São Lino
Papa (século I)Lino foi o primeiro sucessor de Pedro na sede de Roma, o segundo papa da Igreja e o primeiro papa italiano. Ele era filho de Herculano, originário da Toscana. Os dados anteriores de sua vida são ignorados. Lino ainda não era cristão quando foi para Roma, que, então, era o centro da administração do Império e também dos estudos. Foi quando conheceu os apóstolos Pedro e Paulo, que o converteram ao cristianismo, tornando-se um dos primeiros discípulos.
O próprio Paulo citou-o na segunda carta que enviou de Roma a Timóteo: "Saúdam-te Eubulo, Prudente, Lino, Cláudia e todos os irmãos..." Lino, sem dúvida, desfrutava de grande confiança e respeitabilidade, tanto por parte de Pedro como de Paulo. Os tempos em que Lino viveu, juntamente com os apóstolos, foram terríveis para toda a comunidade cristã. O imperador era Nero, que incendiou Roma no ano 64 e declarou que todos os cristãos eram inimigos do Império. As perseguições tiveram início e duraram séculos, com sangrentas matanças e martírios. A mando do imperador, o apóstolo Pedro foi preso, martirizado e morto.
Lino foi papa da Igreja em Roma por nove anos, governou entre 67 e 76. E fez parte do clero romano, porque o próprio apóstolo Pedro o indicou para a sua sucessão, por causa da sua santidade e pela capacidade de administrador. A história da Igreja diz que o papa Lino sagrou 15 bispos e os enviou, como pregadores do Evangelho, para diversas cidades da Itália, ordenou 18 sacerdotes para os serviços de novas comunidades de cristãos que surgiam em Roma e governou a Igreja num período de sucessivos sobressaltos e tragédias políticas que marcaram os imperadores Nero, Galba, Vitélio e Vespasiano.
O papa Lino também sentiu a dolorosa repercussão da destruição completa de Jerusalém no ano 70, durante a chamada "guerra judaica". Ele, durante os anos de governo, foi muito requisitado a reanimar e a orientar os cristãos na verdadeira fé para manter a Igreja unida. Foi o papa que elaborou as primeiras normas de disciplina eclesiástica e litúrgica, e planejou a divisão de Roma em setores ou paróquias.
O papa Lino também foi martirizado em Roma, no ano 77, e sepultado ao lado do túmulo de são Pedro, no Vaticano. Sua memória é comemorada no dia 23 de setembro.
São Lino, rogai por nós!
São Pio de Pietrelcina, alívio para os sofrimentos de seus fiéis
São Pio de Pietrelcina buscava por meio do sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis
Religioso franciscano (1887-1968)
Padre
Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, Itália. Era filho
de Gracio Forgione e de Maria Josefa de Nunzio. No dia seguinte, foi
batizado com o nome de Francisco, e mais tarde seria, de fato, um grande
seguidor de são Francisco de Assis.
Aos 12 anos, recebeu os
sacramentos da primeira comunhão e do crisma. Aos 16, entrou no
noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, da cidadezinha de
Morcone, onde vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de frei
Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e,
em 1907, a dos votos solenes.
Depois da ordenação sacerdotal, em
1910, no Convento de Benevento, padre Pio, como era chamado, ficou
doente, tendo de voltar a conviver com sua família para tratar sua
enfermidade, e lá permaneceu até o ano de 1916. Quando voltou, foi
mandado para o Convento de San Giovanni Rotundo, lugar onde viveu até a
morte.
Padre Pio passou toda a sua vida contribuindo para a
redenção do ser humano, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os
fiéis e celebrando a Eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante
era, sem dúvida, a celebração da santa missa. Os fiéis, que dela
participavam, sentiam a importância desse momento, percebendo a
plenitude da espiritualidade de padre Pio. No campo da caridade social,
esforçou-se por aliviar sofrimentos e misérias de muitas famílias,
fundando a "Casa Sollievo della Sofferenza", ou melhor, a "Casa Alívio
do Sofrimento", em 1956.
Para padre Pio, a fé era a essência da
vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se, assiduamente,
na oração. Passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus.
Ele dizia: "Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-lo. A
oração é a chave que abre o coração de Deus". Também aceitava a vontade
misteriosa de Deus em nome de sua infindável fé. Sua máxima preocupação
era crescer e fazer crescer na caridade. Por mais de 50 anos, acolheu
muitas pessoas, que dele necessitavam. Era solicitado no confessionário,
na sacristia, no convento, e em todos os lugares onde pudesse estar,
todos iam buscar seu conforto e o ombro amigo, que ele nunca negava, bem
como o apoio e amizade. A todos tratou com justiça, lealdade e grande
respeito.
Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da
alma, em razão de sua enfermidade e, ao longo de vários anos, suportou
com serenidade as dores das suas chagas. Quando seu serviço sacerdotal
foi posto em dúvida, sendo investigado, padre Pio sofreu muito, mas
aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante das acusações
injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no
julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria
consciência. Muito consciente dos seus compromissos, aceitava todas as
ordens superiores com extrema humildade. Encarnava o espírito de pobreza
com seriedade, com total desapego por si próprio, pelos bens terrenos,
pelas comodidades e honrarias. Sua predileção era a virtude da
castidade.
Desde a juventude, sua saúde sempre inspirou cuidados
e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. Padre
Pio faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos 81 anos. Seu funeral
caracterizou-se por uma multidão de fiéis, que o consideravam santo.
Nos
anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi
crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado
por todo o mundo. Em 1999, o papa João Paulo II declarou bem-aventurado o
padre Pio de Pietrelcina, estabelecendo, no dia 23 de setembro, a data
da sua festa litúrgica. Depois, o mesmo sumo pontífice proclamou-o santo
em 2002, mantendo a data de sua tradicional festa.
Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”.
Oração:
Ó Deus, que em São Pio de Pietrelcina, sacerdote capuchinho, tens doado insigne privilégio de participar, de modo admirável, da Paixão de teu Filho, concede-me por sua intercessão a graça (dizer a graça) que ardentemente desejo e, sobretudo, dá-me mergulhar na morte de Jesus para alcançar também a glória da ressurreição. (Rezar três Glórias ao Pai)
São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!
Virgem mártir (século II)
Não
se sabe exatamente se foi em Isaúria ou na Licaônia, Turquia, o local
onde a virgem mártir Tecla nasceu. O que se sabe é que trata-se de uma
das figuras mais importantes dos tempos apostólicos, muito celebrada
entre os gregos.
Tudo começou quando, um dia, ao ouvir uma
conversa sobre o valor da castidade entre o apóstolo Paulo e seu
anfitrião Onesíforo, a jovem e pagã Tecla foi tocada no coração pelo
discurso do santo. Ficou tão impressionada que, naquele exato momento,
resolveu não mais casar-se. Ela era, porém, prometida a um jovem de nome
Tamiris.
Quando a jovem resolveu desmanchar o casamento, tanto
sua família como a do noivo fizeram de tudo para demovê-la da ideia.
Tecla, porém, manteve-se firme na convicção de converter-se. Isso
despertou a ira de seu noivo, que conseguiu a prisão e a tortura de são
Paulo por influenciar a jovem, o que eles consideravam ser uma atitude
demoníaca por parte do apóstolo.
Nem assim Tamiris conseguiu que
Tecla abandonasse os ensinamento de Cristo, que agora seguia. Ela foi,
algumas vezes, procurar Paulo no cárcere, para dar-lhe apoio e
solidariedade. Com essa atitude, deixou seu ex-noivo ainda mais irado.
Como consequência, ele a denunciou para o pró-cônsul, que a sentenciou à
morte na fogueira. Mas a condenação resultou numa surpresa: as chamas
não a queimaram.
Algum tempo depois, Tecla foi novamente julgada e
condenada à morte, só que, agora, seria atirada às feras, diante do
povo no Circo. Mais uma vez, o prodígio se realizou, e as feras
deixaram-se acariciar por ela, cujas mãos lambiam mansamente. Pareciam
mais com gatinhos do que com ferozes tigres e leopardos selvagens. Por
fim, Tecla foi jogada dentro de uma escura caverna cheia de serpentes
venenosas. De novo, nada lhe aconteceu.
Conta uma da mais antigas
tradições cristãs que Tecla morreu aos 90 anos de idade, em Selêucia,
moderna Selefkie, na Ásia Menor, depois de conseguir a conversão de
muitos pagãos. O corpo de santa Tecla teria sido sepultado nessa cidade,
onde, depois, os imperadores cristãos mandaram erguer uma igreja
dedicada à sua memória.
Santa Tecla é invocada pelos fiéis
devotos como a padroeira dos agonizantes e também solicitada para
interceder por eles contra os males da vista. A Igreja confirmou o seu
culto pela tradição dos fiéis e manteve o dia em que já habitualmente
sua festa é realizada.
Santa Tecla, rogai por nós!
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