EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
2º Domingo do Advento
Evangelho segundo S. Marcos 1,1-8.
Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no
profeta Isaías:
«Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho.
Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’».
«Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho.
Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’».
Apareceu João Batista no deserto, a proclamar um batismo de penitência para
remissão dos pecados. Acorria a ele toda a gente da região da Judeia e todos os habitantes de
Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
João vestia-se de pelos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de
João vestia-se de pelos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de
E, na sua pregação, dizia: «Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que
eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das
suas sandálias.
Eu batizo na água, mas Ele batizar-vos-á no Espírito Santo».
Eu batizo na água, mas Ele batizar-vos-á no Espírito Santo».
Comentário do dia: São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra, doutor da Igreja
Sermão para o 4.º Domingo do Advento
«Preparai o caminho do Senhor,
endireitai as suas veredas»
Tendo o povo de Deus sido reduzido à escravatura pelos pagãos e enviado
como cativo para o meio dos persas e dos medos, depois de ter sofrido um longo
cativeiro, o rei Ciro resolveu livrá-lo dessa servidão e reconduzi-lo à Terra
Prometida. Qual poesia divina, o profeta Isaías entoou então estas palavras
cheias de beleza: «Povo de Israel, consolai-vos, consolai-vos, diz o Senhor
nosso Deus; a vossa consolação não será vã nem inútil. Falai ao coração de
Jerusalém [...], porque a sua malícia chegou ao fim. E porque as suas
iniquidades atingiram o máximo, serão perdoadas.» Por isso, dizia esse grande
poeta ao povo de Israel: «Aplanai os vossos caminhos e endireitai as vossas
veredas» (40, 1s). [...]
Porque é que Deus diz que perdoará ao povo de Israel as suas iniquidades, se é verdade que ele atingiu o cúmulo da sua malícia? Os Padres antigos [...] ensinam que estas palavras podem entender-se [...] como se Deus dissesse: «Quando eles estão no auge das suas aflições e sentem vivamente o fardo das suas iniquidades nesta escravidão e neste cativeiro, depois de os ter punido pela sua maldade [...], olhei-os e tive deles compaixão. Chegados ao pior dos seus dias, bastou-Me o que já tinham sofrido; por isso, as suas iniquidades ser-lhes-ão agora perdoadas. [...] Quando atingiram o cúmulo da sua [...] ingratidão, quando parecia não terem nenhuma lembrança nem memória de Deus e dos seus benefícios, a sua iniquidade ser-lhes-á perdoada.» [...] Quando a Providência de Deus quis mostrar aos homens a sua bondade, isso foi admirável, porque Ele não quis ser induzido por motivação alguma: movido apenas pela sua bondade, comunicou-Se aos homens de uma forma absolutamente maravilhosa.
Quando Ele veio a este mundo, era o tempo em que os homens tinham chegado ao cúmulo da sua malícia: as leis estavam nas mãos de Anás e Caifás [...], Herodes reinava e Pôncio Pilatos governava a Judeia; foi nesse tempo que Deus veio ao mundo para nos resgatar e nos libertar da tirania do pecado e da servidão do nosso inimigo.
Porque é que Deus diz que perdoará ao povo de Israel as suas iniquidades, se é verdade que ele atingiu o cúmulo da sua malícia? Os Padres antigos [...] ensinam que estas palavras podem entender-se [...] como se Deus dissesse: «Quando eles estão no auge das suas aflições e sentem vivamente o fardo das suas iniquidades nesta escravidão e neste cativeiro, depois de os ter punido pela sua maldade [...], olhei-os e tive deles compaixão. Chegados ao pior dos seus dias, bastou-Me o que já tinham sofrido; por isso, as suas iniquidades ser-lhes-ão agora perdoadas. [...] Quando atingiram o cúmulo da sua [...] ingratidão, quando parecia não terem nenhuma lembrança nem memória de Deus e dos seus benefícios, a sua iniquidade ser-lhes-á perdoada.» [...] Quando a Providência de Deus quis mostrar aos homens a sua bondade, isso foi admirável, porque Ele não quis ser induzido por motivação alguma: movido apenas pela sua bondade, comunicou-Se aos homens de uma forma absolutamente maravilhosa.
Quando Ele veio a este mundo, era o tempo em que os homens tinham chegado ao cúmulo da sua malícia: as leis estavam nas mãos de Anás e Caifás [...], Herodes reinava e Pôncio Pilatos governava a Judeia; foi nesse tempo que Deus veio ao mundo para nos resgatar e nos libertar da tirania do pecado e da servidão do nosso inimigo.
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