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terça-feira, 16 de julho de 2013

Comitiva do Papa terá CTIs e sala de cirurgia de prontidão em hospital de elite



Casa de Saúde São José terá ainda duas suítes reservadas para pontífice e seus cardeais
O papa Francisco dispensou o Boeing 777 para uso exclusivo e vem ao Rio de Janeiro na próxima semana para a Jornada Mundial da Juventude em voo de carreira, além de ter escolhido uma acomodação simples em sua estada no Palácio Apostólico do Sumaré. Tal simplicidade, no entanto, não será aplicada em qualquer caso de emergência de saúde que o Pontífice e outros seis cardeais do Vaticano, por ventura, sofrerem na primeira visita internacional do novo líder da Igreja Católica.

                                                                ‘GUARDA SUÍÇA’

Tido como um hospital de elite, onde é comum artistas e outras celebridades usufruírem de serviços caros e deixarem milhares de fotógrafos de prontidão na porta da unidade em busca da melhor imagem, a Casa de Saúde São José, no Humaitá, zona sul do Rio, será o "porto seguro" do papa Francisco, 76 anos, para qualquer eventualidade em solo brasileiro. O hospital foi o escolhido pela organização da JMJ com outros membros do Vaticano.  "Nossa missão é dar toda a logística e apoio se houver necessidade", explica o médico Roberto Hugo, chefe do setor de Cardiologia da unidade, que passará a semana da JMJ (de 23 a 28 de julho) de plantão, junto com outros médicos, sem poder se deslocar para fora do município. Somente no Centro de Tratamento Intensivo serão três profissionais prontos para servir ao Papa e aos cardeais 24 horas por dia. "Claro que se houver alguma emergência, o Papa e os cardeais serão deslocados, primeiramente, para um hospital mais próximo, dependendo da gravidade. Isso é orientação da própria Polícia Federal. Mas somos referência, e caso seja necessário, eles serão trazidos para cá", explicou ainda Roberto Hugo.

A diária do CTI da Casa de Saúde São José custa R$ 3 mil, sendo que dois boxes, de um total de 30, estarão reservados para a comitiva do Pontífice. Além disso, outras duas suítes do hospital também estarão desocupadas para qualquer emergência envolvendo os líderes da Igreja Católica, com o custo diário de R$ 500. Em ambos os casos, os preços não incluem a prescrição de medicamentos. Uma sala de cirurgia exclusiva também estará devidamente preparada para qualquer eventualidade, além de bancos de sangue e aparelhos de exame por imagem.

Tanto o Papa quanto os cardeais viajarão ao Rio de Janeiro com um seguro de saúde internacional, que arcará com os custos que, de acordo com o chefe do setor de cardiologia, dificilmente terão uso, principalmente por parte do papa Francisco. "Ele não tem nenhum tipo de problema de saúde, e não precisa de médico para se perceber isso, basta ver a ampliação da agenda dele por aqui, e sua energia. O que preocupa mais a gente são os cardeais mesmo", disse Roberto Hugo.

O cardiologista, assim como outros profissionais da unidade, tiveram acesso a exames de sangue e antecedentes médicos dos membros do Vaticano, cujos dados são extremamente sigilosos. "Estamos rezando para que nada aconteça. Além de ser referência no Rio, a Casa (de Saúde) São José conta com uma localização privilegiada (perto do túnel Rebouças, ligação entre zona sul e centro), além do aspecto religioso", explicou. A unidade conta com uma capela e uma residência para oito freiras - onde ficarão hospedados 30 peregrinos durante o megaevento religioso.

"O que tem de melhor está aqui, mas tenho certeza que não vamos precisar de nada, se Deus quiser. Nossa maior preocupação era com o papa anterior (Bento XVI), que estava com a saúde debilitada", finalizou o cardiologista, que desde o início do ano vem tendo reuniões de planejamento com dirigentes da JMJ e representantes do Vaticano para elaborar o plano de saúde emergencial para o líder da Igreja Católica.

Papa Francisco no Brasil
Com um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, a Jornada Mundial da Juventude 2013 ocorre entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro. O evento, realizado a cada dois ou três anos, promove um encontro internacional de jovens católicos o Papa. A última edição da JMJ ocorreu em 2011, em Madri, na Espanha, e reuniu cerca de 2 milhões de pessoas, de mais de 190 países.

O evento marca também a primeira grande visita internacional do papa Francisco desde sua nomeação como líder máximo da Igreja Católica, em 13 de março desde ano. O Pontífice chega ao Rio de Janeiro na tarde do dia 22 de julho, com retorno a Roma previsto para o dia 28. Sua agenda no Brasil contempla a visita à comunidade de Varginha, no complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio, e ao Hospital São Francisco de Assis. Além disso, terá um encontro com a sociedade no Theatro Municipal, no centro da cidade, e ao Santuário de Aparecida, em São Paulo. O ponto alto fica por conta de duas grandes celebrações na praia de Copacabana, na zona sul do Rio, nos dias 25 e 26.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Minutos depois do anúncio do nome do novo papa, entrou em ação a cadeia de difamação


Mal foi anunciado o nome do novo papa, começou a circular mundo afora a acusação de que Jorge Mario Bergoglio, agora papa Francisco, teria denunciando dois jesuítas, subordinados seus, para a ditadura. Quem espalha a história é o jornalista Horacio Verbitsky, que pertenceu ao grupo terrorista Montoneros. Ele próprio admite que deu alguns tiros, “mas sem matar ninguém”. Claro, claro! Um outro jornalista argentino o acusa de ter desviado para Cuba os US$ 60 milhões que renderem o sequestro de dois bilionários argentinos. Considerando a sua história e a de Bergoglio, é muito mais verossímil que ele tenha se metido na sujeira do sequestro — terrorista confesso — do que o agora papa se envolvido com as forças da repressão. Quando procuramos os detalhes, ficamos sabendo que o dito “jornalista respeitável” não tem uma só prova, um só indício. O ódio àquele que foi escolhido para conduzir a Igreja Católica certamente deriva de sua postura considerada “conservadora” também em política. O até ontem arcebispo de Buenos Aires repudia uma Igreja transformada em partido político.

Também começaram a circular os ataques ao papa Francisco por conta de sua censura ao casamento gay e à adoção de crianças por pares homossexuais. Aqui e ali, com ares de indignação, quase de escândalo, lembrava-se ainda que o novo papa se opõe ao aborto, a pesquisas com embriões humanos e defende as regras de relacionamento amoroso e concepção da… Igreja Católica! Meu deus! Para onde caminha este mundo louco, não é mesmo?

Com que então os cardeais escolheram para conduzir a Igreja Católica alguém que defende os fundamentos da… Igreja Católica!? Fico cá me perguntando por que, afinal, esses benfeitores da humanidade, tão convencidos de que o Vaticano é um covil de reacionários, não vão testar as suas teses progressistas em países que tiveram a ventura de não passar pela “ditadura católica” — como os muçulmanos, por exemplo. Teerã… É! Penso em Teerã, capital do Irã, cujo presidente, Mahamoud Ahmadinejad, é tão amigo dos “companheiros” brasileiros… Teerã me parece um bom lugar para essa militância, livre do, como é mesmo?, “peso do mundo judaico-cristão”…. Só tomem cuidado com os guindastes. Quando virem algumas pessoas penduradas, elas não estão trabalhando…


“Ah, o Reinaldo acha que a gente não tem o direito de se expressar aqui mesmo; quer mandar a gente para o Irã…” Uma ova! Eu acho que vocês têm o direito de pedir o que lhe der na telha, mas têm também o dever de permitir que a Igreja seja Igreja — uma entidade que, embora aspire a valores universais, fala aos seus e não exerce poder de estado. Adere a ela quem quer. “Mas não tenho o direito de ser gay e ser católico”? Não se tem notícia de que a Igreja tenha expulsado de um de seus templos quem quer que seja. Também é uma mentira escandalosa que a religião promova a perseguição a este ou àquele.

A instituição tem, no entanto, a sua concepção do que seja a família natural — e acho difícil que isso mude algum dia. Mas é evidente que reconhece a existência da homossexualidade e da vida em comum de parceiros homossexuais como realidade de fato. Só não aceita que tenha o mesmo status da “família natural”. Aí grita alguém: “Por quê? É inferior?” Não! É outra coisa, que a instituição não aceita como parâmetro.

Qual é o problema? Apesar da oposição da Igreja Católica da Argentina ao casamento gay e à possibilidade de adoção, a lei foi aprovada, não foi? O que me pergunto é por que não basta aos militantes da causa vencer. Por que, afinal de contas, exigem que a Igreja Católica comungue de seus mesmos valores? Fico muito impressionado que a escolha de um papa e a indicação do presidente de uma comissão do Congresso brasileiro tenham de necessariamente ser filtrados por essa pauta. Parece que a Igreja Católica, especialmente nas reportagens de TV, não tem mais nenhum desafio pela frente. Parece que aquela que é a maior instituição educacional do mundo, a maior instituição de benemerência do mundo, a maior rede de atendimento médico do mundo — só para citar alguns dos aspectos, digamos, mundanos da Igreja — agora se define por sua opinião sobre o… casamento gay! Tenham paciência!

“Reinaldo está querendo dizer que milhões de pessoas não têm importância…” Não! Estou afirmando que a pauta da Igreja Católica é outra, ora essa! Eu sei que é chato ser um tanto óbvio, mas a medida da instituição, apesar de todos os seus desvios — porque feita por homens imperfeitos — é o exemplo deixado por Jesus Cristo e as verdades reveladas (assim creem os católicos) nos Evangelhos. É uma perda de tempo, um desperdício de energia e, no fundo, uma estupidez cobrar que ela renuncie a seus fundamentos.

A Igreja não abrirá mão do que considera a “família natural”; não cederá aos apelos em favor da descriminação do aborto; não acatará a destruição de embriões humanos em nome da pesquisa científica; não dará seu endosso à dissolução do casamento; não cederá, ATENÇÃO PARA ISTO!, ao pragmatismo do capitalismo, do liberalismo (e é um liberal que escreve) etc.

Não fará nada disso porque o seu diálogo com o mundo moderno consiste em amparar quem sofre no… mundo moderno, mas não em ceder a seus apelos. A Igreja Católica pode beijar os pés dos que considera “pecadores”, mas não aceitará jamais o seu pecado. E essa talvez seja a dimensão mais incompreendida da instituição.

Quando se diz que a igreja ama o pecador, mas não o pecado, não se está fazendo mero jogo de palavras. Todo homem, mesmo o mais vil, é digno de piedade, mas isso não quer dizer que possamos concordar com seus malfeitos.

Nessas horas, sempre me vem à mente o exemplo notável do advogado católico Sobral Pinto. Anticomunista ferrenho, foi advogado, não obstante, de Luiz Carlos Prestes e Harry Berger (Arthur Ewert era seu nome real), que lideraram o levante comunista de 1935. Presos, foram barbaramente torturados pelo regime getulista. Entrou para a história a estratégia de Sobral, que evocou para defendê-los a Lei de Proteção aos Animais. Sim, ele abominava o comunismo, mas isso não o fazia abominar as PESSOAS comunistas. 

Submetidas que estavam a um tratamento desumano, inaceitável, injusto, Sobral fez o seu trabalho de advogado e viveu na prática o mandamento de sua religião. Bem, todos sabemos o que os comunistas fizeram com os cristãos quando e onde chegaram ao poder, não é mesmo? Será que Prestes, ele mesmo, teria salvado a cabeça de Sobral Pinto? Acho que não… Findo o Estado Novo, subiu ao palanque do Getúlio que havia liderado o regime que o torturara e que mandara para a Alemanha nazista a sua mulher, Olga Benário, que era judia e estava grávida. Como Prestes conseguiu fazer aquilo? Alguns, acreditem!, chegam a admirá-lo por isso. Fez porque ele tinha uma causa que considerava mais importante: a luta contra o imperialismo. Ora, se essa luta o fazia dar as mãos a um mostro, ela também poderia fazê-lo mandar para o paredão um anjo, não é?

 “Por que essa viagem, Reinaldo?” Não é viagem nenhuma, não! Só estou deixando claro que os fundamentos do catolicismo não estão e não podem estar sujeitos a certas contingências. A Igreja pode e deve ser mais célere em buscar meios que facilitem a divulgação de sua “mensagem”, da “Palavra”, mas não contem com a possibilidade de que ela se transforme numa ONG, cujo rumo seja ditado pela “minoria democrática”, esse conceito tão singular criado pela militância influente, à qual a imprensa adere gostosamente. Uma igreja é feita por seus fiéis. Nesse sentido, deve-se abrir para o povo. Mas uma religião, prestem atenção!, conduz em vez de ser conduzida. Quem tem de se submeter à maioria democrática é o estado laico — e, ainda assim, é preciso que o  faça segundo critérios muito claros, ou o mundo regride para o estado da natureza, para a luta de todos contra todos. A Igreja não é uma democracia. E faz, para lembrar a missa, o convite para “Ceia do Senhor”.  É, insisto, um convite: “Felizes os convidados…”

Na Igreja do papa Francisco, como na de Bento XVI, de João Paulo II e de outros tantos, há lugar pra todo mundo, para todos nós, com todas as nossas particularidades e imperfeições. Mas, vejam que coisa!, nem todas as ideias e as visões de mundo são aceitas também como verdades dessa Igreja.

 E me ocorre agora uma questão interessante: nem todas as ideias e visões de mundo devem ser aceitas nas associações GLBTs, por exemplo. Tenho a certeza de que nem mesmo gays eventualmente contrários ao casamento gay, e eles existem, seriam considerados bem-vindos, não é? O mesmo vale para o mundo da ciência. Cientistas que se opõem à pesquisa com embriões humanos levam na testa a pecha de obscurantistas. Conheço casos. Entendo. No fim das contas, os pequenos papas de suas respectivas seitas acham inaceitável que possa existir um papa da Igreja Católica. E saem gritando “cortem-lhe a cabeça!” em nome da tolerância.


Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 4 de março de 2013

A escolha realizada em um conclave é guiada pelo Divino Espírito Santo e os cardeais não devem, nem podem, adotar o comportamento dos eleitores de um primeiro-ministro

Eis-nos em plena "sede vacante". Peçamos ao Espírito de Deus que ilumine os cardeais para que tenhamos um Papa santo!

Aumenta a pressão por acesso a dossiê secreto durante conclave 

Cardeais querem saber o conteúdo do documento entregue ao Papa Bento XVI, dizem representantes brasileiros

Circula o rumor de que os três religiosos que escreveram o relatório estariam preparando resumo para apresentar nas discussões

Cardeais iniciam nesta segunda-feira em Roma a reunião fundamental que vai prepará-los para a escolha do futuro Papa. A atmosfera do encontro - conhecido como congregação geral - é espiritual, segundo os participantes, e em nada lembra o bate-boca de um Parlamento italiano. Mas desta vez, sob o choque do mais dramático gesto da História recente da Igreja - a renúncia de um Papa -, os cardeais chegam com uma cobrança: querem saber o conteúdo do dossiê secreto entregue ao Papa Bento XVI, pouco antes da renúncia, relatando problemas comprometedores à imagem já desgastada da Igreja. E os nomes dos responsáveis.

O cardeal Geraldo Majella, arcebispo emérito de Salvador, veterano na participação em conclaves, foi incisivo: não são apenas os brasileiros que querem saber. - A gente quer saber. Todo mundo está interessado em saber. Por que não foi dado até agora? Eu também estou querendo saber o que tem nesse dossiê.Outro cardeal, Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida e presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), também cobrou: - Por que o cardeais que estão reunidos agora, que são conselheiros mais próximos do Papa e que vão votar no Papa, não podem ter essas informações? Acho que é mais do que justo e necessário que os cardeais tenham as informações sobre o conteúdo do dossiê.

Segundo Paolo Rodari, ex-diretor do “Observatório Romano” e atual vaticanista do “La Repubblica”, dois cardeais - o austríaco Christoph Schönborn e o alemão Walter Kasper - pediram uma mudança de rota em relação aos anos de mau governo no Vaticano e deixaram claro que querem saber o que consta da investigação. Neste domingo, pela primeira vez em oito anos, não houve missa na Praça de São Pedro. Horas antes da abertura do encontro de cardeais, marcado para as 9h30m de Roma (4h30m) de Brasília, muitos deles continuavam sem saber se o Vaticano liberaria a informação antes do conclave. Circula o rumor de que os três cardeais que escreveram o dossiê secreto estariam preparando um resumo para apresentar nas discussões. Ou passariam discretamente informações a alguns cardeais. Mas ninguém confirma ou desmente. - Não ouvi falar nada até agora, mas pode ser que isso esteja previsto, porque não fomos só nós. Outros cardeais já se manifestaram sobre a necessidade de conhecer o conteúdo essencial do informe — disse o cardeal Damasceno. 

Influência no conclave
O teólogo James Weiss, do Boston College, descreve um clima de desconfiança entre os cardeais: - Desta vez, os relatórios vão ser apresentados pelo camerlengo, que é o ex-secretário de Estado Tarcisio Bertone, que todos acreditam ser responsável pelos problemas. Eles não sabem se Bertone vai tentar fazer com que os problemas pareçam menores do que são.

O cardeal Damasceno não descarta a hipótese de que ele próprio peça as informações, caso outros não o façam.- Pode ser que eles mesmos (dirigentes das congregações) tomem a iniciativa de nos dar as informações - disse.  O monsenhor Antonio Luiz Catelan, assessor da Comissão da Doutrina da Fé da CNBB, avalia que, “dependendo do problema revelado”, o dossiê pode influenciar na escolha do Pontífice: - Se ele incide em problemas administrativos, vão querer um candidato com dotes administrativos para Papa. Se são questões doutrinais, vão querer um Papa mais teólogo. 

Mas Catelan minimiza a gravidade do conteúdo do dossiê, dizendo que tem a convicção de que nenhum cardeal está implicado em denúncias: seus nomes podem constar do documento, mas como pessoas que prestaram depoimentos. - Minha opinião? Não, está é uma convicção. Conhecendo os cardeais, com quem convivo, posso dizer que não há cardeal envolvido - garantiu.

Além das revelações do dossiê secreto, as reuniões preparatórias desta semana vão decidir uma data importante: o início do conclave, quando os 115 cardeais ficarão trancados e incomunicáveis na Capela Sistina do Vaticano, em meio aos afrescos dos maiores artistas da Renascença, como Michelangelo, Rafael, Bernini e Botticelli. A aposta em Roma é que o conclave aconteça em torno dos dias 10 e 11. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, garantiu que para tomar tal decisão é preciso que todos os cardeais com direito a voto estejam presentes - o que ainda não é o caso. A reunião de hoje será aberta pelo cardeal argentino José Saraiva Martins. Em entrevista ao jornal “Il Messaggero”, ele explicou que estas reuniões preparatórias para o conclave têm como objetivo “nos ajudar a focar nos principais problemas da Igreja em relação à sociedade contemporânea, o declínio dos fiéis, as vocações”. Ele disse ainda que as discussões serão muito democráticas e que cada um pode tomar a palavra e intervir livremente, até mesmo sobre o caso VatiLeaks, de vazamento de dados. 

Vários temas podem surgir nos debates das congregações. O cardeal Majella, por exemplo, gostaria de uma discussão sobre a formação dos sacerdotes, onde ele vê um grande problema: homens estão procurando o sacerdócio como status, uma carreira, e se esquecendo da dimensão que deveria contar mais - a espiritual. Isso vai na mesma linha de Bento XVI, que se queixou do carreirismo na Igreja. - Vê-se uma procura pelo sacerdócio, mas como status. Sobretudo nas regiões mais carentes, fulano chega de pé no chão e depois já com o terno todo bonito. A formação tem sido um pouco superficial - disse. 

Já para o cardeal Damasceno, as discussões nestas reuniões podem ajudar a escolher seus candidatos a Papa. - Seria muito interessante ouvir representantes de cada continente, ouvir um pouco de como está vivendo a Igreja nesses locais, os desafios que ela está enfrentando. Isso daria uma visão de mundo fundamental - opinou.

Nota dos editores do Blog Catolicismo: percebe-se,  pelo que a imprensa tem noticiado, nesses  dias que antecedem o conclave para escolha do sucessor de Bento XVI, uma atmosfera de escolha de um primeiro-ministro, em que os eleitores precisam conhecer em quem vão votar.
Com o devido respeito aos cardeais - além do respeito que merecem pela posição que ocupam na hierarquia da Igreja Católica, temos que ter sempre presente que um deles sairá do conclave Papa - sentimo-nos no DEVER de destacar que durante um conclave o que deve prevalecer é a busca pela iluminação do Divino Espírito Santo para que o escolhido seja um Papa Santo.
O clima de competição, de curiosidade - justificável na escolha de autoridades profanas - não pode existir.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Iniciado processo de beatificação de Irmã Benigna

Fiéis acompanham missa da primeira etapa da beatificação de Irmã Benigna

Irmã Benigna está mais perto de ser beatificada
Bondade. Irmã Benigna era conhecida pela sua dedicação e doação aos enfermos e aos mais pobres


Um dos últimos passos para dar início ao processo de beatificação de Benigna Victima de Jesus, a irmã Benigna, foi dado hoje, dia 26 de janeiro. Nessa data, foi celebrada a conclusão da fase diocesana do processo de beatificação, às 9h30, na paróquia Santa Tereza e Santa Terezinha, que fica na praça Duque de Caxias, 200, no bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte. Depois, os documentos serão encaminhados ao Vaticano, para aprovação do papa Bento XVI.


A irmã Benigna, que também ficou conhecida como Serva de Deus, nasceu em 16 de agosto de 1907 e morreu em 16 de outubro de 1981, na cidade de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. Ela trabalhou voluntariamente, em hospitais, asilos, creches e colégios em cidades do interior de Minas. No percurso, ela ajudava os pobres e realizava o que alguns enfermos consideravam milagres.


"Meu filho nasceu com paralisia cerebral, e os médicos disseram que ele teria poucas chances de sobreviver. Conheci irmã Benigna, e ela rezava sempre pelo meu filho. Com o tempo, ele foi melhorando. Não se curou da doença, mas criou gestos e, hoje, já se comunica comigo", conta a presidente da Associação dos Amigos de Irmã Benigna (Amaiben), Maria do Carmo de Souza Figueiredo Mariano,79.


 Irmã Benigna
Segundo ela, irmã Benigna teve muitas doenças, mas, mesmo assim, não desistia de ajudar as pessoas. A Serva de Deus passou pelas cidades de Itaúna, Sete Lagoas, Sabará e Caeté, todas, na região Central  do Estado, além de Lambari e Lavras, no Sul de Minas. De todas essas cidades, devem partir caravanas de devotos de irmã Benigna. A celebração será presidida pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo.

Processo. A missa vai concluir o processo de beatificação de irmã Benigna, analisado pela Arquidiocese de Belo Horizonte. Nessa fase, foram colhidos e analisados depoimentos de pessoas que conviveram com a religiosa. Ela ficou conhecida pelos devotos como santa da Salve Rainha, santa da Hora e santa da Fartura - nomes justificados junto com inúmeros relatos de milagre feitos por ela.

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ETAPAS
Agora, o processo passará por uma fase romana, quando ele será encaminhado ao Vaticano, que vai nomear uma comissão histórica para analisar todos os documentos recolhidos sobre os feitos da Serva de Deus e depoimentos de pessoas que receberam milagre da irmã. Bispos, cardeais e teólogos também fazem análises dos documentos e dos depoimentos, porém, somente o papa Bento XVI poderá dar a decisão final sobre o processo.


"Ela deixou para todos nós a vontade de viver alegres e a certeza de que viver seguindo Deus é o bem mais precioso. Isso tem que ser reconhecido", diz a presidente da associação.