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domingo, 24 de maio de 2020

Mariologia ou Mariomania? Pe Paulo Ricardo

Mariologia ou Mariomania

Parece que tem muita gente preocupada com o crescimento de uma devoção desequilibrada à Virgem Maria. Os abusos existem e ninguém os pode negar. Mas será que é tudo abuso? 
Ou o que está faltando mesmo é estudar Mariologia?

No aniversário da aparição de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré, que deu origem ao culto da Medalha Milagrosa, esta aula pretende apresentar aos nossos alunos uma mariologia autêntica, cujas bases não sejam nem uma visão emocionalmente desequilibrada, própria de pessoas com dependência afetiva, nem uma visão reducionista do papel de Maria, defendida por quem deseja corresponder aos auspícios do ecumenismo. A mariologia desta aula será a de sempre, a mariologia católica que os santos cultivaram ao longo dos séculos e o Concílio Vaticano II ratificou na constituição Lumen Gentium.


Antes do Concílio, havia um debate teológico entre dois grupos. Um deles entendia a Virgem Maria como membro da Igreja. Apesar de correta, essa abordagem pode, entretanto, resumir a participação de Nossa Senhora no mistério salvífico à mera função de intercessora, como é o caso dos demais santos. A diferença entre estes e aquela seria apenas quantitativa, tendo Maria uma intercessão mais elevada que a dos outros. Mas a posição de Nossa Senhora na economia da salvação, como entendia o outro grupo, não é somente eclesiológica, mas também cristológica, uma vez que Ela, estando unida ao mistério da Encarnação, participou diretamente na redenção da humanidade.

Notem que o primeiro dogma mariano proclamado pela Igreja foi um dogma profundamente cristológico: o dogma da maternidade divina. E ainda que acusem a Igreja dessa época de estar contaminada pelo “romanismo” de Constantino, a verdade é que, desde o tempo apostólico, os cristãos já veneravam a Mãe de Deus pela sua especial proteção, algo que se verifica na mais antiga oração mariana: Sub tuum praesidium. Autores antiquíssimos, como é o caso de Santo Ireneu de Lion e Santo Inácio de Antioquia, já chamavam Maria de “nova Eva”, relacionando-a à restauração do gênero humano, conforme a promessa do Gênesis.

Para equilibrar as duas visões, Paulo VI proclamou o título de Maria, Mãe da Igreja, ainda durante as aulas conciliares. Desse modo, o Santo Padre confirmou tanto a posição de Maria como membro da Igreja quanto a sua singularidade entre os demais santos. Maria não é um membro qualquer, mas a Mãe desse corpo, cuja cabeça é Cristo.
No capítulo VIII da Lumen Gentium (n. 56), os padres conciliares atestam que
Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente passivo, mas cooperou livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos homens. Como diz S. Ireneu, “obedecendo, ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o gênero humano”.
A devoção mariana, portanto, não pode ser uma coisa facultativa aos católicos, como o são as devoções a Santa Teresinha ou a São Pio de Pietrelcina, os quais, embora tenham vivido uma conduta exemplar, não foram eles mesmos “causa de salvação” para a humanidade. A Tradição afirma claramente a participação direta de Maria no mistério da redenção, motivo pelo qual se espera da Igreja a proclamação dos dogmas da “corredenção” e da “mediação de todas as graças”.

Ora, a mariologia católica revela-se, assim, como aceitação de duas realidades aparentemente distintas, mas intimamente relacionadas à cristologia, de modo que, para os fiéis, o estudo correto desse ensinamento desenvolve afetos enraizados nas verdades da fé. Exemplo disso é a consagração à Virgem Maria pelo método de São Luís de Montfort, que consiste em um ato de fé no papel corredentor de Nossa Senhora.

O estudo atento dessas verdades foi imprescindível para que o próprio Padre Paulo Ricardo, antes um pouco escrupuloso, percebesse em Nossa Senhora aquela que nos conduz mais fielmente ao encontro de Cristo e que, por essa razão, a devoção mariana, longe de nos afastar de Jesus, só nos é necessária para encontrá-lo, amá-lo e fielmente servi-lo, como ensina São Luís de Montfort (cf. Tratado, II, n. 62).

Essa é a verdadeira mariologia católica!

Site: Padre Paulo Ricardo


domingo, 26 de novembro de 2017

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO - Solenidade

Evangelho segundo S. Mateus 25,31-46.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso.
Todas as nações se reunirão na sua presença, e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes;
não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’.
Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber?
Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos?
Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’. 
E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’. 

Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos.
Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber;
era peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’. 
Então também eles Lhe hão-de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?’.
E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’.
Estes irão para o suplício eterno, e os justos para a vida eterna».

Comentário do dia:   Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja, «», § 13
Rei e Senhor

Todos os homens são chamados ao novo povo de Deus. Por isso, este povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus, que [...] quis juntar em unidade todos os seus filhos que estavam dispersos (cf Jo 11,52). Foi para isto que Deus enviou o seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas (cf Heb 1,2), para ser Mestre, Rei e Sacerdote universal, cabeça do novo e universal povo dos filhos de Deus. Para isto, Deus enviou finalmente também o Espírito de seu Filho, Senhor e fonte de vida, o qual é para toda a Igreja e para cada um dos crentes princípio de agregação e de unidade na doutrina e na comunhão dos Apóstolos, na fração do pão e na oração (cf At 2,42).

E assim, o povo de Deus encontra-se entre todos os povos da Terra, já que de todos recebe os cidadãos, que o são dum reino não terreno mas celeste. Pois todos os fiéis espalhados pelo orbe comunicam com os restantes por meio do Espírito Santo [...]. Mas, porque o reino de Cristo não é deste mundo (cf Jo 18,36), a Igreja, ou seja, o povo de Deus, ao implantar este reino, não subtrai coisa alguma ao bem temporal de nenhum povo, mas, pelo contrário, fomenta e assume as qualidades, as riquezas, os costumes e o modo de ser dos povos, na medida em que são bons; e, assumindo-os, purifica-os, fortalece-os e eleva-os. Pois lembra-se de que lhe cumpre ajuntar-se com aquele Rei a quem os povos foram dados em herança (cf Sl 2,8), e dirigir-se para a cidade à qual levam dons e ofertas (cf Sl 71,10; Is 60,47; Apoc 21,24). Este caráter de universalidade que distingue o povo de Deus é dom do Senhor; por ele, a Igreja católica tende eficaz e constantemente à recapitulação total da humanidade com todos os seus bens, sob a cabeça, Cristo, na unidade do seu Espírito.