Evangelho Cotidiano
25º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Mt 20,1-16a)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Vinde abrir o nosso coração, Senhor; ó Senhor, abri o nosso coração, e, então, do vosso filho a palavra, poderemos acolher com muito amor! (cf. At 16,14b)
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos:1“O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa.
6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’
9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata.
11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.
13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’16aAssim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.
- Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
«Ou estás com inveja porque estou sendo bom?»
Hoje o evangelista continua
fazendo a descrição do Reino de Deus conforme ao que Jesus ensina, tal
como tem sido proclamado durante estes domingos de verão nas nossas
assembleias eucarísticas.
No fundo o relato de hoje, a vinha, imagem profética do povo de Israel
no Antigo Testamento, e agora o novo povo de Deus que nasce do lado
aberto do Senhor na cruz. A questão: a filiação a este povo, que vem
dada por uma chamada pessoal feita a cada um: «Não fostes vós que me
escolhestes, mas eu vos escolhi» (Jo 15,16), e pela vontade do Pai do
céu, de fazer extensiva esta chamada a todos os homens, movido por sua
vontade generosa de salvação.
Ressalta, nesta parábola a protesta dos trabalhadores da primeira hora. É
a imagem paralela do irmão grande da parábola do filho pródigo. Os que
vivem o seu trabalho pelo Reino de Deus (o trabalho na vinha) como uma
carga pesada «suportamos o peso do dia e o calor ardente» (Mt 20,12) e
não como um privilégio que Deus lhes dispensa; não trabalham desde a
alegria filial, senão com o mal humor dos serventes.
Para eles a fé é coisa que ata e escraviza e, caladamente, têm inveja
dos que “vivem a vida”, já que concebem a consciência cristã como um
freio e não como umas asas que dão vôo divino à vida humana. Pensam que é
melhor permanecer desocupados espiritualmente, antes que viver à luz da
palavra de Deus. Sentem que a salvação lhe é devida e, são zelosos de
ela. Contrasta notavelmente seu espírito mesquinho com a generosidade do
Pai, que «o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao
conhecimento da verdade» (1Tim 2,4), e por isso chama à sua vinha, «O
Senhor é bom para com todos, e sua misericórdia se estende a todas as
suas obras» (Sal 144,9). - Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós
(Barcelona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Corramos, prossigamos, estamos a caminho; que a feliz certeza das coisas passadas não nos torne menos diligentes por aquelas que ainda não alcançámosuma estratégia» (Santo Agostinho)
«O diálogo é o nosso método, não por astúcia, mas por fidelidade Àquele que não se cansa de passar sempre de novo pelas praças dos homens, até à undécima hora, para propor o seu convite amoroso» (Francisco)
« O amor dos pobres é incompatível com o amor imoderado das riquezas ou com o uso egoísta das mesmas» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.445)
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