Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

domingo, 11 de fevereiro de 2018

11 de fevereiro - Nossa Senhora de Lourdes

A Virgem Santíssima apareceu nas cercanias de Lourdes, na França

Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu, nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho que entrou para o ofício das leituras do dia de hoje.

“Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.

Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, e, em virtude dos méritos de Cristo Jesus, Nossa Senhora, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu que rezássemos pela conversão deles com oração, conversão, penitência.

Isso aconteceu após 4 anos da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Deus quis e Sua Providência Santíssima também demonstrou, dessa forma, a infalibilidade da Igreja. Que chancela do céu essa aparição da Virgem Maria em Lourdes. E os sinais, os milagres que aconteceram e continuam a acontecer naquele local.

Lá, onde as multidões afluem, o clero e vários Papas lá estiveram. Agora, temos a graça de ter o Papa Francisco para nos alertar sobre este chamado.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

6º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Marcos 1,40-45. 

Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me».
Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo».
No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. 
Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». 
Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.

Comentário do dia: Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja
«Se quiseres, podes»

Meu terno mestre, sois efetivamente o verdadeiro amigo! Sendo todo-poderoso, tudo o que quereis podeis. E nunca deixais de querer, para quem Vos ama. Tudo o que há no mundo Vos louve, Senhor! Como fazer ecoar a minha voz por todo o universo, para anunciar como sois fiel aos vossos amigos? Todas as criaturas podem faltar-nos: Vós, que sois o senhor de todas elas, nunca nos faltareis.

Aqueles que Vos amam não sofrem durante muito tempo! Ó meu mestre, que delicadeza, que atenção, que ternura demonstrais para com eles! Sim, feliz daquele que nunca deixou de Vos amar! É verdade que tratais os vossos amigos com rigor, mas creio que é para que o vosso amor ressoe ainda mais fortemente nos momentos de maior sofrimento. Meu Deus, não tenho inteligência, nem talento, nem palavras novas para falar das vossas obras tal como a minha alma as concebe! Tudo me falta, meu Senhor. Mas desde que não me abandoneis, eu jamais Vos abandonarei. [...]

Sei por experiência com que proveitos fazeis sair da provação os que põem em Vós toda a confiança. Enquanto vivi em aflição amarga [...], as únicas palavras que ouvi [...] foram suficientes para dissipar a minha dor e voltar a sentir a tranquilidade perfeita: «Nada temas, minha filha; sou Eu, não te abandonarei. Nada temas.» [...] E eis que, apenas com estas palavras, a calma desceu sobre mim: sinto-me forte, corajosa, tranquilizada; sinto renascer a paz e a luz. Num instante, a minha alma foi transformada.

Consagre sua vida a Nossa Senhora de Lourdes

Consagre sua vida a Nossa Senhora de Lourdes

No dia 8 de dezembro de 1854 o Papa Pio XI proclamou solenemente no Vaticano o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, concebida sem pecado original. Algo que em 1830 Nossa Senhora já tinha mostrado a Santa Catarina Labourè, quando mandou que ela cunhasse a chamada “Medalha Milagrosa”, na aparição a ela na rua De Lubac, em Paris. Em torno da medalha, santa Catarina viu em letras de ouro a expressão: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.

Pois bem, no dia 11 de fevereiro de 1858, quatro anos depois, Nossa Senhora começou a aparecer a uma menina de 14 anos, Bernardete Soubirous, simples e humilde, que não sabia ler e escrever direito, nem falava o francês, mas um dialeto da região. Ela estava com uma irmã e uma vizinha pegando lenha perto da gruta de Massabielle. Tinham que passar descalças por um córrego, e Bernadete, que sofria de asma não queria por o pé na água fria. Nisso ouviu um barulho nas árvores e viu uma senhora muito bonita, radiante, vestida de branco, com uma faixa azul, sorrindo para ela. Em seguida rezou o Terço com Bernadete.


A irmã de Bernadete contou o ocorrido aos pais. Eles proibiram que ela voltasse à gruta. De tanto ela chorar os pais deixaram ela voltar. Uma nova aparição aconteceu no dia 18 de fevereiro. Bernadete aspergia a rocha com água benta onde a Senhora apareceu e esta lhe sorria. Depois lhe disse: “Quer ter a bondade de vir aqui durante quinze dias? Não lhe prometo a felicidade neste mundo, mas no outro.” Durante as aparições a Senhora pediu para que se rezasse pelos pecadores e convidou os fiéis à penitência.


Leia também: Aparições Marianas




No dia 25 de fevereiro Nossa Senhora fez brotar uma fonte de água no chão, e convidou Bernadete a beber nesta fonte; surgiu do chão que ela cavou com as mãos. Esta fonte se tornou a fonte milagrosa onde os peregrinos do mundo todo se banham e muitos já foram ali curados. Há uma equipe de médicos de várias especialidades que já confirmou muitas curas milagrosas.


Nossa Senhora pediu a Bernadete que queria ali uma igreja para dali distribuir suas bênçãos. Ela, então, foi falar com o pároco de Lourdes, mas este não acreditou nela e pediu que Bernadete dissesse o nome desta Senhora que estava lhe aparecendo, sem o que ele não faria nada.


Na última aparição, então, Nossa Senhora disse a Bernadete em francês: “Je sui le immaculè concepcion” (Eu sou a Imaculada Conceição). Bernadete não entendeu nada, pensou que ela fosse dizer: “Eu sou Maria”. Para não esquecer foi até o pároco repetindo a frase em francês para não esquecer, até ser atendida pelo pároco e contar a ele. Este levou um susto quando Bernadete disse o nome da Senhora, porque ele sabia que Bernadete não tinha condições de inventar isso. Acabou que ele acreditou, o bispo acreditou e hoje temos ali um dos mais belos e concorridos Santuários marianos do mundo, com muitos milagres e muitas conversões.



Apenas há quatro anos o Papa Pio XI tinha proclamado o dogma da Imaculada Conceição, e Nossa Senhora veio, em pessoa, confirmar o dogma e nos dar a certeza de que o Papa não erra quando pronuncia uma sentença definitiva de fé.


No início houve uma proibição da parte das autoridades para que o povo visitasse o lugar, mas depois o imperador Napoleão III consentiu no acesso à gruta. Peregrinos de todas as partes do mundo vão buscar e Lourdes não só o milagre para a cura das doenças do corpo, mas a cura da alma e a paz de espirito.


Nossa Senhora é Mãe de Jesus e nossa Mãe, por isso se preocupa com seus filhos no mundo todo. Por isso ela aparece onde Jesus permite, não para nos trazer novas revelações, mas para nos pedir que vivamos conforme a vontade de Deus, afastados dos pecados, e que tenhamos uma vida de oração e de penitência pela nossa conversão e pela conversão dos pecadores afastados de Deus.


Que neste seu dia, ela nos conceda a sua Paz e a sua Bênção! Nos consagremos a ela uma vez mais com toda a nossa vida, com tudo o que somos, temos e fazemos, colocando em suas mãos inexpugnáveis todos os nossos queridos.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

Os milagres de Lourdes

A ofensiva das críticas, calúnias e detração contra os milagres de Lourdes favoreceu o aparecimento de um órgão que tinha como encargo constatar, com todo rigor científico, a autenticidade e a natureza dos milagres acontecidos em Massabielle. 

Era a Comissão Médica de Lourdes, criada por Dom Laurence, Bispo diocesano de Tarbes-Lourdes, em 28 de julho de 1858.

Anualmente, milhares de pessoas deixam suas casas e seguem até o Santuário, erguido em honra a Nossa Senhora para pedir graças, a cura de uma doença ou agradecer por ter conseguido superar uma enfermidade. Muitos acreditam que se operou um milagre em suas vidas, mas para a Igreja reconhecer que realmente houve a "assinatura de Deus" nesta cura, existe um longo e minuncioso processo.

Tudo começa no Escritório de Constatações Médicas, um organismo criado em 1880 que tem como principal objetivo, avaliar todos os casos que se apresentam como uma cura milagrosa. Dr. Thales Gouveia Limeira é médico hematologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo. Ele é um dos muitos médicos espalhados pelo mundo inscritos no escritório de Lourdes e que recebe informações sobre os casos que são apresentados e que estão sendo avaliados. Ele explica que se uma pessoa vai à Lourdes e "acha que obteve a cura de uma doença, ela se apresenta e relata o que aconteceu. Muitas vezes essa cura é uma coisa que não há como investigar como por exemplo: a cura de uma dor de cabeça tomando água da fonte de Lourdes".

Quando o escritório recebe uma pessoa que se diz curada de uma enfermidade graças a um milagre, imediatamente é emitido um aviso a todos os hotéis e pousadas de Lourdes, convocando os médicos que estão na cidade para comparecerem ao Bureau para conhecerem e examinarem a pessoa.


"Todos os médicos que estão em Lourdes são convidados, independente de sua convicção religiosa. A única coisa que se pede é que sejam honestos e atestem o que realmente viram. A pessoa fica à disposição e pode ser examinada, pode-se medir a pressão e fazer o exame de olho de fundo e ao final, o médico deve escrever o que realmente presenciou", explica Dr. Thales. Passada esta primeira avaliação é necessário observar se a doença não apresenta uma recaída, ou seja, a cura tem que ser estável. Se os médicos decidirem pela continuação do processo, ele fica arquivado pelo período de um ano. Durante este tempo, a pessoa tida como "curada", fica sob a observação de um médico designado pela comissão. Caberá a este especialista colher testemunhas e solicitar ao investigado, a realização ou não de novos exames para constatar se de fato, a cura é definitiva.

Apesar de todo este processo, esta ainda é considerada a fase mais fácil. Isso porque em se dando continuidade a investigação, a fase seguinte é mais criteriosa: a investigação canônica.

Dr. Thales explica que todo este processo que foi estudado até o momento, é encaminhado ao bispo da diocese onde o miraculado reside que vai instituir uma Comissão Canônica composta por alguns padres - muitos deles bem rigorosos - para se verificar a vida deste indivíduo. "Eles querem saber tudo, desde se a pessoa está procurando a auto-promoção como esta suposta cura, se a sua situação de família é estável, se sua vida familiar é correta, se a relação com os filhos, com a esposa, com os parentes funciona, muitas vezes, comparando o antes e o depois, se este indivíduo comparece a Missa, se ajuda os pobres, enfim, saber se aquela cura aconteceu num contexto em que se possa dizer que houve um milagre".
  
Calcula-se que anualmente cerca de três milhões de pessoas vão a Lourdes em peregrinação. Desde o início das aparições em 1858, 300 milhões de peregrinos foram até o Santuário sendo 20 milhões de doentes que passaram pelos nove hospitais especializados na cidade. No entanto, até agora, apenas 67 curas foram reconhecidas pela Igreja como milagrosas, embora duas mil tenham sido reconhecidas pelos médicos. Pode-se dizer que a cada dois anos, acontece um milagre em Lourdes.


Os milagres reconhecidos são:

Acesse:  http://www.arautos.org/especial/24116/os-milagres-de-lourdes.html

 Santa Bernardete Soubirous

Na vida apagada e silenciosa de um convento, Santa Bernadete ratifica com sua santidade a veracidade das aparições de Lourdes, local tão prodigioso em curas de corpos. Mas, de Nossa Senhora devemos esperar também, e com maior razão, a cura das almas.


É universal a fama do Santuário de Lourdes, local onde Nossa Senhora apareceu por 18 vezes a Santa Bernadete Soubirous, em 1854, e que se tornou nos anos sucessivos um dos maiores centros de peregrinações do mundo. Sobre o intenso amor que a piedosa vidente nutriu para com a Mãe de Deus ao longo de sua vida, escreve o Pe. Trochu:

"Eu A levo no coração!"

A devoção à Santíssima Virgem tinha de ser particularmente terna e filial. Maria, seu ideal vivo, ocupava em seu coração um lugar muito próximo a Nossa Senhora, declarou sua enfermeira, Irmã Marta. "Era preciso ouvi-la quando pronunciava a Ave-Maria. Que acento de piedade, especialmente quando pronunciava as palavras ‘pobres pecadores'! E quando dizia ‘Minha Mãe celestial', nada mais podia acrescentar."

Alguém se atreveu a perguntar-lhe se a lembrança da aparição se tinha apagado em sua memória. "Apagado? - exclamou em tom de censura. Oh! não, jamais!". E levando a mão direita sobre sua fronte, dizia: "Está aqui". "Deveria nos fazer - lhe sugeriu uma companheira - uma descrição de como era a Virgem, posto que a senhora sabe como era Ela". "Não poderia nem saberia fazê-lo - foi a única resposta que deu. Eu para mim não necessito, pois A levo no coração".

A devoção mariana encheu de certo modo toda sua vida. Tinha necessidade de meditar sobre a Virgem. Via Maria em tudo e por tudo com seu coração e entendimento. Quando rezava à Santíssima Virgem, atesta Irmã Gonzaga, parecia ainda que A estava vendo. Se alguém lhe pedia alcançasse alguma graça, imediatamente respondia que rogaria à Santíssima Virgem.

Santa Bernadete se comprazia em louvá-La, fazê-La conhecer, amá-La e servi-La. Esforçava-se em imitar suas virtudes, especialmente sua humildade e renúncia. Dedicou-se, para sua devoção, a compor acrósticos - escritos poéticos em que as letras iniciais, reunidas, formam verticalmente uma palavra ou frase - em homenagem a Nossa Senhora, e o primeiro deles tinha o nome de MARIA, a partir dos termos: mortificação, amor, regularidade, inocência, abandono.

Toda sua vida desfiou o Rosário como tinha feito em Lourdes. Esta era sua devoção preferida, disse uma superiora geral. Mais de uma vez, na enfermaria, a Irmã Gonzaga Champi alternou as Ave-Marias com ela. "Então, recorda essa freira, os olhos escuros, profundos e brilhantes de Bernadete, pareciam como se estivessem vendo Nossa Senhora". Pela noite,quando se ia dormir, recomendava a uma companheira: "Toma o Rosário e durma rezando. Farás o mesmo que fazem as crianças pequenas que adormecem dizendo ‘mamãe, mamãe'...".

As virtudes da vidente abonam a autenticidade das aparições 
Essas notas sobre Santa Bernadete atestam sua ardente devoção a Nossa Senhora, e nos mostram como seu filial e terno relacionamento com a Santíssima Virgem era motivo de grande edificação para suas irmãs de hábito.

É interessante observar que Santa Bernadete teve uma vocação bastante similar à da Irmã Lúcia. A esta foi confiada a missão de revelar ao mundo as aparições de Fátima, e àquela, as de Lourdes. Uma vez cumprida a tarefa, Bernadete - assim como Lúcia - prestigiou as aparições de Massabielle tornando-se freira, santificando-se no convento e, posteriormente, sendo elevada à honra dos altares.

Embora a Igreja não determine, sob pena de pecado, acreditar-se nas aparições de Lourdes - pois são de caráter privado, e em matéria de fatos sobrenaturais somos obrigados apenas a crer nos oficiais -, na realidade roça pela heresia quem as conteste. Porque seria preciso admitir que uma santa canonizada tivesse tido tais ilusões.

Ora, isso não se pode fazer. De maneira que a vida e as virtudes de Santa Bernadete de algum modo atestam a autenticidade das aparições de Lourdes. Aliás, elas estão também exuberantemente corroboradas pelos milagres que ali se operam, os quais constituem uma prova de que em Lourdes realmente é a graça que atua.

Durante uma das visões de Santa Bernadete, a Santíssima Virgem lhe disse: "Revolva a terra com suas mãos, que dela nascerá uma fonte". A menina, uma camponesa, não teve dificuldade em escavar o solo no local indicado por Nossa Senhora. E ali, onde ninguém supunha existir água, esta começou a brotar. Assim surgiu a fonte de Lourdes, manancial de curas e conversões miraculosas, conforme prometera a Rainha do Céu. Portanto, a santidade de vida de Bernadete atesta a sinceridade de suas visões, seu equilíbrio mental e contribui, de certa forma, para demonstrar a veracidade dos fatos milagrosos ocorridos em Lourdes.

Fora desses acontecimentos públicos, ela permaneceu silenciosa, cumprindo sua missão privada. E nisso podemos aquilatar a beleza e a riqueza extraordinárias da Igreja, em cujo universo a Providência suscita diferentes vocações. Este tem uma tarefa, aquele outra, e aquele outra. Nossa Senhora distribui a cada pessoa uma determinada missão, que ela deve cumprir inteiramente, sem se imiscuir na função para a qual não foi chamada.

Em três grandes aparições, importantes mensagens
A propósito desses breves comentários, seja-me permitido ainda fazer notar um pormenor interessante. Em Lourdes Nossa Senhora comunicou também a Santa Bernadete um segredo, que deveria chegar ao Papa Pio IX.

Continuar lendo, acesse: http://www.arautos.org/artigo/45984/santa-bernardete-soubirous.html

Santo do dia - 11 de fevereiro

Nossa Senhora de Lourdes


A Virgem Maria se apresentou como a Imaculada Conceição, confirmando assim o dogma decretado anos antes.

No dia 11 de fevereiro de 1858, três meninas saem da humilde casa de um desempregado, o moleiro Soubirous, e vão apanhar lenha às margens do rio Gave. São elas: Bernadete, uma irmã e uma amiga.

O tempo está nublado, faz frio e elas precisam atravessar um riacho raso para chegar ao penhasco rochoso de Massabielle. Bernadete sofre de asma, detém-se ao longo da margem, enquanto as outras duas atravessam o rio.


Nisso, um súbito sussurro entre as árvores desperta a atenção de Bernadete, que ergue o olhar e vê na cavidade da rocha uma “Senhora” jovem, belíssima, vestida de branco, que lhe sorri. A menina encontra-se com as duas companheiras e conta-lhes o que viu. 


Os pais, informados pela irmãzinha, proíbem Bernadete de voltar à gruta; depois, vendo-a em lágrimas, cedem e, no domingo, 18 de fevereiro, 20 pessoas para lá se dirigem em companhia da vidente.


A “Senhora” já está esperando por ela. Sorri quando Bernadete borrifa a rocha com água benta: “Tu me queres fazer o favor”, disse-lhe, “de vir aqui a cada 15 dias? Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro”.


No dia 21 de fevereiro, entre a multidão, acham-se disfarçados três policiais e alguns funcionários do governo. De repente, o rosto de Bernadete se ilumina e os homens descobrem a cabeça quando dos lábios da menina ouvem sair este grito: “Penitência!”
No dia seguinte a Senhora manda beber da fonte... que naquele momento esguicha aos pés da pedra. É a fonte milagrosa! 


No dia 27 de fevereiro convida a menina a beijar a terra como sinal de penitência pelos pecadores. E diz: “Tu mandarás o sacerdote construir aqui uma capela”. Mas o padre Peyramale não é amável com Bernadete: “Pergunta àquela Senhora como se chama”. 


Na noite entre 24 e 25 de março, Bernadete transmite à Senhora o pedido do pároco. “Eu sou a Imaculada Conceição”, responde a Senhora. Uma resposta inesperada, ao menos nessa formulação, e o pároco, tocado, crê. Quatro anos antes, Pio IX proclamara solenemente o dogma da Imaculada, mas Bernadete — “a mais ingênua” dentre as adolescentes da paróquia, que não sabia nem ler nem escrever — o ignorava.


Lourdes torna-se o centro para onde convergem os doentes de corpo e alma, à procura do milagre mais cobiçado: a serenidade. A Bernadete ficou reservado, entre as quatro paredes do convento de Nevers, o privilégio do sofrimento, como penhor da conversão dos pecadores.


Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu, nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho que entrou para o ofício das leituras do dia de hoje.

“Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.

Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, e, em virtude dos méritos de Cristo Jesus, Nossa Senhora, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu que rezássemos pela conversão deles com oração, conversão, penitência.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!


São Castrense
 Castrense viveu no século V, era cristão e bispo de Cartagine, atual Tunísia, África. Durante a invasão dos Vândalos, comandados pelo rei Genserico, ele foi lançado ao mar, junto com outros sacerdotes e fiéis, dentro de um velho navio desprovido de velas, remos e leme. Com certeza, o intuito era que morressem afogados, mas milagrosamente ele sobreviveu, desembarcando na costa italiana, próxima a Nápolis.

Pelos registros, ele retomou sua missão apostólica e logo se tornou bispo de Castel Volturno. Depois, de acordo com o antiqüíssimo "Calendário Marmóreo" de Nápolis, ele também foi eleito bispo de Sessa, aceitando a difícil tarefa de conduzir os dois rebanhos, os quais guiou com amor e zelo paternal. Castrense era humilde e carismático, penitente e caridoso, durante a sua vida patrocinou dois episódios prodigiosos, registrados nos arquivos da Igreja: libertou um homem possesso pelo demônio e salvou um navio cheio de passageiros de uma grande tempestade.

Assim, a fama de santidade já o acompanhava, quando morreu como mártir de Jesus Cristo, em 11 de fevereiro de 450, em Sessa, Nápolis. Logo passou a ser venerado pela população em toda Campânia e em muitas outras cidades, inclusive na África.

As relíquias do Santo, foram transferidas, antes do século XII, de Sessa para Cápua e depois por determinação de Guilherme II o Bom, último rei normando da Sicília, foram enviadas para Monreale. Em 1637, foram transladadas para a Capela anexa à Catedral de Monreale, em uma urna de prata com uma placa onde se pode ler "São Castrense, eterno baluarte da cidade de Monreale".

As mais recentes informações sobre este Santo de origem africana, datam de 1881, e foram encontradas durante as escavações arqueológicas na gruta de Calvi, próximas de Monreale. São pinturas do século VII que retratam o bispo Castrense, nas duas dioceses e ao lado de outros mártires da mesma época e região.

Mas ainda hoje encontramos o efeito da sua presença na Catânia, seja na pequena região que leva o nome de São Castrense, seja nas diversas igrejas e no convento feminino beneditino erguido ao lado da Catedral, sendo tudo dedicado à sua memória. Inclusive nas manifestações de sua devoção quando da comemoração de sua passagem no dia 11 de fevereiro. Data oficializada pela Igreja, quando reconheceu o seu martírio e declarou o bispo Castrense, Santo e padroeiro da cidade de Monreale. Neste dia a sua estátua segue em procissão da Catedral de Monreale, indo para a de Sessa e retornando após o culto litúrgico. Dizem os devotos que durante este trajeto muito graças são alcançadas por sua intercessão.


São Castrense, rogai por nós!

Nossa Senhora de Lourdes

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Santo do dia - 10 de fevereiro

Santa Escolástica


Fundadora da Ordem das Beneditinas

Santa Escolástica, doou, junto com seu irmão, toda sua vida pelas almas

 O nome de Santa Escolástica, irmã de São Bento, nos leva para o século V, para o primeiro mosteiro feminino ocidental, fundamentado na vida em comum, conceito introduzido na vida dos monges. São Bento foi o primeiro a orientar para servir a Deus não "fugindo do mundo" através da solidão ou da penitência itinerante, como os monges orientais, mas vivendo em comunidade duradoura e organizada, e dividindo rigorosamente o próprio tempo entre a oração, trabalho ou estudo e repouso.

Escolástica e Bento, irmãos gêmeos, nasceram em Nórcia, região central da Itália, em 480. Eram filhos de nobres, o pai Eupróprio ficou viúvo quando eles nasceram, pois a esposa morreu durante o parto. Ainda jovem Escolástica se consagrou a Deus com o voto de castidade, antes mesmo do irmão, que estudava retórica em Roma. Mais tarde, Bento fundou o mosteiro de Monte Cassino criando a Ordem dos monges beneditinos. Escolástica, inspirada por ele, fundou um mosteiro, de irmãs, com um pequeno grupo de jovens consagradas. Estava criada a Ordem das beneditinas, que recebeu este nome em homenagem ao irmão, seu grande incentivador e que elaborou as Regras da comunidade.

São muito poucos os dados da vida de Escolástica, e foram escritos quarenta anos depois de sua morte, pelo santo papa Gregório Magno, que era um beneditino. Ele recolheu alguns depoimentos de testemunhas vivas para o seu livro "Diálogos" e escreveu sobre ela apenas como uma referência na vida de Bento, pai dos monges ocidentais.

Nesta página expressiva contou que, mesmo vivendo em mosteiros próximos, os dois irmãos só se encontravam uma vez por ano, para manterem o espírito de mortificação e elevação da experiência espiritual. Isto ocorria na Páscoa e numa propriedade do mosteiro do irmão. Certa vez, Escolástica foi ao seu encontro acompanhada por um pequeno grupo de irmãs, quando Bento chegou também acompanhado por alguns discípulos. Passaram todo o dia conversando sobre assuntos espirituais e sobre as atividades da Igreja.

Quando anoiteceu, Bento, muito rigoroso às Regras disse à irmã que era hora de se despedirem. Mas Escolástica pediu que ficasse para passarem a noite, todos juntos, conversando e rezando. Bento se manteve intransigente dizendo que deveria ir para suas obrigações. Neste momento ela se pôs a rezar com tal fervor que uma grande tempestade se formou com raios e uma chuva forte caiu a noite toda, e ele teve de ficar. Os dois irmãos puderam conversar a noite inteira. No dia seguinte o sol apareceu, eles se despediram e cada grupo voltou para o seu mosteiro. Essa seria a última vez que os dois se veriam.

Três dias depois, em seu mosteiro Bento recebeu a notícia da morte de Escolástica, enquanto rezava olhando para o céu, viu a alma de sua irmã, penetrar no paraíso em forma de pomba. Bento mandou buscar o seu corpo e o colocou na sepultura que havia preparado para si. Ela morreu em 10 de fevereiro de 547, quarenta dias antes que seu venerado irmão Bento. Escolástica foi considerada a primeira monja beneditina e Santa.



Santa Escolástica, rogai por nós!


São Guilherme de Malavale
 Guilherme era de origem nobre, nasceu em 1071, na França. Era um duque da Aquitânia, que se dedicou até o final da juventude às artes militares e mundanas, afastado do cristianismo. A sua conversão foi atribuída a são Bernardo, que o inspirou a desejar viver a experiência do retiro espiritual, num bosque afastado. Quando saiu do isolamento, alguns meses depois, procurou o papa Urbano II para pedir perdão dos pecados. Após receber sua benção, seguiu em peregrinação para Jerusalém.

Guilherme ficou nove anos na Terra Santa, praticando obras de penitência e piedade e, quando voltou, se juntou a uma comunidade de ermitãos, próximo de Pisa, na Itália. Dois anos depois foi para a Toscana, onde, na floresta de Malavale construiu o seu derradeiro retiro. E deste momento em diante começou a fama de sua santidade.

Em Malavale, tinha como única companhia às feras selvagens, dormia no chão duro e se alimentava de plantas e raízes. Os habitantes aprenderam a estima-lo. Não raro, as crianças eram socorridas por ele, quando se perdiam no bosque. A tradição conta que, certa vez, um grande dragão tentou atacar um menino, quando o ermitão apareceu e com o seu bastão ordenou que a fera se afastasse. Porém o animal ficou em pé sobre as patas traseiras e, soltando fumaça pelas ventas, se voltou contra ele. Prodigiosamente, Guilherme foi se elevando, até chegar na altura da cabeça da fera, aí o golpeou com o bastão e o dragão caiu morto. Por isto, passou a ser chamado de Guilherme, "o grande".

Já idoso, acolheu dois discípulos, Alberto e Reinaldo, que o acompanharam até a morte. Nos últimos meses Alberto escreveu sua biografia, onde registrou sua disciplina de vida reclusa e espiritual. Aos 10 de fevereiro de 1157, Guilherme morreu, mas antes, fez algumas profecias e vários prodígios testemunhados que foram registrados.

A sua herança , como ocorreu com outros grandes ermitão e padres do deserto, foi apenas a modesta cela de Malavale, como exemplo de uma vida espiritual contemplativa, de afastamento e austeridade, e não um compromisso de dar vida a uma nova congregação. Entretanto, ela floresceu ao redor de sua sepultura, só com o legado do seu exemplo de severa renuncia ao mundo, que continuou ainda atraindo ao local jovens desejosos de seguir suas pegadas. Os dois discípulos Alberto e Reinaldo fundaram a Ordem dos Guilhermitas e escreveram as Regras, seguindo a biografia, aprovada pela Santa Sé. Tempos depois, a nova congregação já alcançava a França, Itália, Alemanha e Holanda.

Em 1202, o papa Inocêncio III declarou Guilherme de Malavale, Santo e manteve a festa no dia 10 de fevereiro. Seus restos mortais foram guardados na catedral de Buriano, onde foi colocada a estátua de são Guilherme com dragão a seus pés. Desde 1255, os Guilhermitas fazem parte da Ordem dos agostinianos, que assimilou o pensamento deste santo. O dia de São Guilherme o Grande ou de Malavale, como também é chamado, integra o calendário dos santos agostinianos desde o século XIII, sendo reverenciado como exemplo de vida de santidade a ser seguido.



São Guilherme de Malavale, rogai por nós!

 

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Santo do dia - 9 de fevereiro

Santa Apolônia

Os seis anos de 243 a 249, durante os quais o rumo do Império Romano ficou sob a direção de Felipe o Árabe, foram considerados: um intervalo de trégua do regime do anticristianismo. No último ano, porém, houve um episódio que comprovou que a aversão aos cristãos, pelo menos na província africana, não havia desaparecido.

O ocorrido era narrado por Dionísio, o bispo da Alexandria no Egito, em uma carta que enviou ao bispo Fabio da diocese de Antioquia, em 249. Na carta ele escreveu que: "No dia 9 de fevereiro, um charlatão alexandrino, "maligno adivinho e falso profeta", que insuflava a população pagã, sempre pronta a se agitar, provocou uma terrível revolta. As casas dos cristãos foram invadidas. Os pagãos saquearam os vizinhos católicos ou aqueles que estivessem mais próximos, levando as jóias e objetos preciosos. Os móveis e as roupas foram levados para uma praça, onde ergueram uma grande fogueira. Os cristãos, mesmo os velhos e as crianças, foram arrastados pelas ruas, espancados, escorraçados e, condenados a morte, caso não renegassem a fé em voz alta. A cidade parecia que tinha sido tomada por uma multidão de demônios enfurecidos".

"Os pagãos prenderam também a bondosa virgem Apolônia, que tinha idade avançada. Foi espancada violentamente no rosto porque se recusava a repetir as blasfêmias contra a Igreja, por isto teve os dentes arrancados. Além disso, foi arrastada até a grande fogueira, que ardia no centro da cidade. No meio da multidão enlouquecida, disseram que seria queimada viva se não repetisse, em voz alta, uma declaração pagã renunciando a fé em Cristo. Neste instante, ela pediu para ser solta por um momento, sendo atendida ela saltou rapidamente na fogueira, sendo consumida pelo fogo."

O martírio da virgem Apolônia, que terminou aparentemente em suicídio, causou, exatamente por isto, um grande questionamento dentro da Igreja, que passou a avaliar se era correto e lícito, se entregar voluntariamente à morte para não renegar a fé. Esta dúvida encontrou eco também no livro " A cidade de Deus" de Santo Agostinho, que também não apresentou uma posição definida.

Contudo, o gesto da mártir Apolônia, a sua vida reclusa dedicada à caridade cristã, provocou grande emoção e devoção na província africana inteira, onde ela consumou o seu sacrifício. Passou a ser venerada, porque foi justamente o seu apostolado desenvolvido entre os pobres da comunidade que a colocou na mira do ódio e da perseguição dos pagãos, e o seu culto se difundiu pelas dioceses no Oriente e no Ocidente.

Em várias cidades européias surgiram igrejas dedicadas a ela. Em Roma foi erguida uma igreja, hoje desaparecida, próxima de Santa Maria em Trasteve, Itália.

Sobre a sua vida não se teve outro registro, senão que seus devotos a elegeram, no decorrer dos tempos, como protetora contra as doenças da boca e das dores dos dentes. Mas restou seu exemplo de generosa e incondicional oferta a Cristo. A Igreja a canonizou e oficializou seu culto conforme a data citada na carta do bispo Dionísio.


Santa Apolônia, rogai por nós!


São Miguel Febres Cordero Munhoz
 Miguel Febres Cordero Munhoz nasceu em Cuenca, Equador, em 7 de novembro de 1854, foi filho de um professor universitário e seu avô foi um general do exército, venerado como herói nacional. Aos cinco anos de idade, Nossa Senhora lhe apareceu durante um sonho e desde então decidiu que seria um sacerdote. Três anos depois, sentiu novamente a presença da Virgem Maria quando foi protegido milagrosamente de ser morto por um touro selvagem.

Aos nove anos ingressou no colégio da congregação dos Irmãos da Escola Cristãs de la Sale, que chegara recentemente ao Equador. Quatro anos mais tarde, se juntou aos irmãos iniciando seu noviciado, com a benção dos seus pais, que de imediato fizeram oposição. Tornou-se um sacerdote educador famoso, dotado de notável inteligência. Aos dezessete anos publicou seu primeiro livro pedagógico, que acabou sendo adotado pelo governo. Esta função considerada a mais nobre e rendosa missão para a Igreja e para a pátria, ele exerceu durante trinta e dois anos, na cidade de Quito.

Padre Miguel se firmou no meio intelectual como filósofo, pedagogo, teólogo e escritor de vários livros de gramática, manuais de geografia, história, religião e literatura. Foi eleito em 1892, membro da Academia Equatoriana da Língua, em seguida foi agraciado também pelas Academias da Espanha, França e Venezuela, chegando a trabalhar em Paris, Bélgica e Espanha.

Entre 1901 e 1904 foi diretor dos noviços de sua congregação, quando foi transferido para a Europa, onde trabalhou como tradutor para os Lassaristas em Paris e Bélgica. A partir de 1908, já com a saúde fragilizada por uma persistente pneumonia, foi enviado para uma escola perto de Barcelona, na Espanha. Continuou trabalhando, mas lentamente e cada vez mais debilitado acabou falecendo no dia 9 de fevereiro de 1910, na cidade Superior Del Estragar onde foi sepultado.

A fama de eminente santidade o acompanhou durante toda a vida e perdurou depois da sua morte. Vinte anos depois, durante a Revolução Espanhola, seus restos mortais foram transladados para o Equador, onde seu corpo incorrupto foi recebido com honras de herói nacional . Amado pelo povo, como tal, mas principalmente como modelo de religioso a ser seguido, foi enterrado em Quito, cidade em que passou maior parte de sua vida.

O seu culto se espalhou rapidamente e seu túmulo se tornou meta de peregrinação. Ele foi beatificado em 1977 e, mais tarde, canonizado pelo papa João Paulo II em 1984. O padre Miguel Febres Cordero Munhoz se tornou o primeiro Santo equatoriano. 


São Miguel Febres Cordero Munhoz, rogai por nós!