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domingo, 26 de abril de 2020

12 Ensinamentos dos santos doutores sobre a misericórdia

1 – Ninguém se sinta seguro nesta vida, que é uma contínua tentação. Não aconteça que quem conseguiu ser melhor torne-se pior. Minha única esperança, minha única confiança, minha única firmeza é a misericórdia de Deus. (Santo Agostinho)

2 – Agrada sumamente a Deus, a nossa confiança em sua misericórdia, porque assim honramos e exaltamos aquela sua infinita bondade que Ele quis manifestar ao mundo nos criando. (Santo Afonso de Ligório)

3 – A oração constante obtém a misericórdia de Deus, mesmo para os que não são seus amigos. (Santo Afonso)


4 – O desprezo voluntário à Minha misericórdia constitui pecado mais grave que todos os anteriores. É o pecado que não será perdoado nem aqui nem no além. (Deus a Santa Catarina, Diálogos)


5 – Por falta de confiança na Minha misericórdia, corre-se o risco de cair no desespero, um dos enganos a que o demônio pode conduzir meus servidores. (Santa Catarina, Diálogos)








6 – Conservai o coração aberto ao Meu incomensurável perdão. (Santa Catarina, Diálogos)


7 – Nunca desanimes de pedir Meu auxílio. Não abaixes a voz ao suplicar a Minha misericórdia para o mundo. (Santa Catarina, Diálogos)


8 – O pecado de desespero desagrada-Me e prejudica os homens mais do que todos os outros males. (Santa Catarina, Diálogos)


Leia também: Abra-se à Misericórdia!



9 – Quem desespera, despreza minha misericórdia e julga que seu pecado é maior que minha bondade. (Santa Catarina, Diálogos)


10 – É o pecado do desespero que conduz o homem ao inferno. (Santa Catarina, Diálogos)

11 – Minha misericórdia é infinitamente maior do que todos os pecados que o homem possa cometer. Entristece-Me o fato de que alguém considere suas faltas maior que o Meu perdão. Esse é o pecado que não será perdoado nem neste século, nem no outro (Mt 12, 32). (Santa Catarina, Diálogos)

12 – Quanto mais nos sentimos miseráveis, tanto mais devemos confiar na misericórdia de Deus. Porque, entre a misericórdia e a miséria, há uma ligação tão grande que uma não pode se exercer sem a outra. (São Francisco de Sales)

Fonte: Prof. Felipe Aquino


Santo do dia - 26 de abril

Santo Anacleto


Eis uma curiosidade com relação ao santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século.

Papa Anacleto teve sua vida contada como se ele "fosse dois": papa Anacleto e papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho.

O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista, que teria visto abreviado em alguma lista dos papas o nome de Anacleto por Cleto e julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 1960, como conseqüência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada.

Ele foi o segundo sucessor de são Pedro e foi o terceiro papa da Igreja de Roma, governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e,  durante o seu pontificado, o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos.

Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de são Pedro.


Santo Anacleto, rogai por nós!

São Pascásio

Pascásio Radbert foi personagem considerável no seu tempo. Os historiadores da Teologia continuam a mencionar a teoria que ele imaginou para “esclarecer” o mistério da presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. Como diplomata, viajou muito entre 822 e 834, para solucionar questões da Igreja e tentar apaziguar os conflitos que punham em campo os sucessores de Carlos Magno.

Era um enjeitado exposto no pórtico de Nossa Senhora de Soissons no fim do século VIII. A abadessa Teodarda, prima direita de Carlos Magno, recolheu-o e educou-o da melhor maneira que pôde. Sempre ele se referiu à sua mãe adotiva com reconhecimento e veneração; apesar disso, deixou-a algum tempo para se lançar em aventuras.

Converteu-se aos 22 anos, e foi então Adelardo, irmão de Teodarda, abade de Corbie, que o recebeu entre os seus monges. Veio a ser um célebre professor, que deu celebridade às escolas de Corbie. Em 844, os  seus colegas de elegeram-no como abade mas, sete anos mais tarde, fizeram uma espécie de revolução que o obrigou a refugiar-se noutra abadia. 

Não se afligiu. Nascera para ser escritor, e tinha várias obras em preparação: “Que felicidade, dizia, ser lançado nos braços da filosofia e da sabedoria, e poder de novo beber no meu outono o leite das Sagradas Escrituras, que alimentou a minha juventude!”

Mas afinal os monges de Corbie acabaram por o chamar; voltou a viver com eles como simples religioso, edificando-os com os exemplos e continuando a escrever. Aí morreu a 26 de abril de 865.

São Pascásio, rogai por nós!

sábado, 25 de abril de 2020

Santo do dia - 25 de abril

São Marcos

O evangelho de são Marcos é o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão
toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando era ainda criança.

Ele pregou quando seus apóstolos se espalhavam pelo mundo, transmitindo para o papel, principalmente, as pregações de são Pedro, embora tenha sido também assistente de são Paulo e são Barnabé, de quem era sobrinho.

Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio são Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e  reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição.

Mais tarde, Marcos acompanhou são Pedro a Roma, quando o jovem começou, então, a preparar o segundo evangelho. Nessa piedosa cidade, prestou serviço também a são Paulo, em sua primeira prisão. Tanto que, quando foi preso pela segunda vez, Paulo escreveu a Timóteo e pediu que este trouxesse seu colaborador, no caso, Marcos, a Roma, para ajudá-lo no apostolado.

Ele escreveu o Evangelho a pedido dos fiéis romanos e segundo os ensinamentos que possuía de são Pedro, em pessoa. O qual, além de aprová-lo, ordenou sua leitura nas igrejas.

Seu relato começa pela missão de João Batista, cuja "voz clama no deserto". Daí ser representado com um leão aos seus pés, porque o leão, um dos animais símbolos da visão do profeta Ezequiel, faz estremecer o deserto com seus rugidos.

Levando seu Evangelho, partiu para sua missão apostólica. Diz a tradição que são Marcos, depois da morte de são Pedro e são Paulo, ainda viajou para pregar no Chipre, na Ásia Menor e no Egito, especialmente na Alexandria, onde fundou uma das igrejas que mais floresceram.

Ainda segundo a tradição, ele foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto  celebrava o santo sacrifício da missa. Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas pelos mercadores italianos para Veneza, cidade que é sua guardiã e que tomou são Marcos como padroeiro desde o ano 828.


São Marcos, rogai por nós!

quinta-feira, 23 de abril de 2020

São Jorge é Santo mesmo?

“São Jorge, qual a verdadeira história dele, é um santo mesmo? Da Igreja Católica ou de macumba?  

Nunca me senti bem em relação a ele, pois já vi sua imagem em lugares nada cristãos… Poderia me esclarecer, por favor?”

A Igreja não tem dúvida de que São Jorge existiu e é Santo; 

tanto assim que sua memória é celebrada no Calendário litúrgico no dia 23 de abril. São Jorge foi mártir; a Igreja possui os “Atos do seu martírio” e  sua “Paixão”, que foi considerada apócrifa pelo Decreto Gelasiano do século VI. Mas não se pode negar de maneira simplista uma tradição tão universal como veremos: a Igreja do Oriente o chama de “grande mártir” e todos os calendários cristãos incluíram-no no elenco dos seus santos.

São Jorge é considerado um dos “oito santos auxiliadores” (8 de agosto). Já no século IV o grande imperador romano Constantino, que se converteu ao cristianismo em 313, construiu uma igreja em sua honra. No século V já havia cerca de 40 igrejas em sua honra no Egito. Em toda a Europa multiplicaram as suas igrejas. Em 1222, o Concílio Regional de Oxford na Inglaterra estabeleceu uma festa em sua honra, e nos primeiros anos do século XV, o arcebispo de Cantuária na Inglaterra ordenou que esta festa fosse celebrada com tanta celebridade como o Natal. No ano de 1330, o rei católico Eduardo III da Inglaterra já tinha fundado a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge.

São Jorge, além de haver dado nome a cidades e povoados, foi proclamado padroeiro de muitas cidades como Gênova, Ravena, Roma, de regiões inteiras espanholas, de Portugal, da Lituânia e da Inglaterra, com a solene confirmação, para esta última, do Papa Bento XIV.
O culto de São Jorge começou desde os primeiros anos da Igreja em Lida, na Palestina, onde o mártir foi decapitado e sepultado no início do século IV. Seu túmulo era alvo de peregrinações na época das Cruzadas, no século XII, quando o sultão muçulmano Saladino destruiu a igreja construída em sua honra.

A conhecida imagem de São Jorge como cavaleiro que luta contra o dragão, difundida na Idade Média, é parte de uma lenda contada em suas muitas narrativas de sua paixão. Diz a lenda que um horrível dragão saía de vez em quando de um lago perto de Silena, na Líbia, e se atirava contra os muros da cidade fazendo morrer muita gente com seu hálito mortal, sendo que os exércitos não conseguiam exterminá-los. Então, o povo, para se livrar desse perigo lhe ofereciam jovens vítimas, escolhidas por sorteio. Só que num desses sorteios, à filha do rei foi sorteada para ser oferecida em comida ao monstro. Desesperado, o rei, que nada pôde fazer para evitar isso, acompanhou-a em prantos até às margens do lago. Mas, de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era são Jorge, que marchou com seu cavalo em direção ao dragão e  atravessou-o com sua lança. Outra lenda diz que ele amansou o dragão como um cordeiro manso, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Continua a narração dizendo que  o tribuno e cavaleiro Jorge fez ao povo idólatra da cidade um belo sermão, após o qual o rei e seus súditos se converteram e pediram o batismo. O rei  lhe teria oferecida muito dinheiro, mas Jorge teria partido sem nada levar, mandando o rei distribuir o dinheiro aos pobres.

É claro que isso é uma lenda na qual não somos obrigados a acreditar; mas é preciso entender o valor subjetivo das lendas religiosas sobre os santos. O povo as criava e divulgava para enaltecer a grandeza do santo, de maneira parabólica e fantasiosa; mas nela há um fundo de verdade. É um estilo de literatura, fantasiosa sim, mas que não pode ser desprezada de todo. Muitos artistas e escultores famosos pintaram e esculpiram imagens do Santo: Rafael, Donatelo, Carpaccio, etc.

Segundo a tradição São Jorge foi condenado  à morte por ter renegado aos deuses do império, o que muito acontecia com os cristãos. Ele foi torturado, mas parecia  que era de ferro, não se queixava. Diz a tradição que diante de sua  coragem e de sua fé, a própria mulher do imperador se converteu, e que muitos cristãos, diante dos carrascos, encontraram a força de dar o testemunho a Cristo com o próprio martírio. Por fim, também são Jorge inclinou a cabeça sobre uma coluna e uma espada super afiada pôs fim à sua jovem vida.

Como houve muitos cristãos que morreram mártires nesses tempos da perseguição romana, nada impede que um deles tenha sido o cavaleiro e tribuno militar Jorge.

Prof. Felipe Aquino


Oração à de Nossa Senhora de Lourdes - Padroeira da Saúde - Peça sua cura

Oração à de Nossa Senhora de Lourdes - Padroeira da Saúde - Peça sua cura

Oração à de Nossa Senhora de Lourdes - Padroeira da Saúde - Peça sua cura 




Oração Milagrosa e RARA da Imaculada Conceição da Virgem Maria, para nos proteger de todo mal.


Santo do dia - 23 de abril

Santo Adalberto


Adalberto nasceu em 956, na Boêmia, atual República Checa, e era descendente da nobre família dos príncipes de Slavnik. Seu nome de batismo era Woytiech, isto é, "socorro do exército". Ainda bebê, adoeceu gravemente, gerando uma promessa por parte dos pais: teria sua vida consagrada a Deus. Como recuperou a saúde, eles encaminharam seus estudos de forma que, mais tarde, se tornasse sacerdote. Foi educado pelo arcebispo Adalberto, da cidade de Magdeburgo, do qual tomou o nome, em 983, durante sua ordenação.

Nesse mesmo ano, acompanhou a agonia do bispo de Praga, Diethmar I, que morreu pouco tempo depois. Seus contemporâneos o elegeram seu sucessor e, em sinal de humildade e de penitência, entrou na cidade descalço. Assim que tomou posse, procurou reestruturar a diocese. Adalberto dedicou-se totalmente à proteção dos pobres e doentes.

Diz a tradição que ele, todos os dias, tinha à mesa, nas refeições, a companhia de doze mendigos, em homenagem aos santos apóstolos . Conta-se que, certa vez, uma mendiga pediu-lhe esmola e, como não tinha, ele lhe deu o próprio manto. Apesar desse exemplo vivo, seu rebanho insistia em viver totalmente fora dos padrões cristãos.

Desiludido, depois de seis anos ele resolveu abandonar a diocese, pedindo ao papa João XV que o afastasse do cargo. Entrou no mosteiro de São Bonifácio, onde passou cinco anos, para de novo voltar a Praga e  retomar, a pedido do papa, a direção da diocese. Contudo, novamente o povo o repudiou por causa da disciplina cristã correta que queria instaurar. Novamente decepcionado, retomou, angustiado, a vida de monge.

Em obediência ao papa Gregório V, Adalberto assumiu pela terceira vez a diocese de Praga. Seu regresso foi tempestuoso. Os fiéis se revoltaram e impediram que entrasse na cidade. Seus parentes sofreram atentados, os bens foram confiscados, os castelos incendiados.

Ele, então, se refugiou na Polônia, onde, a pedido de seu amigo, duque Boleslao, seguiu com alguns sacerdotes em missão evangelizadora na Prússia, que ainda era pagã. Adalberto fixou-se na cidade de Danzig e converteu praticamente toda a população. Porém os sacerdotes pagãos, vendo acabar seu poder e influência, arquitetaram e executaram o assassinato de Adalberto e de todos os religiosos que o acompanhavam.

Ele foi morto com sete golpes de lança e depois decapitado, na cidade de Tenkiten, no dia 23 de abril de 997. Os inimigos entregaram seu corpo  ao duque Boleslao mediante pagamento em ouro. Adalberto foi enterrado no convento de Gniezno. Logo o seu túmulo se tornou meta de peregrinação, com inúmeras graças acontecendo por sua intercessão. No ano 999, o papa Silvestre II canonizou o primeiro bispo eslavo de Praga, Adalberto.

Em 1039, suas relíquias foram trasladadas definitivamente para a catedral de Praga, para onde o primeiro pontífice eslavo da história cristã, Carol Wojtyla, ou papa João Paulo II, seguiu em peregrinação para as comemorações do milênio da festa de santo Adalberto. 


Santo Adalberto, rogai por nós!


São Jorge


São Jorge, foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé

A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes, foi colocada em dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura entre as tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados entre os quatro cantos do planeta.

Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Tel Aviv, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil.

A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito extraordinário. A maioria delas diz que uma pequena cidade era atacada periodicamente pelo animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque.

Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à conversão.

De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador romano.


Uma história nos ajuda a compreender a sua imagem, onde normalmente o vemos sobre um cavalo branco, com uma lança, vencendo um dragão:
“Num lugar existia um dragão que oprimia um povo. Ora eram dados animais a esse dragão, e ora jovens. E a filha do rei foi sorteada. Nessa hora apareceu Jorge, cristão, que se compadeceu e foi enfrentar aquele dragão. Fez o sinal da cruz e ao combater o dragão, venceu-o com uma lança. Recebeu muitos bens como recompensa, o qual distribuiu aos pobres.”

Verdade ou não, o mais importante é o que esta história comunica: Jorge foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé. Se compadeceu do povo porque foi um verdadeiro cristão. Isto é o essencial.

São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência impera em todas as situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente

São Jorge, rogai por nós!

quarta-feira, 22 de abril de 2020

“Vi satanás cair do céu como um raio”

O que ensina a Igreja sobre o pecado dos anjos? Como essas criaturas rebeldes, criadas boas por Deus, mas tornadas más por sua própria vontade, agem no mundo? É o que explica São João Paulo II nesta catequese sobre os demônios.

Dando continuidade ao tema das catequeses anteriores, dedicadas ao artigo de fé referente aos anjos, criaturas de Deus, vamos considerar agora o mistério da liberdade de que alguns deles se valeram contra Deus e o seu plano de salvação para os homens.



São João Paulo II.


Como atesta o evangelista Lucas, no momento em que os discípulos se reencontraram com o Mestre, cheios de glória pelos frutos colhidos em suas primeiras missões, Jesus lhes disse algo que nos faz pensar: “Vi satanás cair do céu como um raio” (Lc 10, 18). Com estas palavras, o Senhor afirma que o anúncio do Reino de Deus é sempre uma vitória sobre o diabo, mas, ao mesmo tempo, revela também que a edificação do Reino está continuamente exposta às insídias do espírito do mal

Interessar-se por isso, como pretendemos fazer com a catequese de hoje, significa preparar-se para o estado de luta que é próprio da vida da Igreja neste tempo final da história da salvação, como diz o livro do Apocalipse (cf. Ap 12, 7). Por outro lado, isso permite esclarecer a reta fé da Igreja contra aqueles que a deturpam, exagerando a importância do diabo, ou os que negam ou minimizam o poder do maligno.

“Queda dos Anjos Rebeldes”, de Frans Floris

As catequeses precedentes a respeito dos anjos nos prepararam para compreender a verdade, revelada na Sagrada Escritura e transmitida pela Tradição da Igreja, sobre Satanás, quer dizer, sobre o anjo caído, o  espírito maligno, também chamado diabo ou demônio.
Essa “queda”, que apresenta o caráter de um rechaço a Deus, com o consequente estado de “condenação”, consiste na livre escolha feita por aqueles espíritos criados que rejeitaram a Deus e o seu Rei de maneira radical e irrevogável, usurpando os seus direitos soberanos e procurando subverter a economia da salvação e a ordem mesma da criação. 

Um reflexo dessa atitude encontra-se nas palavras do tentador aos nossos primeiros pais: “Sereis como Deus” ou “como deuses” (cf. Gn 3, 5). Assim, o espírito maligno tenta inocular no homem a atitude de rivalidade, daquela insubordinação e oposição a Deus que se tornaram como que a motivação de toda a sua existência.  O diabo e os outros demônios “foram criados bons por Deus, mas se tornaram maus por sua própria vontade”.



No Antigo Testamento, a narração da queda do homem, presente no livro do Gênese, contém uma referência à atitude de antagonismo que Satanás quer comunicar ao homem, a fim de o induzir à transgressão (cf. Gn 3, 5). Também no livro de Jó (cf.  1, 11; 2, 5.7) vemos que Satanás tenta estimular a rebelião do homem que sofre. No livro da Sabedoria (cf. Sb 2, 24), Satanás é apresentado como autor da morte, que entra na história do homem juntamente com o pecado.


A Igreja, no IV Concílio de Latrão (1215), ensina que o diabo (ou Satanás) e os outros demônios “foram criados bons por Deus, mas se tornaram maus por sua própria vontade”. Com efeito, lemos na Epístola de S. Judas: “Os anjos que não tinham guardado a dignidade de sua classe, mas abandonado os seus tronos, Ele os guardou com laços eternos nas trevas para o julgamento do Grande Dia” (Jd 6). Assim também, na segunda Epístola de S. Pedro, fala-se de “anjos que pecaram” que Deus não perdoou, mas “precipitou nos abismos tenebrosos do inferno onde os reserva para o julgamento” (2Pe 2, 4).

É claro que, se Deus “não perdoa” o pecado dos anjos, é porque eles persistem no pecado, já que estão eternamente “nos laços” dessa oposição que escolheram no princípio, ao rejeitarem a Deus, contra a verdade do Bem supremo e último que é Deus mesmo. Nesse sentido, escreve S. João que “o demônio peca desde o princípio” (1Jo 3, 8). E “era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele” (Jo 8, 44).


                                                        
Estes textos nos ajudam a entender a natureza e a dimensão do pecado de Satanás, que consiste no rechaço à verdade sobre Deus, conhecido à luz da inteligência e da Revelação como Bem infinito, Amor e Santidade subsistente. Esse pecado foi tão maior quanto maior era a capacidade de conhecimento da inteligência angélica, quanto maior era a sua liberdade e proximidade de Deus. Rejeitando a verdade conhecida sobre Deus com um ato livre da própria vontade, Satanás converte-se em “mentiroso cósmico” “pai da mentira” (Jo 8, 44). Por isso, ele vive na radical e irreversível negação de Deus e, em particular, dos homens, na sua trágica “mentira sobre o Bem”, que é Deus. 

No livro do Gênese encontramos uma descrição precisa desta mentira e falsificação da verdade sobre Deus, que Satanás, sob a forma de uma serpente, busca transmitir aos primeiros representantes do gênero humano: Deus seria alguém apegado a suas prerrogativas e que, por isso, imporia ao homem uma série de limitações (cf. Gn 3, 5). Satanás incita o homem a sacudir a imposição desse jugo fazendo-se “igual a Deus”.

A ação de Satanás consiste sobretudo em tentar os homens a fazer o mal

Santo do dia - 22 de abril

São Caio

No livro dos papas da Igreja, encontramos registrado que o papa Caio nasceu na Dalmácia, atual território da Bósnia, de família cristã da nobreza romana, ligada por parentesco ao imperador Diocleciano, irmão do padre Gabino e tio de Suzana, ambos canonizados.

Caio foi eleito no dia 17 de dezembro de 283. Governou a Igreja durante treze anos, num período de longa trégua nas perseguições anticristãs, que já vinham sendo bem atenuadas. Também ocorria uma maior abertura na obtenção de concessões para as construções de novas igrejas, bem como para as ampliações dos cemitérios cristãos. Ele contou com a ajuda de seu irmão, padre Gabino, e da sobrinha Suzana, que se havia consagrado a Cristo.

Antes de ser escolhido papa, os dois irmãos sacerdotes tinham transformado em igreja a casa em que residiam. Lá, ouviam os aflitos, pecadores; auxiliavam os pobres e doentes; celebravam as missas, distribuíam a eucaristia e ministravam os sacramentos do batismo e do matrimônio. Isso porque a Igreja não tinha direito à propriedade, pois não era reconhecida pelo Império.

O grande contratempo enfrentado pelo papa Caio deu-se no âmbito interno do próprio clero, devido à crescente multiplicação de heresias, criando uma grande confusão aos devotos cristãos. A última, pela ordem cronológica, na época, foi a de "Mitra". Esta heresia era do tipo maniqueísta, de origem asiática, pela qual Deus assumia em si a contraposição celeste da luz e da treva. Tal heresia e outras ele baniu por completo, criando harmonia entre os cristãos.

Conforme antigos escritos da Igreja, apesar do parentesco com o imperador o papa se recusou a ajudar Diocleciano, que pretendia receber a sobrinha dele como sua futura nora Segundo se verificou nos antigos escritos, esse teria sido o motivo da ira do soberano ao assinar o severo decreto que mandou matar todos os cristãos, começando pelos três parentes.

Papa Caio morreu decapitado em 22 de abril de 296. A Igreja confirmou a sua santificação e o seu martírio, até pelo fato de Diocleciano ter encerrado por completo as perseguições somente no ano 303.

As suas relíquias foram depositadas primeiro no cemitério de São Calisto. Depois, em 631, foram trasladadas para a igreja que foi erguida no local da casa onde ele viveu, em Roma. A Igreja o reverencia com o culto litúrgico marcado para o dia de sua morte.


São Caio, rogai por nós!

Santa Maria Egipcíaca

 

Nasceu no Egito no século V, e com apenas 12 anos tomou a decisão de  sair de casa, em busca dos prazeres da vida. Providencialmente, conheceu um grupo de cristãos peregrinos que ia para o Santo Sepulcro, e os acompanhou, apenas movida pelo interesse no passeio. Por três vezes quis entrar na Igreja, mas não conseguiu. E uma voz interior lhe fez perceber o quanto ela era escrava do pecado. Ela recorreu a Virgem Maria, representada numa imagem que ali estava, e em oração se comprometeu a um caminho de conversão. Ingressou na Igreja e saiu de seu sepulcro.

Com a graça do Senhor ela pôde se arrepender e se propor a um caminho de purificação.
Ela foi levada ao deserto de Judá, onde ficou por quarenta anos, e nas tentações recorria sempre a Virgem Maria. Perto de seu falecimento, padre Zózimo foi passar seus últimos dias também nesse deserto e a conheceu, levou-lhe a comunhão e ela faleceu numa sexta-feira. O padre  ao encontrar seu corpo, enterrou-a como a santa havia pedido em um recado.

Santa Maria Egipcíaca, rogai por nós!

São Sotero
 
Poucas são as informações biográficas de Sotero. Foi papa entre 166 e 175, período em que ser cristão era muito difícil e perigoso. Ele foi eleito o sucessor do papa Aniceto, que morreu em 165. Nasceu na cidade de Fondi, na Campânia, Itália, e seu pai se chamava Concórdio.

Durante o seu pontificado, a Igreja ampliou-se bastante. Ele mesmo ordenou inúmeros diáconos, sacerdotes e bispos; e seu pontificado foi exemplar. Disciplinou, por meio das leis canônicas, a participação das mulheres na Igreja, que até então não tinham seu caminho muito bem definido. Mas, sobretudo, o papa Sotero combateu com grande valentia e  coragem as heresias que pairavam sobre a Igreja dos tempos iniciais do cristianismo.

No seu tempo, foi extinta a heresia de Montano, que propunha um exagerado rigor de costumes. Era uma doutrina de medo e de pessimismo, porque o fim do mundo sempre poderia acontecer a qualquer momento. Supondo isso, todos os cristãos deveriam viver numa santidade irreal, renunciando ao matrimônio e buscando o sofrimento da penitência constante, porque, segundo Montano, a Igreja não tinha faculdades para perdoar os pecados. Essa doutrina, que também era defendida por Tertuliano e, principalmente, Novaciano, foi condenada pela Igreja na época do papa Sotero.

Ele defendeu a doutrina ensinada por Jesus Cristo e que a Igreja sempre  continuou praticando, ou seja, que para o pecador verdadeiramente arrependido não existe pecado, por maior que seja, a que não se possa conceder o perdão. Assim, desapareceu o clima de rigor e pessimismo que tanto atormentava os cristãos, tão contrário ao da doutrina do Evangelho, que prega o amor, o perdão, a alegria e a esperança.

Outra característica do papa Sotero foi sua ardente caridade para com os  necessitados. Ele desejava que se vivesse como os primeiros cristãos, citados nos textos dos apóstolos, onde "tudo era comum entre eles" e onde "todos eram um só coração e uma só alma..." Papa Sotero pedia esmolas para as dioceses mais ricas, para que fossem distribuídas entre as mais pobres e esforçava-se "por tratar a todos com palavras e obras, como um pai trata os seus filhos".

Ele foi um eloqüente defensor dos cristãos perseguidos e deixou isso registrado na carta que enviou especialmente para os de Corinto. Os vestígios dela foram encontrados quando Eusébio de Cesaréia entregou a ele a eufórica resposta de Dionísio, em agradecimento pelo conforto que o valoroso papa levou aos corações aflitos pela morte iminente.

Provavelmente, foi este corajoso apoio que levou ao martírio o papa Sotero, que morreu em 20 ou 22 de abril de 175, pela perseguição do imperador Marco Aurélio. Segundo uma antiga tradição, mantida pela Igreja, são Sotero é homenageado no dia 22 de abril.


São Sotero, rogai por nós!