São Frediano
Frigianu ou Frigdianus, assim os registros antigos indicam seu nome,
teria nascido na Irlanda, numa data desconhecida do século IV. Cristão e
monge, teria saído de sua terra natal como peregrino e estudante, com
destino a Roma. Mais tarde, existe a notícia de sua permanência na
Itália, nos arredores da cidade de Luca, na Toscana, vivendo como
ermitão.
A presença do monge foi notada pela população tipicamente rural, sempre
castigada pelas enchentes do rio Serchio que ladeava a cidade. A sua
vida austera, de trabalho, oração e penitência, somada à sabedoria e
cultura, logo se fizeram evidentes. Também sobressaia sua energia e
liderança.
O clero local e o povo decidiram que Frediano era o cidadão mais
indicado para seu bispo. Possuía os dotes naturalmente sempre
valorizados, e que, especialmente nesse período histórico tão tumultuado
do país, eram essenciais. Foi eleito e consagrado bispo de Luca em 560.
Certamente, um fato inusitado.
Utilizou toda a ciência que possuía sobre matemática, engenharia,
agricultura e hidrografia, para ajudar a população. As suas ações logo
ganhavam fama de prodígio. O mais divulgado, e que o celebrizou, foi o
que cita o desvio do curso do rio Serchio e do conseqüente beneficio
causado a toda a zona rural de Luca. Segundo a tradição, Frediano traçou
com um restelo o novo curso do rio, no qual, por meio de um prodígio,
as águas se canalizaram imediatamente. Conduziu o rebanho de sua diocese
com muito zelo e caridade. Sempre cuidando dos pobres, era incansável,
na busca de esmolas para construir asilos, creches, hospitais, igrejas e
mosteiros. O bispo Frediano morreu no dia 18 de março de 588.
A partir de então, a fama de santidade de Frediano e o célebre episódio
do rio Serchio expandiram-se e a sua devoção se fez ainda mais intensa.
Foi até citada no livro "Diálogos", escrito pelo papa São Gregório
Magno, seu contemporâneo. Também as congregações que se estabeleceram na
sua basílica, em Luca, difundiram-lhe o culto.
Depois, o impulso veio do fato de, em pleno período medieval, para
evitar saques por parte dos piratas e invasores, o corpo de são Frediano
ter sido sepultado num lugar escondido no cemitério da igreja. E ele só
foi localizado por acaso, muitos meses depois, durante o sepultamento
de uma jovem, que quase foi colocada onde era o seu túmulo.
Tempos depois, sua obra floresceu na bem antiga e pequena comunidade
monástica, os conhecidos "Cônegos de São Frediano", os quais o bispo
Anselmo de Baggio, quando se tornou papa Alexandre II, indicou para
dirigir o Mosteiro de São João de Luterano, em Roma.
A sua festa ocorre no dia 18 de novembro, data que recorda o traslado
das suas relíquias, no
no século XI, para a atual Basílica de São Frediano, em Luca.
São Frediano, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
18 de novembro - Santo do dia
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domingo, 17 de novembro de 2013
Evangelho do Dia
EVANGELHO COTIDIANO
Evangelho segundo S. Lucas 21,5-19.
Perguntaram-lhe, então: «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer?»
Ele respondeu: «Tende cuidado em não vos deixardes enganar, pois muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu'; e ainda: 'O tempo está próximo.' Não os sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis; é necessário que estas coisas sucedam primeiro, mas não será logo o fim.»
Disse-lhes depois: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino.
Haverá grandes terramotos e, em vários lugares, fomes e epidemias; haverá fenómenos apavorantes e grandes sinais no céu.»
«Mas, antes de tudo, vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e governadores, por causa do meu nome.
Assim, tereis ocasião de dar testemunho.
Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa defesa,
porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir ou contradizer os vossos adversários.
Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a morte a alguns de vós
e sereis odiados por todos, por causa do meu nome.
Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
Pela vossa constância é que sereis salvos.»
Comentário do dia:
São Patrício (c. 385-c. 461), monge missionário, bispo
Confissão, 34-38; SC 249
«Tereis ocasião de dar testemunho»
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
33º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Lucas 21,5-19.
Naquele tempo, como alguns falassem do templo, comentando que estava adornado de belas pedras e de piedosas ofertas Jesus disse-lhes: «Virá o dia em que, de tudo isto que estais a contemplar, não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.»
Perguntaram-lhe, então: «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer?»
Ele respondeu: «Tende cuidado em não vos deixardes enganar, pois muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu'; e ainda: 'O tempo está próximo.' Não os sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis; é necessário que estas coisas sucedam primeiro, mas não será logo o fim.»
Disse-lhes depois: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino.
Haverá grandes terramotos e, em vários lugares, fomes e epidemias; haverá fenómenos apavorantes e grandes sinais no céu.»
«Mas, antes de tudo, vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e governadores, por causa do meu nome.
Assim, tereis ocasião de dar testemunho.
Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa defesa,
porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir ou contradizer os vossos adversários.
Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a morte a alguns de vós
e sereis odiados por todos, por causa do meu nome.
Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
Pela vossa constância é que sereis salvos.»
Comentário do dia:
São Patrício (c. 385-c. 461), monge missionário, bispo
Confissão, 34-38; SC 249
Sem repouso, dou graças ao meu Deus, que me guardou fiel no dia da minha tentação, de modo que hoje posso com confiança oferecer a minha alma em oblação, como «sacrifício vivo» (Rom 12,1), a Cristo meu Senhor, que me protegeu de todas as angústias. Por isso digo: quem sou eu, Senhor? […] Donde me vem esta sabedoria (Mt 13,54), que não era minha, eu que nem o número dos meus dias conhecia e que ignorava a Deus? De onde me veio depois o tão grande e salutar dom de conhecer a Deus e de O amar, ao ponto de deixar pátria e família […], e de vir para junto dos pagãos da Irlanda pregar o Evangelho, para sofrer insultos por parte dos incrédulos […], suportar muitas perseguições, «e até prisões» (2Tim 2,9), de forma a dar a minha liberdade pelo bem de outros?
Se for digno, estou pronto para dar a minha própria vida sem hesitação e de boa vontade; escolho consagrar a minha vida até à morte, se o Senhor mo permitir. Porque sou grandemente devedor de Deus, que me atribuiu esta grande graça de fazer, por meu intermédio, renascer em Deus numerosos povos, conduzindo-os depois à plenitude da fé. Permitiu-me também ordenar por toda parte ministros para este povo recentemente chegado à fé, este povo que o Senhor adquiriu nos confins da Terra, como tinha sido prometido pelos seus profetas (Lc 1,70): «a ti virão os povos dos confins da terra» (Is 49,6) e «estabeleci-te como luz dos povos, para levares a salvação até aos confins da Terra» (Act 13,47).
Se for digno, estou pronto para dar a minha própria vida sem hesitação e de boa vontade; escolho consagrar a minha vida até à morte, se o Senhor mo permitir. Porque sou grandemente devedor de Deus, que me atribuiu esta grande graça de fazer, por meu intermédio, renascer em Deus numerosos povos, conduzindo-os depois à plenitude da fé. Permitiu-me também ordenar por toda parte ministros para este povo recentemente chegado à fé, este povo que o Senhor adquiriu nos confins da Terra, como tinha sido prometido pelos seus profetas (Lc 1,70): «a ti virão os povos dos confins da terra» (Is 49,6) e «estabeleci-te como luz dos povos, para levares a salvação até aos confins da Terra» (Act 13,47).
17 de novembro - Santo do dia
Santa Isabel da Hungria
Vida breve, mas intensa. Filha de André, rei da Hungria, e de Gertrudes, nobre dama de Merano, queimou etapas atingindo a santidade em 24 anos, no decurso dos quais experimentou alegrias e dores com o ânimo de quem está sempre agradecida a Deus.
Noiva aos 4 anos, esposa aos 14, mãe aos 15 e viúva aos 20 anos — quando o marido, Luís IV, duque da Turíngia, morreu em Otranto, à espera de embarcar com Frederico II para a cruzada na Terra Santa. O seu matrimônio fora combinado, como ocorria entre as casas reinantes da Europa.
Foi entretanto um matrimônio feliz sob todos os aspectos, a ponto de fazer exclamar a jovem esposa, com toda a sinceridade: “Se eu amo tanto uma criatura mortal, quanto não deverei amar ao Senhor!”. Amou a Deus com toda a alma, amou-o no próximo, destinando riquezas materiais e espirituais ao alívio dos infelizes.
Teve três filhos, Hermano, Sofia e Gertrudes, em seis anos de vida conjugal. À morte do marido, Isabel retirou-se para Eisenach, depois para o castelo de Pottenstein e, finalmente, escolheu como residência uma modesta casa de Marburgo, onde erigiu, às próprias expensas, um hospital, reduzindo-se à pobreza. Vendeu até o dote para completar a obra. Para os pobres sempre havia lugar no hospital, e Isabel reservava para si os trabalhos mais humildes.
Contra ela explodiram os maus humores reprimidos dos cunhados, que suportavam mal sua generosidade para com os pobres. Privaram-na por fim dos filhos e ela pôde viver plenamente o ideal franciscano de pobreza, ingressando na Ordem Terceira, obediente às diretrizes de um rigoroso confessor. À sua morte foi proclamada santa em altas vozes pelo povo. Isso a tal ponto, que o papa Gregório IX, em 1235, quatro anos depois da morte dela, inscreveu-a oficialmente no livro de ouro dos santos.
Sob seu nome surgiram várias congregações. Na Alemanha, as mulheres que se dedicam ao cuidado dos doentes são chamadas simplesmente (mas não tão facilmente) “Elisabethinerinnen”.
Santa Isabel da Hungria, rogai por nós!
"Matastes a quem tanto vos amava. Matastes meu corpo, mas minha alma está no céu."
Contam os escritos que estas palavras foram ouvidas pelos índios que assassinaram o missionário jesuíta Roque Gonzalez e seus companheiros, padres Afonso Rodrigues e João de Castillo, em 1628. As palavras foram prodigiosamente proferidas pelo coração de padre Roque, ao ser transpassado por uma flecha, porque o fogo não tinha conseguido consumir.
Os três padres eram jesuítas missionários na América do Sul, no tempo da colonização espanhola. Organizavam as missões e reduções implantadas pela Companhia de Jesus entre os índios guaranis do hoje chamado Cone Sul. O objetivo era catequizar os indígenas, ensinando-lhes os princípios cristãos, além de formar núcleos de resistência indígena contra a brutalidade que lhes era praticada pelos colonizadores europeus. Elas impediam que eles fossem escravizados, ao mesmo tempo que permitiam manter as suas culturas. Eram alfabetizados através da religião e aprendiam novas técnicas de sobrevivência e os conceitos morais e sociais da vida ocidental. Era um modo comunitário de vida em que todos trabalhavam e tudo era dividido entre todos. O grande sucesso fez que os colonizadores se unissem aos índios rebeldes, que invadiam e destruíam todas as missões e reduções, matando os ocupantes e pondo fim à rica e histórica experiência.
Roque foi um sacerdote e missionário exemplar. Era paraguaio, filho de colonizadores espanhóis, nascido na capital, Assunção, em 1576. A família pertencia à nobreza espanhola, o pai era Bartolomeu Gonzales Vilaverde e a mãe era Maria de Santa Cruz, que o criaram na virtude e piedade. Aos quinze anos, decidiu entregar sua vida a serviço de Deus. Ingressou no seminário e, aos vinte e quatro anos de idade, foi ordenado sacerdote. Padre Roque quis trabalhar na formação espiritual dos índios que viviam do outro lado do rio Paraguai, nas fazendas dos colonizadores.
O resultado foi tão frutífero que o bispo de Assunção o nomeou pároco da catedral e depois vigário-geral da diocese. Mas ele renunciou às nomeações para ingressar na Companhia de Jesus, onde vestiu o hábito de missionário jesuíta em 1609. Depois, passou toda a sua vida a serviço dos índios das regiões dos países do Paraguai, Argentina, Uruguai, Brasil e parte da Bolívia. Em 1611, chefiou por quatro anos a redução de Santo Inácio Guaçu. Em 1626, fundou quatro reduções: Candelária, Caaçapa-Mirim, Assunção do Juí e Caaró.
Foi na Redução de Caaró, atualmente pertencente ao Brasil, que os martírios ocorreram, em 15 de novembro de 1628. Depois de celebrar a missa com os índios, padre Roque estava levantando um pequeno campanário na capela recém-construída, quando índios rebeldes, a mando do invejoso e feiticeiro Nheçu, atacaram aquela e a vizinha Redução de São Nicolau. Mataram todos e incendiaram tudo. Padre João de Castillo morreu naquela de São Nicolau, enquanto padre Afonso Rodrigues, que ficou na de Caaró, morreu junto com padre Roque Gonzales, esse último com a cabeça golpeada a machado de pedra.
Dois dias depois, os índios rebeldes voltaram para saquear os escombros. Viram, então, que o corpo de padre Roque estava pouco queimado, então transpassaram seu coração com uma flecha. Foi aí que ocorreu o prodígio citado no início deste texto e mantido pela tradição. Eles foram beatificados pelo papa Pio XI em 1934 e canonizados pelo papa João Paulo II em 1988, em sua visita à capital do Paraguai. A festa de são Roque Gonzales ocorre no dia 17 de novembro.
São Roque Gonzales, rogai por nós!
Vida breve, mas intensa. Filha de André, rei da Hungria, e de Gertrudes, nobre dama de Merano, queimou etapas atingindo a santidade em 24 anos, no decurso dos quais experimentou alegrias e dores com o ânimo de quem está sempre agradecida a Deus.
Noiva aos 4 anos, esposa aos 14, mãe aos 15 e viúva aos 20 anos — quando o marido, Luís IV, duque da Turíngia, morreu em Otranto, à espera de embarcar com Frederico II para a cruzada na Terra Santa. O seu matrimônio fora combinado, como ocorria entre as casas reinantes da Europa.
Foi entretanto um matrimônio feliz sob todos os aspectos, a ponto de fazer exclamar a jovem esposa, com toda a sinceridade: “Se eu amo tanto uma criatura mortal, quanto não deverei amar ao Senhor!”. Amou a Deus com toda a alma, amou-o no próximo, destinando riquezas materiais e espirituais ao alívio dos infelizes.
Teve três filhos, Hermano, Sofia e Gertrudes, em seis anos de vida conjugal. À morte do marido, Isabel retirou-se para Eisenach, depois para o castelo de Pottenstein e, finalmente, escolheu como residência uma modesta casa de Marburgo, onde erigiu, às próprias expensas, um hospital, reduzindo-se à pobreza. Vendeu até o dote para completar a obra. Para os pobres sempre havia lugar no hospital, e Isabel reservava para si os trabalhos mais humildes.
Contra ela explodiram os maus humores reprimidos dos cunhados, que suportavam mal sua generosidade para com os pobres. Privaram-na por fim dos filhos e ela pôde viver plenamente o ideal franciscano de pobreza, ingressando na Ordem Terceira, obediente às diretrizes de um rigoroso confessor. À sua morte foi proclamada santa em altas vozes pelo povo. Isso a tal ponto, que o papa Gregório IX, em 1235, quatro anos depois da morte dela, inscreveu-a oficialmente no livro de ouro dos santos.
Sob seu nome surgiram várias congregações. Na Alemanha, as mulheres que se dedicam ao cuidado dos doentes são chamadas simplesmente (mas não tão facilmente) “Elisabethinerinnen”.
Santa Isabel da Hungria, rogai por nós!
São Roque Gonzales
"Matastes a quem tanto vos amava. Matastes meu corpo, mas minha alma está no céu."
Contam os escritos que estas palavras foram ouvidas pelos índios que assassinaram o missionário jesuíta Roque Gonzalez e seus companheiros, padres Afonso Rodrigues e João de Castillo, em 1628. As palavras foram prodigiosamente proferidas pelo coração de padre Roque, ao ser transpassado por uma flecha, porque o fogo não tinha conseguido consumir.
Os três padres eram jesuítas missionários na América do Sul, no tempo da colonização espanhola. Organizavam as missões e reduções implantadas pela Companhia de Jesus entre os índios guaranis do hoje chamado Cone Sul. O objetivo era catequizar os indígenas, ensinando-lhes os princípios cristãos, além de formar núcleos de resistência indígena contra a brutalidade que lhes era praticada pelos colonizadores europeus. Elas impediam que eles fossem escravizados, ao mesmo tempo que permitiam manter as suas culturas. Eram alfabetizados através da religião e aprendiam novas técnicas de sobrevivência e os conceitos morais e sociais da vida ocidental. Era um modo comunitário de vida em que todos trabalhavam e tudo era dividido entre todos. O grande sucesso fez que os colonizadores se unissem aos índios rebeldes, que invadiam e destruíam todas as missões e reduções, matando os ocupantes e pondo fim à rica e histórica experiência.
Roque foi um sacerdote e missionário exemplar. Era paraguaio, filho de colonizadores espanhóis, nascido na capital, Assunção, em 1576. A família pertencia à nobreza espanhola, o pai era Bartolomeu Gonzales Vilaverde e a mãe era Maria de Santa Cruz, que o criaram na virtude e piedade. Aos quinze anos, decidiu entregar sua vida a serviço de Deus. Ingressou no seminário e, aos vinte e quatro anos de idade, foi ordenado sacerdote. Padre Roque quis trabalhar na formação espiritual dos índios que viviam do outro lado do rio Paraguai, nas fazendas dos colonizadores.
O resultado foi tão frutífero que o bispo de Assunção o nomeou pároco da catedral e depois vigário-geral da diocese. Mas ele renunciou às nomeações para ingressar na Companhia de Jesus, onde vestiu o hábito de missionário jesuíta em 1609. Depois, passou toda a sua vida a serviço dos índios das regiões dos países do Paraguai, Argentina, Uruguai, Brasil e parte da Bolívia. Em 1611, chefiou por quatro anos a redução de Santo Inácio Guaçu. Em 1626, fundou quatro reduções: Candelária, Caaçapa-Mirim, Assunção do Juí e Caaró.
Foi na Redução de Caaró, atualmente pertencente ao Brasil, que os martírios ocorreram, em 15 de novembro de 1628. Depois de celebrar a missa com os índios, padre Roque estava levantando um pequeno campanário na capela recém-construída, quando índios rebeldes, a mando do invejoso e feiticeiro Nheçu, atacaram aquela e a vizinha Redução de São Nicolau. Mataram todos e incendiaram tudo. Padre João de Castillo morreu naquela de São Nicolau, enquanto padre Afonso Rodrigues, que ficou na de Caaró, morreu junto com padre Roque Gonzales, esse último com a cabeça golpeada a machado de pedra.
Dois dias depois, os índios rebeldes voltaram para saquear os escombros. Viram, então, que o corpo de padre Roque estava pouco queimado, então transpassaram seu coração com uma flecha. Foi aí que ocorreu o prodígio citado no início deste texto e mantido pela tradição. Eles foram beatificados pelo papa Pio XI em 1934 e canonizados pelo papa João Paulo II em 1988, em sua visita à capital do Paraguai. A festa de são Roque Gonzales ocorre no dia 17 de novembro.
São Roque Gonzales, rogai por nós!
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sábado, 16 de novembro de 2013
Santo do dia - 16 de novembro
Santa Gertrudes
A vida contemplativa foi a forma escolhida por santa Gertrudes para dedicar-se a Deus. Nascida em Eisleben, na Saxônia, em 1256, ao contrário do que alguns historiadores dizem, ela não pertencia à nobreza, mas seus pais eram bem estabelecidos e cristãos fervorosos.
Aos cinco anos de idade, foi entregue ao Mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura profana e cristã. Possuidora de grande carisma místico, tornou-se religiosa consagrada. Conviveu no mosteiro com a grande mística Matilde de Magdeburg, mestra de espiritualidade, que escreveu em forma de poesia todas a sua preciosa vivência mística, depois encerrada num livro.
Matilde foi o personagem decisivo na vida interior de muitas jovens que dela se aproximavam. Era mestra de uma espiritualidade fortemente ligada ao chamamento místico. Com ela, Gertrudes desenvolveu a sua de modo muito semelhante, recebendo, em seguida, através de suas orações contemplativas, muitas revelações de Deus.
A partir dos vinte e cinco anos de idade, teve a primeira das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua vida. Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do divino amor", talvez a mais importante obra cristã tendo como temática a teologia mística. Nele, também conta que, constantemente, era tomada por arrebatamentos sublimes e tristezas profundas advindas do estudo da Palavra.
Essa notável mística cristã do período medieval foi uma das grandes incentivadoras da devoção ao Coração de Jesus, culto que alcançaria enorme expansão, no futuro, com santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII.
Mais tarde, foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos até ir comungar com seu amado esposo, Jesus, na casa do Pai, em 1302.
A tradicional festa em sua memória, no dia 16 de novembro, foi autorizada e mantida nesta data pelo papa Clemente XII, em 1738.
Santa Gertrudes, rogai por nós!
Uma rainha tão boa para os súditos que, embora estrangeira, foi profundamente amada por eles. Uma mulher tão cheia de fé que soube mostrar como uma coroa real pode unir-se à coroa da fé. Através do exemplo de sua vida pessoal, levou um país inteiro ao cristianismo, desde a sua época até hoje. Assim foi a rainha Margarida, a santa protetora do povo escocês.
Nascida em 1046, na Hungria, era uma mulher da nobreza, de grande devoção cristã, culta, inteligente, e possuidora de uma sutil e fina diplomacia. As questões políticas levaram-na a asilar-se na Escócia, onde conheceria seu futuro marido. Sua mãe, Águeda, irmã da rainha da Hungria, descendia de santo Estevão e de Eduardo, pretendente ao trono da Inglaterra, expulso pelo usurpador rei Canuto. Numa época tão conturbada, mesmo depois da morte desse último, somente a Escócia conseguiu dar abrigo seguro a essa família real para escapar de atentados fatais.
Não demorou muito para que o rei Malcom III se encantasse com a sua delicada e nobre figura, de personalidade forte e frágil ao mesmo tempo, e a pediu em casamento. Margarida tinha, então, vinte e três anos e aceitou, porque assim agindo compreendeu que poderia melhor levar a mensagem de Cristo ao povo escocês, ainda pagão.
Seu marido não era uma pessoa má, nem violenta, mas sim um pouco rude e ignorante. Não sabia ler, por isso tinha grande respeito por sua mulher instruída. Beijava o livro de orações que ela lia junto dele com devoção e sempre pedia seus conselhos. A rainha, pacientemente e pouco a pouco, alfabetizou-o, sem nunca se sobrepor à sua autoridade. Ela era discreta, modesta e humildemente respeitosa à sua condição de chefe de um povo e uma nação. Quando o rei Malcom III foi tocado pela fé, converteu-se e foi batizado.
Essa atitude do rei mudou completamente os destinos do país, pois o povo também se converteu. O casal teve oito filhos, seis homens e duas mulheres, que receberam instrução e educação cristã necessária aos nobres. O rei também passou a ter uma visão cristã na compreensão dos problemas de seus súditos, e os tratou com total consideração, respeito, bondade e justiça.
No palácio, a rainha continuou a partilhar, diariamente, em sua própria mesa, com órfãos, viúvas, pedintes e velhos desamparados. O rei compartilhava dessa alegria e das obras beneficentes em socorro e amparo aos excluídos. Fundaram muitas igrejas, mosteiros e conventos. Segundo a história da Escócia, foi um período de reinado justo, próspero e feliz para o povo e para a nação.
A rainha Margarida tinha apenas quarenta e seis anos quando foi acometida de grave doença. E resistiu pouco tempo depois que recebeu a notícia da morte do seu marido e do filho mais velho, que caíram combatendo no castelo de Aluwick. Morreu no dia 16 de novembro de 1093, na cidade de Edimburg, e foi sepultada em Dunferline, Escócia.
Venerada ainda em vida pela santidade, foi canonizada, em 1251, pelo papa Inocêncio IV. O culto que celebra santa Margarida da Escócia com grande festa ocorre, no dia de sua morte, em todo o mundo católico.
Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!
Um santo de avental branco, um santo de nosso tempo, que soube viver integralmente no mundo universitário — do qual era um apreciado expoente — e traduzi-lo na prática cotidiana da profissão de médico, antecipando em alguns lustros aquilo que será chamado a opção pelos pobres.
Nasceu em Benevento, mas atuou sobretudo em Nápoles. Aos pobres dessa cidade dedicou de fato a maior parte de seu tempo. Aos doentes que enchiam seu consultório privado nunca pediu dinheiro. Ao contrário. Na sala de espera havia colocado uma cestinha com o cartaz: “Se tens, coloca quanto queres; se não tens, pega-o”.
Em um hipotético futuro, esta história será talvez relegada aos embelezamentos post mortem. Mas hoje somos testemunhas da caridade heróica desse santo, amado por sua gente, que tocou com a mão a não ostensiva generosidade e a modéstia desse luminar da ciência médica. Beatificado em 1975, subiu rapidamente ao cume da santidade com a solene canonização em 1987.
São José Moscati, rogai por nós!
A vida contemplativa foi a forma escolhida por santa Gertrudes para dedicar-se a Deus. Nascida em Eisleben, na Saxônia, em 1256, ao contrário do que alguns historiadores dizem, ela não pertencia à nobreza, mas seus pais eram bem estabelecidos e cristãos fervorosos.
Aos cinco anos de idade, foi entregue ao Mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura profana e cristã. Possuidora de grande carisma místico, tornou-se religiosa consagrada. Conviveu no mosteiro com a grande mística Matilde de Magdeburg, mestra de espiritualidade, que escreveu em forma de poesia todas a sua preciosa vivência mística, depois encerrada num livro.
Matilde foi o personagem decisivo na vida interior de muitas jovens que dela se aproximavam. Era mestra de uma espiritualidade fortemente ligada ao chamamento místico. Com ela, Gertrudes desenvolveu a sua de modo muito semelhante, recebendo, em seguida, através de suas orações contemplativas, muitas revelações de Deus.
A partir dos vinte e cinco anos de idade, teve a primeira das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua vida. Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do divino amor", talvez a mais importante obra cristã tendo como temática a teologia mística. Nele, também conta que, constantemente, era tomada por arrebatamentos sublimes e tristezas profundas advindas do estudo da Palavra.
Essa notável mística cristã do período medieval foi uma das grandes incentivadoras da devoção ao Coração de Jesus, culto que alcançaria enorme expansão, no futuro, com santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII.
Mais tarde, foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos até ir comungar com seu amado esposo, Jesus, na casa do Pai, em 1302.
A tradicional festa em sua memória, no dia 16 de novembro, foi autorizada e mantida nesta data pelo papa Clemente XII, em 1738.
Santa Gertrudes, rogai por nós!
Santa Margarida da Escócia
Uma rainha tão boa para os súditos que, embora estrangeira, foi profundamente amada por eles. Uma mulher tão cheia de fé que soube mostrar como uma coroa real pode unir-se à coroa da fé. Através do exemplo de sua vida pessoal, levou um país inteiro ao cristianismo, desde a sua época até hoje. Assim foi a rainha Margarida, a santa protetora do povo escocês.
Nascida em 1046, na Hungria, era uma mulher da nobreza, de grande devoção cristã, culta, inteligente, e possuidora de uma sutil e fina diplomacia. As questões políticas levaram-na a asilar-se na Escócia, onde conheceria seu futuro marido. Sua mãe, Águeda, irmã da rainha da Hungria, descendia de santo Estevão e de Eduardo, pretendente ao trono da Inglaterra, expulso pelo usurpador rei Canuto. Numa época tão conturbada, mesmo depois da morte desse último, somente a Escócia conseguiu dar abrigo seguro a essa família real para escapar de atentados fatais.
Não demorou muito para que o rei Malcom III se encantasse com a sua delicada e nobre figura, de personalidade forte e frágil ao mesmo tempo, e a pediu em casamento. Margarida tinha, então, vinte e três anos e aceitou, porque assim agindo compreendeu que poderia melhor levar a mensagem de Cristo ao povo escocês, ainda pagão.
Seu marido não era uma pessoa má, nem violenta, mas sim um pouco rude e ignorante. Não sabia ler, por isso tinha grande respeito por sua mulher instruída. Beijava o livro de orações que ela lia junto dele com devoção e sempre pedia seus conselhos. A rainha, pacientemente e pouco a pouco, alfabetizou-o, sem nunca se sobrepor à sua autoridade. Ela era discreta, modesta e humildemente respeitosa à sua condição de chefe de um povo e uma nação. Quando o rei Malcom III foi tocado pela fé, converteu-se e foi batizado.
Essa atitude do rei mudou completamente os destinos do país, pois o povo também se converteu. O casal teve oito filhos, seis homens e duas mulheres, que receberam instrução e educação cristã necessária aos nobres. O rei também passou a ter uma visão cristã na compreensão dos problemas de seus súditos, e os tratou com total consideração, respeito, bondade e justiça.
No palácio, a rainha continuou a partilhar, diariamente, em sua própria mesa, com órfãos, viúvas, pedintes e velhos desamparados. O rei compartilhava dessa alegria e das obras beneficentes em socorro e amparo aos excluídos. Fundaram muitas igrejas, mosteiros e conventos. Segundo a história da Escócia, foi um período de reinado justo, próspero e feliz para o povo e para a nação.
A rainha Margarida tinha apenas quarenta e seis anos quando foi acometida de grave doença. E resistiu pouco tempo depois que recebeu a notícia da morte do seu marido e do filho mais velho, que caíram combatendo no castelo de Aluwick. Morreu no dia 16 de novembro de 1093, na cidade de Edimburg, e foi sepultada em Dunferline, Escócia.
Venerada ainda em vida pela santidade, foi canonizada, em 1251, pelo papa Inocêncio IV. O culto que celebra santa Margarida da Escócia com grande festa ocorre, no dia de sua morte, em todo o mundo católico.
Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!
São José Moscati
Um santo de avental branco, um santo de nosso tempo, que soube viver integralmente no mundo universitário — do qual era um apreciado expoente — e traduzi-lo na prática cotidiana da profissão de médico, antecipando em alguns lustros aquilo que será chamado a opção pelos pobres.
Nasceu em Benevento, mas atuou sobretudo em Nápoles. Aos pobres dessa cidade dedicou de fato a maior parte de seu tempo. Aos doentes que enchiam seu consultório privado nunca pediu dinheiro. Ao contrário. Na sala de espera havia colocado uma cestinha com o cartaz: “Se tens, coloca quanto queres; se não tens, pega-o”.
Em um hipotético futuro, esta história será talvez relegada aos embelezamentos post mortem. Mas hoje somos testemunhas da caridade heróica desse santo, amado por sua gente, que tocou com a mão a não ostensiva generosidade e a modéstia desse luminar da ciência médica. Beatificado em 1975, subiu rapidamente ao cume da santidade com a solene canonização em 1987.
São José Moscati, rogai por nós!
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sexta-feira, 15 de novembro de 2013
15 de novembro - Santo do dia
Santo Alberto Magno
Alberto — que a posteridade chamará “Magno”, isto é, grande —, nascido em Lauingen, na Baviera, em 1200, está entre os primeiros pensadores medievais a afirmar a autonomia da ciência e da filosofia em relação à teologia.
Verdadeiro gênio enciclopédico, capaz de mover-se com grande segurança nos mais diferentes campos do conhecimento humano, conviveu em perfeita harmonia entre as razões da ciência e da fé. “Senhor Jesus”, rezava, “invocamos a tua ajuda para não nos deixarmos seduzir pelas vãs palavras tentadoras sobre a nobreza da família, sobre o prestígio da instituição, sobre o que a ciência tem de atraente.”
Era com efeito de origem nobre, mas ao contrário do discípulo são Tomás de Aquino, a família não se opôs a que ele vestisse o humilde hábito dos frades mendicantes; e com ainda menor dificuldade obteve em Paris o título de mestre e uma vasta fama em toda a Europa, nos campos científico e teológico.
Completou seus estudos universitários em Pádua, onde encontrou o mestre-geral dos dominicanos, o beato Jordão da Saxônia, que o encaminhou à vida religiosa.
Ensinou filosofia em Hildesheim, Eriburgo, Ratisbona, Estrasburgo, depois em Paris e Colônia, onde teve entre seus alunos Tomás de Aquino, do qual reconheceu logo os grandes dotes. “Vós o chamais o boi mudo”, disse aos outros alunos, que com tal expressão haviam definido o taciturno companheiro de estudo, “mas ele, com sua doutrina, emitirá ruídos que serão ouvidos em todo o mundo”.
Eleito superior provincial da Alemanha, percorreu a pé as várias regiões, para estar próximo das comunidades religiosas a ele confiadas, mendigando ao longo do trajeto o pão e o teto. O filho do conde de Bollstadt, nomeado bispo de Ratisbona, viveu em perfeito espírito de pobreza, assimilado na vida religiosa: “Nas suas gavetas não havia uma moeda”, disse dele alguém que o conheceu de perto, “nem uma gota de vinho na barrica ou um punhado de grãos no celeiro.”
Permaneceu na direção da diocese somente dois anos, depois, com o beneplácito do papa, pôde retornar a seu convento de Würzburgo e de novo lecionar na Universidade de Colônia, onde concluiu sua laboriosa existência. Canonizado em 1931, recebeu depois de Pio XII o título de doutor da Igreja e padroeiro dos cultivadores das ciências naturais.
Santo Alberto Magno, rogai por nós!
Entre os antepassados de quase todas as casas reais sempre aparece a figura de um santo célebre. São Leopoldo é um bom exemplo, tendo o seu nome se tornado comum entre os reinantes da Áustria, até porque ele mesmo também foi um dos coroados.
Pertencia à casa real de Bagengerg, da Áustria, que há muitos séculos descendia dos de imperadores de Augsburg e dos grãos duques de Lorena. Nascido em Melk no ano de 1073, foi batizado com o nome de seu pai.
Foi um exemplo de rei, cristão, esposo e pai. Em 1096, sucedeu a seu pai, como Leopoldo III, e assumiu o reino quando o país começava a ser uma grande potência européia. Casou-se com a irmã do rei Henrique V da Alemanha, a princesa Inês, que era viúva e tinha três filhos. Com Leopoldo teve mais dezoito filhos, os quais, uma vez crescidos, povoaram conventos, mosteiros e episcopados como uma verdadeira semeadura de virtude cristã. Dele floresceram para a Igreja dois relevantes servidores, os santos Conrado, bispo de Salzburg, e Oto, bispo de Freising.
A sua vida privada foi similar e digna dos ascetas, por isso era chamado de "o Pio". Os quarenta anos do seu reinado foram justos e prósperos, apesar de ter guerreado contra os húngaros, os quais conseguiu expulsar. Sob seu comando, a cidade de Viena converteu-se em sede da Corte e em porto de grande importância. Ganhou o amor e o respeito do seu povo como governante hábil, firme, honrado, e caridoso, que o apelidou carinhosamente de "pai dos pobres".
Com a morte de seu cunhado, Henrique V, foi proposto como imperador da Alemanha. Mas Leopoldo recusou, entendendo que não lhe cabia por direito real, e ficou na Áustria com o seu povo. Como grande benfeitor da Igreja, a sua constante preocupação foi fundar e aparelhar igrejas e mosteiros. Ajudou, generosamente, o Mosteiro de Melk, sua cidade natal, e fundou o de Neuburg, em Viena, onde, depois, foi sepultado.
Mas a sua maior inspiração foi à fundação do mosteiro beneditino, a partir do que antes era uma simples capela dedicada à Virgem Maria. O local depois se tornou o Santuário de Mariazell, hoje famoso como o mais antigo e mais importante santuário mariano de toda a Áustria. Rota constante dos mais simples peregrinos, onde se incluíram sempre os reis e os imperadores que iam para pedir, honrar e agradecer à Virgem Santíssima a sua proteção ao seu povo, a exemplo do seu fundador, rei Leopoldo III, fiel devoto de Maria.
Morreu em Viena, com fama de santidade, no dia 15 de novembro de 1136, em meio a forte comoção popular. Foi canonizado, em 1486, pelo papa Inocêncio VIII. São Leopoldo, o Pio, é o padroeiro da Áustria e sua festa é comemorada nacionalmente.
São Leopoldo III, rogai por nós!
Alberto — que a posteridade chamará “Magno”, isto é, grande —, nascido em Lauingen, na Baviera, em 1200, está entre os primeiros pensadores medievais a afirmar a autonomia da ciência e da filosofia em relação à teologia.
Verdadeiro gênio enciclopédico, capaz de mover-se com grande segurança nos mais diferentes campos do conhecimento humano, conviveu em perfeita harmonia entre as razões da ciência e da fé. “Senhor Jesus”, rezava, “invocamos a tua ajuda para não nos deixarmos seduzir pelas vãs palavras tentadoras sobre a nobreza da família, sobre o prestígio da instituição, sobre o que a ciência tem de atraente.”
Era com efeito de origem nobre, mas ao contrário do discípulo são Tomás de Aquino, a família não se opôs a que ele vestisse o humilde hábito dos frades mendicantes; e com ainda menor dificuldade obteve em Paris o título de mestre e uma vasta fama em toda a Europa, nos campos científico e teológico.
Completou seus estudos universitários em Pádua, onde encontrou o mestre-geral dos dominicanos, o beato Jordão da Saxônia, que o encaminhou à vida religiosa.
Ensinou filosofia em Hildesheim, Eriburgo, Ratisbona, Estrasburgo, depois em Paris e Colônia, onde teve entre seus alunos Tomás de Aquino, do qual reconheceu logo os grandes dotes. “Vós o chamais o boi mudo”, disse aos outros alunos, que com tal expressão haviam definido o taciturno companheiro de estudo, “mas ele, com sua doutrina, emitirá ruídos que serão ouvidos em todo o mundo”.
Eleito superior provincial da Alemanha, percorreu a pé as várias regiões, para estar próximo das comunidades religiosas a ele confiadas, mendigando ao longo do trajeto o pão e o teto. O filho do conde de Bollstadt, nomeado bispo de Ratisbona, viveu em perfeito espírito de pobreza, assimilado na vida religiosa: “Nas suas gavetas não havia uma moeda”, disse dele alguém que o conheceu de perto, “nem uma gota de vinho na barrica ou um punhado de grãos no celeiro.”
Permaneceu na direção da diocese somente dois anos, depois, com o beneplácito do papa, pôde retornar a seu convento de Würzburgo e de novo lecionar na Universidade de Colônia, onde concluiu sua laboriosa existência. Canonizado em 1931, recebeu depois de Pio XII o título de doutor da Igreja e padroeiro dos cultivadores das ciências naturais.
Santo Alberto Magno, rogai por nós!
São Leopoldo III
Entre os antepassados de quase todas as casas reais sempre aparece a figura de um santo célebre. São Leopoldo é um bom exemplo, tendo o seu nome se tornado comum entre os reinantes da Áustria, até porque ele mesmo também foi um dos coroados.
Pertencia à casa real de Bagengerg, da Áustria, que há muitos séculos descendia dos de imperadores de Augsburg e dos grãos duques de Lorena. Nascido em Melk no ano de 1073, foi batizado com o nome de seu pai.
Foi um exemplo de rei, cristão, esposo e pai. Em 1096, sucedeu a seu pai, como Leopoldo III, e assumiu o reino quando o país começava a ser uma grande potência européia. Casou-se com a irmã do rei Henrique V da Alemanha, a princesa Inês, que era viúva e tinha três filhos. Com Leopoldo teve mais dezoito filhos, os quais, uma vez crescidos, povoaram conventos, mosteiros e episcopados como uma verdadeira semeadura de virtude cristã. Dele floresceram para a Igreja dois relevantes servidores, os santos Conrado, bispo de Salzburg, e Oto, bispo de Freising.
A sua vida privada foi similar e digna dos ascetas, por isso era chamado de "o Pio". Os quarenta anos do seu reinado foram justos e prósperos, apesar de ter guerreado contra os húngaros, os quais conseguiu expulsar. Sob seu comando, a cidade de Viena converteu-se em sede da Corte e em porto de grande importância. Ganhou o amor e o respeito do seu povo como governante hábil, firme, honrado, e caridoso, que o apelidou carinhosamente de "pai dos pobres".
Com a morte de seu cunhado, Henrique V, foi proposto como imperador da Alemanha. Mas Leopoldo recusou, entendendo que não lhe cabia por direito real, e ficou na Áustria com o seu povo. Como grande benfeitor da Igreja, a sua constante preocupação foi fundar e aparelhar igrejas e mosteiros. Ajudou, generosamente, o Mosteiro de Melk, sua cidade natal, e fundou o de Neuburg, em Viena, onde, depois, foi sepultado.
Mas a sua maior inspiração foi à fundação do mosteiro beneditino, a partir do que antes era uma simples capela dedicada à Virgem Maria. O local depois se tornou o Santuário de Mariazell, hoje famoso como o mais antigo e mais importante santuário mariano de toda a Áustria. Rota constante dos mais simples peregrinos, onde se incluíram sempre os reis e os imperadores que iam para pedir, honrar e agradecer à Virgem Santíssima a sua proteção ao seu povo, a exemplo do seu fundador, rei Leopoldo III, fiel devoto de Maria.
Morreu em Viena, com fama de santidade, no dia 15 de novembro de 1136, em meio a forte comoção popular. Foi canonizado, em 1486, pelo papa Inocêncio VIII. São Leopoldo, o Pio, é o padroeiro da Áustria e sua festa é comemorada nacionalmente.
São Leopoldo III, rogai por nós!
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quinta-feira, 14 de novembro de 2013
14 de novembro - Santo do dia
São José Pignatelli
José Pignatelli nasceu em 1737 em Saragoça, do ramo espanhol de uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdendo a mãe aos cinco anos, veio para esta cidade onde recebeu, de uma irmã, ótima educação católica. Voltando para Espanha, aos quinze anos entrou na Companhia de Jesus. Feito o Noviciado e emitidos depois os primeiros votos em Tarragona, aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e depois nos colégios de Bilbau e de Saragoça. Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Levantou-se, porém, uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus e ele figurou entre os jesuítas que foram expulsos da Espanha para a Córsega.
Entre adversidades, mostrou o Padre Pignatelli grande fortaleza
e constância; foi por isso nomeado Provincial de todos esses exilados. E
recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou
com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os
outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara
(Itália), onde fez a profissão solene de quatro votos. Pouco depois,
sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre
Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé
Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus.
Indo para Bolonha e, estando proibido de exercer o ministério apostólico
com as almas, durante quase vinte e cinco anos entregou-se totalmente
ao estudo, reunindo uma biblioteca de valor, dando-se principalmente a
obras de caridade para com os antigos membros da suprimida Companhia.
Logo, porém, que lhe foi possível, pediu para ser recebido na Família
Inaciana existente na Rússia, onde reinava Catarina, que sendo cismática
não aceitara a supressão vinda de Roma.
Em 1806, transfere-se para Roma onde é muito bem recebido pelo Sumo Pontífice. Os franceses, que estão a ocupar Roma, toleram-no. No silêncio, Padre Pignatelli vai preparando o renascimento da sua Companhia. Este fato ocorre em 1814, com o citado Papa beneditino Pio VII. Mas o Padre Pignatelli já tinha morrido em 1811, com setenta e quatro anos. O funeral decorreu quase secretamente. Foi beatificado por Pio XI em 1933, que chamou o santo de “o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira e a Companhia que ia existir,… o restaurador dos Jesuítas”. Profundo devoto do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Santíssima, homem adorador (passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento), São José Pignatelli foi canonizado em 1954 pelo Papa Pio XII.
São José Pignatelli, rogai por nós!
São Serapião
A vida deste santo encerra um capítulo da história européia, pois que sua aventura humana e espiritual reflete os fatos de sua época, nos quais esteve presente, se bem que só como “coadjuvante”, talvez a contragosto.
Filho de um capitão inglês a serviço do rei Henrique II, em 1190 participou com o pai da terceira cruzada, sob o comando do célebre Ricardo Coração de Leão. No regresso, foi feito prisioneiro das tropas do duque da Áustria, próximo da laguna vêneta, e mantido como refém.
O duque gostou dele e o tomou a seu serviço na expedição de ajuda ao rei da Espanha contra os mouros. Quando chegaram, a batalha havia terminado. Serapião conseguiu então ficar a serviço do rei Afonso de Castela, para voltar novamente à Áustria, quando o duque tomou parte na quinta cruzada. Neste ponto se encerra sua aventura militar.
Passa, na realidade, a militar sob uma outra bandeira: conhece Pedro Nolasco, o fundador dos mercedários, e decide juntar-se a ele para dedicar-se ao resgate dos escravos.
Para sua primeira missão pacífica dirige-se com são Raimundo Nonato a Argel. Conseguem libertar 150 escravos. E como tinha aprendido a arte da guerra, teve o encargo de seguir as tropas espanholas na conquista das Baleares. Em todo caso, sua missão era fundar nessas ilhas o primeiro convento de sua ordem, que depois confiou à direção de um confrade. Em seguida, dirigiu-se à Inglaterra a fim de erigir um posto avançado da ordem.
Dessa vez, porém, a expedição teve um epílogo trágico: o navio foi assaltado por corsários, Serapião barbaramente espancado e lançado em uma praia deserta porque considerado morto. Recolhido por alguns pescadores, refez-se e pouco depois prosseguiu a viagem para Londres, onde não teve vida fácil.
Foi expulso de modo grosseiro, por haver desaprovado a injusta apropriação dos bens eclesiásticos pelo governo. Voltou à Espanha e prosseguiu na obra caritativa de resgate dos prisioneiros, até que os mouros voltaram sua raiva contra ele: crucificaram-no numa cruz de santo André e, depois de atrozes torturas, decapitaram-no. Seu culto foi confirmado em 1728.
São Serapião, rogai por nós!
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quarta-feira, 13 de novembro de 2013
13 de novembro - Santo do dia
Santo Estanislau Kostka
A semelhança do jovem santo polonês com o contemporâneo são Luís Gonzaga é extraordinária. Ambos provinham de rica e nobre família e conservavam a mesma candura em uma sociedade frívola, à qual se subtraíram com coragem, indo fazer parte da Companhia de Jesus.
Aos 13 anos, Estanislau foi confiado aos jesuítas de Viena para completar os estudos. Dado que as autoridades austríacas haviam requisitado o edifício do colégio reservado para os estudantes forasteiros, Estanislau teve de recorrer a um quarto de aluguel, como todos os outros alunos, os quais, todavia, longe dos olhos dos severos mestres, foram presa fácil do belo mundo vienense.
Estanislau, ao contrário, manteve-se devoto e diligente, sem jamais deixar de freqüentar a vizinha igreja. Estava assim amadurecendo o propósito de consagrar-se ao Senhor e, para evitar a recusa do pai, voltou-se diretamente para o padre Pedro Canísio, provincial dos jesuítas e futuro santo.
Eludindo a vigilância do preceptor com um hábil estratagema, Estanislau deixou Viena na volta de Dillingen. A reação do pai foi mais violenta que a prevista: ameaçou de fazer expulsar todos os jesuítas da Polônia, mas o jovem não voltou atrás em seus passos. Foi enviado a Roma para completar o noviciado e os estudos de filosofia no Colégio Romano, acolhido por um outro santo, Francisco de Borja, em outubro de 1567.
O santo, que lembramos com muito carinho neste dia, nasceu na nobre e influente família dos Kostka, a qual possuía uma sólida vida de piedade familiar. Nasceu no castelo de Rostkow, na vila de Prasnitz (Polônia), a 28 de outubro de 1550. Nesse ambiente é que Estanislau cresceu na amizade e intimidade com Cristo.
Quando tinha 14 anos foi estudar em Viena, juntamente com seu irmão mais velho, Paulo. Devido a uma ordem do Imperador Maximiliano I, o internato jesuíta onde estudavam foi fechado, sobrando como refúgio o castelo de um príncipe luterano, que com Paulo, promoveu o calvário doméstico de Estanislau. Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e as tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos: “Eu nasci para as coisas eternas e não para as coisas do mundo”.
Diante da pressão sofrida, a saúde de Estanislau cedeu, e ao pedir que providenciassem um sacerdote para que pudesse comungar o Corpo de Cristo, recebeu a negativa dos homens, mas não a de Deus. Santa Bárbara apareceu-lhe, na companhia de anjos, portando Jesus Eucarístico e, em seguida, trazendo-lhe a saúde física, surgiu a Virgem Maria com o Menino Jesus.
Depois desse fato o jovem discerniu sua vocação à vida religiosa como jesuíta, por isso enfrentou familiares e, ousadamente, fugiu sozinho, a pé, e foi parar na Companhia de Jesus. Acolhido pelo Provincial que o ouviu e se encantou com sua história, com somente 18 anos de idade, viveu apenas 9 meses no Noviciado, porque adquiriu uma misteriosa febre e antes de morrer os sacerdotes ouviram do seus lábios sorridentes dizerem: “Maria veio buscar-me, acompanhada de virgens para me levar consigo”.
Mas restava-lhe só um ano vida. Ele tinha prognosticado que morreria jovem, em um dia dedicado à Virgem, pela qual nutria uma terna devoção. Morreu efetivamente no dia da Assunção. Foi canonizado em 1767.
Santo Estanislau, rogai por nós!
A semelhança do jovem santo polonês com o contemporâneo são Luís Gonzaga é extraordinária. Ambos provinham de rica e nobre família e conservavam a mesma candura em uma sociedade frívola, à qual se subtraíram com coragem, indo fazer parte da Companhia de Jesus.
Aos 13 anos, Estanislau foi confiado aos jesuítas de Viena para completar os estudos. Dado que as autoridades austríacas haviam requisitado o edifício do colégio reservado para os estudantes forasteiros, Estanislau teve de recorrer a um quarto de aluguel, como todos os outros alunos, os quais, todavia, longe dos olhos dos severos mestres, foram presa fácil do belo mundo vienense.
Estanislau, ao contrário, manteve-se devoto e diligente, sem jamais deixar de freqüentar a vizinha igreja. Estava assim amadurecendo o propósito de consagrar-se ao Senhor e, para evitar a recusa do pai, voltou-se diretamente para o padre Pedro Canísio, provincial dos jesuítas e futuro santo.
Eludindo a vigilância do preceptor com um hábil estratagema, Estanislau deixou Viena na volta de Dillingen. A reação do pai foi mais violenta que a prevista: ameaçou de fazer expulsar todos os jesuítas da Polônia, mas o jovem não voltou atrás em seus passos. Foi enviado a Roma para completar o noviciado e os estudos de filosofia no Colégio Romano, acolhido por um outro santo, Francisco de Borja, em outubro de 1567.
O santo, que lembramos com muito carinho neste dia, nasceu na nobre e influente família dos Kostka, a qual possuía uma sólida vida de piedade familiar. Nasceu no castelo de Rostkow, na vila de Prasnitz (Polônia), a 28 de outubro de 1550. Nesse ambiente é que Estanislau cresceu na amizade e intimidade com Cristo.
Quando tinha 14 anos foi estudar em Viena, juntamente com seu irmão mais velho, Paulo. Devido a uma ordem do Imperador Maximiliano I, o internato jesuíta onde estudavam foi fechado, sobrando como refúgio o castelo de um príncipe luterano, que com Paulo, promoveu o calvário doméstico de Estanislau. Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e as tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos: “Eu nasci para as coisas eternas e não para as coisas do mundo”.
Diante da pressão sofrida, a saúde de Estanislau cedeu, e ao pedir que providenciassem um sacerdote para que pudesse comungar o Corpo de Cristo, recebeu a negativa dos homens, mas não a de Deus. Santa Bárbara apareceu-lhe, na companhia de anjos, portando Jesus Eucarístico e, em seguida, trazendo-lhe a saúde física, surgiu a Virgem Maria com o Menino Jesus.
Depois desse fato o jovem discerniu sua vocação à vida religiosa como jesuíta, por isso enfrentou familiares e, ousadamente, fugiu sozinho, a pé, e foi parar na Companhia de Jesus. Acolhido pelo Provincial que o ouviu e se encantou com sua história, com somente 18 anos de idade, viveu apenas 9 meses no Noviciado, porque adquiriu uma misteriosa febre e antes de morrer os sacerdotes ouviram do seus lábios sorridentes dizerem: “Maria veio buscar-me, acompanhada de virgens para me levar consigo”.
Mas restava-lhe só um ano vida. Ele tinha prognosticado que morreria jovem, em um dia dedicado à Virgem, pela qual nutria uma terna devoção. Morreu efetivamente no dia da Assunção. Foi canonizado em 1767.
Santo Estanislau, rogai por nós!
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terça-feira, 12 de novembro de 2013
Santo do dia - 12 de novembro
São Josafa Kuncewicz
São Josafá é o primeiro representante das Igrejas uniatas a ser elevado às honras dos altares da Igreja de Roma. Um santo ecumênico, venerado como apóstolo da unidade dos cristãos do Oriente.
A Rússia havia sido evangelizada por cristãos de Constantinopla em torno do século X e seguiu a Igreja oriental, aceitando ser dela dependente e, em conseqüência, a separação da Igreja de Roma. Em 1589, com a elevação do metropolita de Moscou à dignidade de patriarca, a Igreja russa tornou-se autônoma.
Quando a Rutênia passou do domínio russo ao polonês, os sacerdotes ortodoxos, entrando em comunhão com Roma, mantiveram os antigos ritos e as tradições da Igreja eslava, denominando-a Igreja uniata.
Neste período histórico se insere a obra pastoral de João Kuncewycz, que na profissão religiosa assumiu o nome de Josafá, o bíblico nome do vale do Cedron. Nascido em Vladimir, na Polônia, foi o primeiro noviço do primeiro mosteiro basiliano uniata de Vilna.
Ordenado sacerdote e eleito arquimandrita e coadjutor do arcebispo de Polozk, empreendeu um ativo trabalho missionário aprendido na escola dos jesuítas. Em razão da extraordinária capacidade de atrair e de converter foi chamado “raptor de almas”. Empenhou-se particularmente em reunir à Santa Sé os cristãos apartados, partindo dos grandes dons comuns deles: o batismo, a palavra escrita, a vida da graça, a fé, a caridade e uma terna devoção à Virgem.
A Igreja russa havia de fato conservado intacto o “depósito” da fé, com todos os sacramentos, a rica liturgia, a tradição apostólica e patrística, a espiritualidade monástica, o culto dos santos e em particular o da Virgem. Foi essa intensa espiritualidade o fio condutor que uniu a Igreja eslava a Roma.
Josafá sucedeu ao arcebispo de Polozk e foi barbaramente assassinado por um grupo de sectários em Vitebsk, na Bielo-Rússia, em virtude de sua benemérita atuação em favor da unidade com Roma. Foi canonizado por Pio IX em 1867, e o novo calendário litúrgico tornou obrigatória a sua comemoração.
São Josafa Kuncewicz, rogai por nós!
São Josafá é o primeiro representante das Igrejas uniatas a ser elevado às honras dos altares da Igreja de Roma. Um santo ecumênico, venerado como apóstolo da unidade dos cristãos do Oriente.
A Rússia havia sido evangelizada por cristãos de Constantinopla em torno do século X e seguiu a Igreja oriental, aceitando ser dela dependente e, em conseqüência, a separação da Igreja de Roma. Em 1589, com a elevação do metropolita de Moscou à dignidade de patriarca, a Igreja russa tornou-se autônoma.
Quando a Rutênia passou do domínio russo ao polonês, os sacerdotes ortodoxos, entrando em comunhão com Roma, mantiveram os antigos ritos e as tradições da Igreja eslava, denominando-a Igreja uniata.
Neste período histórico se insere a obra pastoral de João Kuncewycz, que na profissão religiosa assumiu o nome de Josafá, o bíblico nome do vale do Cedron. Nascido em Vladimir, na Polônia, foi o primeiro noviço do primeiro mosteiro basiliano uniata de Vilna.
Ordenado sacerdote e eleito arquimandrita e coadjutor do arcebispo de Polozk, empreendeu um ativo trabalho missionário aprendido na escola dos jesuítas. Em razão da extraordinária capacidade de atrair e de converter foi chamado “raptor de almas”. Empenhou-se particularmente em reunir à Santa Sé os cristãos apartados, partindo dos grandes dons comuns deles: o batismo, a palavra escrita, a vida da graça, a fé, a caridade e uma terna devoção à Virgem.
A Igreja russa havia de fato conservado intacto o “depósito” da fé, com todos os sacramentos, a rica liturgia, a tradição apostólica e patrística, a espiritualidade monástica, o culto dos santos e em particular o da Virgem. Foi essa intensa espiritualidade o fio condutor que uniu a Igreja eslava a Roma.
Josafá sucedeu ao arcebispo de Polozk e foi barbaramente assassinado por um grupo de sectários em Vitebsk, na Bielo-Rússia, em virtude de sua benemérita atuação em favor da unidade com Roma. Foi canonizado por Pio IX em 1867, e o novo calendário litúrgico tornou obrigatória a sua comemoração.
São Josafa Kuncewicz, rogai por nós!
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