Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus
Hoje, comemoramos a santidade de vida da naturalizada brasileira Amábile Lúcia Visintainer, que nasceu no ano de 1865 e partiu para a Glória em 1942. Nascida em Vigolo Vattaro (Itália), com apenas 10 anos de idade emigrou com seus pais para o Brasil, dirigindo-se para o Estado de Santa Catarina, no sul do país.
Assim que chegou, Amábile conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e tornaram-se
grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não
era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a
primeira comunhão no mesmo dia, quando Amábile já tinha completado doze
anos de idade.
Logo em seguida, o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial,
encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e
da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a são Jorge. Mas
mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile
para o serviço do Senhor.
Amábile incluía, sempre, Virgínia nas atividades para ampliar o campo de
ação. Dedicava-se de corpo e alma à caridade, servia consolando e
ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as
crianças. As obras já eram reconhecidas e notadas por todos, embora não
soubesse que já se consagrava a Deus.
Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num
terreno doado por um barão, próximo à capela, para lá rezar, cuidar dos
doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher
portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o
dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da
Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com
Amábile e Virgínia atuando como enfermeiras.
Essa também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em
solo brasileiro, tendo sido aprovada pelo bispo de Curitiba, em agosto
1895. Quatro meses depois, Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule, outra
jovem que se juntou a elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile
recebeu o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também
foi nomeada superiora, passando a ser chamada de madre Paulina.
A santidade e a vida apostólica de madre Paulina e de suas irmãzinhas
atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que
viviam. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos
da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para
poderem sobreviver.
Em 1903, com o reconhecimento de sua obra, madre Paulina foi convidada a
transferir-se para São Paulo. Fixando-se junto a uma capela no bairro
do Ipiranga, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os
ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravatura, ocorrida em
1888. Em 1918, madre Paulina foi chamada à Casa-geral, em São Paulo,
com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens
vocações da sua congregação. Nesse período, destacou-se pela oração
constante e pela caridosa e contínua assistência às irmãzinhas doentes.
Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande
sofrimento, iniciando com a amputação do braço direito, até a cegueira
total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 9 de julho de 1942, na
Casa-geral de sua congregação, em São Paulo. Na oração litúrgica da Igreja, é pedido a Deus para nós fiéis a
virtude do serviço, motivado pelo amor, a qual mais brilhou no coração
da virgem Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II em 1991, quando o papa visitou, oficialmente, o Brasil. Depois, o mesmo pontífice canonizou-a em 2002, tornando-se, assim, a primeira santa do Brasil.
Minha oração
“Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, ajudai-nos a
sermos fiéis à virtude do serviço, motivados pelo amor de Deus e a
salvação das almas. Amém.”
Santa Paulina, rogai por nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário