Domingo da Páscoa do Senhor
Anúncio do Evangelho (Jo 20,1-9)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— O nosso cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado. Celebremos, assim, esta festa, na sinceridade e verdade. (1Cor 5,7b-8a)
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.
8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
«O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu»
Hoje «é o dia que o Senhor fez»,
iremos cantando ao longo de toda a Páscoa. Essa expressão do Salmo 117
inunda a celebração da fé cristã, O Pai ressuscitou a seu Filho Jesus
Cristo, o Amado, Aquele em quem se compraz porque amou a ponto de dar
sua vida por todos.
Vivamos a Páscoa com muita alegria. Cristo ressuscitou: celebremo-lo
cheios de alegria e de amor. Hoje, Jesus Cristo venceu a morte, o
pecado, a tristeza… e nos abriu as portas da nova vida, a autêntica vida
que o Espírito Santo continua a nos dar por pura graça. Que ninguém
fique triste! Cristo é nossa Paz e nosso Caminho para sempre. Ele, hoje,
«revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime»
(Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes 22).
O grande sinal que nos dá o Evangelho é que o sepulcro de Jesus está
vazio. Já não temos de procurar entre os mortos Aquele que vive, porque
ressuscitou. E os discípulos, que depois o verão Ressuscitado, isto é,
que o experimentarão vivo em um maravilhoso encontro de fé, percebem que
há um vazio no lugar de sua sepultura. Sepulcro vazio e aparições serão
os grandes sinais para a fé do crente. O Evangelho diz que «o outro
discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e
creu» (Jo 20,8). Ele soube compreender, pela fé, que aquele vazio e, por
sua vez, aquela mortalha e aquele sudário bem dobrados, eram pequenos
sinais do passo de Deus, da nova vida. O amor sabe captar, a partir de
pequenos detalhes, o que os outros, sem ele, não captam. O «discípulo
que Jesus mais amava» (Jo 20,2) guiava-se pelo amor que havia recebido
de Cristo.
O “ver” e o “crer” dos discípulos hão de ser também os nossos. Renovemos
nossa fé pascoal. Que Cristo seja, em tudo, o nosso Senhor. Deixemos
que sua Vida vivifique a nossa e renovemos a graça do batismo que
recebemos. Façamo-nos seus apóstolos e seus discípulos. Guiemo-nos pelo
amor e anunciemos a todo o mundo a felicidade de crer em Jesus Cristo.
Sejamos testemunhos esperançosos de sua Ressurreição. - Mons.
Joan Enric
VIVES i Sicília
Bispo de Urgell
(Lleida, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«O que deve ser considerado nestes acontecimentos é a intensidade do amor que ardia no coração daquela mulher que nunca se afastou do túmulo. Ela foi a única a vê-lo, pois tinha permanecido à sua procura, o que dá força às boas obras é a perseverança nelas» (São Gregório Magno)
«Jesus não regressou a uma vida humana normal deste mundo, como Lázaro e os outros mortos que Jesus ressuscitou. Ele entrou numa vida diferente, nova; na imensidão de Deus» (Benedito XVI)
«O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento real, com manifestações historicamente verificadas, como atesta o Novo Testamento. Já São Paulo, por volta do ano 56, pôde escrever aos Coríntios: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras: a seguir, apareceu a Pedro, depois aos Doze». O Apóstolo fala aqui da tradição viva da Ressurreição, de que tinha tomado conhecimento após a sua conversão, às portas de Damasco» (Catecismo da Igreja Católica, nº 639)
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