Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Santo do dia - 23 de fevereiro

São Policarpo de Esmirna
Nascido em uma família cristã da alta burguesia no ano 69, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida nos foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o "Apóstolo da França" e sucessor de Timóteo em Lion. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo foi escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista.

Foi amigo de fé e pessoal de Inácio Antioquia, que esteve em sua casa durante seu trajeto para o martírio romano em 107. Este escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna, antes de morrer, enaltecendo as qualidades do zeloso bispo. No governo do papa Aniceto, Policarpo visitou Roma, representando as igrejas da Ásia para discutirem sobre a mudança da festa da Páscoa, comemorada em dias diferentes no Oriente e Ocidente. Apesar de não chegarem a um acôrdo, se despediram celebrando juntos a liturgia, demonstrando união na fé, que não se abalou pela divergência nas questões disciplinares.

Ao contrário de Inácio, Policarpo não estava interessado em administração eclesiástica, mas em fortalecer a fé do seu rebanho. Ele escreveu várias cartas, porém a única que se preservou até hoje foi a endereçada aos filipenses no ano 110. Nela, Policarpo exaltou a fé em Cristo, a ser confirmada no trabalho diário e na vida dos cristãos. Também citou a Carta de Paulo aos filipenses, o Evangelho, e repetiu as muitas informações que recebera dos apóstolos, especialmente de João. Por isto, a Igreja o considera "Padre Apostólico", como foram classificados os primeiros discípulos dos apóstolos.

Durante a perseguição de Marco Aurélio, Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava, três dias antes de ser preso. Avisou aos amigos que seria morto pelo fogo. Estava em oração quando foi preso e levado ao tribunal. Diante da insistência do pro cônsul Estácio Quadrado para que renegasse a Cristo, Policarpo disse: "Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Foi condenado e ele mesmo subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos". Mas a profecia de Policarpo não se cumpriu: contam os escritos que, mesmo com a fogueira queimando sob ele e à sua volta, o fogo não o atingiu.

Os carrascos foram obrigados a matá-lo à espada, depois quando o seu corpo foi queimado exalou um odor de pão cosido. Os discípulos recolheram o restante de seus ossos que colocaram numa sepultura apropriada. O martírio de Policarpo foi descrito um ano depois de sua morte, em uma carta datada de 23 de fevereiro de 156,enviada pela igreja de Esmirna à igreja de Filomélio. Trata-se do registro mais antigo do martirológio cristão existente.


São Policarpo de Esmirna, rogai por nós!

 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Evangelho do Dia

EVANGELHO COTIDIANO



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

1º Domingo da Quaresma

Evangelho segundo S. Marcos 1,12-15.
Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto.
Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens, e os Anjos serviam-n’O.
Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo:
«Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».

Comentário do dia: São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Sermão XL, 10

A tentação depois do batismo

Se, depois do batismo, fores atacado pelo perseguidor, o tentador da luz, tens material para a vitória. Ele irá certamente atacar-te, já que também atacou o Verbo, o meu Deus, enganado pela aparência humana que lhe escondia a luz incriada. Não tenhas medo do combate. Opõe-lhe a água do batismo, opõe-lhe o Espírito Santo no qual se extinguem todos os dardos inflamados lançados pelo maligno. […]

Se ele te mostrar as necessidades que te oprimem – e não deixou de o fazer com Jesus –, se te lembrar que tens fome, não dês a entender que ignoras as suas propostas. Ensina-lhe o que ele não sabe; opõe-lhe a Palavra de vida, esse verdadeiro Pão enviado do céu e que dá a vida ao mundo.

Se ele te estender a armadilha da vaidade – e usou-a contra Cristo, quando O levou ao pináculo do Templo e Lhe disse: «Deita-Te daqui abaixo», para O fazer manifestar a sua divindade –, toma cuidado para não caíres por teres querido elevar-te. […]

Se te tentar pela ambição, mostrando-te, numa visão instantânea, todos os reinos da terra submetidos ao seu poder, e te exigir que o adores, despreza-o: ele não é mais que um pobre irmão teu. E diz-lhe, confiando no selo divino: «Também eu sou imagem de Deus; ainda não fui, como tu, precipitado do alto da minha glória por causa do meu orgulho! Estou revestido de Cristo; tornei-me outro Cristo pelo meu batismo; cabe-te a ti adorares-me.» Tenho a certeza que ele se irá embora, vencido e humilhado por estas palavras. Vindas de um homem iluminado por Cristo, serão sentidas por ele como se emanadas de Cristo, a luz suprema. Estes são os benefícios que a água do baptismo traz aos que reconhecem a sua força.


Cátedra de São Pedro

Festa da Cátedra de São Pedro


Cátedra de São Pedro
O primado de Pedro
É com alegria que hoje nós queremos conhecer um pouco mais a riqueza do significado da cátedra, do assento, da cadeira de São Pedro que se encontra na Itália, no Vaticano, na Basílica de São Pedro. Embora a Sé Episcopal seja na Basílica de São João de Latrão, a catedral de todas as catedrais, a cátedra com toda a sua riqueza, todo seu simbolismo se encontra na Basílica de São Pedro.
 
Fundamenta-se na Sagrada Escritura a autoridade do nosso Papa: encontramos no Evangelho de São Mateus no capítulo 6, essa pergunta que Jesus fez aos apóstolos e continua a fazer a cada um de nós: “E vós, quem dizei que eu sou?” São Pedro, em nome dos apóstolos, pode assim afirmar: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus então lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi nem a carne, nem o sangue que te revelou isso, mas meu Pai que está no céus, e eu te declaro: Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; eu te darei a chave dos céus tudo que será ligado na terra serás ligado no céu e tudo que desligares na terra, serás desligado nos céus”.

Logo, o fundador e o fundamento, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Crucificado que ressuscitou, a Verdade encarnada, foi Ele quem escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo Espírito Santo com o carisma chamado da infalibilidade. Esse carisma bebe da realidade da própria Igreja porque a Igreja é infalível, uma vez que a alma da Igreja é o Espírito Santo, Espírito da verdade.

Enfim, em matéria de fé e de moral a Igreja é infalível e o Papa portando esse carisma da infalibilidade ensina a verdade fundamentada na Sagrada Escritura, na Sagrada Tradição e a serviço como Pastor e Mestre.

De fato, o Papa está a serviço da Verdade, por isso, ao venerarmos e reconhecermos o valor da Cátedra de São Pedro, nós temos que olhar para esses fundamentos todos. Não é autoritarismo, é autoridade que vem do Alto, é referência no mundo onde o relativismo está crescendo, onde muitos não sabem mais onde está a Verdade.

Nós olhamos para Cristo, para a Sagrada Escritura, para São Pedro, para este Pastor e Mestre universal da Igreja, então temos a segurança que Deus quer nos dar para alcançarmos a Salvação e espalharmos a Salvação.

Essa vocação é do Papa, dos Bispos, dos Presbíteros, mas também de todo cristão.

São Pedro, rogai por nós!

22 de fevereiro - Santo do dia

Santa Margarida de Cortona
 A penitência marcou a vida de Margarida que nasceu em 1247, em Alviano, Itália. Foi por causa de sua juventude, período em que experimentou todos os prazeres de uma vida voltada para as diversões mais irresponsáveis.

Margarida ficou órfã de mãe, quando ainda era muito criança. O pai se casou de novo e a pequena menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. Sem apoio familiar, ela cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e prazeres. No início da adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e passou a desfrutar de sua fortuna e das diversões mundanas.

Um dia, porém, o homem foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi assassinado. Margarida só descobriu o corpo, alguns dias depois, levada misteriosamente até ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na viagem. Naquele momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a inutilidade da vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia passar o resto da vida na penitência.

Para mostrar publicamente sua mudança de vida, compareceu à missa com uma corda amarrada ao pescoço e pediu desculpas a todos pelos excessos da sua vida passada. Só que essa atitude encheu sua madrasta de inveja, que fez com que ela fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu muito com isso e chegou a pensar em retomar sua vida de luxuria e riqueza. No entanto, com firmeza conseguiu se manter dentro da decisão religiosa, procurando os franciscanos de Cortona e conseguindo ser aceita na Ordem Terceira.

Para ser definitivamente incorporada à Ordem teria que passar por três anos de provação. Foi nesta época que ela se infligiu as mais severas penitências, que foram vistas como extravagantes, relatadas nos antigos escritos, onde se lê também que a atitude foi tomada para evitar as tentações do demônio. Seus superiores passaram a orienta-la e isso a impediu de cometer excessos nas penitências.

Aos vinte e três anos Margarida de Cortona, como passou a ser chamada, foi premiada com várias experiências de religiosidade que foram presenciadas e comprovadas pelos seus orientadores espirituais franciscanos. Recebeu visitas do anjo da guarda, teve visões, revelações e mesmo aparições de Jesus, com quem conversava com freqüência durante suas orações contemplativas.

Ela percebeu que o momento de sua morte se aproximava e foi ao encontro de Jesus serenamente, no dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida de Cortona foi canonizada pelo Papa Bento XIII em 1728 e o dia de sua morte indicado para a sua veneração litúrgica.


Santa Margarida de Cortona, rogai por nós!
 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Santo do dia - 21 de fevereiro

São Pedro Damião
Pedro nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de forma improvisada pelos irmãos que eram em grande número. Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho por seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua e depois de ter ensinado em Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte Avelana, na Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro, em retribuição à seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar sacerdote.

Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência.

Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa e como viveu toda sua existência terrena.

Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago, que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam contra a disciplina exigida deles, principalmente com relação ao celibato.

A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado à Santa Se para auxiliar nesses combates. Esteve ao lado de seis papas, como viajante da paz, e em particular colaborou com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa Gregório VII.

Pedro Damião após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, se tornou cardeal e foi designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de paz.

A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII declarou Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.



São Pedro Damião, rogai por nós!
 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Beatos Francisco e Jacinta - Irmãos videntes de Fátima

Os jovens receberam as mensagens de Nossa Senhora de Fátima e souberam viver suas dores, oferecendo tudo a Virgem
No ano de 1908, nasceu Francisco Marto. Em 1910, Jacinta Marto. Filhos de Olímpia de Jesus e Manuel Marto. Eles pertenciam a uma grande família; e eram os mais novos de nove irmãos. A partir da primavera de 1916, a vida dos jovens santos portugueses sofreria uma grande transformação: as diversas aparições do Anjo de Portugal (o Anjo da Paz) na “Loca do Cabeço” e, depois, na “Cova da Iria”. A partir de 13 de maio de 1917, Nossa Senhora apareceria por 6 vezes a eles.

O mistério da Santíssima Trindade, a Adoração ao Santíssimo Sacramento, a intercessão, o coração de Jesus e de Maria, a conversão, a penitência… Tudo isso e muito mais foi revelado a eles pelo Anjo e também por Nossa Senhora, a Virgem do Rosário. Na segunda aparição, no mês de junho, Lúcia (prima de Jacinta e Francisco) fez um pedido a Virgem do Rosário: que ela levasse os três para o Céu. Nossa Senhora respondeu-lhe: “Sim, mas Jacinta e Francisco levarei em breve”. Os bem-aventurados vivenciaram e comunicaram a mensagem de Fátima. Esse fato não demorou muito. Em 4 de abril de 1919, Francisco, atingido pela grave gripe espanhola, foi uma das primeiras vítimas em Aljustrel. Suas últimas palavras foram: “Sofro para consolar Nosso Senhor. Daqui, vou para o céu”.

Jacinta Marto, modelo de amor que acolhe, acolheu a dor na grave enfermidade, tendo até mesmo que fazer uma cirurgia sem anestesia. Tudo aceitou e ofereceu, como Nossa Senhora havia lhe ensinado, por amor a Jesus, pela conversão dos pecadores e em reparação aos ultrajes cometidos contra o coração imaculado da Virgem Maria. Por conta da mesma enfermidade que atingira Francisco, em 20 de fevereiro de 1920, ela partiu para a Glória. No dia 13 de maio do ano 2000, o Papa João Paulo II esteve em Fátima, e do ‘Altar do Mundo’ beatificou Francisco e Jacinta, os mais jovens beatos cristãos não-mártires. 

Beatos Francisco e Jacinta, rogai por nós!

Santo do dia - 20 de fevereiro

Santo Eleutério
 Eleutério nasceu no ano de 456 na cidade de Tournai, França. São Gregório de Tours, que foi um dos primeiros historiadores da Igreja da França, narrou que na infância enquanto Eleutério brincava com os amiguinhos, um deles lhe disse que iria chegar a ser um bispo. Não foi um aviso profético. Certamente foi um gracejo maldoso, pois na sua época, as responsabilidades desta função geralmente incluíam ameaças de morte.

Ele viveu num período conturbado da história da França, que ainda estava sendo evangelizada, e sentia o domínio dos povos do norte europeu. Foi alvo de sucessivas invasões, ora dos visigodos ora dos burgundis, ainda não pagãos, que só obedeciam à força militar, identificada na pessoa do rei ou dos generais. Assim, tornou-se, em parte, um território dos Francos, cujo rei era Clodoveo, ainda pagão.

Eleutério seguiu a carreira eclesiástica, desenvolvendo sua ação pastoral neste campo.
Chegou de fato a ser eleito bispo, o primeiro da diocese de Tournai, da qual foi o desbravador, que com imenso sacrifício, mas vencendo as dificuldades, fixou as bases para a futura grandeza daquela diocese. Somou-se ao incessante esforço da Igreja da França pela conversão dos povos recém-migrados, começando com o rei Clodoveo e a rainha Clotilde, que ele conseguiu converter com ajuda do amigo, também santo, bispo Remígio, de Reims.

Naquela época, era muito difícil organizar uma diocese com estruturas mínimas de clero, igrejas, centro de evangelização. O trabalho mais árduo era criar o espírito pacífico entre os habitantes da região, que viveram grande parte do tempo em confrontos por um pedaço de terra onde sobreviver. Além disto, havia a complicada questão das conversões em massa, que se desencadeava a partir da conversão do rei. Confundindo nação com religião, a maioria da população queria se converter também. Deste modo, as conversões não eram bem feitas, a maioria era puramente exterior, ou apenas uma questão de política, não modificavam o interior das pessoas.

Mas, o bispo Eleutério conseguiu com poucos padres e monges, fazer uma evangelização sólida e bem feita, durante os dez anos que dirigiu aquela Igreja. Foi um verdadeiro operário de Cristo, tenaz, zeloso, enérgico, vigilante contra as heresias e bondoso na tarefa de conversão dos pagãos. Mesmo assim, Eleutério foi vítima de uma conspiração, morrendo como mártir em 531, na sua querida Tournai.

Os restos mortais deste humilde bispo, foram guardados numa urna na Catedral de Tournai e o local se tornou meta de peregrinação. A cidade de Tournai esta situada hoje na Bélgica e se destaca como uma das maiores dioceses do mundo. A igreja canonizou Santo Eleutério designando o dia 20 de fevereiro para a sua festa, data em que a Catedral foi dedicada à ele. 


Santo Eleutério, rogai por nós!


Santo Euquério
 O bispo francês Euquério foi um grande defensor da Igreja em seu tempo. Defensor não só de seus conceitos e dogmas, mas também dos seus bens, que tanto atraíam os poderosos.

Euquério nasceu em Orleans, na França, e recebeu disciplina e educação cristã desde o berço. Assim que a idade o permitiu, entrou para o mosteiro de Lumièges, às margens do rio Sena. Seus sete anos de atuação ali foram marcados pela autopenitência que, de tão severa, chegava a lembrar os monges eremitas do Oriente. Esse período fez dele o candidato natural à sucessão do bispo de sua cidade natal. Humilde, Euquério tentou recusar, mas foram tantos os pedidos de seus irmãos de hábito e do povo em geral, que acabou aceitando.

Seu bispado foi marcado pelo respeito às tradições e à disciplina. Euquério chegou a enfrentar o rei francês Carlos Martel, que pretendia se apossar de bens da Igreja, dirigindo-lhe censuras graves, como faria a qualquer outra ovelha de seu rebanho, se fosse necessário. O rei, apesar de precisar dos bens para aumentar as finanças e continuar a guerra contra os sarracenos muçulmanos, deixou de lado sua intenção. Entretanto, tramou a transferência do bispo, para afastá-lo de sua querida cidade de Órleans.

Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, aonde também conquistou o respeito e o carinho do povo e do clero. Então o vingativo rei conseguiu que fosse mandado para mais longe, Liège. Ele viveu seis anos no exílio e passou seus últimos dias no convento de São Trondom. O bispo Euquério morreu no dia 20 de fevereiro de 738 e suas relíquias permaneceram guardadas na igreja desse convento, na diocese de Mastrichiti. O seu culto se perpetua pela devoção dos fiéis tanto na França, quanto na Alemanha e em todo o mundo cristão. Sua festa litúrgica se dá no dia de sua morte.



Santo Euquério, rogai por nós!


Santo Ulrico
 
Ulrico Nasceu em Bristol, Inglaterra. Sabemos muito pouco a respeito de sua vida. Inicialmente Ulrico estava entregue aos vícios da nobreza inglesa. Muitos sacerdotes não observavam as normas da Igreja. Certa vez, Ulrico foi abordado por um mendigo. Este o advertiu a respeito de seus atos e da decadência dos costumes daquela época. Ulrico reconheceu envergonhado a verdade nas palavras daquele mendigo.

Resolveu juntar-se a um grupo de padres que viviam disciplinadamente, trabalhando na agricultura e na indústria de lã. Eles trabalhavam, estudavam e pregavam o evangelho, distanciando-se da vida mundana. Ulrico desaparece das festas e penitencia seu corpo, vestindo uma malha de ferro sobre a pele nua. Passa a celebrar missas, pregar apaixonadamente, trabalhar pela Igreja e copiar livros. Enfim, ele havia reencontrado o caminho que o levaria de volta a Deus.

O padre Ulrico ficou muito conhecido entre os pobres e humildes, tornando-se um dos poucos que os escutavam. Tornou-se a voz dos pobres, pregando a esperança. Alguns diziam que ele tinha o dom da profecia e o próprio rei Henrique II fora visitá-lo a fim de ouvir seus conselhos.

O sacerdote Ulrico viveu os últimos anos de sua vida numa pequena cela na Igreja de Haselbury. Tinha conquistado a fama de um homem santo e gente de todo o país vinha em peregrinação para vê-lo e ouví-lo. Quando da sua morte, aos 20 de fevereiro de 1154, uma grande comoção tomou conta do povo humilde que o amava. Sua cela tornou-se sacristia da Igreja de Haselbury.


Santo Ulrico, rogai por nós!
 

 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Santo do dia - 19 de fevereiro

São Conrado
 São Conrado Confalonieri de Placência terceiro franciscano (1290-1354). De início a vida desse santo não foi consonante com o ideal franciscano de amor por todas as criaturas — inclusive as voadoras. Nobre, afeito aos torneios e às armas, era um soldado aventureiro que, entre uma e outra batalha, gostava de caçar lebre e javali na região.

Certo dia, para emboscar a presa, não hesitou em provocar um incêndio num bosque inteiro e com isso queimou as colheitas dos campos vizinhos. O governador de Placência (cidade natal do irresponsável caçador), para acalmar a ira dos camponeses, condenou à morte o primeiro infeliz que encontrou nas imediações do bosque.


Nessa ocasião, Conrado mostrou o melhor lado de sua natureza: apresentou-se espontaneamente ao governador para confessar sua culpa. Declarou-se disposto a ressarcir os danos; vendeu todos os seus haveres e ficou reduzido à pobreza.
Daí até a vida de pobreza franciscana o caminho foi curto; para concretizá-lo, contou com a colaboração da esposa Eufrosina, que o deixou livre para seguir a nova vocação franciscana, tornando-se ela também irmã clarissa.


Mas mesmo sob a cinzenta túnica franciscana palpitava o coração do aventureiro. Pôs-se a caminho — desta vez com o bastão de peregrino em lugar da espada — e, de santuário em santuário, acampou no estreito de Messina. Ao alcançar a ilha, dirigiu-se mais ao sul, entre as terras áridas de Catânia e Siracusa. Uma pausa em Ávola, depois em Noto, onde parecia duradouramente estabelecido numa cela, próximo à igreja de São Miguel.


A solidão durou pouco, porque a fama de sua santidade foi atraindo à sua cela os primeiros devotos. Por isso, procurou refúgio na gruta de Pizzonis, fora da cidade — “gruta de são Currau”, como é chamada até hoje —, onde pôde viver e morrer na solidão e na pobreza, como desejara.


Os moradores da região, entretanto, quiseram honrar o “santo que veio do continente” e sepultaram seus despojos na bela igreja de São Nicolau. 


São Conrado, rogai por nós!


São Gabino
 Gabino nasceu na Dalmácia, atual Bósnia , numa família da nobreza romana cristã, radicada naquele território. Na idade adulta, ele foi viver em Roma com a intenção de se aproximar da Igreja, mesmo sabendo dos sérios riscos que correria. Nesta cidade, ele se tornou senador e se casou. Com a morte da esposa, Gabino decidiu ser padre. Transformou sua casa numa igreja, consagrou a jovem filha Suzana, à Cristo, e a educou com a ajuda do irmão Caio, que já era sacerdote. Juntos, eles exerciam o apostolado em paz, convertendo pagãos, ministrando a comunhão e executando a santa missa, enfim fortificando a Igreja neste período de trégua das perseguições.

Segundo os registros encontrados, Gabino e os familiares, eram aparentados do imperador Diocleciano. Assim, quando o soberano desejou ter a filha de Gabino como nora, não conseguiu. Enviou até mesmo um emissário para convencer a jovem, que não cedeu, decidida a se manter fiel à Cristo, sendo apoiada pelo pai e o tio Caio, que fora eleito papa, em 283. O imperador ficou mais irritado do que já estava, devido as tensões que circundavam o Império Romano em crescente decadência. Decretou a perseguição mais severa registrada na História do Cristianismo, apontado como causador de todos os males. O parentesco com o soberano de nada serviu, pois o final foi trágico para todos.

Quando começou esta perseguição, verificamos pelos registros encontrados que o padre Gabino, não mediu esforços para consolar e amparar os cristãos escondidos. Enfrentou com serenidade o perigo, andando quilômetros e quilômetros a pé, indo de casa em casa, de templo em templo, animando e preparando, os fiéis para o terrível sacrifício que os aguardava. Montanhas, vales, rios, florestas, nada o impedia nesta caminhada para animar os aflitos. Foram várias as missas rezadas por ele em catacumbas ou cavernas secretas, onde ministrava a comunhão aos que seriam martirizados. Finalmente foi preso, junto com a filha, que também foi sacrificada.

Gabino foi torturado, julgado e como não renegou a fé, foi condenado à morte por decapitação. Antes da execução, o mantiveram preso numa minúscula cela sem luz, onde passou fome, sede e frio, durante seis meses, quando foi degolado em 19 de fevereiro de 296, em Roma.

Ele não foi um simples padre, mas sim, um marco da fé e um símbolo do cristianismo. No século V, sua antiga casa, que havia sido uma igreja secreta, tornou-se uma grande basílica. Em 738, o seu culto foi confirmado durante a cerimônia de traslado das relíquias de São Gabino, para a cripta do altar principal desta basílica, onde repousam ao lado das de sua santa filha.

No século XV, a basílica foi inteiramente reformada pelo grande artista e arquiteto Bernini, sendo considerada atualmente uma das mais belas existentes na cidade do Vaticano. A sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.


São Gabino, rogai por nós!