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sexta-feira, 21 de maio de 2021

101º aniversão de São JOÃO PAULO II - Um discípulo da liberdade - Ana Paula Henkel

Papa João Paulo II - Santo Domingo, 1979
Papa João Paulo II - Santo Domingo, 1979 | Foto: Winston Vargas 
 
Antes da 1ª Guerra Mundial, o território polonês foi dividido entre os impérios alemão, russo e austro-húngaro. Essas potências, juntamente com França e Grã-Bretanha, lutavam pelo domínio do continente. Embora a Polônia não existisse como Estado independente, sua posição geográfica e suas terras entre as potências em combate foram testemunhas de muitas batalhas e terríveis perdas humanas e materiais entre 1914 e 1918. No rescaldo da guerra, após o colapso dos impérios, a Polônia se tornou uma República independente.

No país ainda devastado, a jovem Emilia Kaczorowska descobre que está grávida e é aconselhada a abortar. Se prosseguisse com a gravidez, poderia perder a própria vida. “Sua gestação está seriamente em risco e não há possibilidade de concluí-la, nem de você ter um filho saudável”, disse um dos melhores médicos da região onde morava. Além do quadro clínico complexo, Emilia estava em uma nação ameaçada por instabilidades, conflitos armados e invasões. De modo que o aborto parecia mesmo uma solução plausível. Apoiada pelo marido, a jovem aceitou o risco e decidiu ter o bebê, ainda que lhe custasse a vida. Em 18 de maio de 1920, na cidade de Wadowice, após meses de angústia e uma gravidez delicada, nasceu Karol Józef Wojtyla.

Como toda criança, Karol adorava praticar esportes como futebol e esqui. Ainda na adolescência, desenvolveu o gosto pelas artes. Como ator e dramaturgo, chegou a participar de diferentes grupos teatrais. Sua paixão pelo palco era profundamente ligada ao desejo de manter vivas a cultura e as tradições polonesas.

Em 1939, com a invasão alemã da Polônia na 2ª Guerra Mundial, a universidade na qual o jovem Karol estudava foi fechada, e ele, obrigado a se alistar no serviço militar e trabalhar em uma mina de calcário. Aos 20 anos, já não tinha por perto mais nenhum membro da família. Todos estavam mortos. Nos anos seguintes, interessado na vida sacerdotal, o jovem polonês se dedica aos estudos de forma clandestina, absolutamente secreta e escondida dos alemães. Em janeiro de 1945, as tropas nazistas deixam a cidade e a vida no seminário volta ao normal. A ordenação sacerdotal de Karol Wojtyla acontece no ano seguinte, em 1º de novembro de 1946.

E aqui começa uma nova história para o jovem polonês e para o mundo. Em 1958, então com 38 anos, Karol Wojtyla é ordenado bispo auxiliar de Cracóvia. Nove anos depois, é nomeado cardeal pelo papa Paulo VI. Após onze anos de intenso trabalho e defesa da fé como cardeal, a Igreja o escolhe para uma nova missão. Ele é eleito papa pelo segundo conclave papal de 1978 — convocado após a morte precoce de João Paulo I, que liderou a Igreja Católica por apenas 33 dias, depois de suceder a Paulo VI. Os sinos da Basílica de São Pedro, no Vaticano, anunciavam que Karol Wojtyla, agora João Paulo II, era o novo pontífice.

Os católicos amam o papa João Paulo II por sua santidade, como demonstrado, entre outras formas, por seu evangelismo pregado na premissa do amor ao próximo e pela longa resistência no papado, apesar de sua doença. Para historiadores seculares, no entanto, nenhuma das realizações do santo papa, beatificado em 2011 e canonizado em 2014, parece maior do que seu papel no final da Guerra Fria e na queda do comunismo soviético.

Em 9 de novembro de 1989 caía o Muro de Berlim, sinalizando o absoluto colapso do comunismo na Europa Oriental. Foi um momento lembrado vividamente por aqueles que atravessaram a devastação e os horrores do regime. Porém, poucos se lembram do evento crucial alguns meses antes, em junho de 1989, quando a Polônia finalmente realizou eleições livres e justas. Os comunistas não conquistaram um único assento no Parlamento. Com os resultados impressionantes do pleito, todo o bloco do leste foi destruído, com destroços espalhados até a base do Muro de Berlim. A Polônia havia se tornado um pavio aceso nos fundamentos da Cortina de Ferro.

Uma pessoa que não se surpreendeu com o catalisador das eleições polonesas foi o primeiro papa polonês da Igreja, seu primeiro papa eslavo e seu primeiro papa não italiano em 455 anos. Uma década antes daquelas eleições históricas, quando questionado sobre qual país queria visitar primeiro, João Paulo II não hesitou na resposta. Planejou ansiosamente um retorno triunfante à sua pátria. As autoridades comunistas também planejaram a viagem. Esconderam do mundo os detalhes da santa visita ao país tomado pelos marxistas, numa vã tentativa de parar o que parecia ser inevitável.

A recepção ao papa foi colossal. Um milhão de pessoas entoavam nas ruas da capital polonesa: “QUEREMOS DEUS! QUEREMOS DEUS!”. A Polônia mostrava ao mundo que não se entregaria aos comunistas. A Praça da Vitória em Varsóvia era, até ali, conhecida como um símbolo de resistência ao totalitarismo da 2ª Guerra Mundial. Na visita de João Paulo II, tornou-se símbolo de resistência ao totalitarismo da Guerra Fria.

Foi durante sua homilia, escrita pelo papa à mão e que ele sabia de cor, que o filho polonês entregou uma mensagem não apenas para os católicos ou para os cristãos em geral. A mensagem também atingia os comunistas ateus que fecharam as portas do diálogo, das fronteiras, dos sistemas econômicos, das culturas e civilizações sob seu controle: o poder salvador da fé cristã fará seu sistema colapsar. E isso foi apenas o início de uma avalanche contra o mundo comunista. A declaração mais significativa na homilia, a afirmação política mais forte do pontífice em todos os nove dias no país, onde 13 milhões de pessoas o seguiram, era categórica: “Não pode haver Europa justa sem a independência da Polônia marcada em seu mapa!”. 

Ele nos mostrou que acima de crenças e ideologias está a defesa inviolável da liberdade  Foi um tiro ouvido em Moscou. Nada mais precisava ser dito. O Kremlin sabia, e os poloneses também, que era uma declaração significativa. Ali estava uma voz que não devia — e não podia — ser suprimida. Ali estava uma voz que não tinha medo; como nas palavras da frase que ele usou em inúmeros e inesquecíveis discursos e que se tornaram uma de suas marcas registradas: Non abbiate paura!”. Não tenham medo.

Após a visita de 1979, era impossível para a Polônia permanecer a mesma. No ano seguinte, o sindicato Solidariedade foi fundado no estaleiro de Gdansk,  espalhando-se por todo o país e reunindo mais 10 milhões de membros, um terço da força de trabalho local. Historiadores acreditam ser seguro afirmar que o Solidariedade foi o maior movimento de protesto não violento da História. Mesmo que os não crentes fossem proeminentes na liderança do sindicato, sua natureza católica e cristã era inconfundível. Os trabalhadores em greve não queriam apenas ganhos materiais ou políticos. Cobravam que o governo respeitasse sua dignidade e os direitos dados por Deus. Durante os protestos do Solidariedade, os trabalhadores rezavam e os padres celebravam missas. Imagens de João Paulo II e da Virgem Negra de Czestochowa eram carregadas por todo o país.

Os comunistas temiam o pavio da liberdade e fé que João Paulo II acendia por onde passava. Em 1981, enquanto cumprimentava os fiéis diante das câmeras de TV na Praça de São Pedro, o papa foi baleado por Mehmet Ali Agca, um agente búlgaro. O assassino treinado esperou o dia todo por sua chance. Usando arma semiautomática, disparou quatro tiros à queima-roupa, atingindo o papa na mão e no abdômen. O pontífice desabou nos braços de seus assessores, enquanto fiéis agarraram o autor dos disparos, impedindo uma tentativa de fuga. O médico responsável pela cirurgia de João Paulo II disse que a bala que cortou o abdômen não atingiu sua veia abdominal principal por 5 ou 6 milímetros. Se aquela veia tivesse sido cortada, o papa teria sangrado até a morte em cinco minutos. Em 1983, João Paulo II visitou Ali Agca na prisão para perdoá-lo. (Dê uma chegadinha ali no YouTube e assista às fortes imagens do atentado, mas também do perdão e amor ao próximo de uma maneira poucas vezes vista na humanidade.)

Foi também em 1983 que o papa visitou a Polônia pela segunda vez, logo depois que o governo local impôs a lei marcial para suprimir o movimento pela democracia. O papa se reuniu com o general Wojciech Jaruzelski e pediu a outros países que suspendessem as sanções econômicas. Ele também defendeu publicamente os sindicatos independentes como porta-vozes da luta por justiça social. Nos anos seguintes, o papa continuou a encorajar o movimento pela democracia com discursos semanais no rádio em polonês. Em 1989, num contexto de movimentos de abertura do líder soviético Mikhail Gorbachev, o governo polonês concordou com a realização de uma mesa-redonda de negociações com representantes do Solidariedade e da Igreja Católica.

Como resultado dessas negociações, as eleições de junho de 1989 levaram à formação de um novo governo, liderado por um primeiro-ministro não comunista. Em poucos meses, o Muro de Berlim caiu e os regimes comunistas ruíram na então Checoslováquia e na Romênia. A busca pela independência de outros Estados do bloco soviético e nas repúblicas sob controle do Kremlin finalmente levou ao fim da União Soviética, em 1991.

“Tudo o que aconteceu na Europa Oriental nestes últimos anos”, escreveu Gorbachev em 1992, “teria sido impossível sem a presença desse papa e sem o importante papel, incluindo o papel político, que ele desempenhou no cenário mundial.”

Não dá para descrever o legado de Karol Wojtyla em apenas um artigo. Há incontáveis vertentes a ser abordadas, como sua amizade com o presidente norte-americano Ronald Reagan e com a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, relacionamento que foi estratégico para o fim da Guerra Fria e a queda do Muro de Berlim. Como um líder religioso, o papa levou multidões a professar a fé cristã por todo o mundo, abalando as bases ateístas do comunismo. João Paulo II foi muito mais que um papa. O bebê que quase não nasceu, e depois arriscou a própria vida, viajou o mundo inteiro, estabeleceu diálogo com outras religiões e chefes de Estado. Ele nos mostrou que acima de crenças e ideologias está a defesa inviolável da liberdade.

Com a alma forjada na severidade de reais conflitos, São João Paulo II foi excepcionalmente preparado para enfrentar o comunismo. A Polônia perdeu a 2ª Guerra Mundial duas vezes, primeiro para os nazistas e depois para os comunistas. Quando menino, Karol Wojtyła viveu sob a opressão de ambos. Muito antes de se tornar papa, havia concluído que o conflito com o comunismo era, em última análise, um conflito no reino espiritual.

Para nós, que vivemos em tempos estranhos, com ordens executivas draconianas e projetos de tirania espalhados pelo mundo sob um falso manto de bondade e preocupação em meio a uma pandemia, a mensagem ressoa insistentemente, como os sinos da Basílica de São Pedro ao anunciar um novo papa: non abbiate paura.

Leia também “Estado laico, sim. Mas não antirreligioso”

Transcrito  Revista Oeste - Nossos agradecimentos

 

sábado, 11 de março de 2017

Algumas orientações básicas sobre a EUCARISTIA

Tendo em vista a importância da celebração dos Sacramentos, a Santa Sé tem a Sagrada CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS, que regula como cada sacramento deve ser celebrado publicou a importantíssima Instrução “REDEMPTIONIS SACRAMENTUM”, aprovada pelo Papa João Paulo II, em 25 de março de 2004, sobre algumas coisas que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia. 

Separei aqui alguns itens iniciais; mas o importante é ler toda a Instrução: [4.] Não há dúvida de que a reforma litúrgica do Concílio tem tido grandes vantagens para uma participação mais consciente, ativa e frutuosa dos fiéis no santo Sacrifício do altar». [João Paulo II, Carta Encíclica, Ecclesia de Eucharistia – EE n. 10]. Certamente, «não faltam sombras» [Sacrosanctum Concilium – SC, n. 48]. Assim, não se pode calar ante aos abusos, inclusive gravíssimos, contra a natureza da Liturgia e dos sacramentos, também contra a tradição e autoridade da Igreja, abusos que em nossos tempos, não raramente, prejudicam as Celebrações litúrgicas em diversos âmbitos eclesiais. Em alguns lugares, os abusos litúrgicos se têm convertido em um costume, no qual não se pode admitir e se deve terminar.

5.] A observância das normas que têm sido promulgadas pela autoridade da Igreja, exige que concordem entre si pensamento e a voz, ações externas e a intenção do coração. A mera observância externa das normas, como resultado evidente, contraria a essência da sagrada Liturgia, com a que Cristo quer congregar a sua Igreja, e com ela formar «um só corpo e um só espírito». [1 Cor 12, 12-13; Ef 4, 4]. Por isto, a ação externa deve estar iluminada pela fé e a caridade, que nos unem com Cristo e nos unem aos outros, e suscitam nos outros a caridade com os pobres e necessitados. As palavras e os ritos litúrgicos são expressão fiel, amadurecida ao longo dos séculos, dos sentimentos de Cristo, nos ensinando a ter os mesmos sentimentos que Ele; [Fil 2,5] conformando nosso pensamento com suas palavras, elevamos ao Senhor nosso coração. Quando se fala nesta Instrução, intenciona-se conduzir a esta conformação de nossos sentimentos com os sentimentos de Cristo, expressados nas palavras e ritos da Liturgia.

[6.] Os abusos, sem dúvida, «contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica sobre este admirável Sacramento» [EE,10]. De esta forma, também se impede que possam «os fiéis reviver de algum modo a experiência dos discípulos de Emaús: Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram» [EE,6]. Convém que todos os fiéis tenham e revivam aqueles sentimentos que receberam pela paixão salvadora do Filho Unigênito, que manifesta a majestade de Deus, já que estão ante à força, à divindade e ao esplendor da bondade de Deus [Cf. Rom 1, 20], especialmente presente no sacramento da Eucaristia [Lc 24, 31].


[7.] Não é estranho que os abusos tenham sua origem em um falso conceito de liberdade. Posto que Deus nos tem concedido, em Cristo, não uma falsa liberdade para fazer o que queremos, mas sim a liberdade para que possamos realizar o que é digno e justo. [Cf. João Paulo II, Carta Encíclica, Veritatis splendor – VE, n. 35]. Isto é válido não só para os preceitos que provém diretamente de Deus, mas sim também, de acordo com a valorização conveniente de cada norma, para as leis promulgadas pela Igreja. Por isso, todos devem se ajustar às disposições estabelecidas pela legítima autoridade eclesiástica.


[8.] Além disso, constata-se, com grande tristeza, a existência de «iniciativas ecumênicas que, ainda sendo generosas em seu intenção, transgridem com práticas eucarísticas contrárias à disciplina com a qual a Igreja expressa sua fé». Sem dúvida, «a Eucaristia é o um dom demasiado grande para admitir ambiguidades e reduções». Por isso, convém corrigir algumas coisas e defini-las com precisão, para que também com isto «a Eucaristia siga resplandecendo com todo o esplendor de seu mistério» [EE,10].


[9.] Finalmente, os abusos se fundamentam com frequência na ignorância, já que quase sempre se rejeita aquilo que não se compreende seu sentido mais profundo e sua Antiguidade. Por isso, enraizadas na Sagrada Escritura, «as preces, orações e hinos litúrgicos estão penetrados em seu espírito e dela recebem seu significado nas ações e sinais» [SC n. 24]. No que se refere aos sinais visíveis, «usados na sagrada Liturgia e que foram eleitos por Cristo ou pela Igreja para significar as realidades divinas invisíveis» [Idem 23]. Justamente, a estrutura e a forma das Celebrações sagradas de acordo com cada um dos Ritos, seja da tradição do Oriente seja da Ocidente, concordam com a Igreja Universal e com os costumes universalmente aceitos pela constante tradição apostólica [Instr., Varietates legitimae – VL, n. 26], que a Igreja entrega, com solicitude e fidelidade, às gerações futuras. Tudo isto é sabiamente guardado e protegido pelas normas litúrgicas.








[10.] A mesma Igreja não tem nenhum poderio sobre aquilo que tem sido estabelecido por Cristo, e que constitui a parte imutável da Liturgia [S C, n. 21]. Posto que, caso seja rompido este vínculo que os sacramentos têm com o mesmo Cristo que os tem instituído e com os acontecimentos que a Igreja tem sido fundada [Instr., Varietates legitimae, n. 25] nada seria vantajoso aos fiéis, mas sim poderia ser gravemente danoso. De fato, a sagrada Liturgia está estreitamente ligada com os princípios doutrinais [Cf. Pio XII, Carta Encíclica, Mediator Dei], por que o uso de textos e ritos que não têm sido aprovados leva a uma diminuição ou desaparecimento do nexo necessário entre a lex orandi e a lex credendi.[ID]


[11.] O Mistério da Eucaristia é demasiado grande «para que alguém possa permitir tratá-lo ao seu arbítrio pessoal, pois não respeitaria nem seu caráter sagrado, nem sua dimensão universal»[EE,52]. Quem age contra isto, cedendo às suas próprias inspirações, embora seja sacerdote, atenta contra a unidade substancial do Rito romano, que se deve cuidar com decisão [SC nn. 4, 38], e realiza ações que, de nenhum modo, correspondem com a fome e a sede do Deus Vivo, que o povo de nossos tempos experimenta, nem a um autêntico zelo pastoral, nem serve à adequada renovação litúrgica, mas sim defrauda o patrimônio e a herança dos fiéis com atos arbitrários que não beneficiam a verdadeira renovação [Cf. 

João Paulo II, Ecclesia in Europa, n. 72], e sim lesionam o verdadeiro direito dos fiéis à ação litúrgica, à expressão da vida da Igreja, de acordo com sua tradição e disciplina. Além disso, introduzem na mesma celebração da Eucaristia elementos de discórdia e de deformação, quando ela tem, por sua própria natureza e de forma eminente, de significar e de realizar admiravelmente a Comunhão com a vida divina e a unidade do povo de Deus [EE,23]. Estes atos arbitrários causam incerteza na doutrina, dúvida e escândalo para o povo de Deus e, quase inevitavelmente, uma violenta repugnância que confunde e aflige com força a muitos fiéis em nossos tempos, em que freqüentemente a vida cristã sofre o ambiente, muito difícil, da «secularização» [ID].


[12.] Por outra parte, todos os fiéis cristãos gozam do direito de celebrar uma liturgia verdadeira, especialmente a celebração da santa Missa, que seja tal como a Igreja tem querido e estabelecido, como está prescrito nos livros litúrgicos e nas outras leis e normas. Além disso, o povo católico tem direito a que se celebre por ele, de forma íntegra, o santo Sacrifício da Missa, conforme toda a essência do Magistério da Igreja. Finalmente, a comunidade católica tem direito a que de tal modo se realize para ela a celebração da Santíssima Eucaristia, que apareça verdadeiramente como sacramento de unidade, excluindo absolutamente todos os defeitos e gestos que possam manifestar divisões e facções na Igreja [1 Cor 11, 17-34; EE [33]. 

[13.] Todas as normas e recomendações expostas nesta Instrução, de diversas maneiras, estão em conexão com o ofício da Igreja, a quem corresponde velar pela adequada e digna celebração deste grande mistério. Dos diversos graus com que cada uma das normas se unem com a norma suprema de todo o direito eclesiástico, que o cuidado para a salvação das almas, trata o último capítulo da presente Instrução [Código de Direito Canônico – CDC, c. 1752].

[14.] «A ordenação da sagrada Liturgia é da competência exclusiva da autoridade eclesiástica; esta reside na Sé apostólica e, na medida que determine a lei, no Bispo» [SC, n. 22].

[16.] Compete à Sé apostólica ordenar a sagrada Liturgia da Igreja universal, editar os livros litúrgicos, revisar suas traduções a línguas vernáculas e vigiar para que as normas litúrgicas, especialmente aquelas que regulam a celebração do santo Sacrifício da Missa, se cumpram fielmente em todas partes [CDC, c. 838 § 2.]


[18.] Os fiéis têm direito a que a autoridade eclesiástica regule a sagrada Liturgia de forma plena e eficaz, para que nunca seja considerada a liturgia como «propriedade privada, nem do celebrante, nem da comunidade em que se celebram os Mistérios» [EE n. 52].



terça-feira, 15 de março de 2016

Algumas orientações básicas sobre a EUCARISTIA

Tendo em vista a importância da celebração dos Sacramentos, a Santa Sé tem a Sagrada CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS, que regula como cada sacramento deve ser celebrado publicou a importantíssima Instrução “REDEMPTIONIS SACRAMENTUM”, aprovada pelo Papa João Paulo II, em 25 de março de 2004, sobre algumas coisas que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia. 

Separei aqui alguns itens iniciais; mas o importante é ler toda a Instrução: [4.] Não há dúvida de que a reforma litúrgica do Concílio tem tido grandes vantagens para uma participação mais consciente, ativa e frutuosa dos fiéis no santo Sacrifício do altar». [João Paulo II, Carta Encíclica, Ecclesia de Eucharistia – EE n. 10]. Certamente, «não faltam sombras» [Sacrosanctum Concilium – SC, n. 48]. Assim, não se pode calar ante aos abusos, inclusive gravíssimos, contra a natureza da Liturgia e dos sacramentos, também contra a tradição e autoridade da Igreja, abusos que em nossos tempos, não raramente, prejudicam as Celebrações litúrgicas em diversos âmbitos eclesiais. Em alguns lugares, os abusos litúrgicos se têm convertido em um costume, no qual não se pode admitir e se deve terminar.

5.] A observância das normas que têm sido promulgadas pela autoridade da Igreja, exige que concordem entre si pensamento e a voz, ações externas e a intenção do coração. A mera observância externa das normas, como resultado evidente, contraria a essência da sagrada Liturgia, com a que Cristo quer congregar a sua Igreja, e com ela formar «um só corpo e um só espírito». [1 Cor 12, 12-13; Ef 4, 4]. Por isto, a ação externa deve estar iluminada pela fé e a caridade, que nos unem com Cristo e nos unem aos outros, e suscitam nos outros a caridade com os pobres e necessitados. As palavras e os ritos litúrgicos são expressão fiel, amadurecida ao longo dos séculos, dos sentimentos de Cristo, nos ensinando a ter os mesmos sentimentos que Ele; [Fil 2,5] conformando nosso pensamento com suas palavras, elevamos ao Senhor nosso coração. Quando se fala nesta Instrução, intenciona-se conduzir a esta conformação de nossos sentimentos com os sentimentos de Cristo, expressados nas palavras e ritos da Liturgia.

[6.] Os abusos, sem dúvida, «contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica sobre este admirável Sacramento» [EE,10]. De esta forma, também se impede que possam «os fiéis reviver de algum modo a experiência dos discípulos de Emaús: Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram» [EE,6]. Convém que todos os fiéis tenham e revivam aqueles sentimentos que receberam pela paixão salvadora do Filho Unigênito, que manifesta a majestade de Deus, já que estão ante à força, à divindade e ao esplendor da bondade de Deus [Cf. Rom 1, 20], especialmente presente no sacramento da Eucaristia [Lc 24, 31].


[7.] Não é estranho que os abusos tenham sua origem em um falso conceito de liberdade. Posto que Deus nos tem concedido, em Cristo, não uma falsa liberdade para fazer o que queremos, mas sim a liberdade para que possamos realizar o que é digno e justo. [Cf. João Paulo II, Carta Encíclica, Veritatis splendor – VE, n. 35]. Isto é válido não só para os preceitos que provém diretamente de Deus, mas sim também, de acordo com a valorização conveniente de cada norma, para as leis promulgadas pela Igreja. Por isso, todos devem se ajustar às disposições estabelecidas pela legítima autoridade eclesiástica.


[8.] Além disso, constata-se, com grande tristeza, a existência de «iniciativas ecumênicas que, ainda sendo generosas em seu intenção, transgridem com práticas eucarísticas contrárias à disciplina com a qual a Igreja expressa sua fé». Sem dúvida, «a Eucaristia é o um dom demasiado grande para admitir ambiguidades e reduções». Por isso, convém corrigir algumas coisas e defini-las com precisão, para que também com isto «a Eucaristia siga resplandecendo com todo o esplendor de seu mistério» [EE,10].


[9.] Finalmente, os abusos se fundamentam com frequência na ignorância, já que quase sempre se rejeita aquilo que não se compreende seu sentido mais profundo e sua Antiguidade. Por isso, enraizadas na Sagrada Escritura, «as preces, orações e hinos litúrgicos estão penetrados em seu espírito e dela recebem seu significado nas ações e sinais» [SC n. 24]. No que se refere aos sinais visíveis, «usados na sagrada Liturgia e que foram eleitos por Cristo ou pela Igreja para significar as realidades divinas invisíveis» [Idem 23]. Justamente, a estrutura e a forma das Celebrações sagradas de acordo com cada um dos Ritos, seja da tradição do Oriente seja da Ocidente, concordam com a Igreja Universal e com os costumes universalmente aceitos pela constante tradição apostólica [Instr., Varietates legitimae – VL, n. 26], que a Igreja entrega, com solicitude e fidelidade, às gerações futuras. Tudo isto é sabiamente guardado e protegido pelas normas litúrgicas.








[10.] A mesma Igreja não tem nenhum poderio sobre aquilo que tem sido estabelecido por Cristo, e que constitui a parte imutável da Liturgia [S C, n. 21]. Posto que, caso seja rompido este vínculo que os sacramentos têm com o mesmo Cristo que os tem instituído e com os acontecimentos que a Igreja tem sido fundada [Instr., Varietates legitimae, n. 25] nada seria vantajoso aos fiéis, mas sim poderia ser gravemente danoso. De fato, a sagrada Liturgia está estreitamente ligada com os princípios doutrinais [Cf. Pio XII, Carta Encíclica, Mediator Dei], por que o uso de textos e ritos que não têm sido aprovados leva a uma diminuição ou desaparecimento do nexo necessário entre a lex orandi e a lex credendi.[ID]


[11.] O Mistério da Eucaristia é demasiado grande «para que alguém possa permitir tratá-lo ao seu arbítrio pessoal, pois não respeitaria nem seu caráter sagrado, nem sua dimensão universal»[EE,52]. Quem age contra isto, cedendo às suas próprias inspirações, embora seja sacerdote, atenta contra a unidade substancial do Rito romano, que se deve cuidar com decisão [SC nn. 4, 38], e realiza ações que, de nenhum modo, correspondem com a fome e a sede do Deus Vivo, que o povo de nossos tempos experimenta, nem a um autêntico zelo pastoral, nem serve à adequada renovação litúrgica, mas sim defrauda o patrimônio e a herança dos fiéis com atos arbitrários que não beneficiam a verdadeira renovação [Cf. 

João Paulo II, Ecclesia in Europa, n. 72], e sim lesionam o verdadeiro direito dos fiéis à ação litúrgica, à expressão da vida da Igreja, de acordo com sua tradição e disciplina. Além disso, introduzem na mesma celebração da Eucaristia elementos de discórdia e de deformação, quando ela tem, por sua própria natureza e de forma eminente, de significar e de realizar admiravelmente a Comunhão com a vida divina e a unidade do povo de Deus [EE,23]. Estes atos arbitrários causam incerteza na doutrina, dúvida e escândalo para o povo de Deus e, quase inevitavelmente, uma violenta repugnância que confunde e aflige com força a muitos fiéis em nossos tempos, em que freqüentemente a vida cristã sofre o ambiente, muito difícil, da «secularização» [ID].


[12.] Por outra parte, todos os fiéis cristãos gozam do direito de celebrar uma liturgia verdadeira, especialmente a celebração da santa Missa, que seja tal como a Igreja tem querido e estabelecido, como está prescrito nos livros litúrgicos e nas outras leis e normas. Além disso, o povo católico tem direito a que se celebre por ele, de forma íntegra, o santo Sacrifício da Missa, conforme toda a essência do Magistério da Igreja. Finalmente, a comunidade católica tem direito a que de tal modo se realize para ela a celebração da Santíssima Eucaristia, que apareça verdadeiramente como sacramento de unidade, excluindo absolutamente todos os defeitos e gestos que possam manifestar divisões e facções na Igreja [1 Cor 11, 17-34; EE [33]. 

[13.] Todas as normas e recomendações expostas nesta Instrução, de diversas maneiras, estão em conexão com o ofício da Igreja, a quem corresponde velar pela adequada e digna celebração deste grande mistério. Dos diversos graus com que cada uma das normas se unem com a norma suprema de todo o direito eclesiástico, que o cuidado para a salvação das almas, trata o último capítulo da presente Instrução [Código de Direito Canônico – CDC, c. 1752].

[14.] «A ordenação da sagrada Liturgia é da competência exclusiva da autoridade eclesiástica; esta reside na Sé apostólica e, na medida que determine a lei, no Bispo» [SC, n. 22].

[16.] Compete à Sé apostólica ordenar a sagrada Liturgia da Igreja universal, editar os livros litúrgicos, revisar suas traduções a línguas vernáculas e vigiar para que as normas litúrgicas, especialmente aquelas que regulam a celebração do santo Sacrifício da Missa, se cumpram fielmente em todas partes [CDC, c. 838 § 2.]


[18.] Os fiéis têm direito a que a autoridade eclesiástica regule a sagrada Liturgia de forma plena e eficaz, para que nunca seja considerada a liturgia como «propriedade privada, nem do celebrante, nem da comunidade em que se celebram os Mistérios» [EE n. 52].



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Beatos Francisco e Jacinta - Irmãos videntes de Fátima

Os jovens receberam as mensagens de Nossa Senhora de Fátima e souberam viver suas dores, oferecendo tudo a Virgem
No ano de 1908, nasceu Francisco Marto. Em 1910, Jacinta Marto. Filhos de Olímpia de Jesus e Manuel Marto. Eles pertenciam a uma grande família; e eram os mais novos de nove irmãos. A partir da primavera de 1916, a vida dos jovens santos portugueses sofreria uma grande transformação: as diversas aparições do Anjo de Portugal (o Anjo da Paz) na “Loca do Cabeço” e, depois, na “Cova da Iria”. A partir de 13 de maio de 1917, Nossa Senhora apareceria por 6 vezes a eles.

O mistério da Santíssima Trindade, a Adoração ao Santíssimo Sacramento, a intercessão, o coração de Jesus e de Maria, a conversão, a penitência… Tudo isso e muito mais foi revelado a eles pelo Anjo e também por Nossa Senhora, a Virgem do Rosário. Na segunda aparição, no mês de junho, Lúcia (prima de Jacinta e Francisco) fez um pedido a Virgem do Rosário: que ela levasse os três para o Céu. Nossa Senhora respondeu-lhe: “Sim, mas Jacinta e Francisco levarei em breve”. Os bem-aventurados vivenciaram e comunicaram a mensagem de Fátima. Esse fato não demorou muito. Em 4 de abril de 1919, Francisco, atingido pela grave gripe espanhola, foi uma das primeiras vítimas em Aljustrel. Suas últimas palavras foram: “Sofro para consolar Nosso Senhor. Daqui, vou para o céu”.

Jacinta Marto, modelo de amor que acolhe, acolheu a dor na grave enfermidade, tendo até mesmo que fazer uma cirurgia sem anestesia. Tudo aceitou e ofereceu, como Nossa Senhora havia lhe ensinado, por amor a Jesus, pela conversão dos pecadores e em reparação aos ultrajes cometidos contra o coração imaculado da Virgem Maria. Por conta da mesma enfermidade que atingira Francisco, em 20 de fevereiro de 1920, ela partiu para a Glória. No dia 13 de maio do ano 2000, o Papa João Paulo II esteve em Fátima, e do ‘Altar do Mundo’ beatificou Francisco e Jacinta, os mais jovens beatos cristãos não-mártires. 

Beatos Francisco e Jacinta, rogai por nós!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

4 de junho - Santo do dia

São Crispim

Neste dia lembramos o primeiro santo canonizado pelo Papa João Paulo II: São Crispim, que nasceu em Viterbo, na Itália, em 1668.

Chamado à vida religiosa, recebeu uma formação jesuíta. 

Porém, acabou entrando para a família franciscana, despertado pela piedade dos noviços. Ocupou cargos de grande simplicidade dentro da comunidade como a horta, a cozinha, e tantos outros serviços onde ele testemunhava em tudo o amor de Deus.

Falava e vivia a seguinte frase: 
 “Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e morre contente”

Crispim deixou essa marca da pureza e da alegria. Ele viveu tudo com pureza de coração, foi feliz e morreu contente em 1748.
Que nosso caminho seja marcado pelo amor e pela verdadeira alegria.

São Crispim, rogai por nós!

São Francisco Caracciolo
 Ascânio Caracciolo era um italiano descendente, por parte de mãe, de santo Tomás de Aquino, portanto, como ele, tinha vínculos com a elite da nobreza. Nasceu próximo de Nápoles, na Vila Santa Maria de Chieti, em 13 de outubro de 1563. A família, muito cristã, preparou-o para a vida de negócios e da política, em meio às festas sociais e aos esportes.

Na adolescência, decidiu pela carreira militar. Mas foi acometido por uma doença rara na pele, parecida com a lepra e incurável também. Quando todos os tratamentos se esgotaram, Ascânio rezou com fervor a Deus, pedindo que ele o curasse e prometendo que, se tal graça fosse concedida, entregaria a sua vida somente a seu serviço. Pouco depois a cura aconteceu.

Cumprindo sua determinação, tinha então vinte e dois anos, foi para Nápoles, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Começou seu trabalho junto aos "Padres Brancos da Justiça", que se dedicavam ao apostolado dos encarcerados, doentes e pobres abandonados.

Entretanto, Deus tinha outros planos para ele. Na organização dos "Padres Brancos" havia um outro sacerdote que tinha exatamente o seu nome: Ascânio Caracciolo, só que era mais velho. Certo dia de 1588, o correio cometeu um erro, entregando uma carta endereçada ao Ascânio mais velho para o mais jovem, no caso ele. A carta fora escrita pelo sacerdote João Agostinho Adorno e por Fabrício Caracciolo, abade de Santa Maria Maior de Nápoles. E ambos se dirigiam ao velho Ascânio Caracciolo para pedir que colaborasse com a fundação de uma nova Ordem, a dos "Clérigos Regulares Menores", dando alguns detalhes sobre o carisma que desejavam implantar.

O jovem Ascânio percebeu que a nova Ordem vinha ao encontro com o que ele procurava e foi conversar com os dois sacerdotes. Depois os três se isolaram no mosteiro dos camaldulenses, para rezar, jejuar e pedir a luz do Espírito Santo para a elaboração das Regras. Ao final de quarenta dias, com os regulamentos prontos, Ascânio propôs que fosse incluído um quarto voto, além dos três habituais de pobreza, obediência e castidade: o de não aceitar nenhum posto de hierarquia eclesiástica. O voto foi aceito e incorporado à nova Ordem.

Quando a comunidade contava com doze integrantes, os três foram ao papa Xisto V pedir sua aprovação, concedida no dia 1o de junho de 1588. Um ano depois, Ascânio vestiu o habito dos Clérigos Regulares Menores tomando o nome de Francisco, em homenagem ao santo de Assis, no qual se espelhava.

Eles pretendiam estabelecer-se em Nápoles, mas o papa sugeriu que fossem para a Espanha, região que carecia de novas Ordens. Porém, ao chegarem em Madri, o rei não permitiu a sua fundação. Voltaram para Nápoles. Nessa ocasião morreu Adorno, que era o prepósito-geral da Ordem, tarefa que Francisco Caracciolo assumiu com humildade até morrer.

Fiel ao pedido do papa, não desistiu da Espanha, para onde voltou outras vezes. Entre 1595 e 1598, Francisco fundou, em Valadolid, uma casa de religiosos; em Alcalá, um colégio; e, em Madri, um seminário, no qual foi mestre dos noviços. Mais tarde, retornou para a Casa-mãe em Nápoles, que fora transferida para Santa Maria Maior devido ao seu rápido crescimento.

Foram atividades intensas de que seu corpo frágil logo se ressentiu. Adoeceu durante uma visita aos padres do Oratório da cidade de Agnone e morreu, aos quarenta e quatro anos de idade, em 4 de junho de 1608. Canonizado em 1807 pelo papa Pio VII, são Francisco Caracciolo foi consagrado co-padroeiro de Nápoles em 1840. 


São Francisco Caracciolo, rogai por nós!

quinta-feira, 20 de março de 2014

Santo do dia - 20 de março

 Santo Ambrósio de Sena


O santo de hoje nasceu no ano de 1220 em Sena, Itália, dentro de um contexto familiar diferente. Ao ter nascido com uma deformação física, sua família – nobre – o renegou e o entregou a uma ama de leite, que recebeu a ordem de viver com a criança afastada deles. Isso tudo foi providência na vida de Ambrósio, porque esta ama, mulher de fé, foi uma verdadeira mãe, alimentado-o e assim, foi acontecendo a recuperação do menino. 

Com uma certa idade a família o acolheu. Ambrósio estava no processo de cura interior de reconciliação, mas já os havia perdoado. Aceitou, para um bem maior, os bens terrenos que ele teve como direito, usando-os para o bem dos pobres. O castelo foi se tornando aos poucos um hospital, lugar de acolhimento aos mais necessitados. Com 18 anos renunciou a tudo e foi para os Dominicanos, tornando-se um pregador cheio do Espírito Santo. Um homem do perdão e da reconciliação. Faleceu em Sena, durante uma pregação. Morreu no serviço, no ministério. 


Santo Ambrósio, rogai por nós!


São José (Jozef) Bilczewski


José (Jozef) nasceu dia 26 de abril de 1860 em Wilamowice (Polônia). Era o primeiro dos nove filhos de Francisco e Ana Fajkisz, uma família de camponeses, onde, desde cedo, aprendeu as orações e as primeiras noções do catecismo, fazendo nascer nele a fé viva que o acompanhará durante toda a vida.

Em 1872, terminados os estudos primários, os pais mandaram José ao ginásio na cidade de Wadowice, onde, muitos anos mais tarde, estudou também João Paulo II. Ele dedicou-se com muito empenho aos estudos, obtendo ótimos resultados. Nesse período, participava diariamente das celebrações na igreja paroquial e decidiu entrar no Seminário Diocesano de Cracóvia, onde desenvolveu ainda mais o espírito de oração, aprofundando sua formação humana e espiritual.

Foi ordenado sacerdote a 6 de julho de 1884. Depois de um ano de trabalho pastoral com grande zelo e dedicação foi enviado para continuar os estudos em Viena e, em seguida, em Roma e Paris. Trabalhou durante muito tempo como professor de Dogmática Especial na Universidade de Leópolis. Foi nomeado Arcebispo de Leópolis para o rito latino em 17 de dezembro de 1900 e recebeu a Ordenação episcopal a 20 de janeiro de 1901.

Arcebispo de Lviv dos Latinos, foi um ponto de referência para católicos, ortodoxos e judeus durante a Primeira Guerra Mundial e nos diferentes conflitos que a seguiram.
Do Coração de Jesus hauria um amor universal e dele aprendeu não só a mansidão, a humildade e a bondade, mas também a paciência nas provações que enfrentou, durante a vida.

Faleceu na sua Arquidiocese, no dia 20 de março de 1923, depois de se ter preparado santamente para a morte, que acolheu com paz e submissão como sinal da vontade de Deus. Foi proclamado santo pelo papa Bento XVI, dia 23 de outubro de 2005.

 São José (Jozef) Bilczewski, rogai por nós!


Santa Maria Josefina do Coração de Jesus Sancho de Guerra


Maria Josefina era a primogênita de Barnabé Sancho, serralheiro, e de Petra de Guerra, doméstica. Nasceu em Vitória, Espanha, no dia 07 de setembro de 1842, tendo recebido o batismo no dia seguinte. Ficou órfã de pai muito cedo e foi sua mãe que a preparou para a Primeira Comunhão, recebida aos dez anos. Completou a sua formação e educação em Madri na casa de alguns parentes, e desde muito cedo começou a demonstrar uma grande devoção à Eucaristia e a Nossa Senhora, uma forte sensibilidade em relação aos pobres e aos doentes e uma inclinação para a vida interior.

Regressou a Vitória aos dezoito anos e logo manifestou à sua mãe o desejo de entrar num mosteiro, pois se sentia atraída pela vida de clausura. Mais tarde, costumava dizer: "Nasci com a vocação religiosa". Foi assim que decidiu entrar no Instituto Servas de Maria, recentemente fundado em Madri por madre Soledade Torres Acosta. Com a aproximação da época de fazer sua profissão de fé, foi assaltada por graves dúvidas e incertezas sobre sua efetiva chamada para aquele Instituto. Admitiu essa disposição à vários confessores, chegando até a dizer que tinha se enganado quanto à própria vocação.

Mas, os constantes contatos com o arcebispo de Saragoça, futuro Santo, Antônio Maria Claret e as conversas serenas com madre Soledade Torres Acosta, amadureceram nela a possibilidade de fundar uma nova família religiosa, que se dedicasse aos doentes, em casa ou nos hospitais. E foi assim que aos vinte e nove anos ela fundou o Instituto das Servas de Jesus, na cidade de Bilbao, em 1871.

Depois por quarenta e um anos, foi a superiora do Instituto. Acometida por uma longa e grave enfermidade que a mantinha ou no leito ou numa poltrona, sofreu muito antes de seu transito, sem contudo deixar sua atividade de lado. Através de uma intensa e expressa correspondência, solidificou as bases dessa nova família. No momento da sua morte, em 20 de março de 1912, havia milhares de religiosas, espalhadas por quarenta e três casas. A sua morte foi muito sentida em toda a região e o seu funeral teve uma grande manifestação de pesar. Os seus restos mortais foram trasladados para a Casa-Mãe, em Bilbao, onde ainda se encontram.

Os pontos centrais da espiritualidade de madre Maria Josefina podem definir-se como: um grande amor à Eucaristia e ao Sagrado Coração de Jesus; uma profunda adoração do mistério da Redenção e uma íntima participação nas dores de Cristo e na Sua Cruz; e a completa dedicação ao serviço dos doentes, num contexto de espírito contemplativo.

O seu carisma de serviço aos enfermos ficou bem claro nas palavras por ela escritas: "Desta maneira, as funções materiais do nosso Instituto, destinadas a salvaguardar a saúde corporal do nosso próximo, elevam-se a uma grande altura e fazem a nossa vida ativa mais perfeita que a contemplativa, como ensinou o Doutor angélico, São Tomás d'Aquino que falou dos trabalhos dirigidos à saúde da alma, que vêm da contemplação" (Directorio de Asistencias de la Congregación Religiosa Siervas de Jesús de la Caridad, Vitória 1930, pág. 9).

É com este espírito, que as Servas de Jesus têm vivido desde a morte de Santa Maria Josefina. O serviço dos doentes tornou-se, assim, a oblação generosa das suas vidas, seguindo o exemplo da sua Fundadora. Hoje espalhadas pela Europa, América Latina e Ásia, as Servas procuram dar pão aos famintos, acolher os doentes e outros necessitados, criar centros para pessoas idosas, desenvolvendo sempre a pastoral da saúde e outras obras de caridade. Elas também estão presentes em Portugal.

A causa da canonização de madre Maria Josefina começou em 1951; foi solenemente beatificada pelo Papa João Paulo II em 1992 e depois canonizada em 01 de Outubro de 2000, pelo mesmo pontífice, em Roma.

Santa Maria Josefina do Coração de Jesus, rogai por nós!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Papa Francisco doa R$ 11,7 milhões para ajudar a cobrir déficit da JMJ

O Papa Francisco doou R$ 11,7 milhões para o Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude. O dinheiro será usado para cobrir o déficit deixado pela organização do evento, realizado em julho do ano passado no Rio. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela entidade. Desde outubro, a Arquidiocese do Rio realiza uma campanha de doações para saldar dívidas que chegam a R$ 43,2 milhões.  “Quando o Papa Francisco esteve no Rio, ficou bem impressionado com tudo que experimentou naqueles dias, manifestando a intenção de contribuir financeiramente com a Jornada Mundial da Juventude. Foi uma iniciativa que partiu dele, reconhecendo a importância da JMJ para a juventude, a sociedade e a Igreja", informou o COL, por meio de nota. 

É a segunda fez que o Papa Francisco faz uma doação em dinheiro no Brasil. Durante a visita em julho, Sua Santidade doou 20 mil Euros para investimentos na Favela de Manguinhos, visitada por ele. A JMJ foi criada pelo Papa João Paulo II e é considerado o maior evento católico do mundo. A edição da JMJ no Rio foi a primeira viagem internacional realizada pelo Papa Francisco. 

Além de doações, os fiéis podem colaborar comprando quatro produtos cujas receitas serão usadas para cobrir as despesas. São três DVDs e um CD. O DVD “Papa Francisco no Brasil - A Santa Missa” traz a missa celebrada pelo Papa Francisco no encerramento da JMJ Rio2013 na Praia de Copacabana. O documentário “Rio de Fé, um encontro com Papa Francisco”, dirigido por Cacá Diegues, foi lançado em 6 de dezembro. O terceiro DVD da JMJ Rio2013 chegou às lojas a no dia 10 de dezembro. É um DVD duplo, chamado "Uma Jornada de Esperança", que traz a cobertura completa da JMJ.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

29 de novembro - Santo do dia

 São Francisco Antônio Fasani

O santo de hoje nasceu em Lucera (Itália), a 6 de agosto de 1681, e lá morreu a 29 de novembro de 1742. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado a 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Fez os estudos no convento dos Frades Menores Conventuais. Sentindo o chamamento divino, ingressou no noviciado da mesma Ordem. Fez a profissão em 1696 e a 19 de setembro de 1705 recebeu a Ordenação Sacerdotal. Doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial. 

“Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”, afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Fasani.

São Fasani apresenta-se-nos de modo especial como modelo perfeito de Sacerdote e Pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, São Francisco Fasani dedicou-se, em Lucera, e também nos territórios ao redor, às mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.

Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o “Pai Mestre”.

Como Religioso, foi um verdadeiro “ministro” no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.

São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!


São Saturnino de Toulouse

De origem grega, são Saturnino é uma das devoções mais populares na França e na Espanha. A confirmação de sua vida emergiu junto com a descoberta de importantes escritos do cristianismo produzidos entre os anos 430 e 450. Conhecidos como a "Paixão de Saturnino", trouxeram dados enriquecedores sobre a primitiva Igreja de Cristo na Gália, futura França.

Esses documentos apontam Saturnino como primeiro bispo de Toulouse nos anos 250, sob o consulado de Décio. Era uma época em que a Igreja, naquela região, contava com poucas comunidades cristãs. Estava desorganizada desde 177, com o grande massacre dos mártires de Lyon. O número de fiéis diminuía sempre mais, enquanto nos dos templos pagãos as filas para prestar sacrifícios aos deuses parecia aumentar.

O relato continua dizendo que Saturnino, após uma peregrinação pela Terra Santa, iniciara a sua missão de evangelização no Egito, onde converteu um bom número de pagãos. Foi, então, para Roma e, fazendo uma longa viagem por vales e montanhas, atingiu a Gália.

Por onde andou, pregava com fervor, convertendo quase todos os habitantes que encontrava ao cristianismo. Consta que ele ordenou o futuro são Honesto e juntos foram para a Espanha, onde teria, também, batizado o agora são Firmino. Depois, regressou para Toulouse, mas antes consagrou o primeiro como bispo de Pamplona e o segundo para assumir a diocese de Amiens.

Saturnino fixou-se em Toulouse e logo foi consagrado como seu primeiro bispo. Embora houvesse um decreto do imperador proibindo e punindo com a morte quem participasse de missas ou mesmo de simples reuniões cristãs, Saturnino liderou os que o ignoravam. Continuou com o santo sacrifício da missa, a comunhão e a leitura do Evangelho.

Assim, ele e outros quarenta e oito cristãos acabaram descobertos reunidos e celebrando a missa num domingo. Foram presos e julgados no Capitólio de Toulouse. O juiz ordenou que o bispo Saturnino, uma autoridade da religião cristã, sacrificasse um touro em honra a Júpiter, deus pagão, para convencer os demais. Como se recusou, foi amarrado pelos pés ao pescoço do animal, que o arrastou pela escadaria do templo. Morreu com os membros esfacelados.

O seu corpo foi recolhido e sepultado por duas cristãs. No local, um século mais tarde, são Hilário construiu uma capela de madeira, que logo foi destruída. Mas as suas relíquias foram encontradas, no século VI, por um duque francês, que mandou, então, erguer a belíssima igreja dedicada a ele, chamada, em francês, de Saint Sernin du Taur, que existe até hoje com o nome de Nossa Senhora de Taur. O culto ao mártir são Saturnino, bispo de Toulouse, foi confirmado e mantido pela Igreja em 29 de novembro.

São Saturnino de Toulouse, rogai por nós!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Papas João Paulo II e João XXIII serão canonizados em 27 de abril

Canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II será em abril 2014 - Papa Francisco anunciou a data durante reunião com cardeais
Papas João Paulo II e João XXIII serão declarados santos em 27 de abril de 2014. 
O Papa Francisco anunciou a data nesta segunda-feira durante uma reunião com cardeais dentro do Palácio Apostólico.
 Papa João XXIII
Francisco havia anunciado em julho que iria canonizar dois dos papas mais influentes do século 20 juntos, aprovando um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II e alterando as regras do Vaticano, ao decidir que João XXIII não precisa de um.
Papa João Paulo II


Analistas disseram que a decisão de canonizá-los juntos visava unificar a igreja desde que cada um tem seus próprios admiradores e críticos. Francisco é claramente um fã de ambos: no aniversário da morte de João Paulo deste ano, Francisco rezou junto dos túmulos dos dois papas, uma indicação de que ele vê uma grande continuidade pessoal e espiritual neles.