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terça-feira, 3 de outubro de 2023

3 de outubro - Santo do Dia

 São Dionísio Areopagita

Os cristãos sempre sofreram intensas perseguições, chacinas e saques durante o transcorrer dos séculos, principalmente no início da formação da Igreja. Tanto que muitos dos escritos foram queimados ou destruídos  de outra forma. Por isso a memória da Igreja, às vezes, tem dados insuficientes sobre a vida e a obra de santos e mártires do seu passado mais remoto. Para que essas poucas evidências não se perdessem, ela se valeu das fontes mais fiéis da literatura mundial, que nada mais são do que as próprias narrações das antigas tradições orais cristãs preservadas pela humanidade.

Interessante é o caso dos dois santos com o nome de Dionísio, venerados  pelo cristianismo. A data de hoje é consagrada ao Areopagita, sendo, o outro santo, o primeiro bispo de Paris, festejado no dia 9 deste mês.

O Dionísio homenageado foi convertido pelo apóstolo Paulo (At 17,34) durante a sua pregação aos gregos no Areópago, daí ter sido agregado ao  seu nome o apelido de Areopagita.

O Areópago era o tribunal supremo de Atenas, na Grécia, onde eram decididas as leis e regras gerais de conduta do povo. Só pertenciam a ele cidadãos nascidos na cidade, com posses, cultura e prestígio na comunidade. Dionísio era um desses areopagitas.

Nascido na Grécia, no seio de uma nobre família pagã, estudou Filosofia e  Astronomia em Atenas. Em seguida, foi para o Egito finalizar os estudos da Matemática. Ao regressar a Atenas, foi nomeado juiz. Até ele chegou o apóstolo Paulo, quando acusado ante o tribunal em que se encontrava Dionísio.

Ao assistir à eloquente pregação de Paulo, Dionísio foi o primeiro a converter-se. Por isso conseguiu para si inimigos poderosos entre a elite pagã que comandava a cidade. Foi, então, que são Paulo acolheu o areopagita entre seus primeiros discípulos.

Logo em seguida, Dionísio foi consagrado pelo próprio apóstolo como bispo de Atenas. Nessa condição, ele fez muitas viagens a terras estrangeiras, para pregar e aprender a cultura dos outros povos. Segundo se narra, nessas jornadas, teria conhecido pessoalmente são Pedro, são Tiago, são Lucas e outros apóstolos. Além de os registros antigos fazerem referência sobre ele na Dormição e Assunção da Virgem Maria, a mãe do Filho de Deus.

Em Atenas, seus opositores na política conseguiram sua condenação à morte pelo fogo, mas ele se salvou, viajando para encontrar-se com o papa em Roma. Depois, só temos a informação do Martirológio Romano, na qual consta que são Dionísio Areopagita morreu sob a perseguição contra os cristãos no ano 95. 


São Dionísio Areopagita, rogai por nós!

Protomártires do Brasil 

Neste dia, fazemos memória aos Protomártires do Brasil. Missionários e leigos martirizados em Cunhaú e Uruaçu

Dentro da conturbada invasão dos holandeses no nordeste do Brasil, encontram-se os dois martírios coletivos: o de Cunhaú e o de Uruaçu. Estes martírios aconteceram no ano de 1645, sendo que o Pe. André de Soveral e Domingos de Carvalho foram mártires em Cunhaú e o Pe. Ambrósio Francisco Ferro e Mateus Moreira em Uruaçu; dentre outros.

No Engenho de Cunhaú, principal pólo econômico da Capitania do Rio Grande (atual estado do Rio Grande do Norte), existia uma pequena e fervorosa comunidade composta por 70 pessoas sob os cuidados do Pe. André de Soveral. No dia 15 de julho chegou em Cunhaú Jacó Rabe, trazendo consigo seus liderados, os ferozes tapuias, e, além deles, alguns potiguares com o chefe Jerera e soldados holandeses. Jacó Rabe era conhecido por seus saques e desmandos, feitos com a conivência dos holandeses, deixando um rastro de destruição por onde passava.

Dizendo-se em missão oficial pelo Supremo Conselho Holandês do Recife, convoca a população para ouvir as ordens do Conselho após a missa dominical no dia seguinte. Durante a Santa Missa, após a elevação da hóstia e do cálice, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da igreja e se deu início à terrível carnificina: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos flamengos com a ajuda dos tapuias e dos potiguares.

A notícia do massacre de Cunhaú espalhou-se por todo o Rio Grande e capitanias vizinhas, mesmo suspeitando dessa conivência do governo holandês, alguns moradores influentes pediram asilo ao comandante da Fortaleza dos Reis Magos. Assim, foram recebidos como hóspedes o vigário Pe. Ambrósio Francisco Ferro, Antônio Vilela, o Moço, Francisco de  Bastos, Diogo Pereira e José do Porto. Os outros moradores, a grande maioria, não podendo ficar no Forte, assumiram a sua própria defesa, construindo uma fortificação na pequena cidade de Potengi, a 25 km de Fortaleza.

Enquanto isso, Jacó Rabe prosseguia com seus crimes. Após passar por várias várias localidades do Rio Grande e da Paraíba, Rabe foi então à Potengi, e encontrou heróica resistência armada dos fortificados. Como sabiam que ele mandara matar os inocentes de Cunhaú, resistiram o mais que puderam, por 16 dias, até que chegaram duas peças de artilharia vindas da Fortaleza dos Reis Magos. Não tinham como enfrentá-las. Depuseram as armas e entregaram-se nas mãos de Deus. 

Cinco reféns foram levados à Fortaleza: Estêvão Machado de Miranda, Francisco Mendes Pereira, Vicente de Souza Pereira, João da Silveira e Simão Correia. Desse modo, os moradores do Rio Grande ficaram em dois  grupos: 12 na Fortaleza e o restante sob custódia em Potengi.

Dia 2 de outubro chegaram ordens de Recife mandando matar todos os moradores, o que foi feito no dia seguinte, 3 de outubro. Os holandeses decidiram eliminar primeiro os 12 da Fortaleza, por serem pessoas influentes, servindo de exemplo: o vigário, um escabino, um rico proprietário.

Foram embarcados e levados rio acima para o porto de Uruaçu. Lá os esperava o chefe indígena potiguar Antônio Paraopaba e um pelotão armado de duzentos índios seus comandados. Repetiram-se então as piores atrocidades e barbáries, que os próprios cronistas da época sentiam pejo em contá-las, porque atentavam às leis da moral e modéstia.

Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.


Origens 

A evangelização no Rio Grande do Norte, estado do nordeste do Brasil, começou em 1597. Iniciaram com a catequese dos índios e com a formação das primeiras comunidades cristãs. Tudo isso, graças aos missionários jesuítas e padres diocesanos do Reino Católico de Portugal. 

Nas décadas seguintes, houve desembarques naquelas terras de franceses e holandeses. Vieram para o Brasil, com o intuito de expulsar os portugueses dos lugares colonizados. Em 1630, os holandeses conseguiram seu objetivo, estabelecendo-se na região Nordeste do Brasil. 

Eles, de confissão calvinista e acompanhados de seus párocos, provocaram forte conflito na região. A princípio de forma pacífica, devido à restrição da liberdade de culto aos católicos. A partir daquele momento, passaram a ser perseguidos. 

“Mártires, durante a missa dominical. Prisioneiros, junto com o pároco, torturados e mutilados

São André de Soveral

O padre André de Soveral, pároco de Cunhaú, nasceu por volta de 1572 em São Vicente, na ilha de Santos; aos 21 anos ingressou na Companhia de Jesus. Ao final dos estudos, foi enviado para Olinda, em Pernambuco. Especificamente ao centro missionário de catequese dos índios de toda a vasta região. A partir de 1607, tendo deixado os jesuítas, o encontramos como membro do clero diocesano e pároco de Cunhaú: na época do martírio tinha 73 anos.

Páscoa

O Primeiro Momento  Martírio

No domingo, 16 de julho de 1645, enquanto celebrava a missa na capela local, apareceu Jacó Rabe. Ele anunciou importantes comunicações das autoridades governamentais. Logo após a consagração, uma legião de soldados holandeses, acompanhados de índios das tribos Tapuias e Potiguari, todos armados, invadiu o local sagrado, trancou suas portas e atacou ferozmente os fiéis indefesos. Padre André de Soveral, obrigado a interromper a celebração, conseguiu entoar as orações dos moribundos com os fiéis. Todos eles foram mortos à espada, exceto cinco fiéis portugueses que foram feitos reféns. Os assassinos roubaram roupas e objetos dos cadáveres, depois os destruíram. Os católicos mortos em Cunhaú tinham ao todo mais de sessenta anos, mas deles só se sabe o nome do pároco e do leigo Domingo Carvalho.

O Segundo Momento do Martírio

O segundo momento do martírio ocorreu cerca de três meses depois. Em 3 de outubro de 1645, em Uruaçu, dentro da paróquia Nossa Senhora da Apresentação, liderada pelo padre Ambrósio Francisco Ferro.

Tomados pelo terror do que aconteceu em Cunhaú, os católicos de Natal tentaram fugir, em segurança, em abrigos improvisados, mas em vão. Presos, juntamente com o pároco padre Ambrósio Francisco Ferro, foram transferidos para perto de Uruaçu. Ali, eles esperavam os soldados holandeses e cerca de 200 índios sob o comando do líder indígena Antonio Paraopaba, que, tinha um verdadeiro aversão aos católicos. Os fiéis e seu pároco foram terrivelmente torturados e deixados para morrer em meio a mutilações desumanas. Os cronista da época ficaram horrorizado ao descrever em detalhes.

Via de Santificação

Dos numerosos fiéis mortos por causa da fé, em 16 de julho e 3 de outubro de 1645, e para os quais se manifestou imediatamente uma sólida reputação de martírio, infelizmente, apenas 30 puderam ser identificados com certeza. 

A história do martírio do Padre André de Soveral e do Padre Ambrósio Francisco Ferro, do leigo Mateus Moreira e dos seus vinte e oito Companheiros, beatificados pelo Santo Padre João Paulo II, em 5 de março de 2000. Foram canonizados pelo Sumo Pontífice, Papa Francisco, no dia 15 de outubro de 2017.

A 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa João Paulo II beatificou os 30 protomártires brasileiros, sendo 2 sacerdotes e 28 leigos beatificados.

Minha oração

“Aos mártires que entregaram a sua vida em testemunho da fé na terra de Santa Cruz, rogamos que nunca falte a fé para o nosso povo, nunca nos falte a esperança no Cristo e em sua glória, assim como a misericórdia para a nossa salvação na vida futura. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”

 

Protomártires do Brasil, rogai por nós!

 

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Santo do dia - 20 de setembro

Santo André Kim Taegon e companheiros mártires

Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja

 Igreja coreana tem, talvez, uma característica única no mundo católico. Foi fundada e estabelecida apenas por leigos. Surgiu no início de 1600, a partir dos contatos anuais das delegações coreanas que visitavam Pequim, na China, nação que sempre foi uma referência no Extremo Oriente para troca de cultura.

Foi ali que os coreanos tomaram conhecimento do cristianismo. Especialmente por meio do livro do grande padre Mateus Ricci, "A verdadeira doutrina de Deus". Foi o leigo Lee Byeok que se inspirou nele para, então, fundar a primeira comunidade católica atuante na Coreia.

As visitas à China continuaram e os cristãos coreanos foram, então, informados pelo bispo de Pequim de que suas atividades precisavam seguir a hierarquia e organização ditada pelo Vaticano, a Santa Sé de Roma. Teria de ser gerida por um sacerdote consagrado, o qual foi enviado oficialmente para lá em 1785.

Em pouco tempo, a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis, Porém começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos, como já dissera o imperador Tertuliano, no início dos tempos cristãos. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.

Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado.

André nasceu em 1821, numa família profundamente cristã da nobreza coreana. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "Igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos 44 anos, por não renegar a fé em Cristo.

André tinha 15 anos e sobreviveu com os familiares, graças à ajuda dos missionários franceses, que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa em clima de perseguição, tanto na ida quanto na volta, foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.

Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.

André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coreia.

Na mesma ocasião, foram martirizados 103 homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.


Santo André Kim Taegon e companheiros mártires, rogai por nós!


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Santo do dia - 20 de setembro

Santo André Kim Taegon e companheiros

Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja

 Igreja coreana tem, talvez, uma característica única no mundo católico. Foi fundada e estabelecida apenas por leigos. Surgiu no início de 1600, a partir dos contatos anuais das delegações coreanas que visitavam Pequim, na China, nação que sempre foi uma referência no Extremo Oriente para troca de cultura.

Foi ali que os coreanos tomaram conhecimento do cristianismo. Especialmente por meio do livro do grande padre Mateus Ricci, "A verdadeira doutrina de Deus". Foi o leigo Lee Byeok que se inspirou nele para, então, fundar a primeira comunidade católica atuante na Coreia.

As visitas à China continuaram e os cristãos coreanos foram, então, informados pelo bispo de Pequim de que suas atividades precisavam seguir a hierarquia e organização ditada pelo Vaticano, a Santa Sé de Roma. Teria de ser gerida por um sacerdote consagrado, o qual foi enviado oficialmente para lá em 1785.

Em pouco tempo, a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis, Porém começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos, como já dissera o imperador Tertuliano, no início dos tempos cristãos. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.

Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado.

André nasceu em 1821, numa família profundamente cristã da nobreza coreana. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "Igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos 44 anos, por não renegar a fé em Cristo.

André tinha 15 anos e sobreviveu com os familiares, graças à ajuda dos missionários franceses, que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa em clima de perseguição, tanto na ida quanto na volta, foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.

Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.

André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coreia.

Na mesma ocasião, foram martirizados 103 homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.


Santo André Kim Taegon e companheiros mártires, rogai por nós!
 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Santo do dia - 20 de setembro

Santo André Kim Taegon e companheiros

Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja

 Igreja coreana tem, talvez, uma característica única no mundo católico. Foi fundada e estabelecida apenas por leigos. Surgiu no início de 1600, a partir dos contatos anuais das delegações coreanas que visitavam Pequim, na China, nação que sempre foi uma referência no Extremo Oriente para troca de cultura.

Foi ali que os coreanos tomaram conhecimento do cristianismo. Especialmente por meio do livro do grande padre Mateus Ricci, "A verdadeira doutrina de Deus". Foi o leigo Lee Byeok que se inspirou nele para, então, fundar a primeira comunidade católica atuante na Coreia.

As visitas à China continuaram e os cristãos coreanos foram, então, informados pelo bispo de Pequim de que suas atividades precisavam seguir a hierarquia e organização ditada pelo Vaticano, a Santa Sé de Roma. Teria de ser gerida por um sacerdote consagrado, o qual foi enviado oficialmente para lá em 1785.

Em pouco tempo, a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis, Porém começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos, como já dissera o imperador Tertuliano, no início dos tempos cristãos. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.

Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado.

André nasceu em 1821, numa família profundamente cristã da nobreza coreana. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "Igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos 44 anos, por não renegar a fé em Cristo.

André tinha 15 anos e sobreviveu com os familiares, graças à ajuda dos missionários franceses, que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa em clima de perseguição, tanto na ida quanto na volta, foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.

Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.

André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coreia.

Na mesma ocasião, foram martirizados 103 homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.


Santo André Kim Taegon e companheiros mártires, rogai por nós!
 

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Santo do dia - 20 de setembro

Santo André Kim Taegon e companheiros

Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja

 Igreja coreana tem, talvez, uma característica única no mundo católico. Foi fundada e estabelecida apenas por leigos. Surgiu no início de 1600, a partir dos contatos anuais das delegações coreanas que visitavam Pequim, na China, nação que sempre foi uma referência no Extremo Oriente para troca de cultura.

Foi ali que os coreanos tomaram conhecimento do cristianismo. Especialmente por meio do livro do grande padre Mateus Ricci, "A verdadeira doutrina de Deus". Foi o leigo Lee Byeok que se inspirou nele para, então, fundar a primeira comunidade católica atuante na Coreia.

As visitas à China continuaram e os cristãos coreanos foram, então, informados pelo bispo de Pequim de que suas atividades precisavam seguir a hierarquia e organização ditada pelo Vaticano, a Santa Sé de Roma. Teria de ser gerida por um sacerdote consagrado, o qual foi enviado oficialmente para lá em 1785.

Em pouco tempo, a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis, Porém começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos, como já dissera o imperador Tertuliano, no início dos tempos cristãos. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.

Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado.

André nasceu em 1821, numa família profundamente cristã da nobreza coreana. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "Igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos 44 anos, por não renegar a fé em Cristo.

André tinha 15 anos e sobreviveu com os familiares, graças à ajuda dos missionários franceses, que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa em clima de perseguição, tanto na ida quanto na volta, foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.

Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.

André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coreia.

Na mesma ocasião, foram martirizados 103 homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.


Santo André Kim Taegon e companheiros mártires, rogai por nós! 

 

domingo, 20 de setembro de 2015

Santo do dia - 20 de setembro

Santo André Kim Taegon e companheiros

Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja

 Igreja coreana tem, talvez, uma característica única no mundo católico. Foi fundada e estabelecida apenas por leigos. Surgiu no início de 1600, a partir dos contatos anuais das delegações coreanas que visitavam Pequim, na China, nação que sempre foi uma referência no Extremo Oriente para troca de cultura.

Foi ali que os coreanos tomaram conhecimento do cristianismo. Especialmente por meio do livro do grande padre Mateus Ricci, "A verdadeira doutrina de Deus". Foi o leigo Lee Byeok que se inspirou nele para, então, fundar a primeira comunidade católica atuante na Coreia.

As visitas à China continuaram e os cristãos coreanos foram, então, informados pelo bispo de Pequim de que suas atividades precisavam seguir a hierarquia e organização ditada pelo Vaticano, a Santa Sé de Roma. Teria de ser gerida por um sacerdote consagrado, o qual foi enviado oficialmente para lá em 1785.

Em pouco tempo, a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis, Porém começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos, como já dissera o imperador Tertuliano, no início dos tempos cristãos. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.

Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado.

André nasceu em 1821, numa família profundamente cristã da nobreza coreana. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "Igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos 44 anos, por não renegar a fé em Cristo.

André tinha 15 anos e sobreviveu com os familiares, graças à ajuda dos missionários franceses, que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa em clima de perseguição, tanto na ida quanto na volta, foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.

Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.

André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coreia.

Na mesma ocasião, foram martirizados 103 homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.


Santo André Kim Taegon e companheiros mártires, rogai por nós! 

 

domingo, 6 de junho de 2010

6 de junho - Santo do dia

São Marcelino Champagnat

Marcelino José Benedito Champagnat nasceu na aldeia de Marlhes, próxima de Lion França, no dia 20 de maio de 1789, nono filho de uma família de camponeses pobres e muito religiosos. O pai era um agricultor com instrução acima da média, atuante e respeitado na pequena comunidade. A mãe, além de ajudar o marido vendendo o que produziam, cuidava da casa e da educação dos filhos, auxiliada pela cunhada, que desistira do convento. A família era muito devota de Maria, despertando nos filhos o amor profundo à Mãe de Deus.

Na infância, logo que ingressou na escola, Marcelino sofreu um grande trauma quando o professor castigou um dos seus companheiros. Ele preferiu não freqüentar os estudos e foi trabalhar na lavoura com o pai. E assim o fez até os quatorze anos de idade, quando o pároco o alertou para sua vocação religiosa.

Apesar de sua condição econômica e o seu baixo grau de escolaridade, foi admitido no seminário de Verrièrres. Porém, a partir daí, dedicou-se aos estudos enfrentando muitas dificuldades. Aos vinte e sete anos, em 1816, recebeu o diploma e foi ordenado sacerdote no seminário de Lion.

Talvez por influência da sua dura infância, mas movido pelo Espírito Santo, acabou se dedicando aos problemas e à situação de abandono por que passavam os jovens de sua época, no campo da religião e dos estudos. Marcelino rezou e meditou em busca de uma resposta a esses problemas que antecederam e anunciavam a Revolução Francesa.

Numa visita a um rapaz doente, descobriu que este, além de analfabeto, nada sabia sobre Deus e sobre religião. Sua alma estava angustiada com tantas vidas sem sentido e sem guia vagando sem rumo. Foi então que liderou um grupo de jovens para a educação da juventude. Nascia, então, a futura Congregação dos Irmãos Maristas, também chamada de Família Marista, uma Ordem Terceira que leva o nome de Maria e sua proteção.

Sua obra tomou tanto vulto que Marcelino acabou por desligar-se de suas atividades paroquiais, para dedicar-se, completamente, a essa missão apostólica. Determinou que os membros da Congregação não deveriam ser sacerdotes, mas simples irmãos leigos, a fim de assumirem a missão de catequizar e alfabetizar as crianças, jovens e adultos, nas escolas paroquiais.

Ainda vivo, Marcelino teve a graça de ver sua Família Marista crescendo, dando frutos e sendo bem aceita em todos os países aonde chegaram. Ainda hoje, temos como referência a criteriosa e moderna educação marista presente nas melhores escolas do mundo.

Marcelino Champagnat morreu aos cinqüenta e um anos, em 6 de junho de 1840. Foi beatificado em 1955 e proclamado santo pelo papa João Paulo II em 1999. Ele é considerado o "Santo da Escola" e um grande precursor dos modernos métodos pedagógicos, que excluem todo tipo de castigo no educando.

São Marcelino Champagnat, rogai por nós!