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segunda-feira, 1 de agosto de 2022

1º de agosto - Santo do Dia

Santo Afonso Maria de Ligório

Santo Afonso Maria de Ligório, pastoreou com prudência e santidade o povo de Deus e fundador da Congregação do Santíssimo Redentor

“Padroeiro celestial de todos os confessores e moralistas”.

Afonso de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, no povoado de Marianela, em Nápoles, na Itália. Seus pais, cristãos, ricos e nobres, ao se depararem com sua inteligência privilegiada, deram-lhe todas as condições e todo o suporte para tornar-se uma pessoa brilhante. Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe preocupava-se em educá-lo nos caminhos da fé e do cristianismo. Ele cresceu um cristão fervoroso, músico, poeta, escritor e, com apenas 16 anos de idade, doutorou-se em Direito Civil e Eclesiástico.

Passou a advogar e atender no fórum de Nápoles, porém jamais abandonou sua vida espiritual, que era muito intensa. Sempre foi muito prudente, nunca advogou para a Corte, atendia a todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Porém atendia, em primeiro lugar, os pobres, que não tinham como pagar um advogado, não por uma questão moral, mas porque era cristão.

Depois de dez anos, tornara-se um memorável e bem sucedido advogado, cuja fama chegara aos fóruns jurídicos de toda a Itália. Entretanto, por exclusiva interferência política, perdeu uma causa de grande repercussão social, ocasionando-lhe uma violenta desilusão moral. A experiência do mundo e a forte corrupção moral já eram objeto de suas reflexões, após esse acontecimento decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa.

O pai, a princípio, não concordou, mas, vendo o filho renunciar à herança e aos títulos de nobreza com alegria no coração, aceitou sua decisão. Afonso concluiu os estudos de Teologia, sendo ordenado sacerdote aos 30 anos, em 1726. Escolheu o nome de Maria para homenagear o Nosso Redentor por meio da Santíssima Mãe, aos quais dedicava toda a sua devoção, e agora também a vida.

Desde então, colocou seus muitos talentos a serviço do Povo de Deus, evidenciando ainda mais os da bondade, da caridade, da fé em Cristo e do conforto espiritual que passava a seus semelhantes. Em suas pregações, Afonso Maria usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do Redentor. As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam reconciliação e orientação, por meio do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante todo o seu apostolado. Aos que lhe perguntavam qual era o seu lema, dizia: "Deus me enviou para evangelizar os pobres".

Para viver plenamente o seu lema, em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, ou dos Padres Redentoristas, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres e nas regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Ele mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria, entremeando sua atividade pastoral com a de escritor de livros ascéticos e teológicos. Com tudo isso, conseguiu a conversão de muitas pessoas.

Em 1762, obedecendo à indicação do papa, aceitou ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, onde permaneceu por 13 anos. Portador de artrite degenerativa deformante, já paralítico e quase cego, retirou-se ao seu convento, onde completou sua extensa e importantíssima obra literária, composta de 120 livros e tratados. Entre os mais célebres estão: "Teologia moral", "Glórias de Maria", "Visitas ao SS. Sacramento" e "Tratado sobre a oração".

Após 12 anos de muito sofrimento físico, Afonso Maria de Ligório morreu,  aos 91 anos, no dia 1º de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália. Canonizado em 1839, foi declarado doutor da Igreja em 1871. O papa Pio XII proclamou santo Afonso Maria de Ligório Padroeiro  dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral em 1950.


Minha oração 

“Ó santo mestre e doutor da Igreja, concede-nos a devoção e amor pleno a Deus, capaz fazer-nos abandonar tudo para servi-lo. Amém.”


Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós!
 
 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

A doutrina católica admite a predestinação? - Estevão Bettencourt, OSB

Abordamos aqui uma das questões mais elevadas da fé cristã. Para penetrá-la, o estudioso tem que se resolver a não se deixar levar pelo sentimentalismo nem pelo antropocentrismo. Mas estritamente pelos dados da Revelação, que é sobrenatural (não, porém, anti-natural) e teocêntrica.

A questão da predestinação se prenda à do mal, de que trata “Pergunte e Responderemos” nº 5/1957 qu. 1. 
Tenha-se em vista o que aí se diz:
1) a possibilidade de errar é inerente ao conceito mesmo da criatura; 
2) esta possibilidade se realizou no mundo quando o primeiro homem cometeu livremente o erro ou o mal moral, o pecado; 
3) os males físicos (misérias e morte) são conseqüências do pecado; 
4) a culpa dessas desordens recai em última análise sobre o livro arbítrio do homem, não sobre Deus; 
5) Este se apiedou da criatura, tomando a sua sorte na Encarnação e na morte de cruz, a fim de dar valor salvífico ao sofrimento.

Entremos agora no tema da predestinação.
  1. Conceito e existência da predestinação
  1. O modo como Deus predestina
  1. A muitos fiéis impressiona o fato de que Deus predestina positivamente alguns para a glória celeste, deixando que outros se percam – fato firmemente atestado pela Sagrada Escritura e pela Tradição cristã. Perguntam se não haveria nisto injustiça da parte do Senhor.
  1. A luz dos procedentes, vê-se que sentido tem a frase de São Paulo: “Deus quer que todos os homens sejam salvos” (1 Tim 2,4). São Tomaz (I Sent. D. 46, q. 1, a.1) a distingue nos termos seguintes:
  1. A atitude prática do cristão
Por predestinação entende-se em Teologia o desígnio, concebido por Deus, de levar a criatura racional (o homem) ao fim sobrenatural, que é a vida eterna. Note-se logo que este desígnio tem por exclusivo objeto a bem-aventurança celeste; não há predestinação para o mal ou o inferno.

A Sagrada Escritura atesta amplamente a existência de tal desígnio no Criador. De um lado, ela ensina que a Boa Notícia da salvação deve ser anunciada a todos os povos (cf. Mt 28,19) e que Deus quer “sejam salvos todos os homens e cheguem ao conhecimento da verdade” (cf. 1 Tim 2,4). De outro lado, ela também diz que há homens que se perdem (cf. Jô 17,12) e que o Senhor exerce uma providência especial para salvar os que não se perdem:
“Sabemos que, com aqueles que O amam, Deus colabora em tudo para o bem dos mesmos, daqueles que Ele chamou segundo o seu desígnio. Pois, aqueles que de ante-mão Ele conheceu, Ele também os predestinou a reproduzir a imagem de seu Filho… E, aqueles que Ele predestinou, Ele também os chamou (à fé); os que Ele chamou, Ele também os justificou (mediante o batismo); os que Ele justificou, Ele também os glorificou” (Rom 8,28-30).
Cf. Ef 1,3-6; Rom 9,14; 11,33; Mt 20,23; 22,14; 24,22-24; Jô 6,39; 10,28.

Na base destes textos, não resta dúvida entre os teólogos, desde o início do Cristianismo, sobre o fato da predestinação. Vejamos agora um ponto mais árduo, que é

Está claro que o homem, como ser essencialmente relativo, depende do Criador não somente quanto ao seu existir, mas também quanto ao agir; já que ele nada é por si mesmo, também nada pode por si. É Deus, pois, quem lhe outorga o dom de praticar atos bons e, mediante os seus atos bons, chegar ao último fim, à bem-aventurança eterna. Esta conclusão se torna particularmente imperiosa se se tem em vista o caso do cristão: este é chamado a um fim sobrenatural (a visão de Deus face a face), objetivo que, ultrapassando todas as exigências da natureza, só por graça de Deus sobrenatural pode ser alcançado.

Estas proposições, claras em si mesmas, suscitam sério problema desde que se indague
como conciliar a primazia da ação de Deus no homem com a liberdade de arbítrio da criatura? 
Não se torna vã esta última debaixo daquela? 
Ou, vice-versa, não deve aquela retroceder para que seja esta salvaguardada?
A fim de resolver a questão, dois sistemas são propostos pelos teólogos:
1)  o sistema molinista: segundo L. Molina S. J. (+ 1600), Deus oferece a sua graça a todo homem; este, posto diante da oferta, livremente escolhe aceitá-la ou não; caso a aceite, a graça se torna eficiente, e induz o homem a praticar o bem.
Estendendo a sua doutrina à questão da predestinação, Molina ensinava que Deus, desde toda a eternidade, na sua “ciência média”, prevê como cada um dos homens se comportaria com relação à graça nas mais variadas circunstâncias da vida. Diante desta visão, o Criador decreta colocar tal indivíduo em tais e tais circunstâncias em que Ele sabe que a criatura aceitará a graça, e assim irá merecendo a salvação eterna. Desta forma. Deus predestina para a glória, mas – note-se bem – praevisis meritis, depois de haver previsto os méritos da criatura.

2)  o sistema tomista (que tem por pioneiro Domingos Banes O.P. (+ 1604): partindo do princípio de que nada, absolutamente nada, pode haver na criatura que não lhe venha de Deus, ensina que a graça é eficaz por si mesma, anteriormente a qualquer determinação ou atitude do homem; não é este quem determina aquela, mas é a graça que predetermina a este, não moralmente apenas (por meio de exortações), mas fisicamente (por sua moção intrínseca, soberana). Contudo a graça por si eficaz não extingue a liberdade de arbítrio do homem; ao contrário, movendo e predeterminando a criatura, move tudo que nesta se encontra, isto é, as faculdades de agir e o livre arbítrio mesmo; ela dá ao homem não somente  agir, e tal agir determinado, mas também a modalidade com que o homem costuma agir, isto é, a liberdade; em conseqüência, sob a graça eficaz (na doutrina tomista) o homem pratica infalivelmente a ação à  qual Deus predetermina, mas pratica-a sem perder a sua liberdade, antes atuando-a plenamente. Como se vê, o tomismo é rigorosamente lógico: partindo dos conceitos de Criador e criatura, ensina que Deus deve ser o Autor de tudo aquilo de que também o homem é autor, até mesmo desta determinação do homem e do modo livre de tal determinação; o homem deve a Deus não somente a sua faculdade de livre arbítrio, mas também o uso preciso (tal e tal modo de usar) dessa faculdade.

No tocante à predestinação, o tomismo conseqüentemente afirma que Deus a decreta ante praevisa merita,  antes de prever os méritos do homem: de maneira absoluta e independente, o Criador determina levar tal e tal criatura à glória eterna e, por conseguinte, conferir-lhe os meios necessários para que a alcance. Em conseqüência desta predestinação é que o homem produzirá atos meritórios no decorrer da sua vida; estes são gratuitos dons de Deus; não desencadeiam o amor divino, mas, ao contrário, são desencadeados pelo liberal beneplácito do Senhor.

Nos séculos XVII/XIX alguns teólogos procuraram sistemas intermediários, conciliatórios entre o tomismo e o molinismo; recaíram, porém, indiretamente neste ou naquele. De fato, os dois sistemas são irredutíveis um ao outro. Quando foram pela primeira vez propostos na história, o Papa Clemente VIII instituiu em Roma uma Comissão ou Congregação dita “de autxiliis” (“concernente aos auxílios da graça”) a fim de os julgar. As sessões da Congregação prolongaram-se de 2 de janeiro de 1958 a 20 de agosto de 1607, tendo os Soberanos Pontífices tomado parte pessoal nos estudos respectivos. Finalmente o Papa Paulo V resolveu suspender o exame da questão, declarando lícito ensinar qualquer dos dois sistemas, pois nenhum deles envolve heresia (um é outro salvaguardam suficientemente a soberana ação de Deus e o livre arbítrio do homem, embora o tomismo mais acentue aquela e o molinismo mais realce a este). O Papa Bento XIV confirmou esta decisão em um decreto de 13 de julho de 1748.

Fica, portanto, aos teólogos e fiéis católicos a liberdade de optar entre as duas teorias acima propostas. O católico tanto pode ser tomista como pode ser molinista; a ação do Espírito Santo em sua alma, a sua conaturalidade com as coisas de Deus lhe sugerirão a atitude a tomar.
Há, porém, três pontos atinentes à doutrina estudada sobre os quais a Santa Igreja se pronunciou definitivamente, de sorte que tanto molinistas como tomistas os professam indistintamente:
1) a conversão do pecador a Deus, ou seja, o ato inicial da via da salvação já é efeito da graça de Deus; é Deus quem primeiramente se volta para o pecador e lhe dá os meios de se colocar em estado de graça; não é o homem quem por suas forças naturais começa a procurar o Senhor, recebendo d’Este em resposta a graça sobrenatural;
2) a perseverança final ou a morte em estado de graça (a boa morte) é dom especial de Deus: não decorre dos mártires anteriores da pessoa, mas pode ser implorada pela oração;
3) a predestinação “adequada” (isto é, o desígnio que compreende todos os auxílios sobrenaturais, desde a graça da conversão até a graça da boa morte) é gratuita ou anterior à previsão dos méritos da criatura. E isto, tanto no tomismo como no molinismo… Também este reconhece que é Deus quem gratuitamente decreta colocar o homem em tais e tais circunstâncias nas quais Ele prevê que a criatura fará bom uso da graça (o tomismo diria:… nas quais Ele predetermina a criatura a fazer livremente bom o uso da graça).
As três proposições acima foram definidas por concílios, cujas declarações se encontram em Denziger-Umberg, Enchiridion Symbolorum 176-180; 183-189, 191-193;200.
III. Um juízo sobre a questão – Não; em absoluto. Considere-se que
a) Deus a ninguém criou com destino positivo para a perdição ou a condenação.
Ensinavam o concílio de Valença (França) em 855: “In malis ipsorum malitiam (Deus) praescivisse, quia ex ipsis est, non praedestinasse, quia ex illo non est. – Deus viu de ante-mão a malícia dos maus, porque provém deles, mas não a predestinou, porque não se deriva d’Ele” (Dz 322).
Foi condenada pelo episcopado da Gália no séc. V a seguinte proposição: “Cristo, Senhor e Salvador nosso, não morreu pela salvação de todos…; a preciência de Deus impele o homem violentamente para a morte; e todo aquele que se perde, perde-se por vontade de Deus…; alguns são destinados à morte, outros predestinados à vida” (carta de Fausto de Riez, ed. Migne lat. T. 53,683).

Outras declarações da Igreja se encontram em Dz 200; 316-318; 321-323; 514; 816; 827.
b) Deus, porém, criou seres finitos (só pode haver um Infinito, Deus), aos quais é inerente a falibilidade, o “poder errar”.
c) Esta falibilidade, sendo congênita, naturalmente tende a se atuar num ou noutro. Deus concede, sim, a qualquer indivíduo humano os meios necessários para que se salve pois quer a salvação de todos os homens (cf. 1 Tim 2,4); isto é doutrina freqüentemente afirmada pela Escritura e a Tradição (cf. Dz 318); nenhum desses meios de salvação, porém, força a liberdade humana; esta é sempre respeitada por Deus.
d) Por conseguinte, a menos que o Criador intervenha extraordinariamente, algumas criaturas, em virtude da sua falibilidade natural, se encaminham para a ruína eterna; o Criador não lhes faz injustiça se permite que se percam, apesar de terem os meios necessários para não se perderem.
e) Dado, porém, que Deus se empenhe infalivelmente pela salvação de alguns (muito ou poucos) homens, predestinando-os à glória eterna, Ele faz ato de pura misericórdia beneficia gratuitamente a estes, sem lesar em absoluto aos outros, que, por sua natural falibilidade e apesar dos auxílios divinos, se perdem (cf. a parábola dos operários na vinha, comentado em “Pergunte e Responderemos” 1/1958 qu. 8).

O concílio de Quierzy na Gália em 853 declarava: “Quod quidam salvantur, salvantis est donum; quod autem pereunt, pereuntilum est meritum. – O fato de que alguns se salvam, deve-se a um dom d’Aquele que os salva; o fato de que outros se perdem, deve-se ao mérito (mérito mau ou demérito) dos que se perdem” (Dz 318).

Deus, no caso de uns, manifesta sua Bondade transcendente; no caso de outros patenteia sua Justiça; em todo e qualquer caso, porém, faz reluzir sua soberana Liberdade,  a qual não pode ser necessitada por bem algum criado, pois ela é o princípio e a causa de qualquer bem: “Que é que te distingue dos outros? E que tens que não hajas recebido? E, se o recebeste, porque te vanglorias como se não o tivesses recebido?” (1 Cor 4,7).

A predestinação, portanto, não implica injustiça em Deus; não deixa, porém, de constituir um mistério, mistério porque, com nosso intelecto finito, não vemos plenamente como em Deus se conciliam Justiça, Misericórdia e Liberdade, embora não nos seja plausível duvidar de que de fato se associam em estupenda harmonia (na visão face a face de Deus, no céu, contemplaremos a sábia combinação dos atributos divinos). – Em particular, não podemos assinalar motivo por que Deus escolhe tal homem para a glória, e não tal outro, por que escolheu Pedro e não Judas; lembremo-nos de que não são os méritos do homem que a este atraem o amor de Deus, mas é o amor antecipado de Deus que proporciona à criatura os respectivos méritos Sto. Agostinho admoestava: “Quare hunc trahat (Deus) et ilum non trahat, noli velle diiundicare, si non vis errare. – Porque é que Deus atrai a este e não aquele, não queiras investigar, se não queres errar” (In Io tr. 26 init.). Ante os desígnios do Criador, tome a criatura uma atitude de silêncio reverente; confie em Deus, cuja sabedoria e santidade certamente ultrapassam as de qualquer ser humano.
a) Deus quer que se salvem todos os homens, enquanto os considera em si, como criaturas capazes de apreender a vida eterna, abstração feita das circunstâncias particulares em que tal ou tal homem se possa encontrar; deus a ninguém criou senão para a vida eterna;

b) O Criador, porém, não pode (não pode, por causa de sua Justiça) querer que todos se salvem, se considera cada um nas circunstâncias precisas em que ocorre ao Divino Juiz; alguns, com efeito, se Lhe apresentam como criaturas que deliberadamente rejeitam ser salvas ou recusam estar com Deus, pois se rebelaram conscientemente (por um pecado grave) contra Ele e permanecem impenitentes ou apegados ao pecado; o Senhor respeita o alvitre de tais homens e, em conseqüência, só pode querer assinalar-lhes a sorte por que optaram (embora tenha feito tudo para se salvarem).

É esta a famosa distinção entre “vontade antecedente (isto é, que considera seu objeto em si, abstraindo das circunstâncias concretas em que ocorre) e “vontade conseqüente” (isto é, que considera o mesmo na situação precisa em que se acha). S. Tomaz ilustra a doutrina lembrando o que se dá com todo juiz justo: 
este, em tese, antes de examinar as causas judiciárias, quer que todo e qualquer homem permaneça em vida; dado, porém, que se apresente algum homicida, ele não pode (porque é justo) deixar de querer seja punido (e punido com a pena de morte, onde esta é imposta pela lei).

O mistério da predestinação dos justos para a glória, embora apresente seus aspectos luminosos, tem suas raízes na insondável Magnificência divina; não podemos sempre assinalar a causa por que Deus outorga tal dom a tal pessoa. A quem o interrogasse a respeito. Ele diria com o Senhor da parábola: “Amigo, não cometo injustiça para contigo… Toma o que te compete, e vai-te… Não tenho o direito de dispor dos meus bens como me agrada? Ou tornar-se-á mau o teu modo de ver pelo fato de que Eu sou bom?” (Mt 20,13-15).

Consciente disto, o cristão não se detém em perscrutar sutilmente o que está acima do seu alcance, preocupando-se com questões curiosas ou vãs atinentes à predestinação. Na orientação da sua conduta cotidiana, tenha o fiel ante os olhos as três seguintes proposições:
1) Deus a ninguém absolutamente faz injustiça, nem no decorrer desta vida nem no momento do juízo final;
2) Muito ao contrário, o Criador se comporta para com todos qual Pai cheio de amor ou como o primeiro Ator empenhado na salvação dos homens.
Lembra o concílio de Trento, retomando palavras de Sto. Agostinho:
“Deus não manda o impossível, mas, dando os seus preceitos. Exorta-te a fazer o que podes e a pedir-lhe a graça para o que não podes, e auxilia-te para que o possas” (Sto Agostinho, de natura et  gratia 43,50; Denziger 804).
Mais ainda:
“Deus não abandona a não ser que primeiro seja abandonado. – Non deserit nisi prius deseratur” (Dz 804).
3) A atitude prática do cristão encontras ótimo modelo em São Paulo:
a) de um lado, o Apóstolo, consciente da eficácia e da responsabilidade do livre arbítrio, lutava qual bom atleta no estádio para conseguir a incorruptível coroa da vida (cf. 1 Cor 9, 24-27). No mistério da predestinação, muita coisa pode ficar oculta ao fiel; contudo nunca lhe restará dúvida sobre o fato de que Deus exige de cada um todo o zelo de que é capaz para chegar à salvação. Nisto se diferencia a doutrina tradicional cristã de qualquer fatalismo ou determinismo: Deus não retira ao homem o dom do livre arbítrio e da responsabilidade própria com que o quis dignificar; nem há força super-humana cega que de antemão torne vãos os esforços da criatura que procura o Criador. 

Portanto, errado estaria quem, com vistas à vida eterna, tomasse atitude desinteressada e passiva, baseada em raciocínio análogo ao seguinte: “Se tenho que quebrar a cabeça, nada me pode preservar desta desgraça; não importa, pois, que me atire ou deixe de me atirar à rua pela janela do quinto andar da casa”. Ó homem, nada há que determine a tua sorte eterna independentemente do teu livre arbítrio ! O decreto pelo qual Deus predestina alguém à salvação eterna, implica sempre que esta será obtida mediante a livre cooperação do homem.

b) De outro lado, São Paulo, o lutador de Cristo, era feliz ao pensar na sua sorte póstuma; assim também o cristão. Para o Apóstolo, morrer equivalia a “dissolver-se para estar com Cristo” (cf. Flp 1,23), “deixar de ser peregrino na terra a fim de viver na casa do Senhor” (cf. 2 Cor 5,8). Todo discípulo de Cristo, embora reconheça a possibilidade de frustrar o seu último fim, tem confiança no Pai do céu e sabe que a procura sincera de Deus na terra não poderá ficar vã junto ao Pai; vive, por conseguinte, em demanda otimista da mansão celeste, consciente de que Deus o chama continuamente a esta após lhe ter preparado os meios para a conseguir. E, firme nesta crença, não permite que hipóteses inconsistentes tomem na sua mente o lugar de verdades seguras.

Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
Nº 5, Ano 1958, Página 184.

Transcrito do site: Canção Nova - Prof. Felipe Aquino


sábado, 1 de agosto de 2020

1º de agosto - Santo do dia

Santo Afonso Maria de Ligório

Santo Afonso Maria de Ligório, pastoreou com prudência e santidade o povo de Deus

Afonso de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, no povoado de Marianela, em Nápoles, na Itália. Seus pais, cristãos, ricos e nobres, ao se depararem com sua inteligência privilegiada, deram-lhe todas as condições e todo o suporte para tornar-se uma pessoa brilhante. Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe preocupava-se em educá-lo nos caminhos da fé e do cristianismo. Ele cresceu um cristão fervoroso, músico, poeta, escritor e, com apenas 16 anos de idade, doutorou-se em Direito Civil e Eclesiástico.

Passou a advogar e atender no fórum de Nápoles, porém jamais abandonou sua vida espiritual, que era muito intensa. Sempre foi muito prudente, nunca advogou para a Corte, atendia a todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Porém atendia, em primeiro lugar, os pobres, que não tinham como pagar um advogado, não por uma questão moral, mas porque era cristão.

Depois de dez anos, tornara-se um memorável e bem sucedido advogado, cuja fama chegara aos fóruns jurídicos de toda a Itália. Entretanto, por exclusiva interferência política, perdeu uma causa de grande repercussão social, ocasionando-lhe uma violenta desilusão moral. A experiência do mundo e a forte corrupção moral já eram objeto de suas reflexões, após esse acontecimento decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa.

O pai, a princípio, não concordou, mas, vendo o filho renunciar à herança e aos títulos de nobreza com alegria no coração, aceitou sua decisão. Afonso concluiu os estudos de Teologia, sendo ordenado sacerdote aos 30 anos, em 1726. Escolheu o nome de Maria para homenagear o Nosso Redentor por meio da Santíssima Mãe, aos quais dedicava toda a sua devoção, e agora também a vida.

Desde então, colocou seus muitos talentos a serviço do Povo de Deus, evidenciando ainda mais os da bondade, da caridade, da fé em Cristo e do conforto espiritual que passava a seus semelhantes. Em suas pregações, Afonso Maria usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do Redentor. As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam reconciliação e orientação, por meio do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante todo o seu apostolado. Aos que lhe perguntavam qual era o seu lema, dizia: "Deus me enviou para evangelizar os pobres".

Para viver plenamente o seu lema, em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, ou dos Padres Redentoristas, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres e nas regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Ele mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria, entremeando sua atividade pastoral com a de escritor de livros ascéticos e teológicos. Com tudo isso, conseguiu a conversão de muitas pessoas.

Em 1762, obedecendo à indicação do papa, aceitou ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, onde permaneceu por 13 anos. Portador de artrite degenerativa deformante, já paralítico e quase cego, retirou-se ao seu convento, onde completou sua extensa e importantíssima obra literária, composta de 120 livros e tratados. Entre os mais célebres estão: "Teologia moral", "Glórias de Maria", "Visitas ao SS. Sacramento" e "Tratado sobre a oração".

Após 12 anos de muito sofrimento físico, Afonso Maria de Ligório morreu,  aos 91 anos, no dia 1º de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália. Canonizado em 1839, foi declarado doutor da Igreja em 1871. O papa Pio XII proclamou santo Afonso Maria de Ligório Padroeiro  dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral em 1950.


Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós!

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

1º de agosto - Santo do dia

Santo Afonso Maria de Ligório


Santo Afonso Maria de Ligório, pastoreou com prudência e santidade o povo de Deus

Afonso de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, no povoado de Marianela, em Nápoles, na Itália. Seus pais, cristãos, ricos e nobres, ao se depararem com sua inteligência privilegiada, deram-lhe todas as condições e todo o suporte para tornar-se uma pessoa brilhante. Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe preocupava-se em educá-lo nos caminhos da fé e do cristianismo. Ele cresceu um cristão fervoroso, músico, poeta, escritor e, com apenas 16 anos de idade, doutorou-se em Direito Civil e Eclesiástico.

Passou a advogar e atender no fórum de Nápoles, porém jamais abandonou sua vida espiritual, que era muito intensa. Sempre foi muito prudente, nunca advogou para a Corte, atendia a todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Porém atendia, em primeiro lugar, os pobres, que não tinham como pagar um advogado, não por uma questão moral, mas porque era cristão.

Depois de dez anos, tornara-se um memorável e bem sucedido advogado, cuja fama chegara aos fóruns jurídicos de toda a Itália. Entretanto, por exclusiva interferência política, perdeu uma causa de grande repercussão social, ocasionando-lhe uma violenta desilusão moral. A experiência do mundo e a forte corrupção moral já eram objeto de suas reflexões, após esse acontecimento decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa.

O pai, a princípio, não concordou, mas, vendo o filho renunciar à herança e aos títulos de nobreza com alegria no coração, aceitou sua decisão. Afonso concluiu os estudos de Teologia, sendo ordenado sacerdote aos 30 anos, em 1726. Escolheu o nome de Maria para homenagear o Nosso Redentor por meio da Santíssima Mãe, aos quais dedicava toda a sua devoção, e agora também a vida.

Desde então, colocou seus muitos talentos a serviço do Povo de Deus, evidenciando ainda mais os da bondade, da caridade, da fé em Cristo e do conforto espiritual que passava a seus semelhantes. Em suas pregações, Afonso Maria usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do Redentor. As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam reconciliação e orientação, por meio do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante todo o seu apostolado. Aos que lhe perguntavam qual era o seu lema, dizia: "Deus me enviou para evangelizar os pobres".

Para viver plenamente o seu lema, em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, ou dos Padres Redentoristas, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres e nas regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Ele mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria, entremeando sua atividade pastoral com a de escritor de livros ascéticos e teológicos. Com tudo isso, conseguiu a conversão de muitas pessoas.

Em 1762, obedecendo à indicação do papa, aceitou ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, onde permaneceu por 13 anos. Portador de artrite degenerativa deformante, já paralítico e quase cego, retirou-se ao seu convento, onde completou sua extensa e importantíssima obra literária, composta de 120 livros e tratados. Entre os mais célebres estão: "Teologia moral", "Glórias de Maria", "Visitas ao SS. Sacramento" e "Tratado sobre a oração".

Após 12 anos de muito sofrimento físico, Afonso Maria de Ligório morreu, aos 91 anos, no dia 1º de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália. Canonizado em 1839, foi declarado doutor da Igreja em 1871. O papa Pio XII proclamou santo Afonso Maria de Ligório Padroeiro dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral em 1950.


Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós!


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Santo do dia - 26 de novembro

Santo Humilde de Bisignano
 
Luca Antonio, seu nome de batismo, nasceu na cidade de Bisignano, província de Cosenza, Itália, em 26 de agosto de 1582. Pertencia a uma família muito pobre e muito cristã. Desde a mais tenra idade, o menino manifestou sua admirável piedade. Todos os dias ia à missa, comungava, rezava e meditava a Paixão do Senhor, tornando-se modelo de virtude para todos os que o conheciam.

Aos dezoito anos, sentiu que sua real vocação estava na vida religiosa, mas por vários motivos teve de esperar nove anos para poder realizar os seus santos propósitos, levando, entretanto, uma vida ainda mais disciplinada a fim de conseguir seus objetivos. Finalmente, aos vinte e sete anos, entrou no noviciado dos Frades Menores de Mesuraca, tomando o nome de frei Humilde, emitindo a profissão em 1610.

Desde jovem, tinha o dom de contínuos êxtases contemplativos, motivo pelo qual era chamado de "o frade extático". A partir de 1613, esses dons se tornaram públicos e por isso seus superiores o submeteram a uma longa série de provas e humilhações para certificarem-se se eles provinham, realmente, de Deus. Mas essas provas, felizmente suportadas, só vieram aumentar sua fama de santidade junto aos irmãos e ao povo.

Outros dons particulares foram atribuídos a Humilde: a perscrutação dos corações, a profecia, as intercessões em milagres e, sobretudo, a ciência infusa. Apesar de ser analfabeto, dava respostas sobre as Sagradas Escrituras e sobre qualquer outro tema da doutrina católica que faziam admirar insignes teólogos. A esse propósito, Humilde foi experimentado por uma assembléia de sacerdotes seculares e regulares, com propostas de dúvidas e objeções, às quais respondeu de maneira muito satisfatória. Portanto, é fácil compreender a estima de que era universalmente rodeado.

Frei Humilde gozou da confiança dos sumos pontífices Gregório XV e Urbano VIII, que o chamaram ao Vaticano e se beneficiaram com suas orações e conselhos. Permaneceu em Roma por muitos anos, sendo hóspede no Convento de São Francisco, em Ripa, e, durante alguns meses, no de Santo Isidoro. Por volta de 1628, Humilde apresentou um pedido para poder ir como missionário aos países dos infiéis muçulmanos, porém obteve resposta negativa dos superiores, tendo de continuar na Itália.

As orações de Humilde eram simples, porém suas preces eram sempre dedicadas ao bem da humanidade e à paz universal. Apesar de ser muito estimado por todos, ele se humilhava, continuamente, perante Deus, por considerar-se um grande pecador. Disse, certa vez, ao papa Gregório XV: "Enquanto todas as criaturas louvam e bendizem ao Senhor, eu sou o único que o ofende". Ele faleceu no dia 26 de novembro de 1637, na sua cidade natal, onde passou os seus últimos anos de vida. Beatificado em 1882, foi somente em 2002 que o papa João Paulo II declarou santo Humilde de Bisignano, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte. 


Santo Humilde de Bisignano, rogai por nós!


São Leonardo de Porto Maurício

Paulo Jerônimo nasceu em 1676, em Porto Maurício, atual Impéria, Itália. Filho do capitão da marinha Domingos Casanova, ficou órfão ainda muito pequeno. Foi, então, levado a Roma para concluir os estudos no Colégio Romano. Depois, foi para o Retiro de São Boaventura, onde entrou para a Ordem Franciscana e vestiu o hábito tomando o nome de frei Leonardo.

Atuou como sacerdote a maior parte da vida em Florença. Era um empolgante pregador, principalmente quando escolhia como tema a Paixão de Cristo. Percorreu toda a Itália exercendo esse ministério e, com isso, escreveu muitas obras de grande valor para os pregadores e para os fiéis. Santo Afonso de Ligório, seu contemporâneo, dizia que ele era o maior missionário daquele século. O papa também usou para a Igreja os dons de Leonardo, quando o enviou para uma delicada missão na ilha de Córsega. Tinha de restabelecer a concórdia entre os cidadãos. Apesar das graves divisões entre eles, Leonardo conseguiu um inacreditável abraço de paz.

Também é considerado o salvador do Coliseu, ao promover pela primeira vez a liturgia da Via-Sacra naquele local que definiu como santificado, pelos martírios dos cristãos. Por esse motivo, a interpretação da Paixão de Cristo foi reproduzida, no jubileu de 1750, no Coliseu, cujas ruínas eram dilapidadas e suas pedras arrancadas para servirem em outras construções. A celebração da Via-Sacra em seu interior tornou-se tradição e a histórica construção passou a ser preservada. A tradição permanece, pois até hoje o próprio pontífice, toda Sexta-Feira da Paixão, faz a Via-Sacra no Coliseu, em Roma.

Frei Leonardo era, também, muito devoto de Nossa Senhora e queria que a Igreja assumisse o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Lutou muito pelas suas idéias doutrinais e convenceu o papa Bento XIV de que era necessário convocar um concílio para discutir o assunto e depois proclamar esse dogma.

Não viu este dia, mas deixou uma célebre carta profética, onde previa que isso iria acontecer, como de fato ocorreu, em 1854. Frei Leonardo morreu, em 1751, no seu querido Retiro de São Boaventura de Palatino, Roma. Na ocasião, tal era sua fama de santidade que o próprio papa Bento XIV foi ajoelhar-se diante de seu corpo.

Papa Pio XI o declarou padroeiro dos sacerdotes que se consagram às missões populares no mundo. São Leonardo de Porto Maurício é celebrado, no dia de sua morte, também como padroeiro da sua cidade de origem, atual Impéria. 


São Leonardo de Porto Maurício, rogai por nós!
 

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

1º de agosto - Santo do dia

Santo Afonso Maria de Ligório

Afonso de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, no povoado de Marianela, em Nápoles, na Itália, filho de pais cristãos, ricos e nobres, que, ao se depararem com sua inteligência privilegiada, deram-lhe todas as condições e todo o suporte para tornar-se uma pessoa brilhante. Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe preocupava-se em educá-lo nos caminhos da fé e do cristianismo. Ele cresceu um cristão fervoroso, músico, poeta, escritor e, com apenas dezesseis anos de idade, doutorou-se em direito civil e eclesiástico.

Passou a advogar e atender no fórum de Nápoles, porém jamais abandonou sua vida espiritual, que era muito intensa. Sempre foi muito prudente, nunca advogou para a Corte, atendia a todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Porém atendia, em primeiro lugar, os pobres, que não tinham como pagar um advogado, não por uma questão moral, mas porque era cristão.

Depois de dez anos, tornara-se um memorável e bem sucedido advogado, cuja fama chegara aos fóruns jurídicos de toda a Itália. Entretanto, por exclusiva interferência política, perdeu uma causa de grande repercussão social, ocasionando-lhe uma violenta desilusão moral. A experiência do mundo e a forte corrupção moral já eram objeto de suas reflexões, após esse acontecimento decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa.

O pai, a princípio, não concordou, mas, vendo o filho renunciar à herança e aos títulos de nobreza, com alegria no coração, aceitou sua decisão. Afonso concluiu os estudos de teologia, sendo ordenado sacerdote aos trinta anos, em 1726. Escolheu o nome de Maria para homenagear o Nosso Redentor por meio da Santíssima Mãe, aos quais dedicava toda a sua devoção, e agora também a vida.

Desde então, colocou seus muitos talentos a serviço do Povo de Deus, evidenciando ainda mais os da bondade, da caridade, da fé em Cristo e do conforto espiritual que passava a seus semelhantes. Em suas pregações, Afonso Maria usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do Redentor. As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam reconciliação e orientação, por meio do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante todo o seu apostolado. Aos que lhe perguntavam qual era o seu lema, dizia: "Deus me enviou para evangelizar os pobres".

Para viver plenamente o seu lema, em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, ou dos Padres Redentoristas, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres, às regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Ele mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria, entremeando sua atividade pastoral com a de escritor de livros ascéticos e teológicos. Com tudo isso, conseguiu a conversão de muitas pessoas.

Em 1762, obedecendo à indicação do papa, aceitou ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, diante da qual permaneceu durante treze anos. Portador de artrite degenerativa deformante, já paralítico e quase cego, retirou-se ao seu convento, onde completou sua extensa e importantíssima obra literária, composta de cento e vinte livros e tratados. Entre os mais célebres estão: "Teologia moral"; "Glórias de Maria", "Visitas ao SS. Sacramento"; além do "Tratado sobre a oração".

Depois de doze anos de muito sofrimento físico, Afonso Maria de Ligório morreu aos noventa e um anos, no dia 1º de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália. Canonizado em 1839, foi declarado doutor da Igreja em 1871. O papa Pio XII proclamou santo Afonso Maria de Ligório Padroeiro dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral em 1950. 


 Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Iniciado processo de beatificação de Irmã Benigna

Fiéis acompanham missa da primeira etapa da beatificação de Irmã Benigna

Irmã Benigna está mais perto de ser beatificada
Bondade. Irmã Benigna era conhecida pela sua dedicação e doação aos enfermos e aos mais pobres


Um dos últimos passos para dar início ao processo de beatificação de Benigna Victima de Jesus, a irmã Benigna, foi dado hoje, dia 26 de janeiro. Nessa data, foi celebrada a conclusão da fase diocesana do processo de beatificação, às 9h30, na paróquia Santa Tereza e Santa Terezinha, que fica na praça Duque de Caxias, 200, no bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte. Depois, os documentos serão encaminhados ao Vaticano, para aprovação do papa Bento XVI.


A irmã Benigna, que também ficou conhecida como Serva de Deus, nasceu em 16 de agosto de 1907 e morreu em 16 de outubro de 1981, na cidade de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. Ela trabalhou voluntariamente, em hospitais, asilos, creches e colégios em cidades do interior de Minas. No percurso, ela ajudava os pobres e realizava o que alguns enfermos consideravam milagres.


"Meu filho nasceu com paralisia cerebral, e os médicos disseram que ele teria poucas chances de sobreviver. Conheci irmã Benigna, e ela rezava sempre pelo meu filho. Com o tempo, ele foi melhorando. Não se curou da doença, mas criou gestos e, hoje, já se comunica comigo", conta a presidente da Associação dos Amigos de Irmã Benigna (Amaiben), Maria do Carmo de Souza Figueiredo Mariano,79.


 Irmã Benigna
Segundo ela, irmã Benigna teve muitas doenças, mas, mesmo assim, não desistia de ajudar as pessoas. A Serva de Deus passou pelas cidades de Itaúna, Sete Lagoas, Sabará e Caeté, todas, na região Central  do Estado, além de Lambari e Lavras, no Sul de Minas. De todas essas cidades, devem partir caravanas de devotos de irmã Benigna. A celebração será presidida pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo.

Processo. A missa vai concluir o processo de beatificação de irmã Benigna, analisado pela Arquidiocese de Belo Horizonte. Nessa fase, foram colhidos e analisados depoimentos de pessoas que conviveram com a religiosa. Ela ficou conhecida pelos devotos como santa da Salve Rainha, santa da Hora e santa da Fartura - nomes justificados junto com inúmeros relatos de milagre feitos por ela.

 Clique aqui para vídeo


ETAPAS
Agora, o processo passará por uma fase romana, quando ele será encaminhado ao Vaticano, que vai nomear uma comissão histórica para analisar todos os documentos recolhidos sobre os feitos da Serva de Deus e depoimentos de pessoas que receberam milagre da irmã. Bispos, cardeais e teólogos também fazem análises dos documentos e dos depoimentos, porém, somente o papa Bento XVI poderá dar a decisão final sobre o processo.


"Ela deixou para todos nós a vontade de viver alegres e a certeza de que viver seguindo Deus é o bem mais precioso. Isso tem que ser reconhecido", diz a presidente da associação.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Santo do dia - 28 de janeiro


Santo Tomas de Aquino

Dominicano, Doutor da Igreja e um dos grandes teólogos e filósofos da historia da igreja. Ele nasceu em Roccasecca em 1225, Itália de uma família nobre e seu pai era o Conde Landulf de Aquino- um parente do imperador Romano e Rei de França e de sua mãe era Teodora de Teano.

Na idade de 5 anos foi enviado para estudar na Ordem Beneditina de Monte Cassino. Ele era muito inteligente e os beneditinos ficaram admirados pelo seu raciocínio brilhante. Algum tempo depois os monges beneditinos foram desalojados da Abadia pelas tropas do Imperador Frederico II. No mesmo ano em 1239 ele começou a estudar na Universidade de Nápoles, concentrando seus estudos em filosofia, gramática, retórica e lógica.


Ele já estava atraído pela Ordem Dominicana e expressou o desejo de se tornar um frade, o que era totalmente inaceitável pela sua família. Alguns membros de sua família até contrataram uma linda mulher para tenta-lo, mas seus esforços foram em vão e Tomas perseverou na sua vocação e como recompensa por isto, foi conferido a ele anos mais tarde o titulo de "Doutor Angélico". Em seguida ele foi raptado pelos seus irmãos e aprisionado no Monte São Giovanni de 1244 até 1245. Seus pais finalmente aceitaram a derrota e Tomas foi solto e voltou para Roma e depois para Paris onde entrou na Universidade. Tomas estudou em Paris de 1245 a 1248 sob a direção de São Alberto Magnus que o acompanhou em 1248 ao Novo Colégio Dominicano de Colonha (Alemanha), onde ele foi ordenado. Voltando, dois anos mais tarde para Paris, ele ensinou teologia, e continuou seus estudos e escreveu um notável comentário sobre as sentenças de São Pedro Abelardo. Em 23 de outubro de 1257 ele e seu amigo São Boaventura receberam seus doutorados em teologia e Tomas fez o seu sermão inaugural " A Majestade de Cristo" baseada nos Salmos 104:13 .


Dois anos mais tarde ele foi indicado como assistente teológico da corte papal, ficando muito tempo como residente papal em Anagni e Orveto.


A pedido do papa Urbano IV ele escreveu um grande número de teses inclusive o " O Oficio para a Festa de Corpus Christie "; a "Catena Áurea"(A Corrente de Ouro) e os "Contra Errores Graecorum " (Contra os Erros dos Gregos). De 1265 a 1267 Tomas ensinou em Roma no Colégio Dominicano de Santa Sabina. Foi durante este tempo que ele começou o seu trabalho mais famoso o "Magnus Opus" chamado "Summa Thelogiae". Em 1267 foi para Viterbo e trabalhou com o Papa Clemente IV, recusando o posto de arcebispo de Nápoles. Dois anos mais tarde retornou a Paris e aceitou a posto de catedrático de teologia para os Dominicanos. Sua indicação foi num momento muito útil porque, ele foi forçado a devotar toda a sua energia para derrotar a oposição que havia emergido na universidade da Ordem dos Medicants (em particular dos Dominicanos) com os ensinamentos de Aristóteles e assegurar a condenação das idéias controvertidas do teólogo Siger de Brabant,e ainda dos chamados "Averroists", que advogavam uma forma extrema de Aristotelismo. Renomado em toda a cristandade, o Papa ordenou a ele que organizasse uma escola em Nápoles. Ali ele deu sermões, pregou perante grandes multidões e continuou o seu trabalho de pesquisa para terminar a sua "Summa Theologiae". 


Muito doente e exausto do seus incessantes trabalhos Tomas, não obstante, obedeceu ao pedido do Papa Gregório X de participar no Concílio de Lyon. Na França ele teve um colapso em janeiro de 1274 e morreu no Monastério Cisterciense de Fossanova em 7 de março de 1274.

Ele é comparado a São Paulo e a Santo Agostinho, como um dos maiores teólogos da Cristandade. Ele conseguiu sintetizar o pensamento Aristoteliano com os Dogmas Cristãos e fazer da teologia uma ciência.


Ele é conhecido especialmente por harmonizar a razão e a fé ,enquanto mantém a precisa distinção entre os dois: a razão ajuda a descobrir a existência de Deus, mas é insuficiente como guia para as ações humanas, alcançada pela fé, que é necessária para a descoberta de verdades mais elevadas reveladas pelo consentimento Divino.
O corpo teológico que Tomas formulou em seus escritos, veio a ser chamado Tomismo e é considerado a coroação da Escolástica.


Inicialmente com muita objeção na igreja, (alguns até o condenaram em Paris em 1277) o Tomismo foi abraçado como um todo e em 1567 o Papa Pio V o declarou Doutor da Igreja e os Dominicanos impuseram seus ensinamentos. Em 1879, o Papa Leão XIII promulgou a Encíclica Aeterni Patris, ordenando que os escritos de São Tomas fossem estudo obrigatório a todos os padres e estudantes de teologia.


Seus escritos incluem toda a doutrina cristã, cobrindo teologia, filosofia e as escrituras. O seu mais famoso trabalho a "Summa Teologiae" , é o uma exposição extremamente coerente da fé cristã. Feita por ele para ser um manual para os estudantes, provou ser a mais complexa e a o mais esclarecedor tratado em teologia cristã já escrito. Apesar de não o ter terminado, Tomas o organizou em três partes e tem um total de 38 tratados separados, 612 questões, 3.120 artigos e aproximadamente 10.000 objeções individuais.


Seus escritos incluem ainda : Um comentário sobre a sentença de Pedro Lombardi "De Ente et Essentia" (Da Essencia do Ser); Comentários Bíblicos, De Regimine Principium (Em Ser Rei) ; Contra Impugnantes Religionem,(na defesa da Ordem dos Mendicantes) ; De Perfectae Vitae Spiritualis (sobre a vida espiritual); De Unitate Intellectus Contra Averroistas,( contra os Averroistas) ; Comentários sobre Aristóteles ; Quaestiones Disputatae e Quaestiones Quodlibetales, (uma coleção e debate de questões a serem examinadas nas salas de leituras) e a " Summa Contra Gentiles (Summa de Veritate Catholicae Fidei Contra Gentiles), que é um manual que converte para a fé cristã os escritos de São Raymond Peñafort. Tomas o fez para ser usado pelos missionários entre os judeus e os muçulmanos.


São Tomas foi canonizado pelo Papa João XXII em 1323 e conhecido como Doutor Angelicus e Doutor Communis em honra da sua enorme contribuição aos ensinamentos católicos. Em 1880 o Papa Leão XIII honrou São Tomas como o patrono das escolas, colégios e universidades.


É ainda o padroeiro da castidade entre os jovens. Entre as jovens é a Santa Maria Goretti.
Na liturgia ele é mostrado como um Dominicano, segurando um livro com raios de luz emanando do seu peito .
Sua festa é celebrada no dia 28 de janeiro.

São Tomaz de Aquino, rogai por nós

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Os Pais da Igreja

PAIS DA IGREJA
São santos e teólogos reconhecidos pela Igreja em prover heroicos testemunhos de fé, particularmente nos primeiros anos da igreja.
A Igreja ainda requer antiquidade, ortodoxia, santidade e aprovação formal para definir esses Pais.

Temos dois Pais: os Pais Gregos ou Orientais e os Pais Latinos ou Ocidentais.
O mais recentes dos pais gregos foi São João Damasceno (749) e o mais recente dos pais Latinos foi São Isidoro de Sevilha (636). Cumpre notar que alguns não são santos.

GREGOS
São Anastasius Sinaita (faleceu em 700 DC)
São André de Creta (faleceu em 740).
Aphraates (faleceu no quarto século)
São Archelaus (faleceu em 282)
São Athanasius (faleceu em 373)
Athenagoras (faleceu no segundo século)
São Basílio, o grande (faleceu em 379)
São Caesárius de Nazianzus (faleceu em 369)
São Clemente da Alexandria (faleceu em 215)
São Clemente de Rome (faleceu em 97)
São Cirilo da Alexandria (faleceu em 444)
São Cirilo de Jerusalem (faleceu em 386)
Didymus, o Cego (faleceu em 398)
Diodore de Tarsus (faleceu em 392)
SãoDionysius, o grande (faleceu em 264)
São Epiphanius (faleceu em 403)
Eusebius da Caesarea (faleceu em 340)
São Eustáquio da Antióquia (faleceu no quarto século)
São Firmilliano (faleceu em 268)
Gennadius de Constantinople (faleceu no quinto século)
São Germanus (faleceu em 732)
São Gregory de Nazianzus (faleceu em 390)
São Gregory de Nyssa (faleceu em 395)
São Gregory Thaumaturgus (faleceu em 268)
Hermas (faleceu no segundo século)
São Hipólyto (faleceu em 236).
São Ignácio da Antióquia (faleceu em 107)
São Isidore de Pelusium (faleceu em 450)
São João Chrysóstomo (faleceu em 407).
São João Clímaco (faleceu em 649)
São João Damasceno (faleceu em 749)
São Júlio I (faleceu em 352)
São Justino, Martyr (faleceu em 165)
São Leoncio de Byzancio (faleceu no sexto século)
São Macarius (faleceu em 390)
São Máximus, o confessor (faleceu em 662)
São Melito (faleceu em 180)
São Methódio de Olympus (faleceu em 311)
São Nilus, o Velho (faleceu em 430)
Origens (faleceu em 254)
São Polycarpo (faleceu em 155)
São Proclus (faleceu em 446)
Pseudo-Dionysius, o Areopagite (faleceu no sexto século)
São Serapião (faleceu em 370)
São Sophronius (faleceu em 638)
Tatiano (faleceu no segundo século)
Theodore de Mopsuestia (faleceu em 428)
Theodoret de Cyrrhus (faleceu em 458)
São Theóphilo da Antióquia (faleceu no segundo século)

LATINOS
Santo Ambrósio de Milan (faleceu em 397).
Arnóbius (faleceu em 330).
Santo Agostinho de Hippo (faleceu em 430).
São Benedito de Núrsia (São Bento) (faleceu em 550).
São Caesário de Arles (faleceu em 542).
São João Cassiano (faleceu em 435).
São Celestino I (faleceu em 432)
São Cornélio (faleceu em 253).
São Cypriano de Cartago (faleceu em 258).
São Damasus I (faleceu em 384).
São Dionísio (faleceu em 268)
Santo Ennódius (faleceu em 521).
São Euchérius de Lyons (faleceu em 450).
São Fulgêncio (faleceu em 533).
São Gregório de Elvira (faleceu em 392).
São Gregório, o magno (faleceu em 604).
Santo Hilário de Poitiers (faleceu em 367).
São Innocêncio I (faleceu em 417).
São Irineu de Lyons (faleceu em 202).
São Isidóro de Sevilha (faleceu em 636)
São Jerônimo (faleceu em 420)
Lactantius (faleceu em 323).
São Leo, o grande (faleceu em 461)
Marius Mercator (faleceu em 451).
Marius Victorinus (faleceu no quarto século)
Minucius Felix (faleceu no segundo século)
Novatian (faleceu em 257)
São Optatus (faleceu no quarto século)
São Paciano (faleceu em 390).
São Pamphilus (faleceu em 309).
São Paulino de Nola (faleceu em 431).
São Pedro Chrysólogo (faleceu em 450).
São Phoebadius de Agen (fourth century).
Rufinus de Aquiléia (faleceu em 410).
Salviano (faleceu no quinto século)
São Siricius (faleceu em 399).
Tertulliano (faleceu em 222).
São Vincent de Lérins (faleceu em 450)