Santa Teresa de Ávila
Carmelita e Doutora da Igreja (1515-1582)
Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de
recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São
João da Cruz
Teresa de Cepeda y Ahumada, nascida em uma nobre família de Ávila, na
Castela Velha, começou cedo a dar prova de temperamento vivaz, fugindo
de casa aos 7 anos para buscar o martírio entre os mouros da África, por
amor de Cristo. Mas, aos 16 anos, começou a se embelezar por amor a um
simples mortal. E o pai, por um compreensível ciúme e para protegê-la,
confiou-a a um convento de freiras.
Aos 20 anos, contrariando os planos paternos, decidiu ser freira. Houve
poucos anos de vida regular, pois ela também cedeu a certa moda. As
vozes interiores não lhe deram tréguas e ela sentiu um desejo sempre
mais insistente de retornar ao primitivo rigor dos carmelitas, sendo
objeto de extraordinárias experiências místicas, traduzidas depois, por
obediência, em vários tratados de oração mental, citados entre os
clássicos da literatura espanhola.
Aos 40 anos, ocorre a primeira grande virada na vida desta imprevisível
santa de ideias generosas. Depois das aflições interiores, dos
escrúpulos e daquilo que, na mística, é chamado de “noite dos sentidos” —
ou trevas interiores, a prova mais dura que uma alma deve superar —,
dá-se o encontro iluminador com dois santos, Francisco de Borja e Pedro
de Alcântara. Estes a repõem no bom caminho, na via da total confiança
em Deus.
Em 1562, ela funda, em Ávila, o convento reformado sob o patrocínio de
são José. Cinco anos depois, um outro decisivo encontro: João da Cruz, o
príncipe da Teologia Mística. Os dois foram feitos para se entenderem.
Inicia, assim, aquele singular conúbio, em meio a ardentíssimos
arrebatamentos místicos e ocupações práticas do dia a dia, que fazem
dela a 'santa do bom senso', uma contemplativa imersa na realidade.
Ela possui a chave para entrar no Castelo interior da alma, “cuja porta
de ingresso é a oração”, mas ao mesmo tempo sabe tratar egregiamente de
matérias econômicas. “Teresa”, diz ela argutamente, “sem a graça de Deus
é uma pobre mulher; com a graça de Deus, uma força; com a graça de Deus
e muito dinheiro, uma potência”. Viaja pela Espanha de alto a baixo
(era chamada a “freira viajante”) para erigir novos conventos reformados
e revela-se uma hábil organizadora.
Escreve a história da própria vida, um livro de confissões
extraordinariamente sinceras: “Como me mandaram escrever o meu modo de
fazer oração e as graças que o Senhor me fez, eu queria que me tivessem
concedido o poder de contar minuciosamente, e com clareza, os meus
grandes pecados”. Morre pronunciando as palavras: “Sou filha da Igreja”.
Em 1970, Paulo VI proclamou-a Doutora da Igreja.
Santa Teresa de Ávila, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
domingo, 14 de outubro de 2018
Evangelho do Dia
28º Domingo do Tempo Comum
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 10, 17-30
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Felizes os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São
Marcos:
Naquele tempo, quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém
correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: 'Bom Mestre, que devo fazer
para ganhar a vida eterna?' Jesus disse: 'Por que me chamas de bom?' Só Deus
é bom, e mais ninguém. Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás
adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás
ninguém; honra teu pai e tua mãe!'
Ele respondeu: 'Mestre, tudo isso tenho
observado desde a minha juventude'.
Jesus olhou para ele com amor, e disse:
'Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um
tesouro no céu. Depois vem e segue-me!' Mas quando ele ouviu isso, ficou
abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. Jesus então
olhou ao redor e disse aos discípulos: 'Como é difícil para os ricos entrar no
Reino de Deus!' Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse
de novo: 'Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil
um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de
Deus!'
Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos
outros: 'Então, quem pode ser salvo?' Jesus olhou para eles e disse: 'Para os
homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível'. Pedro então começou a dizer-lhe: 'Eis que nós deixamos tudo e te seguimos'. Respondeu Jesus: 'Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos,
irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá
cem vezes mais agora, durante esta vida - casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e
campos, com perseguições - e, no mundo futuro, a vida eterna.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
- Felizes os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3);
- Glória a Vós, Senhor
Comentário ao Evangelho por São João Crisóstomo, Bispo e
Doutor da Igreja
Homilia 63 sobre São Mateus; PG 58,603
«Terás um tesouro no Céu»
Cristo tinha dito ao jovem: «Se queres entrar na vida eterna, cumpre os
mandamentos» (Mt 19,17). E ele perguntou-Lhe: «Quais?», não para O pôr à prova,
longe disso, mas por supor que o Senhor tinha para ele, a par da Lei de Moisés,
outros mandamentos que lhe proporcionassem a vida; era uma demonstração do seu
desejo ardente. Depois de Jesus lhe enunciar os mandamentos da Lei, o jovem
disse-Lhe: «Tenho cumprido tudo isso»; e prossegue: «Que me falta ainda?» (Mt
19,20), sinal certo desse mesmo desejo ardente. Não são as almas pequenas que
consideram que ainda lhes falta alguma coisa, a quem parece insuficiente o
ideal proposto para alcançarem o objeto dos seus desejos.
E que diz Cristo? Propõe-lhe uma coisa grande; começa por
propor-lhe a recompensa, declarando: «Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o
que tens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro nos Céus; depois, vem e
segue-Me». Vês o preço, a coroa que Ele oferece como prémio desta corrida
desportiva? [...] Para o atrair, propõe-lhe uma recompensa de grande valor e
apresenta-lhe o cenário completo. Aquilo que poderia parecer penoso permanece
na sombra. Antes de falar de combates e de esforços, mostra-lhe a recompensa:
«Se queres ser perfeito», diz-lhe: eis a glória, eis a felicidade! [...] «Terás
um tesouro nos Céus; depois, vem e segue-Me»: eis a soberba recompensa daqueles
que seguem a Cristo, daqueles que escolhem ser seus companheiros e seus amigos!
Este jovem apreciava as riquezas da Terra; Cristo aconselha-o a despojar-se
delas, não para empobrecer com este despojamento, mas para enriquecer ainda
mais.
Homilia 63 sobre São Mateus; PG 58,603
Cristo tinha dito ao jovem: «Se queres entrar na vida eterna, cumpre os mandamentos» (Mt 19,17). E ele perguntou-Lhe: «Quais?», não para O pôr à prova, longe disso, mas por supor que o Senhor tinha para ele, a par da Lei de Moisés, outros mandamentos que lhe proporcionassem a vida; era uma demonstração do seu desejo ardente. Depois de Jesus lhe enunciar os mandamentos da Lei, o jovem disse-Lhe: «Tenho cumprido tudo isso»; e prossegue: «Que me falta ainda?» (Mt 19,20), sinal certo desse mesmo desejo ardente. Não são as almas pequenas que consideram que ainda lhes falta alguma coisa, a quem parece insuficiente o ideal proposto para alcançarem o objeto dos seus desejos.
Papa Francisco celebra missa de canonização de Paulo 6º e Óscar Romero
Contestados dentro da igreja nas décadas passadas se tornam santos com outros cinco religiosos
O papa Francisco canonizou neste domingo (14), no Vaticano, Paulo 6º e dom Óscar Romero.
Retrato de Óscar Romero e Paulo VI que foram canonizados pelo papa Francisco neste domingo (14)
- Alessandro Bianch/Reuters
"Declaramos e consideramos santos Paulo 6º e Óscar Arnulfo Romero Galdámez", diz em latim o papa Francisco.
É terceiro antecessor que o argentino canoniza desde 2013. Antes de Paulo 6º, Francisco tinha tornado santos João 23, que morreu em 1963, e João Paulo 2º, que morreu em 2005.
Tanto Romero, que foi morto a tiros em 24 de março de 1980 durante a celebração de uma missa em San Salvador, quanto Paulo 6º, que guiou a Igreja até a conclusão do modernizado Concílio Vaticano 2º de 1962 a 1965, foram figuras que ficaram famosas dentro e fora da Igreja. Cerca de cinco mil peregrinos salvadorenhos viajaram a Roma para a cerimônia e dezenas de milhares de pessoas passaram a noite do lado de fora da catedral de San Salvador, onde os restos mortais de Romero estão sepultados, para assistir à missa.
A morte de Romero comoveu o país e sua imagem só não foi mais divulgada devido à forte oposição no Vaticano e entre conservadores da igreja na América Latina. Os conflitos em El Salvador de 1980 a 1992 deixou 75 mil mortos e 8.000 desaparecidos.
"Seu martírio continuou (mesmo depois de sua morte). Ele foi difamado, caluniado... até mesmo por seus próprios irmãos no sacerdócio e no episcopado", disse Francisco em 2015.. "Ele foi atingido pela pedra mais dura que existe em o mundo: a língua."
Já Paulo 6º, apesar da oposição a métodos contraceptivos, também desagradou à parte mais conservadora da Igreja Católica, por se aproximar de outras religiões, em especial dos judeus. Foi ele quem se tornou o primeiro papa nos tempos modernos a viajar para fora da Itália para ver os fiéis, introduzindo uma prática que se tornou sinônimo do papado, e que permitiu que a missa fosse celebrada na língua local, e não mais só em latim.
Paulo 6º, que ficou mais conhecido pela encíclica Humane Vitae (de 1968), em que a Igreja se opôe ao controle de natalidade, foi eleito papa em 1963 e se manteve no cargo até a morte, em 1978.
Francisco também canonizou neste domingo os religiosos Francisco Spinelli, Vicente Romano, María Catalina Kasper, Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesús e Nuncio Sulprizio, que atuaram na Europa nos séculos 18 e 19.
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Santo do dia - 14 de outubro
São Calisto I
Papa (+222)
Até o seu martírio defendeu a Misericórdia de Deus, que se expressa pela Igreja, que perdoa os pecados dos que cumprem as condições de penitência
Romano de Trastevere (está sepultado na igreja de Santa Maria, em Trastevere, e não nas catacumbas que levam seu nome), filho de escravos, Calisto não teve vida fácil.
O cristão Carpóforo, da família do imperador Cômodo, havia-lhe confiado a administração dos bens da comunidade cristã. Não foi um hábil administrador e, descoberto um grande desfalque, Calisto fugiu.
Capturado em Óstia, a ponto de zarpar, foi condenado a girar a roda de um moinho. Carpóforo mostrou-se generoso, condenando-o a pagar o débito; mas a justiça seguiu seu curso. Foi condenado à flagelação, depois deportado para as minas da Sardenha.
Libertado, o papa Vítor ocupou-se pessoalmente dele — sinal de que Calisto desfrutava certa fama, furto à parte. Para desviá-lo da tentação, fixou-lhe um ordenado. O sucessor Zeferino foi igualmente generoso: ordenou-o diácono e confiou-lhe a guarda do cemitério cristão na via Ápia Antiga (as célebres catacumbas conhecidas em todo o mundo com seu nome).
Numa área de 120 mil metros quadrados, com quatro pavimentos sobrepostos e 20 quilômetros de corredores, estão guardados os corpos de numerosos cristãos, de santa Cecília a são Fabiano.
Quando, em 217, o diácono Calisto foi eleito papa, explodiu a primeira rebelião aberta de um grupo de cristãos “rigoristas”, por causa não só das precedentes e bem notórias desventuras de Calisto, mas sobretudo em virtude de sua atitude conciliadora para com os pecadores arrependidos — ou melhor, para com aqueles cristãos pouco dispostos ao martírio, que se tinham munido do libellum de fidelidade aos deuses de Roma, e que, uma vez passada a tempestade, pediam para voltar ao redil.
Entre os rigoristas hostis ao novo papa, destacavam-se Tertuliano, Novaciano e o sanguinário Hipólito que, com seus Philosophumena, atacou violentamente Calisto, fazendo-se, depois, consagrar bispo; posteriormente um grupo de padres romanos dissidentes elegeram-no papa.
Foi o primeiro antipapa da história e é, caso único, também santo, graças a seu arrependimento e ao martírio sofrido em 235 na Sardenha. Também Calisto parece ter sofrido o martírio, não pela mão do imperador romano, mas durante uma convulsão em Todi. Os cristãos, não conseguindo chegar até as catacumbas da Ápia Antiga, sepultaram-no na via Aurélia; desta, Gregório III o transferiu para a basílica de Santa Maria, em Trastevere.
São Calisto I, rogai por nós!
Papa (+222)
Até o seu martírio defendeu a Misericórdia de Deus, que se expressa pela Igreja, que perdoa os pecados dos que cumprem as condições de penitência
Romano de Trastevere (está sepultado na igreja de Santa Maria, em Trastevere, e não nas catacumbas que levam seu nome), filho de escravos, Calisto não teve vida fácil.
O cristão Carpóforo, da família do imperador Cômodo, havia-lhe confiado a administração dos bens da comunidade cristã. Não foi um hábil administrador e, descoberto um grande desfalque, Calisto fugiu.
Capturado em Óstia, a ponto de zarpar, foi condenado a girar a roda de um moinho. Carpóforo mostrou-se generoso, condenando-o a pagar o débito; mas a justiça seguiu seu curso. Foi condenado à flagelação, depois deportado para as minas da Sardenha.
Libertado, o papa Vítor ocupou-se pessoalmente dele — sinal de que Calisto desfrutava certa fama, furto à parte. Para desviá-lo da tentação, fixou-lhe um ordenado. O sucessor Zeferino foi igualmente generoso: ordenou-o diácono e confiou-lhe a guarda do cemitério cristão na via Ápia Antiga (as célebres catacumbas conhecidas em todo o mundo com seu nome).
Numa área de 120 mil metros quadrados, com quatro pavimentos sobrepostos e 20 quilômetros de corredores, estão guardados os corpos de numerosos cristãos, de santa Cecília a são Fabiano.
Quando, em 217, o diácono Calisto foi eleito papa, explodiu a primeira rebelião aberta de um grupo de cristãos “rigoristas”, por causa não só das precedentes e bem notórias desventuras de Calisto, mas sobretudo em virtude de sua atitude conciliadora para com os pecadores arrependidos — ou melhor, para com aqueles cristãos pouco dispostos ao martírio, que se tinham munido do libellum de fidelidade aos deuses de Roma, e que, uma vez passada a tempestade, pediam para voltar ao redil.
Entre os rigoristas hostis ao novo papa, destacavam-se Tertuliano, Novaciano e o sanguinário Hipólito que, com seus Philosophumena, atacou violentamente Calisto, fazendo-se, depois, consagrar bispo; posteriormente um grupo de padres romanos dissidentes elegeram-no papa.
Foi o primeiro antipapa da história e é, caso único, também santo, graças a seu arrependimento e ao martírio sofrido em 235 na Sardenha. Também Calisto parece ter sofrido o martírio, não pela mão do imperador romano, mas durante uma convulsão em Todi. Os cristãos, não conseguindo chegar até as catacumbas da Ápia Antiga, sepultaram-no na via Aurélia; desta, Gregório III o transferiu para a basílica de Santa Maria, em Trastevere.
São Calisto I, rogai por nós!
sábado, 13 de outubro de 2018
Santo do dia - 13 de outubro
São Daniel e companheiros
Missionários franciscanos mártires (+1227)
Os esclarecimentos que se tem sobre o ocorrido com estes missionários franciscanos são baseados em duas cartas encontradas nas suas residências. Os estudiosos consideraram também autêntica a carta de um certo Mariano de Gênova, que escrevera ao irmão Elias de Cortona, comunicando o destino glorioso dos missionários. Esse documento teria sido escrito poucos dias após os acontecimentos, e faz parte dos arquivos da Igreja.
O irmão Elias de Cortona era o superior da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos viajaram da Itália para a Espanha, desejosos de transferirem-se para o Marrocos, na África, onde pretendiam converter os muçulmanos. Era um período de grande entusiasmo missionário nas jovens ordens franciscanas, fortalecidas pela memória de são Francisco, que morrera no ano anterior.
O chefe do grupo era Daniel, nascido em Belvedere, na Calábria, que também ocupava o cargo de ministro provincial da Ordem naquela região; os outros se chamavam Samuel, Ângelo, Donulo, Leão, Nicolas e Hugolino. Após uma breve permanência na Espanha, transferiram-se para a cidade de Ceuta, no Marrocos.
Era um ato verdadeiramente corajoso, porque as autoridades marroquinas haviam proibido qualquer forma de propaganda da fé cristã. No início, e por pouco tempo, trabalharam nos inúmeros mercados de Pisa, Gênova e Marsiglia, enquanto residiam em Ceuta. Depois, nos primeiros dias de outubro de 1227, decidiram iniciar as pregações entre os infiéis.
Nas estradas de Ceuta, falando em latim e em italiano, pois não conheciam o idioma local, anunciaram Cristo, contestando com palavras rudes a religião de Maomé. As autoridades mandaram que fossem capturados. Levados à presença do sultão, foram classificados como loucos, devendo permanecer na prisão.
Depois de sete dias, todos eles voltaram à presença do sultão, que se esforçou de todas as maneiras para que negassem a religião cristã. Mas não conseguiu. Então, condenou à morte os sete franciscanos, que se mantiveram firmes no cristianismo. No dia 10 de outubro, foram decapitados em praça pública e seus corpos, destroçados.
Todavia, os comerciantes cristãos ocidentais recuperaram os pobres restos, que sepultaram nos cemitérios dos subúrbios de Ceuta. Em seguida, os ossos foram transferidos para a Espanha. Hoje, as relíquias são conservadas em diversas igrejas de várias cidades da Espanha, de Portugal e da Itália.
O papa Leão X, em 1516, canonizou como santos Daniel e cada um dos seis companheiros, autorizando o culto para o dia 13 de outubro.
São Daniel e companheiros, rogai por nós!
Rei da Inglaterra (1003-1066)
O “bom rei Eduardo”, como o chamavam seus súditos, deixou uma bela recordação de si, tanto por haver abolido algumas leis injustas, quanto por seu temperamento suave e generoso. Instaurou um período de paz e prosperidade na Inglaterra, depois de longas contendas entre o partido normando e o anglo-saxão.
Por amor à paz, desposou a culta Edite Golwin, filha de seu mais irredutível adversário, o astuto barão Golwin. Este ficou convencido de haver realizado seu sonho de governar o país: receberia carta branca do piedoso monarca, que deixaria em suas mãos a administração de todo o Estado, a fim de cultivar sem preocupação seu hobby, a caça, e dedicar-se à oração e à ascese cristã.
O jovem rei desfrutava a fama de santidade e era já chamado de “confessor” — talvez para distingui-lo do avô, "Eduardo, o mártir", assassinado por ordem de sua madrasta.
Mas o barão havia feito um cálculo errado, pois o jovem rei Eduardo, ao perceber as intenções do sogro, exilou-o do reino e encerrou Edite em um convento. Mas por pouco tempo: apaixonado pela mulher, chamou-a para junto de si. Segundo os biógrafos do santo, ambos fizeram voto de virgindade de comum acordo. Não faltavam ilustres exemplos também na história das casas reinantes da Europa.
Filho do rei Etelredo II, o Irresoluto, Eduardo tinha vivido no exílio junto com os parentes maternos, de 1014 a 1041, na Normandia. Então fez voto de realizar uma peregrinação a Roma se obtivesse a graça de poder voltar à pátria. Quando, por fim, pôs os pés na Inglaterra e tomou posse do trono, quis cumprir seu voto, mas foi dispensado pelo papa.
Em troca, depois de haver socorrido os mais pobres do reino com o dinheiro da viagem, restaurou a abadia de Westminster, na qual foi depois sepultado.
Morreu em 5 de janeiro, e seu corpo, encontrado ainda intacto depois de 50 anos, foi trasladado solenemente para a igreja abacial em 13 de outubro de 1162, ano seguinte ao de sua canonização.
Santo Eduardo, o Confessor, rogai por nós!
Missionários franciscanos mártires (+1227)
Os esclarecimentos que se tem sobre o ocorrido com estes missionários franciscanos são baseados em duas cartas encontradas nas suas residências. Os estudiosos consideraram também autêntica a carta de um certo Mariano de Gênova, que escrevera ao irmão Elias de Cortona, comunicando o destino glorioso dos missionários. Esse documento teria sido escrito poucos dias após os acontecimentos, e faz parte dos arquivos da Igreja.
O irmão Elias de Cortona era o superior da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos viajaram da Itália para a Espanha, desejosos de transferirem-se para o Marrocos, na África, onde pretendiam converter os muçulmanos. Era um período de grande entusiasmo missionário nas jovens ordens franciscanas, fortalecidas pela memória de são Francisco, que morrera no ano anterior.
O chefe do grupo era Daniel, nascido em Belvedere, na Calábria, que também ocupava o cargo de ministro provincial da Ordem naquela região; os outros se chamavam Samuel, Ângelo, Donulo, Leão, Nicolas e Hugolino. Após uma breve permanência na Espanha, transferiram-se para a cidade de Ceuta, no Marrocos.
Era um ato verdadeiramente corajoso, porque as autoridades marroquinas haviam proibido qualquer forma de propaganda da fé cristã. No início, e por pouco tempo, trabalharam nos inúmeros mercados de Pisa, Gênova e Marsiglia, enquanto residiam em Ceuta. Depois, nos primeiros dias de outubro de 1227, decidiram iniciar as pregações entre os infiéis.
Nas estradas de Ceuta, falando em latim e em italiano, pois não conheciam o idioma local, anunciaram Cristo, contestando com palavras rudes a religião de Maomé. As autoridades mandaram que fossem capturados. Levados à presença do sultão, foram classificados como loucos, devendo permanecer na prisão.
Depois de sete dias, todos eles voltaram à presença do sultão, que se esforçou de todas as maneiras para que negassem a religião cristã. Mas não conseguiu. Então, condenou à morte os sete franciscanos, que se mantiveram firmes no cristianismo. No dia 10 de outubro, foram decapitados em praça pública e seus corpos, destroçados.
Todavia, os comerciantes cristãos ocidentais recuperaram os pobres restos, que sepultaram nos cemitérios dos subúrbios de Ceuta. Em seguida, os ossos foram transferidos para a Espanha. Hoje, as relíquias são conservadas em diversas igrejas de várias cidades da Espanha, de Portugal e da Itália.
O papa Leão X, em 1516, canonizou como santos Daniel e cada um dos seis companheiros, autorizando o culto para o dia 13 de outubro.
São Daniel e companheiros, rogai por nós!
Santo Eduardo, o Confessor
Rei da Inglaterra (1003-1066)
O “bom rei Eduardo”, como o chamavam seus súditos, deixou uma bela recordação de si, tanto por haver abolido algumas leis injustas, quanto por seu temperamento suave e generoso. Instaurou um período de paz e prosperidade na Inglaterra, depois de longas contendas entre o partido normando e o anglo-saxão.
Por amor à paz, desposou a culta Edite Golwin, filha de seu mais irredutível adversário, o astuto barão Golwin. Este ficou convencido de haver realizado seu sonho de governar o país: receberia carta branca do piedoso monarca, que deixaria em suas mãos a administração de todo o Estado, a fim de cultivar sem preocupação seu hobby, a caça, e dedicar-se à oração e à ascese cristã.
O jovem rei desfrutava a fama de santidade e era já chamado de “confessor” — talvez para distingui-lo do avô, "Eduardo, o mártir", assassinado por ordem de sua madrasta.
Mas o barão havia feito um cálculo errado, pois o jovem rei Eduardo, ao perceber as intenções do sogro, exilou-o do reino e encerrou Edite em um convento. Mas por pouco tempo: apaixonado pela mulher, chamou-a para junto de si. Segundo os biógrafos do santo, ambos fizeram voto de virgindade de comum acordo. Não faltavam ilustres exemplos também na história das casas reinantes da Europa.
Filho do rei Etelredo II, o Irresoluto, Eduardo tinha vivido no exílio junto com os parentes maternos, de 1014 a 1041, na Normandia. Então fez voto de realizar uma peregrinação a Roma se obtivesse a graça de poder voltar à pátria. Quando, por fim, pôs os pés na Inglaterra e tomou posse do trono, quis cumprir seu voto, mas foi dispensado pelo papa.
Em troca, depois de haver socorrido os mais pobres do reino com o dinheiro da viagem, restaurou a abadia de Westminster, na qual foi depois sepultado.
Morreu em 5 de janeiro, e seu corpo, encontrado ainda intacto depois de 50 anos, foi trasladado solenemente para a igreja abacial em 13 de outubro de 1162, ano seguinte ao de sua canonização.
Santo Eduardo, o Confessor, rogai por nós!
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