Um santo amado e citado por muitos
santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que
trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.
Nasceu na Espanha, em Huesca, no século
terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele
escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.
Vicente viveu num período muito difícil
da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –,
começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a
favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje
foi um dos que fez a opção por Jesus.
Ele era um grande pregador da Palavra,
mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes
de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso
Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não
recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.
Os tormentos o perseguiram. Foi um
martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se
desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de
levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses.
Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu
grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até
mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e,
por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali,
sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.
São Vicente tornou-se modelo para todos
os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e
também da diocese de Faro.
São Vicente, rogai por nós!
São Vicente Pallotti
Vicente Pallotti nasceu em Roma , dia 21 de abril de 1795, numa
família de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais
pobres, crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava
grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao
Espírito Santo. Passava as férias no campo, na casa do tio, onde
distribuía aos empregados os doces que recebia, gesto que o pai lhe
ensinara: nenhum pobre saía de sua mercearia de mãos vazias.Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Pallotti admirava Francisco de Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua frágil saúde. Em 1818, se consagrou sacerdote pela diocese de Roma,onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.
Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a santidade. Teve uma vida de profunda espiritualidade, jamais se afastando das atividades apostólicas. É fruto do seu trabalho, a importância que o Concílio Vaticano II, cento e trinta anos após sua morte, decretou para o apostolado dos leigos, dando espaço para o trabalho deles junto às comunidades cristãs. Necessidade primeira deste novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da miséria, infelizmente se faz cada vez mais presente.
Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes. Esta ação de apostolado que os novos tempos exigiria de todos os católicos, foi sem dúvida seu carisma de inspiração visionária . Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade, a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas.
Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinqüenta e cinco anos de idade. De saúde frágil, doou naquele inverno seu casaco a um pobre, adquirindo a doença que o vitimou. Assim sendo não pôde ver as duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvia as Regras indicando sempre algum erro. Com certeza um engano abençoado, pois a continuidade e a persistência destas Obras trouxeram o novo ânimo que a Igreja necessitava. Em 1904, foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de sua canonização.
O papa Pio XI o beatificou reconhecendo sua atuação de inspirado e "verdadeiro operário das missões". Em 1963, as suas idéias e carisma espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que proclamou Vicente Pallotti, Santo.
São Vicente Pallotti, rogai por nós!
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