Barnabé não fez parte dos primeiros doze apóstolos escolhidos por
Jesus. Mas acompanhou o Senhor e os apóstolos naqueles primeiros dias.
Quando assistiu a um milagre realizado por Jesus Cristo, que diante de
seus olhos curou um paralítico, aquele bondoso judeu resolveu pedir
admissão entre seus discípulos. Aceito, vendeu um campo de plantações
que possuía para doar seu dinheiro aos apóstolos, como conta Lucas nos
Atos. Assim era Barnabé, homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé,
segundo narram as Sagradas Escrituras.
Ele era da tribo de Levi e veio ao mundo na ilha de Chipre. Foi ali que
estudou, na companhia de Paulo, com o célebre mestre Gamaliel, com quem
aprendeu a firmeza de caráter, as ciências e as virtudes. Chamava-se
José e, quando foi admitido entre os apóstolos, recebeu o nome de
Barnabé, que significa "filho da consolação", devido ao seu maravilhoso
dom de acalmar e de consolar os aflitos. No quarto capítulo do Atos dos
Apóstolos, Barnabé também é chamado de o "filho da exortação".
Foi pelas mãos de Barnabé que Paulo de Tarso, o terrível perseguidor dos
cristãos, ingressou nos círculos judeo-cristãos, sendo apresentado a
Pedro, Tiago e aos fiéis de Jerusalém depois de sua conversão. Barnabé
também o acompanhou em sua primeira viagem apostólica e foram parceiros
na grande obra de conversão realizada em Antioquia, onde estabeleceram e
firmaram a primeira comunidade a chamar de cristãos aos fiéis
seguidores de Cristo. Depois, aos dois se juntou João Marcos, e viajaram
por Salamina, Patos, Chipre, Panfília, Pisídia, Icônio e Listra,
pregando e realizando milagres como testemunho da presença do Espírito
Santo.
Todo esse trabalho foi reconhecido pelo Concílio de Jerusalém, bem como o
trabalho que realizou depois de passar a pregar separado de João Marcos
e de Paulo, deste último por decisão pessoal, após uma divergência.
Barnabé estava em Chipre quando foi martirizado no ano 61.
Segundo uma antiga tradição, Barnabé pregava na sinagoga da Salamina
quando foi interrompido por uma multidão de judeus fanáticos. O apóstolo
foi seqüestrado, levado para fora da cidade e apedrejado. Entretanto
existe uma outra, tão antiga quanto esta, que narra Barnabé pregando em
Alexandria e em Roma, e que diz, ainda, que teria sido consagrado o
primeiro bispo de Milão, cidade que o tem como seu padroeiro até hoje.
A minha oração
“Santo Apóstolo, que vendo as ações do Senhor, aprendeu o espírito de consolação, ensinai-nos a consolar e dai a nós a consolação nos momentos mais difíceis da vida. Que essa prática seja para nós virtude e meio de santidade. Amém!”
São Barnabé, rogai por nós!
Paula Ângela Maria Frassinetti nasceu em 3 de março de 1809, na
cidade de Gênova, Itália. Com a morte da sua mãe, seu pai e seus quatro
irmãos assumem sua educação. Seu pai incutiu nos filhos um forte sentido
cristão e todos seguiram a vida sacerdotal. O mais velho foi o fundador
da Congregação dos Filhos de Maria Imaculada.
Paula tinha uma inteligência aguçada e uma preferência para o estudo da
filosofia e da teologia. Em 1827, ela foi residir com seu irmão José,
que era o pároco da aldeia de Quinto, perto de Gênova. Junto com ele,
Paula apressou-se em fundar uma escola paroquial, iniciando uma ação
fecunda de apostolado com um pequeno grupo de fiéis seguidoras. Depois,
em 1834, com elas Paula fundou uma congregação religiosa, com o nome de
Filhas da Santa Fé, com o propósito de "estar plenamente disponíveis nas
mãos de Deus para evangelizar por meio da educação, com preferência
pelos jovens e pelos mais pobres".
Em visita a Gênova, o sacerdote Luca de Passi, que criava na Itália
comunidades apostólicas de Santa Dorotéia, convidou a congregação
recém-fundada para executar os trabalhos de sua instituição. Paula
aceitou e o antigo Instituto das Filhas da Santa Fé passou a ser chamado
de Irmãs de Santa Dorotéia. Sucessivamente, foram abertos novos
colégios pelas religiosas. Primeiro em Gênova, depois em Roma, sendo que
o de Santo Onofre, instituído em 1844, em Roma, foi mais tarde
escolhido para ser a Casa-mãe da instituição.
Inspirada nas regras de santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus,
dos célebres padres jesuítas, Paula elaborou os estatutos das Irmãs de
Santa Dorotéia à semelhança das religiosas francesas do Sagrado Coração.
Estabelecida em Roma com seu instituto, madre Paula foi recebida pela
primeira vez pelo papa Gregório XVI, por quem foi abençoada, recebendo
novo estímulo para sua obra.
Muito cedo a força de sua ação evangelizadora foi reconhecida e
difundiu-se com a criação de novas casas por toda a Itália. Em 1866,
chegou ao Brasil e logo depois a Portugal. Daí por diante se propagou
por todos os continentes, com suas missionárias animadas por suas
palavras, que ainda ecoam entre elas: "O Senhor as encha do seu Espírito
e as converta em outras tantas chamas ardentes que, onde tocarem,
acendam o fogo do amor de Deus".
No dia 11 de junho de 1882, aos setenta e três anos de idade, madre
Paula morreu em Roma, sendo enterrada no cemitério de São Lourenço. Em
1903, quando da exumação do seu corpo, este foi encontrado intacto. Três
anos depois, foi transferido para a capela da Casa-mãe do Instituto de
Santo Onofre, em Roma.
Muitas foram as graças e milagres atribuídos à intercessão de madre
Paula, e sua veneração tornou-se vigorosa entre os fiéis. Em 1930, foi
beatificada pelo papa Pio XI. Depois, em 1984, Paula Frassinetti foi
declarada santa pelo papa João Paulo II, durante uma comovente cerimônia
solene em Roma.
Santa Paula Frassinetti, rogai por nós!
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