maria não se casou e dedicou-se aos cuidados dos pais e, depois, mais tarde, dos dois irmãos.

Bento era apaixonado por música clássica. Seu gosto foi influenciado pelos seus pais que, ainda criança, lhe apresentaram a obra de Wolfgang Amadeus Mozart. Entre suas brincadeiras preferidas da infância estavam celebrar missas de faz de conta ao som de Mozart e tocar piano. O religioso também cultivou um amor especial pelos gatos ao longo de sua vida. Até seus últimos dias de vida, seus ajudantes e secretários contam que Bento alimentava e brincava com os felinos que passavam pelo Mosteiro Mater Ecclesiae.

Joseph Ratzinger prestou serviço obrigatório no Exército Alemão entre 1943 e 1945. Na época, ele havia acabado de entrar no seminário preparatório, mas não conseguiu evitar ser convocado pelo nazismo. Desde 1941, quando fazer parte da Juventude de Hitler se tornou obrigatório, o jovem já frequentava o grupo. Ele só foi convocado oficialmente, contudo, aos 16 anos, para realizar trabalhos auxiliares ao lado dos soldados. Em 1944, ele e seus companheiros de seminário foram transferidos para as unidades regulares do Exército.

Em entrevistas, Ratzinger contou que viu judeus húngaros sendo levados para campos de concentração quando sua base era próxima da Hungria. O papa chegou a ser dispensado, mas acabou convocado novamente e desertou em abril de 1945. Ele foi capturado por soldados americanos e mantido prisioneiro de guerra por alguns meses.

Bento voltou ao seminário na Universidade de Munique em 1945 e foi ordenado padre em 1951. Se tornou doutor pela mesma instituição e, em 1958, conquistou sua licenciatura e se tornou professor de dogma e teologia da Freising College.

Nos anos seguintes ensinou nas Universidades de Bonn, Muenster, Tübingen e Regensburg. Em março de 1977 se tornou arcebispo de Munique e Freising e, três meses depois, foi nomeado cardeal pelo papa Paulo VI.

Em 1981, o papa João Paulo II nomeou Ratzinger prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Em 1998, tornou-se vice-reitor do Colégio de Cardeais e foi eleito reitor em 2002. Ratzinger defendeu e reafirmou a doutrina católica, incluindo o ensino de temas como controle de natalidade, homossexualidade e diálogo inter-religioso. Foi eleito o 265º papa pelo conclave de 2005, com 78 anos de idade, após a morte de João Paulo II.

Revista VEJA

 


sábado, 4 de novembro de 2017

Oração de São João Paulo II para consagração do mundo a Maria

Assim como o Papa João Paulo II consagrou o mundo a Maria, consagremos hoje nossa vida a Ela!

Oração:

«Ó Mãe dos homens e dos povos, vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos diretamente ao vosso coração. Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, esse nosso mundo, o qual vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.


De modo especial, entregamos a Ti aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade. “À vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus! Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação!” “Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: ‘Eu consagro-Me por eles — foram as Suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade’” (Jo 17, 19).


Queremos nos unir ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e conseguir a reparação.

Neste Ano Santo, bendita sejais acima de todas as criaturas, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento divino. Louvada sejais vós, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho!


Mãe da Igreja, iluminai o povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade. Iluminai, de modo especial, os povos dos quais vós esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana do mundo contemporâneo.


Confiando-vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no vosso coração materno.


Leia também: A mediação de Maria






Oh, Imaculado Coração, ajudai-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar os caminhos do futuro.  Da fome e da guerra, livrai-nos! Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável, e de toda a espécie de guerra, livrai-nos!
a_mulher_apocalipse  Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!
  Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!
  De todo o gênero de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!
  Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!


Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!
  Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!  Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos! Acolhei, ó Mãe de Cristo, esse clamor carregado do sofrimento de todos os homens. Carregado do sofrimento de sociedades inteiras.  Ajudai-nos, com a força do Espírito Santo, a vencer todo o pecado: o pecado do homem e o pecado do mundo; enfim, o pecado em todas as suas manifestações.


Que se revele uma vez mais, na história do mundo, a força salvífica infinita da Redenção: a força do amor misericordioso. Que ele detenha o mal, transforme as consciências e manifeste para todos, no vosso Imaculado Coração, a luz da esperança!


Amém!

sábado, 5 de novembro de 2016

Oração de São João Paulo II para consagração do mundo a Maria


Assim como o Papa João Paulo II consagrou o mundo a Maria, consagremos hoje nossa vida a Ela!

Oração:
«Ó Mãe dos homens e dos povos, vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos diretamente ao vosso coração. Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, esse nosso mundo, o qual vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.

De modo especial, entregamos a Ti aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade. “À vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus! Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação!” “Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: ‘Eu consagro-Me por eles — foram as Suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade’” (Jo 17, 19).

Queremos nos unir ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e conseguir a reparação.
Neste Ano Santo, bendita sejais acima de todas as criaturas, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento divino. Louvada sejais vós, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho!

Mãe da Igreja, iluminai o povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade. Iluminai, de modo especial, os povos dos quais vós esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana do mundo contemporâneo.

Confiando-vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no vosso coração materno.

Leia também: A mediação de Maria

Oh, Imaculado Coração, ajudai-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar os caminhos do futuro.  Da fome e da guerra, livrai-nos! Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável, e de toda a espécie de guerra, livrai-nos!
a_mulher_apocalipse  Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!
  Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!
  De todo o gênero de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!
  Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!

Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!
  Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!  Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos! Acolhei, ó Mãe de Cristo, esse clamor carregado do sofrimento de todos os homens. Carregado do sofrimento de sociedades inteiras.  Ajudai-nos, com a força do Espírito Santo, a vencer todo o pecado: o pecado do homem e o pecado do mundo; enfim, o pecado em todas as suas manifestações.

Que se revele uma vez mais, na história do mundo, a força salvífica infinita da Redenção: a força do amor misericordioso. Que ele detenha o mal, transforme as consciências e manifeste para todos, no vosso Imaculado Coração, a luz da esperança!

Amém!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Valores da Igreja Católica, de Deus, são perenes, eternos, devem ser preservados e não podem mudar com o tempo.Para eles o 'politicamente correto não existe

Monges ultraconservadores de Nova Friburgo consagram bispos à revelia do Vaticano, criticam o Papa Francisco e rezam missas em latim

Se algum dia um mensageiro chegasse ao Mosteiro da Santa Cruz, na área rural de Nova Friburgo, Região Serrana fluminense, com a notícia de que o calendário cristão retrocedeu para os anos 1950, boa parte das angústias dos nove monges que ali vivem encontraria alívio. Foi no início da década seguinte, entre 1962 e 1965, que, para eles, a Igreja Católica começou a desandar. O Concílio Vaticano II, promovido por Roma, determinou, nesse período, uma série de modernizações, como a abolição da missa tridentina feita em latim e com cantos gregorianos e do uso de véu pelas mulheres. Nenhuma dessas reformas é seguida pelo mosteiro, hoje o único beneditino tradicionalista do Brasil. 
 Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo, é o único beneditino tradicionalista do Brasil. - Guilherme Leporace / Agência O Globo

Lá, a missa é toda conduzida na língua morta, o padre celebra de costas para os fiéis, a escolha de outras religiões é vista como pecado e as mulheres são aconselhadas a não trabalhar fora de casa. São as mesmas práticas adotadas desde o Concílio de Trento, no século XVI. E isso não causaria qualquer problema com o Vaticano, que tolera essas posturas, não fosse a recente ordenação de um padre e a sagração de um bispo, lá no mosteiro, sem o consentimento da Santa Sé. A isso somam-se severas críticas feitas ao Papa Francisco, considerado progressista demais pelos monges. Estes planejam, ainda, novas ordenações e sagrações à revelia de Roma. 
- *O  Papa Francisco recentemente manifestou opinião favorável aos gays e todos sabemos que as práticas gays são abominações. Os valores de Deus são eternos e não estão sujeitos as modernidades do mundo.
Alguns consideram que a Igreja deve se modernizar, adaptar ritos de dois mil anos atrás aos costumes atuais - dois mil anos, ou dois milhões de anos, nada são comparados à eternidade.
E a Igreja Católica Apostólica Romana, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, cuida primordialmente da salvação das almas e a salvação é para toda a eternidade.

Um dos grandes expoentes da corrente tradicionalista da Igreja, o bispo inglês Richard Williamson, veio ao Brasil, em meados do mês passado, para consagrar um bispo no mosteiro de Friburgo, o francês Jean-Michel Faure. No fim de março, Faure, por sua vez, ordenou um padre, André Zelaya de León. Ambas as cerimônias foram consideradas clandestinas, porque ocorreram sem autorização do Vaticano, e ganharam destaque em jornais internacionais, como o italiano “La Stampa”, o alemão “Frankfurter Allgemeine” e o inglês “Guardian”. Pela rebeldia, de acordo com a lei canônica, Williamson, Faure e León estão automaticamente excomungados. — A excomunhão é uma pena espiritual para quem cometeu uma falta religiosa. Como acreditamos que não foi cometida falta alguma aqui, eles não se sentem excomungados — afirma o irmão Miguel, pernambucano de 24 anos, um dos monges de Friburgo.

Ele explica que não existe um cisma apenas entre os sacerdotes progressistas, que são a esmagadora maioria, e os tradicionalistas. Há uma cisão também entre os próprios conservadores, muitos dos quais consideraram desnecessárias as recentes cerimônias de ordenação e sagração. 

Missas são rezadas em latim no mosteiro Santa Cruz - Guilherme Leporace / Agência O Globo

Segundo o monge superior, Dom Tomás de Aquino, há cerca de 500 “pessoas que pensam” como eles no Brasil. A maioria do rebanho, porém, está na França, país que mais faz doações para o Mosteiro da Santa Cruz. Nasceu em solo francês, por exemplo, uma das instituições católicas consideradas mais ultraconservadoras, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Fundada pelo arcebispo francês Marcel Lefebvre em 1970, a entidade foi uma resposta ao Concílio Vaticano II, que havia terminado cinco anos antes. No entanto, ela foi, aos poucos, adquirindo um espírito conciliador com a Santa Sé, até que, em 2012, chegou a expulsar de seu quadro o bispo Williamson, um dos mais resistentes a qualquer alteração nos dogmas. Desde então, a relação entre a fraternidade e o mosteiro de Friburgo, que sempre foi estreita, ficou estremecida. — Nós nos posicionamos ao lado dele e, por isso, criamos um atrito com a fraternidade. Depois disso, o próprio bispo Williamson, que tem 75 anos, ficou com medo de morrer e não ter nenhum bispo que dê continuidade ao pensamento dele e do arcebispo Lefebvre, que já morreu. Só um bispo pode sagrar outro. 
-* a sucessão de um bispo é a prática da sucessão apostólica, a transmissão dos poderes recebidos pelos Apóstolos do próprio Jesus Cristo e que só pode ser formalizada durante a sagração que tem que ser realizada por um bispo.
O próprio Papa é o Bispo de Roma.

E o Vaticano não mandaria nenhum bispo para nós, porque não nos aprova. Se Williamson morresse, estaríamos perdidos. Por isso, ele resolveu sagrar Faure — conta irmão Miguel, enquanto serve uma bandeja com cafezinho na antessala da clausura dos monges.

Faure está longe de ser considerado da nova geração dos tradicionalistas. Ele tem 73 anos, quase a mesma idade de Williamson. Mas a escolha explica-se: a confiança na retidão dele pesou mais do que o risco da idade avançada. — O bispo Williamson preferiu sagrar alguém que ele tem certeza de que, meses depois, não estará mudando de lado. Mas, a partir de agora, ele e Faure pretendem sagrar outros bispos, para dar continuidade — revela irmão Miguel. A equipe do “Globo a Mais” foi recebida no mosteiro, que fica na região de Riograndina, a cerca de 40 minutos do centro de Nova Friburgo, numa segunda-feira, às 11h. Àquela hora, começaria uma missa que daria indulgência plena a quem a assistisse, desde que estivesse seguindo todos os preceitos católicos tradicionalistas, informou um jovem com terço na mão e voz que mal saía da boca. Logo saberíamos que o motivo da “indulgência plena” era o fato de a missa ser a primeira celebrada pelo padre recém ordenado no lugar, dom André Zelaya de León. Essa primeira celebração seria em adoração à Virgem Maria. A pedido do bispo Williamson, o sacerdote ainda rezaria duas missas, nos dois dias seguintes: uma pelo Espírito Santo, outra pelas almas dos defuntos.

Para assistir à missa, a repórter teve de usar um véu branco rendado. É como a tradição manda por ali: as solteiras com véu branco, e as casadas com véus de outras cores. Sem o adereço, com saias curtas ou calça comprida, não é permitido. Um aviso na porta do templo traz essas orientações, referindo-se a uma decisão da “Sagrada Congregação do Concílio contra a imoralidade das modas femininas”, datada de 12 de janeiro de 1930.

A igreja é pequena: 13 bancos parcamente ocupados por não mais que dez fiéis, além de integrantes do mosteiro e meia dúzia de freiras. A estrutura também é modesta, com piso de encerar, paredes brancas, vigas e janelas de madeira e entradas no teto para a luz do sol. Do início ao fim, a cerimônia foi conduzida por cantos gregorianos, o sacerdote de costas para todosele virou-se seis breves vezes, suficientes para emitir uma frase, ininteligível para quem não é versado em latim. O ritual levou uma hora e dez a missa de domingo costuma se estender mais, por até três horas. O silêncio sepulcral que às vezes se instalava era quebrado apenas pelo barulho dos cliques da câmera fotográfica.

Missa Tridentina II do Papa Bento XVI


Após a missa, em entrevista, o superior do mosteiro, dom Tomás de Aquino, afirmou que o Papa Francisco está contribuindo para destruir os pilares básicos do catolicismo, criticou até mesmo Bento XVI — visto por estudiosos da Igreja como adepto de uma doutrina mais tradicional — e expressou a certeza de que as decisões tomadas no Concílio Vaticano II serão um dia revistas. — Não sei quando isso vai acontecer, mas é certo que o (Concílio) Vaticano II será anulado. Eu nem imaginava que duraria tanto. Às vezes, a Igreja comete erros e depois revê isso. Joana D’Arc, por exemplo, foi condenada e, mais tarde, tornada santa — compara o monge superior. — Antes de virar Papa, o então cardeal Bento XVI chegou a reconhecer publicamente que o Concílio Vaticano II foi um Anti-Syllabus. O Syllabus foi uma lista de erros da vida moderna, documento feito pelo Papa Pio IX. E o Vaticano II reabilitou todos esses erros! Mas nem Bento XVI pode ser considerado tradicional. Ele tinha uma aparência de tradicional, mas sua doutrina não era. Todos os papas que vieram depois da década de 1960 são modernistas, progressistas demais. O Papa Francisco é o mais escandaloso deles. 

Nascido no Rio, dom Tomás de Aquino estudou no colégio São Bento e na PUC-Rio, ambas instituições particulares católicas da Zona Sul carioca. Aos 20 anos, em 1974, abandonou o curso de Direito para viver em um mosteiro tradicionalista da França, onde morou por 12 anos. Antes mesmo de mudar de país, seu pai havia comprado um terreno em Nova Friburgo, e, em 1986, resolveu doá-lo ao mosteiro beneditino que o filho integrava, para os monges criarem uma unidade também no Brasil. Dom Tomás voltou para cá naquele mesmo ano e, em 1987, a instituição foi fundada, abrigando seis monges. Destes, apenas dom Tomás e dom Plácido continuam por lá.

Entre os atuais nove monges, há um da França, um da Guatemala, um de Pernambuco, três da Bahia e três do Rio. Está para chegar, em breve, mais um integrante. O sustento do mosteiro vem, em grande parte, das doações, que podem ser feitas em vários bancos do Brasil e de outros países, como França, Suíça e Alemanha. A instituição também recebe doações via internet, por PayPal. — Não somos antigos no que diz respeito à tecnologia. Gostamos muito dessas maquininhas. Só somos antigos em relação à doutrina — diz Dom Tomás, sempre que um visitante estranha que eles usem essas modernas formas de pagamento. 

Cedo, ainda universitário do curso de Direito, ele esboçava esse apego à tradição. O monge lembra a orientação que um professor lhe deu uma vez, de que um bom advogado deve mudar a lei inovando. A evocação de mudanças e inovações não agradou o então estudante, que logo retrucou: “mas inovar apenas por obrigação não é bom. Vai que se inova para o lado errado?”.  — Não demorei a perceber que a profissão de advogado não seria para mim. Estava fazendo a faculdade apenas para não ficar parado, enquanto não encontrava um mosteiro tradicional que me agradasse — conta ele, com a voz doce de quem passou quatro décadas vivendo uma rotina de “silêncio, trabalho e estudo”, das 4h às 20h30m. 

As opiniões de Dom Tomás de Aquino — que ele chama de “certezas” — fariam arrepiar qualquer noviço que tenha aulas nos seminários mais modernos. Ao defender a histórica posição contrarrevolucionária da Igreja Católica, ele cita, por exemplo, que o Papa Pio XI repudiou a Revolução Francesa. E lhe dá razão:  — A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi, na verdade, a negação dos direitos de Deus — dispara, no mesmo tom que usaria para comentar se vai chover ou não. 

E ai de quem diga, perto de um dos monges, que a religião é uma opção particular das pessoas. — Os sacerdotes modernistas querem nos incutir que a religião tem a ver com sentimento. Mas nós dizemos que não, que a religião é verdade, é objetividade. E, se uma delas é a verdadeira, as outras, obviamente, são falsas. Isso é matemática simples — arremata dom Tomás. 

Não é de espantar que a postura liberal do Papa Francisco dê calafrios nos monges. O superior do mosteiro acredita que o conservador cardeal americano Raymond Burke teria sido uma escolha mais razoável para assumir o papado, após a morte de São João Paulo II — que, aliás, os integrantes do mosteiro não consideram santo, mesmo após a canonização. O cardeal Burke chegou a ser afastado da presidência do Supremo Tribunal do Vaticano pelo Papa Francisco, no fim do ano passado, por defender a discriminação dos homossexuais. O fato, no entanto, apenas faz os monges verem o cardeal com mais bons olhos.  — Não fomos nós que inventamos a moral. É Deus que nos dita. Alguns comportamentos nós podemos tolerar, para o bem comum, mas não aprovar, nem incentivar — comenta, evasivo, sobre a homossexualidade.

O papel das mulheres na sociedade, por sua vez, é bem delimitado aos olhos dos monges. As fiéis que frequentam a igreja são aconselhadas a usarem roupas discretas e a não ambicionarem uma carreira que as faça ficar muito tempo longe de casa. — Hoje em dia, a missão de ser mãe foi rebaixada. Queremos lembrar às mulheres o quão importante é esse papel. E não dá para uma mulher ficar dias em uma plataforma de petróleo e ser boa mãe ao mesmo tempo. Ela tem que escolher — diz o religioso, repetindo esse exemplo pelo menos mais uma vez ao longo da entrevista. — A missão da mulher é diferente da do homem, ela não precisa imitá-lo. 

Nem mesmo esportes escapam da lista de censuras.  — Uma mulher que joga futebol ou luta boxe acaba perdendo um pouco da feminilidade. Não é aconselhável — aponta ele, que deixa a voz mais firme quando fala sobre aborto. É um erro aos olhos de Deus. Não é algo natural.

Dom Tomás enfatiza que uma família “normal” é aquela com muitos filhos, isto é, sem que os pais façam uso de métodos contraceptivos. Ao ser lembrado de que Jesus, no entanto, foi filho único, ele para por cinco segundos e franze o cenho de leve. — Bem colocado... Mas Jesus era tão único que é a exceção. E não podemos fazer da exceção a regra — cita ele, emendando numa calma risada. 

Quando o assunto da conversa chega a temas que o monge caracteriza como “sensíveis”, como o fato de o bispo Williamson já ter negado a existência de câmaras de gás nos campos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, Dom Tomás desconversa.  — Às vezes bispo Williamson se expressa de maneira impactante e é mal compreendido. Não sou historiador, então não tenho o que dizer sobre o assunto.

O próprio Dom Richard Wiliamson se tornou bispo em uma cerimônia que também ocorreu no Mosteiro da Santa Cruz e à revelia do Vaticano, em 1988, logo um ano depois da fundação do lugar. Ele foi consagrado bispo ao lado de outros três padres da época, dom Tissier de Mallerais, dom Fellay e dom Galarreta. Quem conduziu a cerimônia foi o patrono dos ultraconservadores, arcebispo Marcel Lefebvre. Todos foram excomungados na ocasião, mas a pena foi retirada durante o papado de Bento XVI. 

Esse movimento de resistência às decisões da Santa Sé, do qual o mosteiro é peça fundamental no Brasil, não agrada o bispo diocesano de Nova Friburgo, Dom Edney Gouvêa Mattoso, que se encarregou de enviar uma carta sobre o assunto ao Sumo Pontífice. Em nota oficial, ele alertou: “Cabe-me exortar todos os fiéis católicos a cumprir o grave dever de permanecer unidos ao papa na Igreja Católica, e de não apoiar de modo algum essa ilegítima ordenação episcopal e as consequências que dela advirão”. A divergência doutrinal mantém Dom Edney e Dom Tomás em lados opostos.  — Faz dois anos, ele (Dom Edney) passou aqui, nos cumprimentamos e só. Nossa relação é de educação, mas não pode passar disso — afirma o superior do mosteiro.

Além dos estudos religiosos, os sacerdotes de lá se dedicam ao cultivo de mel e eucalipto, produtos que vendem para ajudar nos proventos. Também administram duas escolinhas para crianças: São Bento, para meninos, e Santa Escolástica, para meninas. Outra fonte de renda é o aluguel de duas casas no terreno do mosteiro. Há, também, uma terceira residência, mas ocupada por uma família que trabalha para eles. Nesses três lares, todos com crianças, os sacerdotes recomendam que não haja televisão, porque “embota o pensamento”, e que as meninas sejam acostumadas a usar saias. — Às vezes, nos pintam quase como uma seita, mas são só três famílias aqui, e não bisbilhotamos a vida de ninguém — alega dom Tomás. 

As únicas horas de passatempo que os monges costumam ter chegam na tarde de segunda-feira, após a missa. São mais ou menos duas horas, usadas não tão livremente assim.

Fonte: A matéria foi publicada no Globo A Mais.

* representam a opinião dos editores do Blog  Catolicismo


Abaixo transcrevemos matéria sobre  A Missa de costas para o povo?

A Missa de costas para o povo?

 "Numa intenção de desprestigiar a Missa legitimamente celebrada na forma extraordinária ou antiga do Rito Romano, agora equiparada pelo Papa à forma ordinária em vigor, costuma-se a ela se referir como sendo aquela missa celebrada “de costas para o povo”. Interessante que por quatro séculos a Missa foi assim celebrada e só agora se notou isso?

 

Na verdade, a Missa na forma tradicional não é celebrada pelo Sacerdote de costas para o povo, mas sim pelo padre se postando na mesma direção do povo, em direção ao Oriente, “versus Orientem”, que representa Nosso Senhor. Todos em direção ao Senhor! Para frente e para cima. Assim como o comandante não marcha de costas para os seus soldados mas na mesma direção deles, para frente.

 

Eis a explicação que nos dá o então Cardeal Joseph Ratzinger, agora nosso Papa Bento XVI: “No plano concreto, um erro grave atribuído à reforma pós-conciliar foi o costume de o sacerdote celebrar voltado para os fiéis. Dessa forma, o Sacerdote torna-se o verdadeiro ponto de referência de toda a celebração. Tudo acaba em cima dele. É ele que se precisa olhar. A atenção é cada vez menos voltada para Deus e é cada vez mais importante o que fazem as pessoas que ali se encontram e que não têm a menor intenção de submeter-se a um esquema predisposto. O sacerdote virado para o povo dá à comunidade o aspecto de um todo fechado sobre si mesmo. Sua postura não é mais aberta para frente e para cima, mas fechada em si mesma.”

 

E ele recorda que, ao contrário do que muitos pensam, do altar voltado para o povo não há menção alguma no texto do Concílio Vaticano II. E, segundo ele, “no costume antigo, a questão não era de virar as costas ao povo, mas de adotar a mesma orientação do povo”.

 

“Quem entender isso, diz ele, entende facilmente que a questão não é olhar o sacerdote, mas olharmos juntos o Senhor e ir ao seu encontro. Fiéis e sacerdote não devem olhar um para os outros, mas olhar juntos para Ele, o transpassado. A oração comunitária litúrgica deve mirar a que oremos de verdade, isto é, que não falamos um com o outro, mas falamos com Deus e perante Deus.”

 

+ Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo Titular de Cedamusa - Campos – RJ.

 

(Lembrando que Deus está ali presente no Sacrário e a Cruz que lembra o caráter Sacrificial da Missa. Por isso devem estar no centro da Igreja no lugar de honra e mais elevado em direção ao oriente, para que todos possam ver e contemplar.

O que dizer quando muitos já não têm fé que Jesus está ali vivo e real, porém invisível aos olhos humanos? E pior ainda, quando Jesus no Sacrário é atirado para o lado ou escondido, se sentindo assim como que desprezado, rejeitado ou um simples mais um, a olhar?)



        "Neste nosso tempo a criatura é mais valorizada que o Próprio Criador que a fez."

 

A Escritura diz: “A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular.”

 

Assim a Santa Madre Igreja Católica Apostólica vai sendo despida de sua Sacralidade, assim como despiram Nosso Senhor Jesus Cristo no alto do calvário.

 

A Escritura também diz: “Quando voltar será que encontrarei fé sobre a terra?”


 Texto transcrito do Site: 
http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20P%C3%A1gina/O%20Poder%20da%20Santa%20Missa..htm

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