São Cláudio Colombiere
Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avignon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.
Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.
Nesta cidade, padre Cláudio é um precioso guia para tantos cristãos desorientados. Mas, em 1674 é enviado a Londres como capelão de Maria Beatriz D'Este, mulher de Carlos II, duque de York e futuro rei da Inglaterra. Naquela época, a Igreja Católica era perseguida e considerada fora da lei na Inglaterra. Entretanto, como padre Cláudio celebrava a Eucaristia numa pequena capela, acaba sendo procurado por muitos cristãos, irmãs clandestinas e padres exilados, todos desejosos de escutar seus conselhos.
Outro acontecimento muda completamente a sua vida. Ele é enviado como missionário às colônias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.
Mais uma vez padre Cláudio Colombiere retorna à França, em 1681. Entretanto, já se encontrava muito doente. Seu irmão ainda tentaria levá-lo a regiões onde o ar seria mais saudável. Mas ele não desejava partir, pois havia recebido um bilhete de Margarida Alacoque que dizia: "O Senhor me disse que sua vida findará aqui". Três dias depois ele morre em Parai-le-Monial e seu corpo fica sepultado na Companhia de Jesus, sob a guarda dos padres jesuítas. Era o dia 15 de fevereiro de 1683.
O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio Colombiere em 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.
São Cláudio Colombiere, rogai por nós!
Segundo os devotos eles eram irmãos e pregavam livremente a religião apesar das perseguições decretadas pelos imperadores: Trajano e Adriano. As prisões estavam repletas de cristãos que se não renegassem a fé publicamente eram martirizados. E na Lombardia a situação não era diferente. Isto preocupava o bispo Apolônio da Bréscia, que precisava de confessores e sacerdotes que exortassem o animo e a fé dos cristãos, para se manterem firmes nas orações.
Secretamente, o bispo ordenou Faustino sacerdote e Jovita diácono, que continuaram no meio da comunidade operando milagres, convertendo pagão e destruindo os ídolos. Acusados pelo prefeito, foram espancados, submetidos a atrozes torturas, mas sobreviveram a tudo. Foram então levados para Roma, julgados e condenados a morrer na cidade natal. Em 15 de fevereiro de 146 foram decapitados.
Mas, existia uma tradição que dizia que Jovita, era a irmã virgem de Faustino, por isto não era sacerdote como ele. A Igreja comprovou entretanto que eram dois mártires homens, porque pela origem da palavra, que significa jovem, se tratava de um termo na época usado somente para o gênero masculino.
O primeiro testemunho sobre o culto destes dois santos mártires foi encontrado no livro dos "Diálogos" de São Gregório Magno. Entre 720 e 730 houve a translação dos corpos dos Santos Faustino e Jovita do cemitério de São Latino, para a igreja de Santa Maria, depois chamada de São Faustino e Jovita. Outra particularidade histórica e religiosa foi a troca de relíquias feita entre os monges beneditinos de Monte Cassino e o bispo de Bréscia. Eles ficaram com uma de Faustino e a Catedral de Bréscia recebeu uma de São Bento.
Enquanto isso a tradição continuava a se enriquecer, tanto que nas pinturas tradicionais São Faustino e Jovita são representados vestidos de guerreiros. Em 1438, a cidade de Bréscia foi salva, da invasão das tropas do comandante milanês Nicolau Picinino, pelos dois santos que apareceram vestidos de guerreiros para lutar ao lado da população bresciana. No dia 10 de janeiro de 1439, o bispo de Bréscia escrevia ao amigo, bispo de Vicenza a narração desta tremenda invasão. Esta carta se encontra na Biblioteca de São Marco, no Vaticano.
Uma das maiores festas que acontece na Lombardia é a de São Faustino e Jovita, na Bréscia, quando a população reverencia seus Patronos no dia 15 de fevereiro, começando pela celebração litúrgica.
Santos Faustino e Jovita, rogai por nós!
Teotônio nasceu em 1082, na aldeia de Tartinhade, em Ganfei, próxima
a Valença do Minho, Portugal. Na infância estudou no mosteiro
beneditino de Ganfei.
Aos dez anos, mostrando inclinação religiosa, foi entregue ao tio, bispo
de Coimbra, que assumiu sua educação. Na capital, o bispo o colocou no
colégio anexo à sua Catedral designando o diretor padre Telo para
orientador espiritual do sobrinho. Teotônio se formou em teologia e
filosofia. Quando seu tio morreu , padre Telo o enviou aos cuidados de
um outro tio, que era o prior do mosteiro em Viseu, para completar sua
formação eclesiástica.
Em Viseu, ele tomou a ordem sacerdotal e sucedeu seu tio, como prior do
mosteiro, em 1112. Teotônio fez então sua primeira peregrinação a
Jerusalém e, ao voltar, recusou ser o bispo de Viseu. Preferiu continuar
um simples missionário e voltou para a Terra Santa, pela segunda vez,
onde pretendia ficar. Entretanto padre Telo, seu antigo orientador,
mandou chamá-lo, porque precisava de sua ajuda para criar uma comunidade
religiosa, sendo prontamente atendido.
Assim, Teotônio foi o co-fundador, junto com onze religiosos, e primeiro
superior do mosteiro da Santa Cruz de Coimbra, sede da nova Ordem,
criada em 1131, sob a Regra de Santo Agostinho. Todos os fundadores
receberam o hábito agostiniano. Depois, pediram ao papa Inocêncio II que
tomasse sob sua proteção o mosteiro da Santa Cruz de Coimbra. Ele
aceitou o pedido pela Bula Desiderium quod, de 26 de maio de 1135.
Sua atuação foi marcada por uma dinâmica missionária relevante durante a
reconquista cristã no território português. Cedo compreendeu que as
nações não se forjam nos campos de batalhas, mas nas escolas de formação
de sua juventude. Era um missionário notável e um homem de visão
moderna para o seu tempo. Foi conselheiro espiritual do rei Afonso
Henrique, que o estimava e muito auxiliou a Ordem. Manteve contatos
amistosos com personagens importantes do seu tempo, como São Bernardo.
Aos setenta anos Teotônio renunciou ao cargo de prior, voltando a ser um
simples religioso. Um ano depois o papa Anastásio IV quis consagrá-lo
bispo de Coimbra, mas ele recusou, consagrando seus últimos anos à
oração. Morreu em 18 de fevereiro de 1162. Seu corpo repousa numa
capela da igreja do mosteiro que fundou. Um ano depois, no aniversário
de sua morte o papa Alexandre III o canonizou.
São Teotônio se tornou o primeiro santo da nação portuguesa a ser
canonizado, sendo celebrado pela Igreja como o reformador da vida
religiosa em Portugal. O seu culto celebrado no dia 18 de fevereiro foi
difundido pelos agostinianos espalhados no mundo todo. Em 1602, foi
proclamado Padroeiro da cidade e diocese de Viseu.
São Teotônio, rogai por nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário