"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
1º Domingo da Quaresma
Evangelho segundo S. Mateus 4,1-11.
Naquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo diabo.
Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome.
O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se convertam em pães.»
Respondeu-lhe Jesus: «Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.»
Então, o diabo conduziu o à cidade santa e, colocando o sobre o pináculo do templo,
disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: Dará a teu respeito ordens aos seus anjos; eles suster-te-ão nas suas mãos para que os teus pés não se firam nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus: «Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus!»
Em seguida, o diabo conduziu-o a um monte muito alto e, mostrando-lhe todos os reinos do mundo com a sua glória,
disse-lhe: «Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares.»
Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, pois está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.»
Então, o diabo deixou-o e chegaram os anjos e serviram-no.
Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome.
O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se convertam em pães.»
Respondeu-lhe Jesus: «Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.»
Então, o diabo conduziu o à cidade santa e, colocando o sobre o pináculo do templo,
disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: Dará a teu respeito ordens aos seus anjos; eles suster-te-ão nas suas mãos para que os teus pés não se firam nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus: «Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus!»
Em seguida, o diabo conduziu-o a um monte muito alto e, mostrando-lhe todos os reinos do mundo com a sua glória,
disse-lhe: «Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares.»
Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, pois está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.»
Então, o diabo deixou-o e chegaram os anjos e serviram-no.
Comentário do dia: São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Analisando o desenvolvimento das tentações do Senhor, conseguimos compreender quão grandiosamente fomos libertados da tentação. O inimigo das origens levantou-se contra o primeiro homem, nosso antepassado, com três tentações: tentou-o pela gula, pela vanglória e pela avareza […]. Pela gula, mostrou-lhe o fruto proibido da árvore e persuadiu-o a comê-lo. Tentou-o pela vanglória, dizendo-lhe: «Sereis como Deus» (Gn 3,5). E tentou-o ainda pela avareza, dizendo-lhe: «Conhecereis o bem e o mal». Com efeito, a avareza não tem por objeto apenas o dinheiro, mas também as honras […].
Mas quando tentou o segundo Adão (1Cor 15,47), os próprios meios que lhe tinham servido para derrubar o primeiro homem venceram o diabo. Tenta-O pela gula, ao pedir-lhe: «Ordena que estas pedras se transformem em pães»; tenta-O pela vanglória, ao dizer-lhe: «Se és o Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo»; tenta-O pelo desejo ávido de honrarias quando, mostrando-Lhe todos os reinos do mundo, declara: «Tudo isto Te darei se, aos meus pés, me adorares» […]. Tendo desta forma aprisionado o diabo, o segundo Adão expulsa-o dos nossos corações pela mesma via por que lhe havia permitido neles entrar e tê-los em seu poder.
Uma outra coisa temos ainda de considerar relativamente às tentações do Senhor […]: Ele podia ter precipitado o tentador no abismo, mas não manifestou o seu poder pessoal; limitou-Se a responder ao diabo com preceitos da Santa Escritura. Fê-lo para nos dar exemplo de paciência, e para nos convidar a recorrer mais ao ensino do que à vingança. […] Vede bem a paciência de Deus, e a nossa impaciência! Nós deixamo-nos levar pela fúria quando a injustiça ou a ofensa nos atingem […]; o Senhor suportou a hostilidade do diabo, mas foi com palavras suaves que lhe respondeu.
Mas quando tentou o segundo Adão (1Cor 15,47), os próprios meios que lhe tinham servido para derrubar o primeiro homem venceram o diabo. Tenta-O pela gula, ao pedir-lhe: «Ordena que estas pedras se transformem em pães»; tenta-O pela vanglória, ao dizer-lhe: «Se és o Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo»; tenta-O pelo desejo ávido de honrarias quando, mostrando-Lhe todos os reinos do mundo, declara: «Tudo isto Te darei se, aos meus pés, me adorares» […]. Tendo desta forma aprisionado o diabo, o segundo Adão expulsa-o dos nossos corações pela mesma via por que lhe havia permitido neles entrar e tê-los em seu poder.
Uma outra coisa temos ainda de considerar relativamente às tentações do Senhor […]: Ele podia ter precipitado o tentador no abismo, mas não manifestou o seu poder pessoal; limitou-Se a responder ao diabo com preceitos da Santa Escritura. Fê-lo para nos dar exemplo de paciência, e para nos convidar a recorrer mais ao ensino do que à vingança. […] Vede bem a paciência de Deus, e a nossa impaciência! Nós deixamo-nos levar pela fúria quando a injustiça ou a ofensa nos atingem […]; o Senhor suportou a hostilidade do diabo, mas foi com palavras suaves que lhe respondeu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário